Renata 20/11/2014
Quase simpático
A história é completamente familiar, pelo menos no que diz respeito ao ambiente, me fez retornar aos anos de faculdade, aquela quantidade de bares que florescem em torno da universidade, aquelas conversas sem pé e muito menos sem cabeça, tudo revestido de uma certa pretensão de intelectualidade, mas que no fundo não passava mesmo de elucubrações disparatadas promovidas pela cerveja.
A história de um estudante de cinema que ganha fama em seu meio social por ser o criador de um roteiro revolucionário, que simplesmente não existia, deixa a impressão de que não vai dar em lugar nenhum e quase que não dá mesmo, não tem drama, nem tampouco comédia ali.
Poderíamos falar e uma tentativa de representar uma geração meio perdida, em busca de identidade, mas seria forçar um pouco o viés interpretativo, a história não chega a tanto.
Pelo menos o desfecho é interessante. O livro quase chega a ser simpático, talvez com a redução de umas trinta páginas a coisa fluísse melhor. Enfim, saí do livro sem ter muito o que dizer, isso nunca é muito bom.