Lucas1429 22/03/2017Não leia este livro (depois não diga que não avisei)Se aventurar na obra de Hemingway é sinônimo de se aventurar num mar de emoções subjetivas. Ou seja, cada um reage de uma maneira distinta, ou de várias maneiras, a cada livro do autor.
Me considero um leitor voraz de Ernest, já tendo lido muitos de seus livros, porém nenhum me tocou tanto quanto este bendito "Farewell to arms". Nele, Hemingway mistura parte de sua vida pessoal com a ficção da qual era indubitável gênio.
Adeus às armas é uma história simbólica, forte e que exige do leitor atenção e coração. Não se lê uma obra como esta de mente fria, o doce desta leitura é tê-la aos poucos, como os "Capris" bebidos pelo tenente Henry no decorrer do livro, para assim apreciá-lo mais.
Neste livro, temos a história de Henry, um tenente americano que se junta ao exército italiano na primeira guerra mundial. A guerra, travada no norte italiano - contra os austríacos - é bem detalhada, assim como os locais em que o tenente passa. Durante a guerra, Henry conhece Catherine Barkley, uma enfermeira britânica que mudará sua vida.
Quem lê esta rápida sinopse escrita por mim imagina um velho clichê, daqueles que poderiam ser contados em um livro de John Green, porém Hemingway não ganhou um Prêmio Nobel de Literatura a toa. A tarefa de ler seus livros demanda muita vocação por parte do seu leitor, não é para qualquer um, assim como são as obras dos grandes gênios da literatura mundial. Seus diálogos são encantadores, suas descrições são tão fantásticas que o gosto do conhaque bebido por Henry em Milão quase me toca o sabor durante a leitura. Ora, o simples fato de ser uma obra escrita por tal autor já revela a faceta qualitativa do seu conteúdo. Dispensa enrolações e resenhas. Dispensa explicações, é simplesmente uma tarefa prazerosa e incrível sua leitura.
Porém prepare o psicológico, as emoções, os sentimentos, sua mente. Na guerra, na ficção, na vida real, nem tudo é tão belo.