Adeus às armas

Adeus às armas Ernest Hemingway




Resenhas - Adeus às armas


131 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Regis 14/03/2023

Uma história de amor devastadoramente trágica
Não sei o que pensar, não sei o que sentir, tudo que sei é que Adeus às Armas foi absurdamente devastador.

Adeus às Armas foi escrito em 1929 e é considerado o melhor romance norte-americano ambientado na Primeira Guerra Mundial. Uma grandiosa história de amor nos tempos de guerra.

O livro possui um tom fortemente autobiográfico, sendo narrado em primeira pessoa pelo tenente norte-americano Frederic Henry, que serviu no exército italiano como condutor de ambulância.
Experimentamos através de seus olhos: o convívio com seus colegas de destacamento, o tédio na espera dos acontecimentos e as batalhas com a Áustria.
O vemos ser ferido em combate, perder amigos para a morte e se apaixonar perdidamente por Catherine.

Catherine Barkley é uma enfermeira inglesa. Uma personagem encantadora e doce que dedica todo seu ser ao seu amor por Henry. Ela é companheira, carinhosa e forte.
Adorei ver o amor dos dois florescer e se transformar em um sólido relacionamento cheio de respeito mútuo. O que é um contraste espantoso com a experiência de Hemingway que se apaixona pela enfermeira Agnes von Kurowsky em 1918 após ser ferido em combate e internado em um hospital, em Milão. Ela recusou-se casar com ele, o que o deixou profundamente magoado e desiludido.

A premonição contida na declaração de Catherine sobre a chuva, fica voltando à memória constantemente. É como se o destino estivesse impresso em suas palavras: ?? eu tenho muito medo da chuva? sempre tive medo da chuva? tenho medo porque às vezes me vejo morta na chuva? e às vezes também vejo você morto na chuva??

Ernest Hemingway já havia me ganhado com sua escrita em O Velho e o Mar, mas aqui... aqui ele me conquistou completamente.
Hemingway tem uma forma de escrever concisa, direta, com uma notável clareza de expressão e ainda assim: simples, cativante e muito reflexiva.
O desenvolvimento de seus personagens é característico, próprio, intenso; Já os diálogos são corriqueiros e abundantes.

Foi maravilhoso conhecer Henry e Catherine e acompanhar essa inesquecível história de amor que tem como pano de fundo uma guerra sangrenta.

Eu havia assistido o filme sobre o jovem Ernest Hemingway: No Amor e na Guerra, estrelado por Chris O'Donnell e Sandra Bullock, há alguns anos. Ele fala sobre o período que o autor passou no hospital, em Milão onde se apaixonou. Entretanto, nada me preparou para esse livro... ele é sublime, e foi uma experiência estupenda fazer essa leitura.

Adeus às Armas estará entre meus favoritos e certamente recomendo essa obra-prima.
CPF1964 14/03/2023minha estante
Uau !!! 5 estrelas. ????


CPF1964 14/03/2023minha estante
Que resenha linda ! Parabéns ??


Cleber 15/03/2023minha estante
Obrigado pela linda resenha! Li o velho e o mar e gostei muito também, já coloquei na minha lista.


Regis 15/03/2023minha estante
O Velho e o Mar foi meu segundo livro de Hemingway, o primeiro foi Paris é uma Festa. Amei o Velho e o Mar e me encantei por Adeus às Armas, Cleber.
Que bom que gostou da resenha. Espero que goste da leitura tanto quanto eu gostei. ?


Regis 15/03/2023minha estante
Cassius, Hemingway consegue traçar um caminho pelo qual o leitor segue entretido independente do que os aguarda no final da jornada. Assim como nos outros livros dele eu adorei cada momento dessa leitura.
Fico contente que tenha gostado da minha resenha. Esse mereceu muito as cinco estrelas.
Espero que aprecie muito sua releitura. ?


Valesca.Castelani 15/03/2023minha estante
Suas resenhas fazem ter vontade dê ler os livros


CPF1964 15/03/2023minha estante
Obrigado, Regis. Estou pensando em ler antes Por Quem os Sinos Dobram. Eu só assisti o filme.


Regis 15/03/2023minha estante
Obrigada, Valesca. ?


Regis 15/03/2023minha estante
Ainda não vi o filme, Cassius. Pretendo fazer primeiro a leitura. ?


CPF1964 15/03/2023minha estante
Acho bem melhor, Regis. Raramente um filme é melhor do que o livro.


Regis 15/03/2023minha estante
Concordo, Cassius. Foram raríssimos os casos que presenciei.


Fabio 15/03/2023minha estante
Parabéns pela resenha!


Regis 15/03/2023minha estante
Obrigada, Fábio. ?


HenryClerval 16/03/2023minha estante
Que resenha linda e perfeita, Régis. É muito bom quando a gente faz uma leitura cinco estrelas. ?


Léo 17/03/2023minha estante
Muito boa a resenha, Régis. ?


Regis 17/03/2023minha estante
Obrigada, Leandro! É maravilhoso sair de uma leitura amando o que leu. ?


Regis 17/03/2023minha estante
Obrigada, Léo. ?


HenryClerval 17/03/2023minha estante
Sei bem como é, Régis.


Epson 28/06/2023minha estante
Poisé... O velho e o mar será o meu segundo ?




Ayla Cedraz 19/12/2016

Acho que ainda não foi dessa vez
Acho que ainda não foi dessa vez que eu descobri Hemingway. No início desse ano, li O Velho e O Mar, quase que num só fôlego, sobre a história de um velho pescador e de uma desafiadora pesca. Eu sabia que tratava-se de um escritor famoso e bem reconhecido, e lera também alguma coisa sobre sua história de vida trágica, com a depressão e o suicídio. Havia em mim certa curiosidade. Em O Velho e O Mar, além da escrita fluida de Hemingway, notei definitiva melancolia em seu modo de narrar. Mas, fora isso, confesso que pouca coisa me atraiu.
Eu já havia ouvido falar de Adeus às armas quando, há uns dois anos, li um livro chamado O Lado Bom da Vida; o protagonista resolve ler essa obra de Hemingway, e o faz num único dia, lendo ávida e ininterruptamente. Ao terminar, frustrado com o final, lança o pesado exemplar contra a janela do seu quarto; o livro atravessa a vidraça e vai parar no jardim da casa. Era madrugada, na ocasião. Insatisfeito, o personagem acorda os pais, assustados, e começa a tecer desesperados comentários sobre a narrativa. Bom, se esse livro pode causar esse efeito, gostaria de lê-lo. E há poucos dias li. Novamente, ainda não foi dessa vez que descobri Hemingway.
A narrativa tem aspectos comuns ao O Velho e O Mar, como a fluidez e a melancolia. Acho que posso dizer que conheço um pouco mais do estilo do escritor, mas ainda não o captei como acho que devo, e como gostaria. Não sei. Acho que sempre espero demais das coisas. Quando terminei, não vi justificativa real para as coisas acabarem assim para Henry, o narrador-personagem. Mas compreendo que o livro é um belo retrato da Primeira Guerra, e que a habilidade descritiva de Hemingway é excepcional. Bom, a vida dirá sobre o assunto!
Ricardo Rocha 19/12/2016minha estante
o lado bom da vida cometeu um simples crime com os clássicos que "avalia". pra começar, é um imperdoável spoiler. e menosprezar aquelas obras não devia pegar bem. não devia, porque não fez diferença e fez o sucesso que fez. acho triste. quanto ao que vc disse, normal, pode-se gostar ou não, pode-se pensar qualquer coisa sobre uma obra. eu detesto ulisses. mas não posso desafiar o julgasmento do tempo que o tornou um clássico. isso não posso fazer...
vc foi perfeita: a vida dirá e acrexcento: o Tmpo - o melhor dos críticos - dirá


Ayla Cedraz 19/12/2016minha estante
Sim! Karnal, um fantástico historiador/escritor/filósofo/professor, disse que se irrita quando um de seus alunos diz não concordar com Kant. É mais ou menos isso. Por isso tenho quase medo de escrever resenhas de autores como Hemingway!


Ricardo Rocha 19/12/2016minha estante
bem, talvez não seja a mesma coisa o que ele disse, talvez por isso ele seja o karnal e eu apenas eu.
acho que dá pra não corcordar com kant. dá pra gostar ou não de qualquer autor, discordar de todos. mas mantendo em mente que o tempo que o consagrou precisa ser considerado (o que, por exemplo, o lado bom da vida não fez)


Ricardo Rocha 19/12/2016minha estante
aliás, tua resneha foi ótima, concordei com quase tudo e talvez fiquei triste por vc não ter usufruido mais


Ayla Cedraz 19/12/2016minha estante
Talvez dentro de alguns anos eu o faça!


Ricardo Rocha 19/12/2016minha estante
sim... pra isso serve a juventude - dizer "daqui a alguns anos" sabendo que será assim, que esses anos virão... (=


Ayla Cedraz 19/12/2016minha estante
Ou não hahahaha


Ricardo Rocha 19/12/2016minha estante
=)


Anderson 06/08/2017minha estante
Eu já estava com esse livro na fila de espera e fui ler o lado bom da vida porque já estava emprestado a anos. Pulei a parte que ele falava sobre o livro mas sempre fui um curioso sobre hemingway e, também, alguém que admirava sua maneira de transpor suas agonias para a escrita. Como escritor, também sei que esse tipo de coisa é praticamente inevitável. De qualquer forma, acredito, apesar da densidade, me agradou muito mais este livro que o velho e o mar. O tipo de leitura que te deixa pensativo por um bom tempo.


Ayla Cedraz 18/08/2017minha estante
Sim, Anderson. O Velho e o Mar é, talvez, uma leitura um pouco monótona, mas também dá muita margem para a reflexão.




Rafael 08/06/2009

Não concordo com a resenha que foi publicada a respeito deste livro. Hemingway não é pra qualquer um. Se acaso um leitor de Paulo Coelho ou Luís Fernando Veríssimo foi se aventurar por esses campos literários, só vai conseguir dor de cabeça e uma boa dose de sono. Hemingway é literatura de primeira qualidade. É para quem realmente gosta de ler. Pra quem aprecia a boa literatura. Quem sabe o que realmente é bom. O final do livro é um pouco enfadonho, mas é daí? A vida não é assim às vezes?
Ruim é parar de ler Hemingway no ADEUS ÀS ARMAS, porque não é o melhor que ele tem a oferecer. POR QUEM OS SINOS DOBRAM, O VELHO E O MAR são clássicos que merecem ser lidos e relidos sempre.
Nélio 10/01/2018minha estante
Concordo que este não é o melhor dele. O Velho e o Mar ganha, para mim! Mas valeu a leitura, é para quem gosta mesmo de ler.


Elaise G. Lima 17/10/2018minha estante
Concordo. Eu gosto da maneira como ele escreve.


Marcos.Azeredo 05/02/2020minha estante
Eu gosto muito do Hemingway.


Daiani.Barbosa 26/07/2020minha estante
concordo completamente!


Juraski 29/07/2022minha estante
Mano, na boa, guarda tua empáfia. Estou sendo educado, mas o teu comentário te faz merecer uns bons palavrões. Menos Zé, menos.




Fabrissa 19/07/2011

Adeus chatice...
Pra falar a verdade, achei bem besta... Na mesma linha, “Por quem os sinos dobram” é bem melhor! Impecavelmente bem escrito, mas me dava vontade de socar a tal Catherine toda hora que ela abria a maldita boca. Ô muié insuportável, pqp!

Na boa, se eu fosse o Henry cagonildo (protagonista) ia preferir comer o Conde Greffi (um velhinho de 94 anos que bebia até e jogava sinuca como ninguém) do que a Catherine nhé nhé nhé.
Fábio Pinho 11/07/2013minha estante
Também achei muito chato. História arrastada que só melhora um puco nas partes da guerra, mas que fora isso me deu um sono danado por ter que aturar tanto diálogo bobo.


TatianaMBC 27/12/2015minha estante
Achei absurdamente machista esse livro, a moça é uma boba, não senti um entrosamento com o casal, abandonei com gosto! Não parece o mesmo escritor de "O velho e o mar", essa sim, história sensacional, que é um dos meus livros favoritos!


tgomame 05/04/2016minha estante
É verdade TatianaMBC, mas acho que os livros de Hemingway trazem essa coisa machista mesmo, percebi isso em várias outras obras. Faz parte.


ricardo 01/10/2017minha estante
nada não




Cris 24/01/2023

Finalmente conheci a escrita de Ernest Hemingway!
Publicado em 1929, 'Adeus às Armas' de Ernest Hemingway narra a história de amor entre o tenente Frédéric Henry, um americano que trabalha no front italiano cuidando e supervisionando as ambulâncias durante a Primeira Guerra Mundial e de Catherine Backley, uma sonhadora e alegre enfermeira que traz cor à vida cinzenta e solitária de Henry.

A intensa relação entre os dois não poderia ter nascido em um ambiente pior pois o pano de fundo escolhido por Hemingway entrega dor e muita crueldade em todas as suas páginas. O relacionamento amoroso acaba se afunilando após Henry sofrer um acidente e ser levado em estado grave a um hospital. Conforme ia se curando, Catherine preenchia o vazio que a Guerra deixou em seu peito e em seu ventre trazia, quem sabe, a certeza de dias melhores, no entanto, o avançar da leitura mostra mais mais uma vez que na Guerra não há sobreviventes, todos perdem de uma forma ou de outra...

"Escute... Não há nada pior do que a guerra. Nós aqui, nas ambulâncias, não temos como perceber o horror que é isso. E ninguém consegue acabar com a guerra, porque todos já enlouqueceram. Há pessoas que nunca se dão conta disso."

Finalmente li Hemingway e agora posso dizer com total liberdade que sua escrita é trágica embora brilhante e de fácil entendimento. E claro, nem vou mencionar a atemporalidade da história porque ela de fato pode ser lida em qualquer momento quando se há a vontade de ler uma obra de qualidade com todos aqueles elementos que constituem um bom clássico universal.

Antes de iniciar a leitura, li em algumas resenhas que 'Adeus às Armas' é um romance auto-biográfico e que Hemingway modificou alguns fatos melhorando então o seu desfecho, a mim muito impressiona pois as últimas cenas entre o casal do livro emocionam de tão tristes que são. Penso eu como tudo foi trágico para o autor já que houve essa vontade e/ou necessidade de remontar sua história que de alegre não teve absolutamente nada.

Com uma narrativa permeada pelos escombros da Guerra, pude conhecer personagens bem construídos e com muita humanidade e prosa para contar. Assumo ter demorado um bocado para ler o livro, mas acho que a leitura pede exatamente isso... tempo. Não há a necessidade de apressar ou atropelar nada, é devida a atenção e o empenho lidos a cada capítulo.

Se eu tivesse algum incômodo a levantar acerca da construção da trama, elucidaria quem sabe a rapidez do romance. Em um outro livro e com uma outra temática, talvez, eu achasse tudo adrupto demais e sem química, entretanto, estou falando sobre a Guerra e a total incerteza de um novo dia, creio que as emoções se potencializam ao extremo e a vã sensação de viver um inesquecível amor ganhe uma ótica completamente diferente da usual e praticada diariamente quando não se espera a morte na próxima esquina, sendo assim, um respeitoso viva ao intenso e avalassador romance bélico.

Indico a leitura a todos, em especial aos acostumados consumidores de livros clássicos. Ernest Hemingway fez seu nome e desde então é figurinha comentada em clubes do livro etc, com toda a certeza ele foi e ainda é indispensável para a Literatura. Já escolhi minha próxima obra a ser lida e pelo andar da carruagem 'Por quem os sinos Dobram' manterá o mesmo nível e me fará sofrer igual a uma condenada, do jeitinho que eu, a dona Cris adora sofrer ao escolher mais um livrinho a ser lido rs. Lá vamos nós.

" Mas sempre matam você, no final das contas. Pode confiar nisso. Fique um pouco neste mundo, e acabará morto, sempre."
Joao.Alessandre 24/01/2023minha estante
Excelente resenha.?????. Animado pra ler!


Cris 24/01/2023minha estante
Obrigada, João Alexandre. É meio difícil não gostar do livro. Depois me conte o que achou. ?


Joao.Alessandre 24/01/2023minha estante
Sim. Depois te dou o feedback. ?




Ricardo Rocha 02/08/2016

life isn't hard to manage when you've nothing to lose.
Ricardo Rocha 02/08/2016minha estante
When you ain't got nothing you got nothing to lose (Bob Dylan) (like a rolling stone)


Renata CCS 03/08/2016minha estante
So damn beautiful and true.


Ricardo Rocha 03/08/2016minha estante
=)




Karinny 14/01/2019

Quem sabe no futuro...
Sou uma admiradora de Hemingway desde meu primeiro contato com o autor, lendo O Velho e o Mar. Lembro de pensar que gostaria de escrever como ele, sem rodeios e carregado de sentimento. A partir dessa minha estreia, com esse livro que, até hoje, é um dos meus favoritos, passei a ler um livro dele por ano, sempre em janeiro. Eis que chega 2019 e tiro da estante o já empoeirado Adeus às Armas... e que decepção! Os diálogos são tão rasos, que não consegui simpatizar com nenhuma personagem. O contexto histórico é atraente, mas a abordagem também é superficial e, apesar da descrição do território e de algumas batalhas, não fornece um pano de fundo que sustente a vontade de ler. A leitura é rápida, já que é repleto de diálogos curtos, meio folhetinescos, que não levam nada a lugar nenhum. Por amor ao escritor, darei uma nova chance ao livro, quando terminar de ler todos os seus romances e quando não mais lembrar de Catherine.
André 15/01/2019minha estante
Estou na metade do livro e o que me incomoda é o amor exacerbado entre os dois. Chega a ser infantil, mas talvez essa seja a intenção do autor... O mundo está desmoronando e o único refúgio seja esse amor ou esse momento.


Karinny 15/01/2019minha estante
Pois é, André, o romantismo de ?tudo ou nada? faz muito sentido no contexto da guerra e entendi a intenção dele. O que me incomoda de verdade é que não emociona, em momento nenhum. As personagens não são profundas, como normalmente acontece com as criações de Hemingway. Os diálogos são quase bobos. Mas talvez ainda me falte sensibilidade para aproveitar a verdadeira mensagem do livro. Pretendo voltar a ele, num futuro distante.


André 17/01/2019minha estante
Terminei o livro nesse momento... Que final é esse meu Deus do céu???? Trágico pra caramba! O final é espetacular!




Reginaldo Pereira 29/08/2022

Esperava mais?
Escrever esta resenha logo após terminar a leitura, talvez a contamine por um certo sentimento de decepção?

Foi meu primeiro Hemingway. ?O Velho e o Mar? esteve sempre na lista de próximas leituras, mas calhou de ?Adeus às Armas? ter sido minha primeira experiência com este autor. A escrita é fluida, os diálogos nos aproximam dos personagens e a história mostra um lado da guerra um tanto diferente do usual.

Mas por outro lado, tudo o que havia lido a respeito, fez surgir uma expectativa que, infelizmente, esteve longe de ser atingida? Junte-se a isso um certo exagero no ?açúcar? entre os personagens principais, e um final bastante óbvio?

Valeu a pena? Sempre vale!! Outros ?Hemingways? no futuro? Dificilmente?
Jose506 14/10/2023minha estante
Comprei esse livro numa promoção muito boa. Tem uma resenha do canal Literatura Fundamental no YT e resolvi encarar. Mais você parece não ter gostavmdo mesmo, kkk. Será que melhoraria me ambientar na primeira guerra com alguns documentários, séries e tal, daria um que a mais à leitura?


Reginaldo Pereira 14/10/2023minha estante
José, precisarei medir minha palavras pra não te desanimar ainda mais que a minha resenha!!! kkk Cara, a minha decepção não foi tanto quanto à história (e respondendo à sua pergunta, não acho que documentários melhorariam?), mas sim com relação ao estilo do autor. Quem sou eu pra dizer isso, mas me pareceu demasiado pobre, cheio de diálogos diretos sem nenhuma profundidade? e quando começam a falar de amor então, a coisa piora ainda mais?
Outra coisa é que endeusam tanto Hemingway que fui com a expectativa lá em cima, e isso fez com que a decepção fosse ainda maior?
Mas cara, leia! Leia e tire as sua conclusões e me conte depois! Torço para que sejam muuuuito diferentes das minhas!!!?


Jose506 14/10/2023minha estante
Sei que existe um paralelo com a vida do autor, mais com final feliz. Me preocupa justamente encontrar uma narrativa amorosa e melosa demasiado entre ele e a enfermeira, imaginando mais ou menos a personalidade americana na década de 20, o que eu detestaria ler kkk. Mas a vou encarar com atenção e te passo o feedback.




Peleteiro 28/07/2018

Um grandioso romance
Hemingway nos presenteou com um majestoso romance. Embora descreva bem cada lugar e sensação, de modo algum é prolixo ou cansativo. Sua narrativa flui e condi o leitor de modo que as páginas se findam sem que ele perceba. A sensibilidade ao tratar da guerra, o realismo cru e o romantismo das pessoas que não tinham medo de se arriscar a migrar mostrar bem o contexto da guerra. Este livro é um patrimônio cultural.
Laura Migliorini 28/07/2018minha estante
quero muito ler esse :)


Peleteiro 28/07/2018minha estante
Vale muito a pena, Laura! Os capítulos são curtos e é cheio de diálogos, você lê que nem sente as páginas se passando, rs.


Laura Migliorini 10/08/2018minha estante
Ahhh que demais! Adoro a escrita fluida dele :)




Juju Pobeda 18/05/2009

Muitooo chatoo !!!
O que eu tenho é de 1 tia minha que ganhou do namorado em 1972... deve ser a 1a edição já que a tradução está em português coloquial tornando a leitura bem cansativa e ainda os dialógos de dar sono do tipo:
_ Òh minha querida, tenho algo a lhe dizer.
_ Òh diga-me.
_ Amo-te
_ Amo-te também, meu adorado.

Uahhh sono, sono e + sono.
Altamente recomendado a quem tem insônia.
Fábio Pinho 11/07/2013minha estante
Concordo plenamente!


ricardo 01/10/2017minha estante
então




Lucas1429 22/03/2017

Não leia este livro (depois não diga que não avisei)
Se aventurar na obra de Hemingway é sinônimo de se aventurar num mar de emoções subjetivas. Ou seja, cada um reage de uma maneira distinta, ou de várias maneiras, a cada livro do autor.

Me considero um leitor voraz de Ernest, já tendo lido muitos de seus livros, porém nenhum me tocou tanto quanto este bendito "Farewell to arms". Nele, Hemingway mistura parte de sua vida pessoal com a ficção da qual era indubitável gênio.

Adeus às armas é uma história simbólica, forte e que exige do leitor atenção e coração. Não se lê uma obra como esta de mente fria, o doce desta leitura é tê-la aos poucos, como os "Capris" bebidos pelo tenente Henry no decorrer do livro, para assim apreciá-lo mais.

Neste livro, temos a história de Henry, um tenente americano que se junta ao exército italiano na primeira guerra mundial. A guerra, travada no norte italiano - contra os austríacos - é bem detalhada, assim como os locais em que o tenente passa. Durante a guerra, Henry conhece Catherine Barkley, uma enfermeira britânica que mudará sua vida.

Quem lê esta rápida sinopse escrita por mim imagina um velho clichê, daqueles que poderiam ser contados em um livro de John Green, porém Hemingway não ganhou um Prêmio Nobel de Literatura a toa. A tarefa de ler seus livros demanda muita vocação por parte do seu leitor, não é para qualquer um, assim como são as obras dos grandes gênios da literatura mundial. Seus diálogos são encantadores, suas descrições são tão fantásticas que o gosto do conhaque bebido por Henry em Milão quase me toca o sabor durante a leitura. Ora, o simples fato de ser uma obra escrita por tal autor já revela a faceta qualitativa do seu conteúdo. Dispensa enrolações e resenhas. Dispensa explicações, é simplesmente uma tarefa prazerosa e incrível sua leitura.

Porém prepare o psicológico, as emoções, os sentimentos, sua mente. Na guerra, na ficção, na vida real, nem tudo é tão belo.
Paula 30/04/2017minha estante
Acho que você quis dizer um velho clichê que poderia ser escrito em um livro do Nicholas Sparks, ele que faz esses livros sobre romance e guerra clichezões, as temáticas de John Green não tem nada haver hahaha


Lucas1429 03/12/2017minha estante
HAHAHAH SIM, Paula! Acho que tava tão inebriado na hora de escrever que eu confundi os autores!!!!




Paulo Sousa 28/06/2020

Leitura 33/2020 - Lista 1001
.
Adeus às armas [1929]
Orig. A farewell to arms
Ernest Hemingway (EUA, 1889-1961)
Bertrand Brasil, 2018, 406 p.
_____________________________
?Queria esquecer a guerra. Eu havia declarado a paz em separado? (Posição Kindle 3345).
.
?Mas você não ama o chão de um vagão, nem canhões com cobertura de lona, nem cheiro de metal lubrificado ou uma lona que a chuva atravessa, mesmo sendo tão confortável estar aqui debaixo da lona e com todos esses canhões; acontece que você ama uma pessoa a qual não pode sequer fingir que está aqui, agora? (Posição Kindle 3409).
.
Sim, mais um livro do Hemingway - o cara que logrou o prêmio Nobel de literatura de 1954 - que leio. Com este, já são cinco os livros que li dele. E, como já previa, mais um livro insosso, medíocre (na média), desconexo, dispensável, para dar envergadura à minha teoria de que os críticos da Academia, aqueles que negaram o Nobel a Roth, o grande escritor essencial, sofriam de obtusidade córnea ou má fé cínica, no dizer de Eça de Queiroz, outro escritor essencial.
.
Eu sabia onde estava me metendo: depois de tantos livros fracos, sem estofo, com diálogos e passagens sofríveis, eu sabia intimamente que iria me decepcionar, mas queria muito ler este livro, por dois motivos: pelo tema da guerra e por ser um dos primeiros livros do escritor, que talvez pudesse ter sido concebido com algum esmero a mais.
.
A história transita em torno do tenente Freddy Henry, um oficial a serviço do exército italiano que, ao se ?cansar?da guerra, resolve abandonar sua função e posto (era responsável pelo serviço de ambulâncias) e deserta, fugindo para a Suíça. Hemingway introduz um improvável amor entre Henry e a enfermeira Catherine, com quem foge num bote pelas águas geladas do norte da Itália. Eles professam amar-se; ela acaba engravidando; no fim, um parto difícil que ceifa a vida do filho e da mãe...
.
Não nego que Hemingway não tenha tido boas ideias para seus romances. Por exemplo, neste, são epicamente notáveis as passagens em que Henry decide pela deserção e pelo fuzilamento e foge numa retirada dramática pela mata castigada pelo frio. É, talvez, a parte mais aproximada de uma história que se passa no tempo da guerra (quem puder, leia o excelente ?Nada de novo no front?, um belo e excelente livro!).
.
Mas há algo em sua forma de contar que é patético, raso e sem nexo. Uma mulher ridiculamente submissa a Henry, sempre com palavras excessivamente açucaradas que soam quase imbecis; o próprio drama do tenente Henry, um homem que busca sobreviver em meio à guerra, que para mim não soou tão diferente do que a agonia de um gato que procura pegar uma mosca; um mar de clichês e mais clichês que tornam essa orgia de mais de 400 páginas um exercício de paciência incomum. Tenho para mim que ou Hemingway tinha algum prazer na autossabotagem, tamanha era sua habilidade em escrever livros tão ruins.
.
Então me vem os exemplos na seara da música, aqueles filhos de cantores consagrados que só vieram ao conhecimento do público pelo carisma e dinheiro de seus pais famosos e verdadeiramente talentosos, e ficam patinando numa carreira patética e sem qualquer originalidade. É mais ou menos o que vejo em Hemingway, um autor levado demasiadamente a sério por uma obra que até um Irving Wallace seria capaz de escrever melhor.
.
Este era o último livro de Hemingway que nutri desejo em ler. Acabou-se a agonia. Agora estou em paz e com a consciência lavada.
Luiz Miranda 06/12/2020minha estante
Batendo na vaca sagrada, hein? hehe


Dione 31/12/2020minha estante
Depois que me tornei um fã do livro O Velho e o Mar, passei a nutrir um desejo para aprofundar nas obras de EH, mas me sinto decepcionado com este livro. Perdi o desejo em continuar lendo sua obra.




spoiler visualizar
thais.moore 24/03/2018minha estante
quote perfeito


Carol Nery 24/03/2018minha estante
Nossa, muito profunda e verdadeira!




regifreitas 18/05/2022

ADEUS ÀS ARMAS (A farewell Diary to arms, 1929), de Ernest Hemingway; tradução Monteiro Lobato.

A premiação de Ernest Hemingway com o Nobel de Literatura ocorreu em 1954. A Academia sueca assim justificou sua escolha: "por sua maestria da arte narrativa, mais recentemente demonstrada em 'O Velho e O Mar' [1952], e pela influência que exerceu no estilo contemporâneo".

ADEUS ÀS ARMAS foi o segundo romance escrito pelo autor, e apresenta muitos elementos autobiográficos. Como seu protagonista, Hemingway também participou da Primeira Guerra Mundial como motorista de ambulância. Também como Henry, ele foi ferido no conflito e acabou conhecendo uma enfermeira por quem se apaixonou. Mas, na vida real, Ernest acabou não tendo a mesma sorte que seu protagonista, já que a moça acabou não retribuindo o sentimento, como acontece com Catherine Barkley, a versão ficcional dessa mulher.

Este é considerado pela crítica um dos melhores livros sobre o conflito. Muito embora eu prefira o NADA DE NOVO NO FRONT, de Erich Maria Remarque, lido em 2020, as descrições de Hemingway sobre a guerra são as melhores partes do livro. Já o envolvimento romântico entre os personagens não me agradou tanto, principalmente por seu excessivo sentimentalismo. Também a construção da personagem feminina deixou muito a desejar. Talvez isso se justifique por ser a visão de um homem sobre essa mulher - ela é descrita a partir do ponto de vista do narrador em primeira pessoa. Falta densidade a essa mulher, e os diálogos entre ela e o protagonista são chatíssimos.

Hemingway não é dos meus autores prediletos. Infelizmente não consigo enxergar em suas obras a maestria que muitos veem. Com exceção de O VELHO E O MAR, que acho um dos textos mais bonitos produzidos em qualquer tempo, o restante da sua obra - pelo menos a parte que já conheci - acabou não impactando tanto. Contudo, ainda não me aventurei por seus contos; segundo alguns estudiosos do autor, eles são o melhor da sua produção.

Embora não tenha entrado para os meus favoritos, ADEUS ÀS ARMAS acabou sendo das melhores coisas do autor que li até o momento.
Wesley 02/06/2022minha estante
Sim, cara!
"Nada de novo no front" -para mim-, "nada de novo no front" é o melhor livro sobre a primeira guerra mundial que já li. É muito profundo.
Hemingway é muito em cenas de ação em guerras, mas ao meu ver, as cenas de romances são meio bobinha para mim. Desse livro em questão, é até legal, mas no livro "por quem os sinos dobram", as cenas de romance são agonizantes.




Carol 10/02/2022

Não gostei
Eu simplesmente detestei esse livro. Sem dúvida estava com as expectativas altas, e como não estar quando todos ficam dizendo que é ?um dos melhores romances sobre primeira guerra mundial já escrito?? E ainda considerando que o livro é escrito em primeira pessoa e tem uma ?grande história de amor?, para mim tinha todos os ingredientes de um livro arrebatador.

Mas simplesmente não funcionou para mim. O protagonista é um babaca, a história de amor do livro é uma piada, os diálogos são vazios, as cenas no front são mal explicadas. E a protagonista feminina Catherine? Para mim, como mulher, chega a doer ver uma protagonista ser descrita desse jeito.

Senti que estava lendo um livro ruim com algumas frases de efeito sobre a guerra perdidas no meio. Me pergunto o que todo mundo viu nesse livro que eu não consegui ver.
nilton rocha 25/04/2022minha estante
Minha opinião empata com a sua.
Na adolescência li O Velho e o Mar, e mesmo naquela época não encontrei o que meu espírito aventureiro buscava. Achei o livro bem chatinho.
Utimamente tentei Do Outro Lado do Rio Entre as Arvores e Adeus às Armas na ânsia de encontrar as qualidades geralmente atribuídas a Hemingway - frases curtas, versatilidade, enredo etc. -, e mais uma vez me senti frustrado.
Em resumo, por enquanto, não vi nada no autor que justifique sua fama.
Diálogos vazios e a historinha de amor superficial que você viu em Adeus às Armas também estão presentes em Do Outro Lado do Rio.
Infelizmente, imagino que não terei ânimo para reler nenhum deles e muito provavelmente também não tentarei Hemingway novamente.




131 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR