O Casamento

O Casamento Nelson Rodrigues




Resenhas - O casamento


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Aryana 23/12/2020minha estante
Anotado.


Thales 23/12/2020minha estante
Recomendo demais. Só não depois das refeições rsss


Aryana 23/12/2020minha estante
Kkkkkkkkkkkkk




Josiane 18/11/2020

A escrita é bem dinâmica, sendo sua maior parte composta em diálogos. De modo geral gostei da leitura. Considero válida e necessária a exposição de aspectos execráveis da natureza humana na literatura, natureza essa que nem sempre coaduna com o ideal forjado por nossa cultura. Afinal, não basta estar convencido que algo é "errado" ou "ruim", é preciso entender porque o resultado de certas ações e crenças pode trazer prejuízos à sociedade e a nós mesmos. Penso que esse entendimento só é possível quando encaramos a realidade, sem a recusa infantil e quase paternal da censura. O que sempre me incomoda nesse tipo de proposta, e que nesse livro não foi diferente, é a construção de personagens tão caricaturados que não convencem. Os diálogos, principalmente os que envolvem Glorinha, são bem estranhos. A partir de certo ponto da leitura, algumas cenas se tornam um tanto surreais e até cômicas, o que talvez seja a proposta da história. Mas, em minha opinião, o livro seria melhor, no sentido de espelhar a realidade e proporcionar reflexões sobre ela, se houvesse, no lugar de caricaturas humanas, personagens mais complexos.
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Vinícius 10/11/2020

UM ROMANCE INCÔMODO
Depois de quase 20 anos, voltei a um dos meus textos preferidos de Nelson Rodrigues: ?O Casamento?, seu u?nico romance escrito para ser publicado diretamente em livro.
Lanc?ado em 1966, foi censurado pelo Governo Militar. A portaria do Ministe?rio da Justic?a alegava que era um romance que atentava contra a instituic?a?o do casamento. Foi liberado meses depois, mas na?o se libertou da aura do esca?ndalo.
Confesso que eu me choquei ainda mais na releitura do que com a primeira leitura. Mas valeu a pena!
Para quem quiser conhecer a esse?ncia da obra de Nelson Rodrigues, eu indico ?O Casamento?. O leitor na?o ira? se arrepender de jeito nenhum!
#nelsonrodrigues #romance #ocasamento #literatura #literaturabrasileira #literature #brazilianliterature
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-Lá- 02/10/2020

Que sarcástico, chocante e indigesto! O primeiro Nelson Rodrigues será inesquecível...
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thaisinha 22/08/2020

Recebi esse livro da TAG em 2016 e só resolvi ler agora.
A leitura em si foi um pouco maçante, demorei muito pra terminar pois, por incrível que pareça, o livro não me prendeu. O enredo é um pouco perturbador e fiquei bem desconfortável ao ler. 
De qualquer forma, o mais interessante é saber que foi uma obra censurada pela ditadura.
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Milly 21/08/2020

Casamento não se adia
Isto não é uma resenha ->

Lançado e censurado em 1966, caso comum nos livros de Nelson Rodrigues familiarizado com a polêmica. O casamento, primeiro e único romance de Nelson, aborda temas comuns em sua escrita, como incesto, homicídio, suicídio e homossexualidade. Mas, o escritor consegue escrever sobre os mesmos assuntos de maneira totalmente surpreendente.
A leitura é fácil de ser acompanhada, apesar do conteúdo denso. Composta por muitos diálogos e apenas algumas descrições, o leitor busca a essência dos personagens através do que eles falam, pensam e agem.
Apesar do enredo passar entre a véspera e o casamento de Glorinha, filha mais nova do Sr. Sabino. Neste curto espaço de tempo uma sequência rápida de inúmeros acontecimentos são apresentados, além de algumas voltas ao passados dos personagens que constrói a história.
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Denise Ximenes 14/08/2020

Termino esta leitura sem entender por que Nelson Rodrigues é tão aclamado.

Explico: conheço o básico da obra dele. Aquilo que a tevê produziu... Por isso, me aventurei na leitura de O Casamento (e muito provavelmente ficarei nela).

Não sei se estou sendo leiga demais, mas eu sinceramente achei o enredo vazio...
Muita preocupação em chocar os leitores (da época, especialmente) com fatos que eram/são tabus - incesto, "pederastia", traições, machismo...

Fazendo uma comparação, entendo Nelson Rodrigues meio como Derci Gonçalves, que tinha uma preocupação maior em demonstrar irreverência por meio dos palavrões, muito mais do que pelo talento genuíno.

Vou ler críticas sobre ele, certamente, mas gostaria de saber que avaliação vocês têm sobre o enredo de Nelson Rodrigues.

Eu, falando sinceramente (e considerando o meu parco conhecimento nas técnicas dramatúrgicas), não gostei. Estou me referindo exclusivamente ao enredo.

Comparando com escritores de calibre, como Jorge Amado, Graciliano Ramos, Machado de Assis, Rachel de Queiroz ... ..., no fundo não entendo o estardalhaço acerca desse dramaturgo.
Débora 19/12/2022minha estante
Denise acredito que Nelson é melhor dramaturgo do que romancista.


Denise Ximenes 19/12/2022minha estante
Verdade, Débora! ?




Joselene.Monteiro 28/07/2020

Escrito em 1966 e censurado pela ditadura militar menos de dois meses depois de sua publicação, “O casamento” é o único romance de Nelson Rodrigues, escritor consagrado sobretudo por suas crônicas e peças de teatro.

A narrativa acompanha Sabino durante as 24 horas que antecedem o casamento de sua filha caçula, Glorinha. São muitas as emoções que se misturam na véspera do casório: orgulho pela magnitude do evento, dilema moral diante do que descobre sobre o noivo e sentimentos conflitantes pela filha. Em meio a esse turbilhão, também emergem de forma irreprimível lembranças de suas primeiras experiências sexuais e da morte do pai.

Diálogos bem construídos fazem transparecer, mesmo em um romance, o talento do dramaturgo. Ao longo livro contemplamos um compêndio sintético dos temas mais controversos explorados em suas peças: adultério, incesto e assassinato. Nelson Rodrigues nos faz olhar por trás da máscara de moral e bons costumes da classe média alta, descortinando que os pensamentos, desejos e ações que tanto condenam são os alicerces de suas vidas.

Um excelente livro para quem está disposto a ser surpreendido até a última página.

site: https://www.instagram.com/genieozepelinho/
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bobbie 13/07/2020

Um tapa na cara da hipocrisia.
Nelson Rodrigues é excepcional. Escreveu sem medo, com sangue nos olhos e as veias pulsando. Neste seu único romance, pronto em apenas dois meses, ele expõe, como era de seu costume, as maiores podridões da sociedade carioca dos anos 1960. "Todos somos leprosos", diz um de seus personagens. E com razão. Às vésperas do casamento da caçula de suas quatro filhas, a que ele descaradamente mais ama, o pai recebe a visita do ginecologista médico da família há trinta anos: o doutor vem contar, em segredo, que flagrou o noivo aos beijos com o seu secretário. "Um pederasta", diz o homem. E agora cabe ao pai da noiva decidir o que fazer com a recém-recebida informação indigesta. Contar à filha? Contar à esposa? Ao padre que celebrará o casamento? Decidir, com pulso firme, cancelar o casamento? Afinal, deve-se permitir que uma filha case com um homossexual? Afinal, um beijo designa um homossexual? Será que outros atos precederam àquele. Se sim, seria o genro o ativo ou o passivo (ou aquilo sequer importava)? Sabino - o pai - vê-se desnorteado, bem na véspera do dia do casamento. A partir daí, uma torrente de podridões e hipocrisias parecem se revelar à esteira do escandaloso segredo do genro (ou será que o médico mentia? Se mentia, com que intuito?). Tal esteira de revelações só vêm mostrar que o ser humano, como diz um dos personagens quase ao final do romance, é, verdadeiramente, um "leproso", no sentido figurado: todos, sem exceção. Em meio a uma cascata de referências a nojo, fezes, cheiro de esperma e urina curtida, que praticamente emprestam ao romance um odor pungente, brota toda a inevitabilidade da decadência humana. E quem somos nós para julgar? Nelson Rodrigues me fez ler suas quase 300 páginas em menos de 24h. Um livro difícil de largar. Não porque fale sobre suspenses e mistérios que prendem o leitor até que sejam resolvidos, mas porque fala, sem pudores e recatos, da podridão hipócrita da alma humana. O posfácio a esta edição é um regalo, uma viagem ao passado da hipocrisia mor: o decreto que mandou suspender e recolher a edição d'O casamento dois meses depois do seu lançamento, em outubro de 1966, por ordem dos censores da Ditadura Militar. Os argumentos só provam que o Brasil de 2020 está cada vez mais parecido com o Brasil que nasceu em 1964 e, supostamente, deixou de existir em 1985. Se puderem, LEIAM.
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Ana 12/06/2020

Sórdido
Se eu achava Asfalto Selvagem, O beijo no Asfalto, Otto Lara Resende ou Bonitinha mas ordinária, livros sórdidos e sujos, eu não poderia esperar pelo murro na cara que ia levar quando lesse O casamento. Aqui nesse romance temos todas as pequeninas obsessões do nosso querido Anjo Pornográfico, porém, como que vistas de uma lente de aumento, obsessões tais como: Incesto, assassinatos, lesbianismo, homossexualidade (que naquela época ainda era chamada de 'pederastia'), traição, suicídio, virgindade, miséria, etc. Só que tudo isso com um tom escatológico avançadinho demais para o Brasil em plena década de 60. Muito ousado, sem dúvida, e percebi aqui que pela primeira vez, Nelson não teve pudores em enfiar palavras de baixo calão nas bocas de seus personagens. E estou falando sério. Na época toda essa sordidez tinha muito mais impacto na sociedade, muito mais do que temos hoje. Hoje temos programas de TV e redes sociais, e Nelson parece fichinha perto disso.
Enredo: Sabino é um homem rico, com um escritório bem conceituado, uma família aparentemente normal, enfim, todos os elementos dos personagens burgueses do Nelson. Sua filha, Glorinha, por quem ele não esconde que tem preferência, está noiva e vai se casar com um rapaz que nem sequer aparece ativamente no romance, é quase como que uma sombra, apenas citado. Glorinha é a típica menina mimada de classe média alta, tem tudo o que quer, e aparentemente ama o noivo, embora haja qualquer coisa de estranho no relacionamento deles, pois o mesmo sequer foi para a festa de aniversário dela. A família de Sabino nutre uma forte amizade pelo doutor Camarinha, ginecologista da moça. Esse ginecologista certa vez flagra ou diz ter flagrado o noivo de Glorinha beijando seu assistente na boca. Achando-se no direito de 'proteger' a menina da 'pederastia' do noivo, ele conta o que viu ao pai da noiva. Doutor Sabino fica em choque ao saber da suposta homossexualidade do futuro genro, e inicia-se então um dilema pesado. Deve ou não contar para a filha?
A verdade é que nem tudo nesse romance é o que parece, e mais uma vez constatei, lendo as falas do doutor Camarinha a respeito do noivo de Glorinha o que já sabia: o homossexual masculino é o indivíduo mais discriminado do mundo, pois enquanto certos homens sentem fetiche em ver duas mulheres juntas, por outro lado ver dois homens juntos causa nojo em certos homens e mulheres, como se o ser homem consistisse única e exclusivamente em viver em função de mulher, em desejar a mulher. E digo mais: diante de tudo o que aparece nesse livro, a suposta pederastia do futuro genro de Sabino é o que há de mais leve e mais normal, de menos obsceno eu diria.
O personagem Doutor Camarinha sente repulsa ao descobrir que talvez haja um pederasta entre os membros da família de Sabino, pai de Glorinha. Mas a própria personalidade de Sabino, sua própria sexualidade, aparece de forma um tanto quanto nebulosa nesse assombrosamente sórdido livro. Leia se tiver coragem.
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Ju Furtado 01/06/2020

Rodrigues...
Censurado dois meses após o lançamento, em 1966, "O Casamento" é o único romance escrito por Nelson Rodrigues. Analisando o conteúdo da obra hoje, com os olhos em 1966, até compreendemos a censura. É um livro rodriguiano em sua essência máxima, com todos os ingredientes que lhe legaram a alcunha de "anjo pornográfico" : adultério, incesto, homossexualidade, traições, estupro, violência. Gostei da leitura mas, honestamente, não sei como se sentiram as mulheres que o leram à época do lançamento, em que o machismo, o racismo e a subjugação feminina ainda eram ingredientes comuns e aceitos na sociedade. Só por permitir esse paralelo temporal, creio que já valha a leitura.
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Lí­lian 18/05/2020

Nossa, eu acabei de ler esse. Foi meu primeiro livro do Nelson Rodrigues, e li pq alguém me disse q se gosto de Rubem Fonseca iria gostar do Nelson e posso dizer com TD força q eles são mto diferentes, mto de vdd, Nelson parece sensacionalista. Mas enfim, o livro é cheio de personagens q não aprecio, racistas, misóginos, assassinos, pedófilos, homofóbicos e por assim vai, as personagens mulheres se odeiam sempre e são violentas umas com as outras, narrador é racista, homofóbico e gordofóbico, infelizmente esses personagens existem e devemos ver o quão longe disse devemos ser. Qto a narrativa achei fraca, com diálogos pobres e monótonos, tem perfil de novela msm, então é uma boa dica pra quem curte esse tipo de literatura. Sempre vale a experiência da leitura, já sei q Nelson Rodrigues não entrou na minha lista de mais um, mas essa é minha lista. Se nunca leu leia e me diga o q achou. Vale a dica. #nelsonrodrigues #literaturanovela #novela #casamento #novafronteira #spicereaders
Bruna.Cruz 12/06/2020minha estante
Eu esperava uma narrativa melhor construída. Foi o meu primeiro livro do Nelson Rodrigues também.




Candido Neto 24/04/2020

Nelson
A leitura vai te segurar no livro, não é a pessoa quem segura o livro, são as palavras quem folheiam o leitor.
A transcrição da fala das pessoas daquela época, os maneirismos, as repetições, as gírias, tudo faz você acreditar que está no meio da década de 60.
No final do livro um adendo sobre a história do livro, as críticas, censuras e como foi recebido pelo público.
Se os temas não fossem incesto, feminicidio, delinquência juvenil... Deveria ser obrigatório nas escolas, ao menos nos vestibulares.
Mas Nelson é Nelson.
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Srta.Jay 28/03/2020

Livro publicado em 1966 e que foi censurado na ditadura, pela "torpeza das cenas descritas e linguagem indecorosa em que está vazado".
A história se passa nas 48 horas antes do casamento de Glorinha, filha do personagem principal Dr. Sabino.

A leitura é rápida, pois contém muitos diálogos, mas a história é polêmica e entra em assuntos de incestos e adultérios.
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