Antígona

Antígona Sófocles
Donaldo Schüler
Cegalla




Resenhas - Antígona


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TalesVR 14/02/2018

Maestria
Em minha passagem pela Trilogia Tebana eis que enfim chego a Antígona, último livro da ''série'' e que me deixou encantado de uma forma que eu não cheguei a imaginar que me encantaria. São tantos os conceitos aqui escritos por Sófocles que depois se tornariam frases prontas, ideias, reflexões, ciências etc. Consigo perceber toques do que hoje seriam Psicologia Social, Direito, Justiça, passagens Bíblicas ( sim, me senti lendo o Antigo Testamento em partes ) e reflexões sobre a moral, atemporalidade e amoralidade das Leis, enfim, uma verdadeira aula de um grande mestre do Teatro grego.
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Marly Cruz 02/02/2018

Antígona
Esse livro é muito atual. Em um sentido mais amplo, fala sobre confronto de ideias,militância e amor fraternal. Antígona se doa até o último momento do livro que me surpreendeu,mesmo sendo uma tragédia grega, eu não esperava que isso aconteceria. Também tem a face da covardia, enquanto Antígona luta pelo velório de seu irmão, a sua irmã se abstém de tudo que envolva esse assunto e Antígona toma a frente em debater com o rei. A argumentação usada é tão séria e forte que cheguei a pensar que era banal a causa de tudo.
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Letícia 09/01/2018

De longe o que mais me fez criar carinho pela história foi a personalidade forte e decidida de Antígona, algo tão difícil de ver nas mulheres dos mitos.
As discussões do livro sobre tirania, direito natural, família, são muito atuais e te deixam absorvidos mesmo depois do fim da leitura.
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Marker 20/09/2017

Sigo com a impressão de que a leitura de qualquer peça ou epopeia grega se torna muito menos proveitoso sem um texto de apoio ou uma edição comentada. Ainda que não tenha sofrido para compreender os temas e motivações de Antígona de uma maneira geral, sinto que existem ali um sem número de referências e proposições que essa edição da L&PM -e minha falta de bagagem literária- não esclarece muito bem.
No mais, grande texto sobre justiça, que acompanha a luta da personagem título para dar um sepultamento digno ao seu irmão morto. A batalha que ela exerce contra o poder totalitário vigente poderia ter sido escrita ontem, tamanha atualidade nas discussões sobre o poder que deve pertencer aos cidadãos. Como toda tragédia grega, muito sofrimento e morte e desgraça. Muito bom.
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Ale 15/03/2017

A assassina de Javert
Trata-se da história da filha de Édipo, resoluta em enterrar seu irmão tombado em batalha contra seu outro irmão. Sozinha, portanto, levanta-se contra a tirania do tio, Creonte, desafiando a lei outorgada por este, na tentativa de sepultar o irmão caído.

Creonte edita uma lei que desafia aquilo que chamam de "lei não escrita" e Antígona, grande heroína, levanta-se para fazer valer a lei não escrita, provinda dos deuses, indissociável da justiça. Há dois pontos muitos interessantes na obra, desenvolvidos no decorrer de poucas páginas, mas muito claros: a briga entre direito positivo (lei de Creonte) e direito natural (direito de ser sepultado), com derradeira derrota do primeiro; e o levante de uma só (uma mulher!) em luta contra todo o Estado, representado por Creonte, sem hesitação ou fuga. A justiça se mostra contra a tirania, sem rodeios ou meias-palavras, e se sobressai mesmo com a morte daquela que a empunha.

O direito vindo dos deuses não pode ser ignorado, pois é eterno e perfeito, de modo que mesmo eles estão sujeitos às leis. Modernamente, a nascente do direito natural toma, em alguns, de Deus, em outros, da natureza humana. De qualquer forma, não é material em essência e só pode ser percebido no íntimo de cada um, seja pelo viés da razão, da intuição ou sentimento, por isso dizer que é inerente do ser humano, porque não pode ser absorvido, mas já nasce com todos.Isso, claro, teria algumas ressalvas a fazer, mas que não cabem aqui, pois ainda estamos em Antígona.

Tamanha heroína numa sociedade dominada por homens, traz à Atenas uma reminiscência da importância da mulher, que estava sendo esquecida e distorcida. O medo da tirania atingia tanto homens quanto mulheres, mas Antígona mostrou que a tirania, a lei, pode estar em caminho oposto à justiça, e não é o medo da morte que afastará a justiça das condutas das pessoas, pelo menos não de Antígona.

O deletério desfecho mostra o tamanho poder do direito natural, provindo, no caso, dos deuses, mostra também que o arrependimento não muda os fatos, o agir sem pensar trará consequências independentes do pensar depois de agir, como fez Creonte. Mesmo destemido a desfazer as injustiças, teve de segurar o filho morto em uma mão e a esposa na outra. Por isso, pensar antes de agir costuma levar as condutas à justiça, não podendo ser ignorada por mero orgulho, como Creonte o fez.

Antígona matou Javert.
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Jacke 30/11/2016

Antígona
E um livro ótimo , lembra muito Romeu e Julieta , mas Antígona e uma personagem de gênio forte e determinada , umas das poucas coisas que atrapalham a leitura e a linguagem que é bem antigo , pois isso é um clássico da literatura kkk mas é um livro apaixonante
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Rebeka 18/03/2012

Fichamento
“Certamente! Pois não sabes que Creonte concedeu a um de nossos irmãos, e negou ao outro, as honras da sepultura? [...]Tais são as ordens que a bondade de Creonte impõe a mim, como também a ti, e, eu o afirmo: ele próprio virá a este sítio comunicá-las a quem ainda as ignore. Disso faz ele grande empenho, e ameaça, a quem quer que desobedeça, de ser apedrejado pelo povo. Tu ouviste o que eu te disse: virá o dia em que veremos se tens sentimentos nobres, ou se desmentes teu nascimento.” (p.6.)
“[...]eu erguerei um túmulo para meu irmão muito amado!” (p.10.)
"Sim, porque não foi Júpiter que a promulgou; e a Justiça, a deusa que habita com as divindades subterrâneas, jamais estabeleceu tal decreto entre os humanos; nem eu creio que teu édito tenha força bastante para conferir a um mortal o poder de infringir as leis divinas, que nunca foram escritas, mas são irrevogáveis; não existem a partir de ontem, ou de hoje; são eternas sim! E ninguém sabe desde quando vigoram! Tais decretos, eu, que não temo o poder de homem algum, posso violar sem que por isso me venham punir os deuses! Que vou morrer, eu bem sei; é inevitável; e morreria mesmo sem a tua proclamação." (p. 57)

“Corre! Liberta a moça de sua prisão subterrânea, e erige um túmulo ao morto.” (p.68)
“Irei, pois, imediatamente! Vinde todos vós, ó servos! com vossos machados! Correi para aquela colina, que daqui se avista! Eu próprio, visto que mudei de resolução, eu próprio, que ordenei a prisão de Antígone, irei libertá-la! Agora, sim, eu creio que é bem melhor passar a vida obedecendo as leis que regem o mundo!” (p.68 e 69.)


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cacanunes 23/09/2016

Uma mulher de fibra
Antígona foi uma mulher que em defesa de seus ideais foi contra as leis de um rei opressor. Ela foi uma voz ativa em meio a uma nação covarde e omissa independente de suas rasões (que segundo Lacan foi de desejo da morte antecipada, e vários outros abrangentes na área da psicanalise principalmente,), mediante a sua posição como mulher na época em questão foi uma atitude audaciosa, o grito da força de uma mulher em uma sociedade conformista, e ainda para aqueles que não tem uma visão tao romântica quanto a minha e a consideram suicida, pra isso também e necessário coragem.
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Bia Oliver 02/04/2016

Ele não tem o direito de me coagir a abandonar os meus!
Apesar de ter feito a leitura prestando atenção na personagem feminina percebi que essa não foi a intenção de Sófocles. A crítica da história gira em torno do rei autocrata que mantinha o poder por seu próprio decreto. Essa forma de governo e de monarquia, apesar de existir desde sempre, nunca é bem vista e aceita por qualquer nação. Muitos líderes já declararam O Estado sou EU, aliás era uma frase comum do Rei Luís XIV Létat cest moi, essa é a verdadeira crítica da peça e acredito que o fato da Antígone ser mulher é apenas um mero acaso ou talvez para dar um toque de emoção familiar ao enredo. O fato é que Sófocles quis mostrar o que acontece até hoje: a frustração e manifestação popular.

site: http://www.leiturasecomidinhas.com.br/antigone/
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LaraF 15/11/2010

Neste livro fica claro e evidente que as leis dos homens quando sobrepõem as leis divinas levam toda uma realidade para o terror. Antígona, filha/irmã de Édipo, ao tentar fazer justiça, dando as devidas cerimônias ao irmão morto é condenada por Creonte, pai de seu esposo, à morte. Mesmo sob conselhos, Creonte, cego por sua justiça questionável, não percebe que dali surge seu piore tormento: seu filho, Hemon, enamorado de Antígona, se mata, por não mais poder viver com sua amada. O que nos faz lambrar que a justiça humana, limitada em sua ignorância, quando ultrapassa a justiça divida, arca com as consequências...
Deve-se a essa justiça humana a realidade de hoje?

Belo livro, sem dúvida!
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Roberto 26/11/2013

Ética Religiosa x Ética Politica
Antígona é filha de Édipo, irmã de Ismênia, Etéocles e Polinices, durante sua vida ela sofre algumas desgraças que a marcam, a primeira foi ser fruto de um incesto de Édipo (seu pai) com a própria mãe. A segunda foi vagar com seu pai cego em sua peregrinação e a terceira foi no combate entre seus irmãos Polinice e Eteocles que é onde começa o livro.

A partir da morte de Édipo, Eteocles e Polinices combinam governar Tebas alternando cada um por um ano, mas Eteocles não cumpre o combinado e Polinices vira um desertor que se vira contra sua cidade natal.

A partir disso, mostra Antígona com sua ética religiosa e motivos pessoais enfrentando Creonte com sua ética política e sua tirania.

É uma história rápida curta, fácil de ler, bem interessante e mostra uma sociedade parecida com a de hoje, onde as leis são impostas por motivos pessoais ou de tirania mesmo e pessoas desobedecem por interesses próprios ou porque acham que estão no caminho certo, é um livro bem recomendado para qualquer um que faça direito ou comunicação social.
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