O Brasil Antes dos Brasileiros

O Brasil Antes dos Brasileiros André Prous




Resenhas - O Brasil Antes dos Brasileiros


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Gilcimar 16/09/2023

Um bom livro
De forma geral, o autor traz uma boa abordagem sobre o tema. Com uma didática bem peculiar, leitura flui de forma natural e simples.
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Laiz 26/08/2020

- bom pra reiterar que a história do brasil não começa com o "descobrimento"
- e pra alertar que a gente tem mais ex-bbb nesse país do que arqueólogo preservando e estudando as nossas origens
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Clio0 15/07/2020

Neste livro, o autor se baseia nas divisão regional atual e apresenta de forma bem acessível os trabalhos arqueológicos durante o século XX.

Há pequenos capítulos explicando sobre os primeiros indícios fósseis, sobre a cultura sambaqui, a pintura rupestre e mesmo os trabalhos amazônicos - hoje em dia ainda difíceis de serem executados devido a sua localização.

André Prous também ilustra o livro com fotos e desenhos dos artefatos e explica sobre a situação da pesquisa científica do Brasil.

Enfim, é um bom livro e poderia ser adotado por qualquer escola para o estudo no Ensino Médio.
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Cris.Peixoto 17/06/2020

O Brasil antes dos brasileiros
Este livro foi para mim um complemento ao "1499 - O Brasil antes de Cabral" e me fez entender que precisamos, urgentemente, rever nosso conteúdo programático de História nas escolas públicas. Precisamos ensinar os fatos verdadeiros.
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Ricardo.Vibranovski 14/10/2016

Interessante.
O tema é fascinante e o autor faz um alerta sobre a precariedade do estudo da arqueologia no Brasil. Talvez justamente por conta isso, o livro acaba sendo uma espécie de inventário sobre o que existe de achados da pré-história no país, sem muita teoria ou profundidade. Vale como introdução ao tema e combate a ideia de que essa era uma região desolada e sem passado antes da chegada dos europeus.
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Antonio Cesar 10/05/2016

“... Neste estado, o estilo mais antigo, denominado Serra da Capivara, apresenta figuras monocrômicas cuja cor contrasta com a do suporte natural”. ...”

5º período a partir da posição 838 no formato MOBI
O Brasil antes dos brasileiros
Andre Prous

O autor nos da um panorama da arqueologia brasileira. Infelizmente o que se constata é que temos muito a evoluir nesta área da ciência com estudos mais aprofundados sobre o que já se descobriu e o pior, localizar e explorar novos sítios antes se se percam para a exploração agrícola/industrial algo difícil com a carência de profissionais. No Brasil não existe curso de graduação especifico na área e, os poucos profissionais existentes não encontram linhas de financiamento para pesquisas acadêmicas.
Irlan Alves 11/11/2016minha estante
É tão triste perceber o quão abandona nossa academia é.


jarryer.pinheiro 09/05/2018minha estante
Já existem diversos cursos de bacharelado em Arqueologia no Brasil - UNIVASF, UFPE, UFS, UFPI, UNEB...




Antonio Luiz 18/03/2010

Um passado plural
Em "O Brasil antes dos Brasileiros", André Prous, arqueólogo francês em atividade no Brasil desde os anos 70 e um dos descobridores do famoso esqueleto de Lagoa Santa conhecido como “Luzia”, oferece a leigos e professores de história uma síntese do estado-da-arte do conhecimento arqueológico da pré-história do Brasil. Apesar de concisa, é uma obra indispensável para o leigo e o professor de história adquirirem uma visão coerente e realista do passado deste território.

Para muitos países hispano-americanos, as culturas pré-colombianas, reconstituídas pela arqueologia e pelos cronistas, são estudadas em detalhe desde o ensino fundamental, como parte da identidade e formação da nação. Já no Brasil, há uma tradição de começar as aulas de história pela passagem de Cabral e tratar e os indígenas como meros obstáculos ou recursos encontrados pelos colonizadores. Seja como feras canibais, seja como bons selvagens em harmonia com a selva, são vistos como parte da natureza – como onças, araras ou pés de pau-brasil, não como seres humanos com cultura e passado próprios.

Quando não ficam com a impressão de que esta terra começou a existir quando os portugueses nela pisaram, muitos preenchem o vazio com idéias fantasiosas, obsoletas ou deslocadas. Muitos brasileiros semi-cultos tomam qualquer sinal de cultura pré-cabralina como prova da presença de fenícios, gregos, vikings ou incas, como se aqui jamais tivessem nascido seres humanos capazes de criar seus próprios símbolos e arte.

É o caso da cerâmica marajoara e das esculturas em pedra encontradas nos sambaquis e na Amazônia e até das pinturas rupestres do Nordeste e Minas Gerais – como as das pedras e grutas de São Tomé das Letras, nas quais se quis ver desde “letras” escritas pelo próprio santo até mensagens de extraterrestres.

Também é comum a idéia, tirada de filmes, livros e desenhos animados importados, de que os primeiros habitantes destas terras moravam em cavernas e viviam entre geleiras e mamutes, como se a Idade do Gelo da Eurásia e América do Norte tivesse sido universal e os trópicos não tivessem sua própria pré-história.

O livro de Prous desfaz esses equívocos. Mesmo rapidamente, explica as teses atuais sobre a origem dos primeiros povoadores do território brasileiro, há mais de 11.500 anos e descreve a fauna e flora por eles encontrada. Ainda mais importante, mostra a diversidade das culturas nativas que se desenvolveram no Brasil antes de Cabral e a variedade de suas realizações técnicas e estéticas, de maneira a corrigir a impressão de simplicidade e homogeneidade deixada por muitos manuais escolares.

E explica os métodos de pesquisa que permitiram relacionar diferentes tipos de vestígios para compor um quadro geral do modo de vida de povos desaparecidos. Entre os quais, o povo de “Luzia” com seus pesados instrumentos de pedra, os construtores dos sambaquis e fabricantes de estatuetas de pedra do litoral Sul, os ancestrais dos charruas e minuanos do pampa e suas casas subterrâneas nos “cerritos”, os artistas rupestres do Sertão e do Vale do São Francisco, os guerreiros tupiguaranis, os ceramistas de Marajó, os criadores dos muiraquitãs e dos complexos vasos rituais das culturas Santarém e Konduri e do Tapajós, os construtores de grandes aldeias e estradas do Alto Xingu.

André Prous adverte, porém, que essa ciência está ameaçada de extinção neste País. Existem, talvez, duas centenas de arqueólogos no Brasil, em geral meros portadores de um mestrado em história ou antropologia com “concentração” em arqueologia. Dedicam-se, na maioria, à arqueologia “de salvamento”, contratada pela iniciativa privada para uma avaliação de impacto ambiental seguida de rápida intervenção para liberar os terrenos de sítios arqueológicos para obras. A pesquisa acadêmica foi quase abandonada, salvo por estrangeiros, pondo em risco a possibilidade de os brasileiros conhecerem o próprio passado.

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