Ubirajara

Ubirajara José de Alencar
José de Alencar
José de Alencar




Resenhas - Ubirajara


79 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


spoiler visualizar
comentários(0)comente



z..... 08/09/2016

Edição da Editora Egéria - 1979
Apenas o registro da primeira leitura que fiz do romance. Essa edição é ilustrada, fato que me instigou a ler o livro na adolescência, e está bem organizada na disposição das notas de referências. Tinha essa edição, mas doei para uma biblioteca.
Caracterizando algo, foi o último romance indianista do autor, escrito em um período próximo de sua morte, e é o mais distanciado do período da colonização. O cenário é a região do Tocantins em um momento pré-Cabral.
Como se sabe, é altamente idealizado, com o indígena sendo valorizado como nunca foi no olhar do colonizador. Lembrei dessa e outras obras indianistas quando li "O paraíso destruído", do frei Bartolomé de Las Casas.
Para conhecer uma bonita e idílica história sobre o índio, essa é uma boa pedida, mas para saber da realidade da colonização, o livro do frei é impactante e recomendado.
comentários(0)comente



Mih Alves 02/07/2009

Um bom livro,
Jaguarê sai de sua aldeia em busca de um título de guerreiro, após vencer um inimigo se apaixona por Araci, porém em sua terra ele já tinha uma noiva: Jandira. Mas ele a abandona e vai para terra dos tocantins em busca de sua virgem amada, entretanto para tê-la terá de lutar. Enfim, por fim ele vence todas as inúmeras barreiras e une a nação de Pojucã e Araci, que recebeu o nome de Ubirajara. Um bom livro.
comentários(0)comente



z..... 08/09/2016

Edição da Martim Claret - 2005 (Coleção Obra Prima de Cada Autor)
Calai ao soar da inúbia e escutai essa maranduba.
No caminho da aratuba, às margens do Tocantins pré-Cabral, contam as lendas sobre os Ubirajaras, senhores da lança. Nação formada pela união dos guerreiros das araras com os guerreiros dos tucanos, a quem os cantores chamavam de Araguaia e Tocantim.
A história começou no encontro da onça com a estrela do dia, o araguaia Jaguarê e a virgem tocantim Araci, unidos pelas chamas da alegria, mais veloz que o tapir e mais bonita que o guanambi, nas matas do taari. Nessa lenda, a onça tornou-se o morubixaba de sua nação, ao ser o único a disparar a pahã do forte arco de Camacã, seu pai, o maior chefe dos araguaias, e derrotar o poderoso Pojucã, matador de gente, a quem desconhecia a origem tocantim. A onça se tornou o hábil Ubirajara, nome de guerra após o confronto com Pojucã, e parte como o desconhecido Jurandir em busca de sua estrela diurna, renunciando ao amor de sua prometida Jandira, a virgem com sorriso de mel, que entregou ao prisioneiro tocantim como esposa de túmulo.
Juracir é recebido na nação tocantim, sem revelar sua verdadeira origem, e numa disputa pela mais bela virgem, Araci, conquista o direito de desposá-la. Itaquê, pai e líder dos guerreiros tucanos, ao descobrir a identidade do desconhecido visitante, principalmente como o vencedor da luta contra seu filho Pojucã e futuro algoz do mesmo, o afasta da tribo sem sua esposa Araci.
Em desdobramentos diversos, a nação tocantim enfrenta a nação tapuia e Ubirajara liberta Pojucã para auxílio de sua tribo. Itaquê é ferido em um episódio esdrúxulo e, mesmo assim, derrota o morubixaba Canicrã, líder dos tapuias. Outras batalhas se desenrolam e os tucanos saem vencedores, mas com uma perda significativa, referente à invalidez de seu maior líder, Itaquê.
Nenhum guerreiro é capaz de substituí-lo por não conseguir disparar seu arco, nem mesmo o forte Pojucã, seu filho, e é esse o cenário para Ubirajara se tornar o líder das duas nações. O mesmo une os dois arcos, fortes como o ubiratã, e dispara duas pahãs que se encontram nos ares, celebrando uma união lendária a partir dali, com suas esposas Jandira e Araci.

A história tem um desenvolvimento simples e o que a torna atrativa é o ar lendário caracterizado por Alencar. Às vezes o indígena parece um semideus grego, mas com um código de honra samurai, sendo heroico e imponente em um idealismo mais que exagerado. Outras vezes a concepção ao indígena mostra uma selvageria impiedosa e bárbara, o que acontece em relação aos tapuias. No final das contas, é como uma inusitada história de cavalaria, com direito a torneio pela princesa e idealização de um lendário herói romântico. Pontos, afinal, buscados no indianismo.
É um dos últimos livros do autor e uma coisa que só agora prestei atenção, referente à biografia, está na idade que faleceu. Aquela barba ao estilo D. Pedro II faz pensar em um sexagenário, mas a realidade é que o autor faleceu com apenas 48 anos. Vitimado pela doença que talvez tenha mais matado grandes escritores do século XIX, a tuberculose.

Gostei da obra, mas detestei essa versão da Martim Claret (2005). Aff! Fico invocado de lembrar que troquei uma edição antiga da Editora Egéria, que gostava e onde li pela primeira vez o romance, por essa. Fato para padronizar meu acervo e reduzir espaço. Não gostei dessa edição por ter suprimido todo o texto final do capítulo I, onde Jaguarê vence Pojucã e tem seu lendário grito assumindo a identidade de Ubirajara; também pelas limitações nas notas de referência, que para mim são uma atração à parte na exploração à linguagem tupi. Tiraram muita coisa. Por causa disso vão as três estrelas em uma obra que merece cinco.

Quando lembro que troquei minha edição anterior, que também era ilustrada (doei para uma biblioteca), por essa...
comentários(0)comente



Nena 13/02/2016

Ubirajara é uma história de amor e guerra entre duas tribos rivais. Diferente dos dois outros romances de José de Alencar, com abordagem indígena, nesse, o amor não é entre índios e brancos, e sim, entre tribos rivais.
comentários(0)comente



Lu 04/09/2015

Por que valeu a pena ler Ubirajara ?
Quando peguei na minha estante, o livro Ubirajara para ler, minha intenção era retomar com ele meu ritmo de leituras que há muito tempo eu não conseguia manter.Então por ser um livro pequeno me impus uma meta de 2 dias para lê -lo, no entanto essa meta sucumbiu já nas primeiras linhas e só completei toda a leitura no dobro do tempo:4 dias. É que Alencar, já nos avisa que será uma leitura com overdose de palavras estranhas a nós, pois é claro, não faz parte da nossa cultura, nem do nosso dia-a-dia. Então, se me dão licença para um conselho: leiam Ubirajara, com um dicionário ao lado, pois isso irá permitir curtir a leitura com mais prazer e claro, compreensão.
Outro fato que me chamou atenção na leitura de Ubirajara é a importância que se da aos 'nomes', nessa cultura . A nós, cabe carregá -lo esse que nos é dado desde que nascemos para sempre, seja como fardo ou como presente.Não importa, gostando ou não carregaremos o nome até a morte. Alencar, nos diz que ali não. Ali o nome exerce uma função temporária.Dura apenas o tempo necessário para identificar seu dono, até que ele por um feito maior conquiste a glória de carregar consigo um nome que faça jus a ele. E aí, pensando nisso , fiquei pensando. E se nós, também tivéssemos essa oportunidade de mudar de nome ao longo da nossa vida?Será que usariamos ao nosso bel-prazer essa regalia ou manteriamos a nossa identificação que nossos pais escolheram pra nós? E se pudéssemos escolher, qual seria o meu nome agora? E o seu? enfim....rs.
O último e não menos importante ponto que me chamou atenção na história de Ubirajara, podem acreditar não foi Ubirajara/Jaguare /Jurandir. Na verdade, o protagonista não me conquistou e achei que durante todo o percurso o que Alencar queria era justaumente isso, que ele figuraesse nos nossos sonhos como o nosso herói! afinal, ele é o mais forte, o mais veloz, o maís perspicaz , o mais corajoso e destemido, e o mais e mais e mais e mais. Mas, se você já leu Ubirajara e não prestou atenção no que vou dizer agora, proponho que o releia e se atenha a duas figuras que passeiam pela história de Ubirajara como coadjuvantes , mas que pra mim foram as responsáveis por me fazer gostar e indicar o livro pra todo mundo. Tratam-se de Jandira e Araci. Alencar nos conta que as mulheres não tem voz, não tem vontade na cultura indígena. Isso fica muito claro, tanto na comemoração da festa do guerreiro como na festa de hospitalidade oferecida a ele na nação Tocantim . Elas ficam à parte na primeira, só assistindo a comemoração dos homens como meras espectadoras, são submissas, obedientes ... até que prestamos atenção em Jandira, que cansa de esperar pelo seu noivo no dia seguinte à festa do guerreiro e vai atrás dele, para saber se ele não vai cumprir sua palavra e casar com ela. Até que a mesma Jandira não pensa duas vezes antes de fugir de sua aldeia, pra não ter que se casar com um prisioneiro do seu amado, apenas porque ele mandou que ela assim o fizesse. E digamos de passagem era muito conveniente para ele que fosse dessa forma. Quanto à Araci, é descrita como a mais desejada virgem da nação Tocantim e já nos seus primeiros diálogos com Jaguare ela propõe que ele se junte aos outros 100 pretendentes que a desejam na sua aldeia, ganhe a todos na tal competição que estava programada, para que ele como vencedor possa receber o grande troféu cobiçado por todos, que nesse caso é ela.
Araci, já nós mostra que não é modesta, e recebe de Jaguare um sonoro não, nesse momento. Porém, capítulos mais a frente observamos, agora já como Ubirajara, o guerreiro entrar na aldeia Tocantim disposto a conquistar a esposa Araci custe o que custar...mais uma vez, vemos aí o poder que uma mulher tem, até mesmo numa cultura onde ela supostamente, não tem poder algum.
Araci ama o guerreiro, mas não vê problema nenhum em dívidi-lo com outra mulher . Até mesmo porque ficamos sabendo que em sua casa sua mãe dividiu o amor de seu pai, com outras mulheres. Mas, quando ela propõe isso a Jandira, esta se recusa, pois diz com todas as letras que a rival "...não sabe amar o guerreiro, que a escolheu para mãe de seus filhos ". Ela nunca ofereceria sua rede de esposa a outra mulher...
Duas mulheres, dois amores e duas formas diferentes de se amar o mesmo homem... No final, Alencar consegue conciliar de forma poética e satisfatória o amor das duas mulheres... Aquelas, consideradas as submissas, sem voz numa cultura tão patriarcal, mas que souberam fazer com que suas vontades fossem satisfeitas até mesmo pelo mais forte, destemido e corajoso guerreiro que todas nações já viram... :-)

Ah! E pensando no amor dessas duas mulheres. Com quem você se identifica mais? Com Jandira ou com Araci? :-)
comentários(0)comente



Miria80 22/07/2015

Protagonista muito egocêntrico
O autor disse que esse livro é irmão de ''Iracema''. Concordo em partes, porque ambos contam histórias indígenas. Mas ''Iracema'' tem muito mais romantismo, suavidade e paixão. ''Ubirajara'' só trata de feitos heroicos do personagem principal, suas lutas, guerras e disputas pela noiva desejada. Não consegui enxergar por exemplo nenhum romance amoroso entre os personagens, parece que tudo é apenas um ''capricho''. O protagonista Jaguarê (também chamado de Jurandir, Ubirajara), é muito egocêntrico, sei lá, parece que ele se acha muito rs. E na minha opinião, isso é o que mais deixou o livro chato. Parece que ele acha que o mundo gira ao redor dele. Enfim, José de Alencar tem romances maravilhosos. Eu ainda estou bem longe de ler todos eles, mas pretendo chegar nesse nível e acho que já posso concluir que ''Ubirajara'' é o mais fraquinho.
comentários(0)comente



Gi Marinho 09/02/2015

Narra a história de um índio tupi, que quer torna-se grande guerreiro (ubirajara significa "senhor da lanças" ou pra nós, lanceiro). É um livro no qual o autor, José de Alencar tenta criar um "herói nacional" na literatura o qual nos falta, tenta também mudar a imagem do índio para a sociedade da época (período do império) em que o índio era visto como um selvagem. O livro foi feito com base em muita leitura e estudos de Alencar, portanto, não é só fruto de sua cabeça, mas, também embasado no que realmente se sabia sobre os índios dessa época, fato que se pode comprovar ao ler o livro, com muitas notas de rodapé (algumas tomando a página inteira) explicando o significado das palavras e dos costumes indígenas.
comentários(0)comente



B. Soares 10/07/2014

O pior - e o mais cansativo - romance que já li.
Aprende-se bastante com Alencar, não há dúvida, sobretudo quando trata-se de palavras novas, eruditas às quais o famoso romancista cearense sempre buscou introduzir em suas obras. Neste romance ele exagera - e muito!
O excesso de termos indígenas tornam a estória de difícil compreensão e de lento transcorrer. As descrições são muito extensas, e, não bastasse as já citadas razões, o personagem tem seu nome alterado por/em várias ocasiões no decorrer de sua vida. Jurandir, Ubirajara, enfim...

O romance é embasado unicamente nos feitos heroicos - na tradição indígena - do jovem guerreiro que dá nome à obra. Sua infância e juventude, as batalhas nas quais se envolve, sua ascensão: Ubirajara, através da hábil pena alencarina, percorre velozmente as matas cearenses e tem - devo dizer - um fim merecido.

Não aconselho-vos a lerem-no.
Há melhores, lembrem-se!
comentários(0)comente



Rogerio Costa 19/01/2013

José de Alencar - Ubirajara
José de Alencar retrata muito bem a vida dos indigenas, além de Ubirajara, José de Alencar também escreveu mais dois romances que retratam o mesmo tema: os costumes dos primeiros habitantes do Brasil.
A guerra é uma das principais tema do romance, além da honra, da força e coragem dos guerreiros.
comentários(0)comente



Danizita 25/06/2012

Pela margem do grande rio...
Caminha o jovem caçador Jaguarê, que se torna o bravo guerreiro Ubirajara e une duas fortes tribos, tornando-se líder de uma grande e poderosa nação indígena. Li esse livro duas vezes, já faz um tempo, mas me recordo que é bem interessante, porém, não acho que essa obra retrata com fidelidade os índios brasileiros, mas valeu a pena conhecer.
comentários(0)comente



Lílian 26/11/2012

Eu gosto dos romances indianistas de José de Alencar.
Percebo, claro, que o indígena é estereotipado e até assume traços muito próximos aos dos europeus e que, como tentativa de gerar uma identidade nacional, foi um tanto forçada.
Mas gosto de imaginar a jornada de Ubirajara atrás da índia pela qual se apaixonou, cujo nome me escapa agora, das guerras entres as diversas nações indígenas, dos rituais e tudo mais.
Um romance que se lê muito rápido e que não decepciona.
comentários(0)comente



Andréa 20/05/2011

Muito mais que uma história de amor...
Através de Ubirajara, José de Alencar nos conta muito mais que as dificuldades para a realização do amor entre Jaguarê e Araci, jovens de tribos inimigas que se apaixonam. Ele descreve o índio em sua forma mais pura, antes mesmo do contado com o homem branco, suas leis, costumes e valores, são retratados de forma a valorizar a "cultura indígena". Mas uma coisa ficou bem clara, seja a guerra entre brancos e índios, somente brancos ou entre apenas indíos, é sempre um ato insano. Mais do que uma história de amor, Ubirajara é a voz das raizes da nossa cultura.
comentários(0)comente



79 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR