Resenhas - Sagarana

Daniel Rolim 01/07/2020

O livro, ao meu ver, alterna contos muito bons com outros não tão bons assim, o mesmo acontecendo com a linguagem inventada pelo autor, que ora é brilhante, ora é um pouco exagerada e cansativa.
Ponto alto para o conto final, "A hora e vez de Augusto Matraga", uma das obras primas da literatura brasileira.

Mateus Sant'Ana 14/06/2020

É uma leitura bastante diferente da que estou acostumado a fazer. Sou mineiro, de Uberlândia, e sempre ouvi histórias dos meus pais sobre a vida no campo, histórias essas cheias de violência, de trato com a natureza, etc. Apesar desse estilo de vida não se relacionar muito com o meu, sempre tive apreço, curiosidade em conhecer mais sobre. Busquei alguns livros da região, de autores menos conhecidos. No meio do caminho, me cruzei com Guimarães Rosa. Demorei a querer lê-lo, por ele ser de outra região de Minas, e quem conhece sabe que existe muita diferença entre o triângulo e outras regiões do estado. No entanto, logo nas primeiras páginas, tive surpresas positivas. Ver palavras que até então eu só havia ouvido da boca dos meus pais e avós, nas páginas de um cânone da língua brasileira foi algo incrível. Os contos em muito se assemelham com as histórias que sempre ouvi, e isso tudo em conjunto com a escolha de vocabulário foi uma ótima experiência.
No entanto, devo dizer também que foi uma leitura difícil para mim. Trata-se de uma escrita muito poética, que às vezes deixa de lado a narrativa e divaga ao brincar com as palavras. Em alguns momentos isso me foi extremamente positivo, mas em outros, acabei de perdendo nos parágrafos.

Leandro.Battu 11/06/2020

Inconfundível!
A linguagem e a narrativa usadas pelo autor são deliciosas. Nove histórias que surpreendem. Não são de maneira alguma previsíveis.

TCN 09/06/2020

Enredo interessante
O livro é formado por contos de diferentes formas de narração. Eu particularmente gostei mais dos de narrador em primeira pessoa, mas todos os contos são interessante por conta do enredo ser diferente de qualquer outro. A linguagem por não ser muito fluida acaba que faz a leitura demorar um pouco mais, mas vale a pena.
O penúltimo conto me foi muito difícil de engolir, mas assim, só ele.
Os outros foram gostosos e divertidos, mesmo eu não gostando do fim de nenhum.

Beto | @beto_anderson 07/06/2020

Chato em muitas partes
Metade dos contos são bons, a outra é muito chata. O autor faz uns meandros para contar a história que cansa e me fez perder o interesse muitas vezes. Sem falar na linguagem muito sertaneja que deixou as contos bem cansativos.

site: https://www.instagram.com/beto_anderson/

Joao.Paulo 02/06/2020

mal resenhado
A atmosfera que a oralidade concede é de, ao mesmo tempo, fantasia e realidade, que, reforçado pela tradição regional imposta nos contos, me dão a impressão de estar sempre cambaleando entre essas duas coisas.

site: https://www.instagram.com/malresenhado/

Erika Xavier 31/05/2020

Releitura maravilhosa
Leitura de riqueza ímpar. A importância e o contraste presente nas narrativas foram incrivelmente construídas.
Recomendo fortemente a leitura e uma dica importante é que busque os significados de algumas gírias, pois uma vez compreendendo, a leitura torna-se mais fluida.

Joice 15/05/2020

Foi meu primeiro livro do autor e apesar da leitura ser um pouco difícil no começo por conta dos regionalismos usados no texto, achei a obra muito rica, e bem desenvolvida.

Mari_Finco_Favero 21/04/2020

Esta que vos escreve apresenta uma das melhores obras que já li, em Sagarana encontramos nove histórias, sendo que sete são narradas em terceira pessoa e duas em primeira pessoa. Todos os contos se passam no sertão mineiro no inicio do século XX.
Este clássico também é muito pedido nos vestibulares.

André Meirelles 05/04/2020

Obra prima da literatura brasileira. A escrita de Guimarães produz tal força imagística que durante a leitura me vi imerso nos sons, cores e imagens de um Brasil riquíssimo e que não nos damos conta que existe. É impossível falar somente de um ou outro conto específico porque todos são espetaculares. Por isso vou deixar a minha impressão particular. O cenário, ao meu ver, é a maior personagem de Sagarana. Os campos, lagoas, florestas, flores e animais narrados com maestria por Guimarães nos levam para dentro das histórias. Me deu uma vontade danada de conhecer Minas Gerais...

yara 02/04/2020

"reze e trabalhe, fazendo de conta que está vida é um dia de capina com sol quente, que às vezes custa muito a passar, mas sempre passa. e você ainda pode ter muito pedaço bom de alegria... cada um tem a sua hora e a sua vez: você há de ter a sua"

de léxico rico, humano, universal e regionalista, "Sagarana" foi o primeiro grande livro de Guimarães Rosa. composto por 9 narrativas irregulares entre si, a fusão de peculiaridades, poesias e lições (acerca do modo de vida sertanejo de ser) agregam singularidade à obra. de lírica única, expressão de toda a capacidade de criação, adaptação e aglutinação do autor, a composição ressignifica toda a paisagem e todos os eus retratados, fator que agrega presença e verossimilhança de nós, interlocutores, diante às novelas. desse modo, o sertão de Minas Gerais se revela acolhedor e propício para todo tipo de situação: traições, fugas, conflitos, doenças, aventuras e afins.

apesar da complexidade de palavras representarem um entrave para meu pleno desenvolvimento das narrativas, a singularidade de todas as histórias me encantaram por sua bela essência. apesar de esse representar o meu primeiro contato com o autor, espero conhecer muito mais da sua produção pelas ótimas reflexões e bons sentimentos em mim ao fim de cada conto. e se você, que não conhece o autor ou procura familiaridade com uma literatura de cunho regionalista, quiser se desafiar a conhecer algo diferente, experimente Sagarana!

Kai 18/03/2020

Resume-se basicamente em bois, cornos e mortes.

Kat 01/02/2020

Sagarana
Os contos são bons e interessantes mas a parte que me estressou e irritou demais é o vocabulário regional mineiro

Dani 16/01/2020

Leitura que obriga muita concentração, talvez pela linguagem cheia de regionalismos e neologismos. Composto por nove histórias. Guimarães Rosa, regionalista, mas universal ao mesmo tempo.