Resenhas - O Mito da Beleza

Karla 20/05/2021

Urgente!
Apesar de ter sido escrito há 30 anos, o livro é totalmente atual, afinal, o mito da beleza está em constante transformação. A autora demonstra como o mito da beleza nada tem a ver com a beleza em si das mulheres, sendo usado como uma ferramenta do patriarcado para manter as mulheres submissas e sob controle. Recomendo fortemente a leitura.

bruwinck 19/05/2021

Incrível!!!
Todo mundo deveria ler. Muda muito o modo que vemos as relações. Incrível mesmo!

Iza 17/05/2021

Extremamente necessário. E se bem usado, libertador.
O mito da beleza não é apenas mais um livro feminista, é um compilado de diversos temas : comportamental, político, filosófico, científico, psicológico e de bem estar. Todos deságuam para um ponto em comum: entender a temática feminina e seu universo inconquistável. Há sempre um pedestal a ser alcançado pela mulher, um pedestal infinito. Primeiro, deram-nos uma jornada de dona do lar para dar conta e vencemos. Segundo, duvidaram do nosso sucesso em uma dupla jornada : lar e trabalho, e mais uma vez vencemos. Dominamos arte, literatura, adentramos a política, o universo jurídico entre outros. Não foi o suficiente. Veio então a tripla jornada: lar , trabalho e beleza. Essa última inalcançável. É uma corrida sem linha de chegada, não há pódio: o objetivo é continuar correndo, buscando.. mas o que finalmente? Essa busca sem meta final definida nos torna vulneráveis, será este então o objetivo? Uma imposição por um padrão de beleza nos escraviza porque nunca nos deixa sentir suficientes ou realizadas, há sempre algo que podemos perquirir e há sempre um novo padrão para nos persuadir. Vários conceitos importantes a autora trouxe à tona: donzela de ferro, complexo FrankensteinIano, entre outros. Foram inúmeros sentimentos e reflexões ao longo do livro,tratar de todos daria outro livro.

O fato é que a beleza sempre foi e será algo a ser admirado. Desde os antigos filósofos discute-se a ideia de beleza ideal. Não é algo objetivo , a beleza sofre mutações com tempo de forma que a subjetividade é sua essência. Não considero prejudicial admirar ou buscar o belo, o que considero prejudicial é q qualificação/ definição do que é belo:a imposição de um padrão objetivo para uma questão subjetiva. E também a imposição de um padrão inalcançável, de forma que sua busca se torne uma espécie de tortura, através de procedimentos invasivos muitas vezes com risco de morte, ou uma prisão , o sentimento de nunca estar satisfeito.
Detalhe importante é que apesar das nuances voltadas para mulher, a autora deixa claro que os homens começam a sentir efeitos disso, uma vez que os padrões masculinos estão sendo publicitados. Em tempos de culto a imagem, é uma Temática extremamente necessária. Gostaria de ter lido antes.

Talita 16/05/2021

A nova forma de controlar as mulheres
Nesse livro iremos entender de forma clara como o "O mito da beleza" age de forma cruel e autoritária perante a liberdade das mulheres.

Muito se ilude quem acredita que o feminismo não é mais necessário e que as mulheres já conquistaram igualdade na sociedade. Esse livro tem a proposta de escancarar como aqueles que detém o poder vem mudando os seus mecanismos de imposição para sempre manter sua posição, afastando as mulheres de sua forma totalmente livre e igualitária. Uma explicação dessa tese é que na época passada da Era Vitoriana a mulher era aprisionada sob o formato "bela, recatada e do lar", o qual instituia que as mulheres deveriam permanecer dóceis, cuidando apenas do lar e se mantendo na posição de eterna dependente e sendo impossibilitada de conquistar autonomia e viver de acordo com as próprias vontades, já no contexto atual, as mulheres já podem (como devem) trabalhar fora e se manter como um indivíduo independente, porém, as mulheres ainda não podem obter seu potencial máximo sendo livres e felizes, porque estão novamente aprisionadas, agora de uma forma mais sútil mas igualmente dolorosa, ela são condicionadas ao "Mito da beleza", o qual em semelhança com a Era Vitoriana, irá ditar como a mulher deve ser para conquistar o amor e o respeito.

Pessoalmente, esse livro me atingiu de uma forma muito intensa, uma vez que me vi tendo exatamente os comportamentos condicionados pelo Mito. A partir dessa leitura passei a entender porque mesmo sendo jovem, já me preocupo com minha idade, embora magra e saudável, ainda me preocupo demasiadamente com meu peso. Nós mulheres não devemos de forma alguma nos culpar por essas atitudes, afinal, fomos criadas, incentivadas e, principalmente, manipuladas para agir exatamente assim. O que o livro trás é a proposta de que é necessário que nós mulheres devemos nos unir e buscar questionar as imposições que são feitas diariamente a nossa aparência, incluindo metodologias cada vez mais dolorosas como as cirurgias plásticas, e a um padrão de beleza cada vez mais impossível de ser conquistado.

Sendo assim, acredito seriamente ser MUITO IMPORTANTE que todas as mulheres façam essa leitura e descubram como têm sido manipuladas e condenadas a viver em um nível muito inferior a seu real potencial.

mariabotan 15/05/2021

Impactante
Caramba, que livro fenomenal! Uma leitura importante, que traz coisas importantes a respeito de como a mulher ainda é vista pela sociedade. Mesmo sendo escrito há vários anos, muita coisa descrita pela autora ainda é atual, infelizmente.

A autora comenta sobre a pressão que as mulheres sofrem em ambientes de trabalho, a pressão sobre seus corpos, como a sociedade sempre impõe que devemos estar lindas e magras, mesmo que para isso tenhamos que desenvolver distúrbios de saúde. A ditadura da beleza ainda é muito real e o livro destaca muito isso.

Além disso, o livro traz o fato de que as mulheres normalmente são postas umas contra as outras com esse critério da beleza, de como o mito induz a isso. Mulheres culpando umas as outras quando na verdade o verdadeiro culpado é esse sistema doentio do mito da beleza.

Não é uma leitura fácil, mas é um ótimo livro. Recomendo bastante a leitura.

Giselle.Pessoa 14/05/2021

Alguns pontos resumidos
Ø O livro trata sobre a questão da chamada beleza feminina e como isso é usado contra as mulheres;
Ø Naomi relata que o patriarcado controla os ideais feministas;
Ø Quanto mais independentes, mas padrões de beleza são impostos;
Ø Os homens não precisam cumprir com padrões sociais mais mulheres sim;
Ø O mito da beleza tem relação com o homem;
Ø No 2º capítulo, a autora afirma que a religião reprimiu a sexualidade feminina, mas não a masculina;
Ø O mito da beleza surge na 2ª inda da revolução sexual;
Ø A autora retrata a ascensão da pornografia feminina e o uso dela para objetificar as mulheres;
Ø 3º capítulo começa com o parto e a dor que a mulher sente, que provem do sexo;
Ø No ultimo capítulo a autora, reflete sobre a necessidade de superar o mito da beleza que aprisiona a mulher;
Ø As mulheres são bonitas como são

Samira_santos 11/05/2021

O grande mito
O mito da beleza é uma Obra, com O maiúsculo mesmo. Eu fui lendo aos poucos, tentando absorver, destrinchar a temática. E sinceramente, se eu tiver conseguido absorver pelo menos um terço do que Naomi Woolf expôs, já sou uma mulher com uma bagagem de conhecimento muito maior do que em relação a antes de ler este livro.
É um livro riquíssimo, composto por dados, explicações, exemplos. Me fez ver a questão da beleza por uma nova perspectiva, é algo que sempre me incomodou e inquietou. De modo que as coisas que li em O mito da beleza, são pontuações que fazem total sentido.
Enfim, confesso que em alguns momentos não entendi bem uma parte ou outra, talvez eu não esteja pronta para entender todo um livro, tão denso que é, de uma vez só. Mas os aprendizados que consegui tirar, com certeza fizeram a leitura valer a pena.

brunapcorreia 10/05/2021

Eu queria ler esse livro há muito tempo e consegui terminar hoje. Ele abrange uma quantidade enorme de conteúdos importantíssimos para a sociedade em geral, mas, principalmente, para a mulher. Em resumo, o quanto o padrão de beleza é político prejudicial para as suas vítimas. Eu me vi em tantas situações que não tem como sairmos ilesas após essa leitura!

Tatiana455 09/05/2021

Ao revelar a crueldade do mito da beleza, a autora demonstra que a verdadeira luta feminista acontece entre o prazer e a dor, a liberdade e a obrigação, a felicidade e o sofrimento. Este livro revela que está mais do que na hora de perder a culpa, a vergonha e o medo de gritar. Não vamos mais nos odiar, nos mutilar e nos esconder! Não vamos permitir que as indústrias da beleza, do emagrecimento e do rejuvenescimento aprisionem e
destruam nosso corpo e nossa mente! Nosso corpo nos pertence!

Lais.Chaves 09/05/2021

Necessário
Leitura dolorosa, mas necessária e extremamente transformadora.

Naomi mostra nessa obra que a idealização dos padrões de beleza não são por acaso.

Perpassando por diversas instituições sociais, tais como a religião, o sexo, o trabalho, a fome e a violência, demonstra como as mesmas vem massacrando mulheres anos após anos.

Lari 04/05/2021

INCRÍVEL
"O Mito da Beleza" é um dos livros mais famosos da terceira onda feminista e extremamente necessário para todos, especialmente agora com esse boom feminista liberal, onde tudo é "empoderamento".

Apesar de toda treta que envolve a autora, o livro não deixa de trazer reflexões super importantes, com citações de outras autoras também importantes. "O Mito da Beleza" me fez questionar e refletir muito sobee mim mesma e sobre as pessoas que me cercam. Embora seja difícil "ficar em paz" comigo mesma no quesito beleza, eu sempre lembro das passagens do livro e tento não "pegar tão pesado".

Apesar letra ser grande, do espaço entre linhas ser grande e muitas das páginas finais serem dedicadas às notas, é um livro denso e extremamente difícil de "ler numa sentada" (pelo menos foi assim comigo).

Naomi Wolf não poupa em sempre trazer reflexões são um verdadeiro tapa na cara e elas me fizeram pensar em várias outras coisas.

É um livro obrigatório pra qualquer pessoa, mas principalmente as mulheres, já que nós somos as principais vítimas do mito da beleza. É um livro obrigatório pra qualquer feminista. É um livro que deve ser lido e relido por todos, afinal, como diz Naomi Wolf "Uma cultura misógina consegiu fazer com que as mulheres odeiem o que os misóginos odeiam"

Daynna Kate 03/05/2021

Embasado? Só que não.
Segundo a autora, o padrão de beleza imposto pela sociedade não é aleatório. Tudo é muito proposital e os opressores são ELES. Homens. Opressores conscientes da opressão e que lucram com ela. Conforme a própria Naomi, “a ideologia da beleza é a última remanescente das antigas ideologias do feminino que ainda tem o poder de controlar aquelas mulheres que a segunda onda do feminismo teria tornado relativamente incontroláveis.”
Tudo me parece tudo muito obscuro. Ela nunca deixa claro os ganhos reais que os homens têm com toda essa opressão. Além do que me parece uma luta contra a natureza e nunca iremos vencer nessa guerra. E caso “vencêssemos”, sairíamos perdendo de toda forma. Mas deixando um pouco de lado minha opinião pessoal referente a tudo isso, ouvi muito dizer (inclusive nos comentários e algumas resenhas daqui do skoob) que este livro é muito bem embasado com pesquisas. Mas sinceramente, são muito duvidosas. Frequentemente a autoria cita “segundo uma pesquisa...” e não cita quando, quem, onde e como foi feita. A autora faz muitas afirmações onde a fonte é apenas as vozes em sua cabeça. Além de outras serem feitas de viés nitidamente nada neutro. Quando uma verdade é dita, não costumam ser necessárias manipulações desse tipo. Outro problema no discurso é que “eles” (os que não querem o avanço das mulheres) não são citados com clareza. Afinal, quem são eles? Porque com toda certeza não são simplesmente “os homens”, apenas por serem homens, todos, oprimindo de forma consciente. Quando ela fala de religiões (especialmente cristãs) e bíblia, ela é bem infeliz, no sentido de interpretação das crenças e dos textos bíblicos. Ficando bem claro que ela não tem base e conhecimento suficiente para fazer um paralelo entre religião e o tal mito da beleza (falo pelo menos das cristãs, já que estou inserida nesse contexto desde sempre).
Enfim, meu posicionamento diante de qualquer livro ou informação é questionador. Independente do viés. Mas questionar as informações deste livro foi fácil demais. Há muitas coisas que poderia citar onde discordo e há grandes argumentos para isto, porém este não é o intuito de uma resenha. É interessante que se leia sim, para saber o que se passa na mente das feministas da “terceira onda”.
Há uma pequena lógica e concordância entre nós quando a autora fala sobre cirurgias plásticas. A reflexão é bem necessária. Porém os motivos e os culpados apontados por ela não me convencem. O vitimismo é um empecilho no crescimento pessoal e este é usado a todo momento com as mulheres neste livro. Querer que o sistema se molde a pessoas ou grupos específicos é não só utópico como prejudicial à liberdade.
Simplesmente não consigo ver com meus próprios olhos e sentir, como mulher, no meu dia a dia, todo esse sistema conscientemente opressor (para com as mulheres).
Segue um trecho que exemplifica bem o que falei até aqui:
“Quem está obrigado a me indenizar pelos pensamentos abandonados, pela energia nunca encontrada, pelas explorações sequer levadas em consideração? Quem me deve pelo ano inteiro de ocupação de minha mente na época de seu desenvolvimento mais premente?” Minha humilde resposta: Absolutamente ninguém. A realidade é esta. Qualquer pessoa (homem ou mulher) tem os fatores externos que os afetam internamente. Não procuramos culpados, mas tomamos a responsabilidade que é nossa de crescer e evoluir com tudo isso, como adultos e seres capazes de evoluir.

mands 26/04/2021

minha experiência não tão boa com o mito da beleza
vamos conversar sobre o mito da Beleza?
primeiro, eu esperava muito de um livro que praticamente só tem resenhas positivas e é colocado num pedestal da atualidade mesmo sendo escrito no início da década de 90. Porém apesar se tratar de problemática muito reais, relacionadas às normas de um padrão de beleza, o livro me parece se perder em algumas partes e também o que deveria incluir e defender todas as mulheres também não acontece. No primeiro capítulo do livro “O feminismo é para todo mundo” Bell Hooks afirma:” o feminismo reformista se tornou o caminho para a mobilidade de classe. as feministas reformistas poderiam se libertar da dominação masculina no mercado de trabalho e escolher mais livremente seu próprio estilo de vida. Mesmo que o sexismo não tenha acabado elas poderiam maximizar a liberdade dentro do sistema existente. E poderiam contar com o fato de existir uma classe média mais baixa de mulheres exploradas e subordinadas para fazer o trabalho que elas se recusavam a fazer.” E este é exatamente o ponto de vista da autora. Outro ponto é a obra utiliza a escravidão e o Holocausto como métricas de comparação a alguma normativa de beleza, o que nem é preciso dizer que é inaceitável. E sobre a questão da rivalidade feminina ela afirma” é mais difícil encontrar a solidariedade quando as mulheres aprendem a se ver mutuamente como beldades” ao invés de afirmar que a competitividade é totalmente oriunda e alimentada pelo sistema capitalista patriarcal que não só usa de mecanismos para enfraquecer a luta, como incentiva e impõe todo um padrão estético. Outra frase que me parece no mínimo estranha é que ela diz que se uma mulher ama sua feminilidade, ela lutará por seus direitos, mas não seria justo a feminilidade uma das construções do gênero, o que se espera do gênero feminino e não uma característica inata de qualquer mulher?a luta por direitos está muito mais atreladas a questões políticas...
no todo o livro traz sim uma questão super importante sobre a mercantilização da beleza e seu uso como forma de opressão, mas o como a autora apresenta e como ela enxerga sua causa e uso dentro da sociedade não foram tão impactantes quanto eu vi em tantas resenhas!

ArielPerote 21/04/2021

UM DOS LIVROS MAIS MARCANTES QUE JÁ LI.
??Opinião??
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Provavelmente a leitura mais difícil que já fiz.
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Esse livro foi o meu primeiro livro lido, com temática feminista na minha vida, só não tinha noção onde esse livro me levaria.
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Como eu falei, é um livro difícil de ler, e por isso a leitura se torna arrastada, não dá pra ler esse livro em dois ou três dias, falo por experiência própria, é doloroso.
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Sobre o livro em si, ele foi publicado em 1990, e por mais que em algumas passagens, eu tenha sentido que pra os dias de hoje elas não são muito condizentes com a realidade, eu, absolutamente, acho esse livro necessário.
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No geral, é um tapa na cara, fala sobre o padrão estético imposto a mulher pela sociedade em geral, que é inalcançável, imposição essa, que só tem a serventia de escravizar mulheres. É sobre como esse padrão de beleza,  que é imposto e perpetuado por mulheres também, e mídias no geral, influência, em todos os aspectos na vida da mulher, seja na vida profissional, nos seus casamentos, na forma como cada uma se vê e em como é imposto certos "entendimento" sobre corpo e beleza na vida da mulher.
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Enfim, esse livro, de novo, é difícil, doído de ler, mas real, atual, mesmo às vezes não sendo, principalmente no momento em que a gente vive, onde o Instagram dita como seu corpo tem que ser, como seu sorriso tem que ser, como sua boca tem que ser, e por aí vai.
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Leiam, mas tragam pra vida de vocês, não leiam por ler, leiam, reflitam e espalhe o que esse clássico feminista dita.
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