@APassional 04/04/2013
He * Resenha por: Rosem Ferr * Arquivo Passional
Será através de Parsifal e da busca do Santo Graal que entraremos em contato com um dos mais enigmáticos mitos conhecidos...
Em sete capítulos curtos e profundos, todos os segredos do Castelo do Graal que mamãe não nos contou, ou contou?
O Mito do Santo Graal, oriundo do século XII, é referência para inúmeras sagas, ele próprio reflexo da clássica jornada do herói, amplamente utilizada como estrutura de codificação literária, é decodificado por Robert A Johnson em He.
O autor apropria-se desse mito medieval, para através dos aspectos simbólicos das personagens, clarificar aspectos da personalidade e do comportamento masculino.
Seguindo o mapa do tesouro.
Como desenvolvem-se os meninos, quais suas buscas, seus receios, seus conflitos? Qual o seu lugar em uma sociedade em que a mulher lhe toma as rédeas desde a primeira infância, onde a figura do Pai lhe é cada vez mais ténue e confusa? Em que a mulher deixa de ser a Deusa e passa a ser a Amazona? Seria esse o motivo da alienação masculina? Da falta de interesse de tantos homens? Em He vamos descobrir o porque de tudo isso.
Esse é o Mapa do homem moderno constelado em um Rei Pescador que está ferido de morte, agonizando, necessitando de um Salvador(a):
“O primeiro passo do homem para sair do Éden e entrar no mundo da dualidade é sua ferida-Rei-Pescador: a experiência da alienação e do sofrimento que vai impulsioná-lo para o início da conscientização.”
Uma vez ferido, ele buscará sua cura, no entanto apenas um jovem Tolo poderá salva-lo como diz a lenda, e a simbologia que a envolve fornece chaves para o que ocorre no mundo real:
“É como se buscasse uma solução inconsciente, fora de si próprio, queixando-se de seu trabalho, do casamento ou do lugar que tem no mundo. Pode até, nesta fase, tentar encontrar uma outra mulher”
Animus, de espada em punho o Guerreiro.
“ As cobranças” e os direitos da Donzela.
E as mulheres, como identificam e desenvolvem seu lado masculino conhecido como “animus”? Como interagem com ele em uma sociedade que as obriga a assumir responsabilidades que anteriormente eram de âmbito exclusivamente masculino?
A resposta está em Branca flor, é a maneira como interage com Parsifal, que nos fornecerá o insight para o verdadeiro sentido de uma mulher na vida e realização de um homem.
Você deve a essa altura estar pensando:
Nossa, tudo que eu queria saber, mas será que vou entender?
Se o tema é complexo o mestre é soberbo. Em He, o intrincado mito do Graal é desvendado e transposto à atualidade com uma eloquência e fluidez, passíveis somente de um arqueólogo da alma como Johnson.
Conhecimentos preciosos sobre o universo masculino estão disponíveis em uma leitura deliciosamente cativante e surpreendente, creiam, vocês precisam ler e ser este pequeno manual, ops, livro.
Recomendado para mulheres que querem ser amadas.
Uau hein?
E você quer?
By Rosem Ferr.
Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 04/04/2013:
http://www.arquivopassional.com/2013/04/resenha-trilogia-he-she-we-robert.html