I-Juca Pirama

I-Juca Pirama Gonçalves Dias




Resenhas - I-Juca Pirama, Os Timbiras, Outros Poemas


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Diego 29/03/2021

Romantismo indianista
Muito bom o livro.
I-Juca-Pirama é espetacular! A Canção do Tamoio também!
Apenas os Timbiras achei um pouco cansativo, mas talvez eu o tenha lido em um momento em que o cansaço não me deixou desfrutar toda a beleza da epopeia.
Vale muito a pena ler este livro.
Relerei em breve.
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Ana Alice 20/04/2021

I-Juca-Pirama e a representação do indígena no século XIX

O aclamado poema “I Juca Pirama”, de autoria de Gonçalves Dias, é um dos maiores exemplos da primeira geração do romantismo brasileiro. Composto por dez cantos com versos metricamente variáveis, ele narra a história de um índio Tupi que, após se embrenhar na mata com seu pai cego, acaba preso por indígenas Timbira para a realização de um ritual antropofágico. 
Assim como as demais obras indianistas, “I-Juca-Pirama” é caracterizada por apresentar a figura do índio como o herói nacional, de forma análoga aos cavaleiros medievais no romantismo europeu. Desse modo, elementos da cultura nativa são essenciais para a compreensão da história, a exemplo do velho pai que percebeu que seu filho estivera em um ritual antropofágico apenas pelo odor acre de suas tintas corporais. Tais elementos também estão presentes na estrutura do poema, como é possível perceber pela musicalidade, que visa imitar os tambores indígenas, presente nos versos que narram os acontecimentos posteriores à captura do índio Tupi. No entanto, essa musicalidade não se aplica a todo o poema, uma vez que, nos cantos marcados pelas falas dos personagens retratados, o ritmo é consideravelmente mais suave.
“I-Juca-Pirama” é, sobretudo, uma obra dramática. O seu título, que significa “aquele digno de morrer”, faz jus à dramatização da jornada do índio idealizado como herói nacional, quem é constantemente colocado à prova dos valores de honra e coragem cultivados pelo seu povo. Assim, todos os acontecimentos são extremamente simbólicos, desde a renegação e vergonha sentida pelo pai ao fechar os olhos para não ver o seu filho, ainda que já fosse cego, até a rejeição do índio como um bom sacrifício pelo chefe do povo Timbira. O poema, além de ser cativante, está repleto de reviravoltas as quais fazem com que o leitor experimente um misto de ansiedade e euforia quanto à resolução do conflito e o fim da jornada heróica do protagonista, o qual acontece com a luta entre o índio Tupi e a aldeia Timbira, uma última prova de coragem. 
A obra, por possuir poucas páginas e uma linguagem relativamente mais fácil do que as demais obras do período, é recomendável a todos aqueles que queiram se introduzir na leitura da literatura romântica brasileira, mas não sabem por onde começar. Também é uma excelente indicação para aqueles que queiram conhecer um pouco mais sobre a mentalidade do século XIX a respeito da figura idealizada do índio e compreender os seus desdobramentos na folclorização da cultura indígena, que persiste nos dias de hoje.
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Daniel Teles 29/06/2021

Não estou preparado
Não posso dizer que gostei. Tampouco que detestei. A verdade é que não estava preparado para este livro. São dois contos em versos contando uma história do universo indígena. O primeiro eu gostei, já o segundo eu me perdi muitas vezes, e acabei não apreciando tanto. Decidi colocar 4 estrelas mesmo assim. Eu não entendi a história, porque ainda não tenho bagagem literária suficiente para entendê-la, e não porque o livro é ruim.
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Ana Paula Hoffmann 13/03/2022

Um clássico da literatura brasileira, I-Juca-Pirama remota ao indianismo do século XIX, o qual, apesar de descrever um indígena bastante heroico, retrata e traz para a nossa literatura o nacional. O ritmo, a métrica, as rimas e os vocabulários são incríveis!

Sobre Os Timbiras, confesso que foi uma leitura árdua. Um texto que não está em sua completude, pelo fato de o autor falecer altes de finalizar, o que acarreta também em aspectos que ainda poderiam ser revistos na parte já escrita. A tentativa de uma epopeia nacional é bastante simbólica, por isso se faz válida a leitura.
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helenaslodk 05/02/2024

Dei uma nota baixa pro livro pq eu sou "burra" e não sei se entendi a história por inteiro, isso porque poesia não é o meu estilo de escrita favorito. Achei I-Juca-Pirama tranquilo de ler, meu problema foi com Os Timbiras que bastante coisa pra mim passou batido e eu fui so seguindo sem entender.
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Bianca.Santos 22/06/2020

Meu canto de morte
obra que vale a pena a leitura, um clássico indispensável do maior representante da primeira geração do nosso Romantismo. No entanto, a leitura é sim muito difícil, pelo fato de conter inúmeras palavras e expressões indígenas de difícil compreensão, porém o livro fornece uma tradução bastante explicativa.I-Juca Pirama, narra uma história belíssima, emocionante, que permite um mergulho em seu enredo.I-Juca Pirama, é inesquecível, a leitura desse clássico é indispensável!Sou extremamente apaixonada por esse poema.
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.

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grazisouzajb 17/03/2022

I-Juca-Pirama
É um poema legal e foi interessante conhecer um pouco mais do romantismo brasileiro mas não é o meu tipo de livro.
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Sara 01/09/2023

6/24 (2023)
Sempre gostei dessa história desde que foi mencionada na aula de literatura, então finalmente li.

Com uma escrita bem característica dos poemas indianistas, mistura dialetos e expressões nada comuns hoje em dia, ajudando na imersão da história. Além disso, expões os valores daquela cultura muito bem.
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Lucas 24/02/2021

Me surpreendi! A lembrança que eu tinha da escrita de autores do romantismo era de quando li Iracema, no meu primeiro colegial, e tinha achado extremamente pedante e desagradável de ler. Hoje comecei a ler Gonçalves Dias com um certo pé atrás, mas foi extremamente agradável.
Para além disso, deixo minha mais completa admiração pela poesia brasileira, tão bela e rica
Leonhard 24/02/2021minha estante
Eu não lia até uns cinco/seis anos atrás. Mas quando leio livros que são passados no ensino fundamental/médio pra galera é impossível não voltar no tempo e imaginar como seria a nossa reação. Bem, no seu caso, fazer um comparativo.




Calð 08/10/2020

Poemas e poesias
Pra quem gosta de poemas e poesias, algumas engraçadas até demais, outras sérias, aqui está o livro perfeito, poucas páginas, mais inesquecíveis cada uma das palavras que estão lá dentro
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Emilly 12/02/2023

Gonçalves Dias é um poeta romântico indianista. Sua poesia está voltada para a dor do "selvagem", que se sente injustiçado pela colonização, espoliado de seus bens e de sua cultura. A natureza aparece como elemento integrado ao selvagem, e este, por sua vez, é colocado como herói nacional, que defende o amor à pátria, retratando o Brasil como um país ferido pela colonização.
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Lucas 11/01/2013

Obra prima
Ao fazer uso de um vocabulário indígena riquíssimo e de uma recriação saudosista de um passado primitivo, Golçalves Dias estabelece o cenário desta obra, cuja "trilha sonora" é criada pelas próprias falas, uma vez que a fonética dos cantos é muito bem aproveitada, mudando-se no momento certo, ampliando o clima de tensão ou amenizando-o, quando favorável.
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bella 11/04/2022

li pra um trabalho de escola, mas é bem legal! a narrativa é em forma de poemas, o que deixa bem mais legal de se ler.
no geral foi uma experiência bacana.
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Mr. Jonas 06/02/2018

I - Juca Pirama
O poema I - Juca Pirama possui 484
versos divididos em 10 cantos. O título do poema é tirado da língua tupi e
significa ?aquele que vai ser morto.? O poema descreve o drama vivido por um
índio tupi, sobrevivente de sua tribo, que é capturado pelos timbiras e deve
ser morto em um ritual. Porém, deve antes relatar suas façanhas, para provar
que é digno de ser sacrificado.

O tupi revela que deixou sozinho o pai velho e cego, pedindo para ser libertado a
fim de cuidar dele, que não deve tardar a morrer. Promete voltar a ser
prisioneiro depois que o pai morrer. O cacique timbira consente em libertá-lo,
mas sem a promessa de voltar por não querer ?com carne vil enfraquecer os
fortes?.
Liberto,
o guerreiro tupi volta ao local onde deixara o pai. Pelo cheiro das tintas no
corpo do filho, o pai percebe que ele fora preso e libertado, o que contraria a
ética indígena. Com indignação, o pai exige que voltem ambos à tribo dos
timbiras.

Chegando lá, o filho é amaldiçoado pelo pai,
pois teria chorado em presença dos inimigos, desonrando os tupis. Para provar
sua coragem, o filho se lança em combate contra toda a tribo timbira. O barulho
da disputa faz o pai perceber que o filho lutava bravamente. O chefe timbira,
então, pede-lhe que pare, pois já tinha provado seu valor. Pai e filho se
abraçam, reconciliados, pois a honra tupi fora restaurada. A história é contada
por um velho índio timbira, como uma recordação.
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