I-Juca Pirama

I-Juca Pirama Gonçalves Dias




Resenhas - I-Juca Pirama, Os Timbiras, Outros Poemas


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Lucas 11/01/2013

Obra prima
Ao fazer uso de um vocabulário indígena riquíssimo e de uma recriação saudosista de um passado primitivo, Golçalves Dias estabelece o cenário desta obra, cuja "trilha sonora" é criada pelas próprias falas, uma vez que a fonética dos cantos é muito bem aproveitada, mudando-se no momento certo, ampliando o clima de tensão ou amenizando-o, quando favorável.
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Mr. Jonas 06/02/2018

I - Juca Pirama
O poema I - Juca Pirama possui 484
versos divididos em 10 cantos. O título do poema é tirado da língua tupi e
significa ?aquele que vai ser morto.? O poema descreve o drama vivido por um
índio tupi, sobrevivente de sua tribo, que é capturado pelos timbiras e deve
ser morto em um ritual. Porém, deve antes relatar suas façanhas, para provar
que é digno de ser sacrificado.

O tupi revela que deixou sozinho o pai velho e cego, pedindo para ser libertado a
fim de cuidar dele, que não deve tardar a morrer. Promete voltar a ser
prisioneiro depois que o pai morrer. O cacique timbira consente em libertá-lo,
mas sem a promessa de voltar por não querer ?com carne vil enfraquecer os
fortes?.
Liberto,
o guerreiro tupi volta ao local onde deixara o pai. Pelo cheiro das tintas no
corpo do filho, o pai percebe que ele fora preso e libertado, o que contraria a
ética indígena. Com indignação, o pai exige que voltem ambos à tribo dos
timbiras.

Chegando lá, o filho é amaldiçoado pelo pai,
pois teria chorado em presença dos inimigos, desonrando os tupis. Para provar
sua coragem, o filho se lança em combate contra toda a tribo timbira. O barulho
da disputa faz o pai perceber que o filho lutava bravamente. O chefe timbira,
então, pede-lhe que pare, pois já tinha provado seu valor. Pai e filho se
abraçam, reconciliados, pois a honra tupi fora restaurada. A história é contada
por um velho índio timbira, como uma recordação.
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JosA225 31/12/2023

I-Juca Pirama
Gonçalves Dias, principal nome do indianismo brasileiro, nos conta a estória de um guerreiro tupi que fora vencido por índios de outra tribo e o pai não aceita suas desculpas e ele volta e vence os índios inimigos e retorna para morrer nos braços de seu pai.
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bella 11/04/2022

li pra um trabalho de escola, mas é bem legal! a narrativa é em forma de poemas, o que deixa bem mais legal de se ler.
no geral foi uma experiência bacana.
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Lorena 29/01/2019

Espírito de índio...
Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos,
Só pode exaltar.
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Juh 10/05/2022

.
Apesar de em algumas partes a compreensão ser meio difícil ou confusa, principalmente para quem não costuma ler obras no estilo, a leitura vale muito a pena.
A primeira fase do Romantismo brasileiro pode muito bem ser resumida por essa obra
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Maumau 04/05/2015

I-Juca-Pirama
Obra prima de um verdadeiro gênio romântico. A métrica, a trama e as rimas todas bem construídas fazendo a história fluir de forma excepcional e expressando o melhor do indianismo de Golçalves Dias. entra na lista das minhas obras favoritas.
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Leonel Cupertino 15/03/2013

Não é muito o meu estilo favorito. Poesia, ainda mais com cunho indígena, nunca me chamou muito a atenção e talvez por isso a minha avaliação para a obra de Gonçalves Dias seja tão baixa.
Porém, é preciso salientar o brilhantismo dessa obra. O autor consegue, com maestria, descrever o sentimento dos timbiras, entrar na sua cultura mais íntima e criar um ambiente narrativo linear dentro de uma poesia, mesmo tornando-a extensa e, em vários momentos, cansativa.
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Pereira 21/10/2012

Honra
O filho teu não foge a luta. Deve ter sido após a leitura desse poema que foi introduzido esse excerto em nosso hino nacional. É emocionante a estória de derrota e humilhação pela qual passa o índio capturado. Pior ainda é ver seu pai entregá-lo novamente aos guerreiros, porque não poderia conviver com um filho que teme a morte. Obra muito cobrada nos vestibulares. Covardia mesmo é esquivar-se de algumas leituras obrigatórias por supor-se que todas são chatas.
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Pererinha 15/11/2011

Princípios que regem um personagem nacionalista




A obra I-Juca Pirama de Gonçalves Dias, tem por excelência o tema nacionalismo, da primeira geração romântica, e conta o desfecho narrativo de um prisioneiro Tapuia da tribo Tupi. O mais interessante é que, por trás dos bastidores remonta princípios ideológicos dos povos indígenas. Arraigados na questão de como os pais educavam seus filhos para serem heróis, ou seja, idealizando que eles poderiam levar a estirpe da família, para varias gerações seguintes, e que do contrario de seus ensinamentos, eram renegados por seus genitores, tudo porque, não entendem que um pai cria um filho e, mostra o caminho da sobrevivência, agora, o que eles irão se tornar, está fora de seu controle. – Caro leitor! Traga suas cognições do subconsciente e vamos refletir sobre as colocações, que aqui tratam.
Depois de uma leitura atenta da obra, a cena em que o filho, cujo, o pai desconhece o mesmo sangue que corre em ambas as veias, quando “o que é digno de ser morto” se depara com o rito antropofágico dos inimigos Aimorés, ou seja, uma contagem regressiva para sua morte, e tudo que faz e chorar num ato desesperador, o que para os princípios de um nobre guerreiro descendente de Tupi, é uma grande decepção. Veja que, o usurário velhinho pergunta duas vezes, significando não acreditar na tamanha covardia, ao qual sua prole foi exposta, porque para eles o sacrifício de uma vida é sinônimo de honra, mesmo que isso custe a vida de seu próprio filho, a questão é, nos dias de hoje pais sacrificariam em nome da honra e da luxuria? Claro que, em pleno século XXI, essa filosofia de vida não tão explicita, pois está era uma prática dos antigos gentis, ou não?

Tu choraste em presença da morte?
Na presença de estranho choraste?
Não descende o covarde do forte;
Pois, choraste, meu filho não és!
Possas tu, descendente maldito
De uma tribo de nobres guerreiros,
Implorando cruéis forasteiros,
Serem presas de vis Aimorés.

Num passo a frente, quando a transcendente história de Hamlet, em que o espírito do rei Hamlet, cujo, o trono foi usurpado pelo próprio irmão, clama por justiça, e aposta que seu filho possa vingá-lo, e assim lavar a honra da família, -refresquemos a memória:

Fantasma.
Se você tem sentimentos naturais não deve tolerar;
Não deve tolerar que o leito real da Dinamarca
Sirva de palco á devassidão e ao incesto.
Mas, seja qual for a tua forma de agir [...] Adeus de uma vez!
O vagalume começa a empalidecer sua noturna;
[...] Adeus, adeus, adeus! Lembra de mim.

O que essas duas histórias têm em comum, é a relação de pai e filho, no caso da dramaturgia Shakespeariana, o filho toma as dores do pai traído, e encontra o melhor para se vingar do tio, o que deve ter da dado orgulho ao Rei Hamlet. Enquanto que, em I-Juca Pirama, o ato covarde de pedir clemência por sua própria vida, e o argumento de que o pai já está muito velho, e precisa dos cuidados de seus cuidados, veja a ladainha:

Eu era seu guia
Na noite sombria,
A só alegria
Que Deus lhe deixou:
Em mim se apoiava,
Em mim se firmava
Em mim descansava
Que filho lhe sou.

O contraste entre as obras é que o prisioneiro dos Aimorés é tachado como covarde, ao contrariar os princípios dos descendentes de Tupã, uma das mais respeitadas tribos, que aqui habitou. O interessante é pensar que mesmo em culturas de povos diferente, há sempre princípios a seguir, para ser bem aceito numa sociedade, isso mostra que de alguma forma, os filhos quase nem sempre tiveram livre arbítrio sobre suas vidas, Por outro lado, há que se pensar, se esses filhos têm uma vida regrada, e de boa reputação, é porque teve pais que zelaram por isso. Então, esses filhos também se tornaram pais um dia, e poderão entender a mentalidade coruja de pai. Gonçalves Dias quis também mostrar nessa obra, (considerada pelos teóricos, como uma das iniciantes da literatura Brasileira), que ser nacionalista significa respeitar leis e princípios que rege uma cultura convencionada, porque muitas vezes representamos outro papel, mais do ser nós mesmos.
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jessicaveiga 05/02/2012

Índios, ainda são nossos heróis?
A relação entre índios e os missionários da companhia de Jesus, aparentemente era uma troca desvantajosa para os jesuítas: viver em meio aos nativos em uma terra em que não se produzia nada para o comércio (e por isso ficou esquecida por mais de cem anos após a descoberta do Brasil), sair da civilização, ensinar os índios a ler, escrever, contar. Muito de dava e pouco se recebia certo? Errado.
A companhia de Jesus surgiu em 1540, após a reforma protestante, seu intuito era transmitir o saber e expandir o catolicismo para povos não antes pensados, nada mais eram do que escolas. Com essas escolas se pretendia reparar os prejuízos causados pela Reforma. Reparar esses prejuízos se deu da seguinte forma: os índios trabalhavam para os inacianos em troca da doutrina.
Os inacianos enfraqueceram os índios da forma mais certeira possível, eles tiraram o que dá a essência de qualquer pessoa: a sua cultura, fizeram isso como se fosse um favor prestado, em troca de uma coisa muito mais valiosa: uma alma. Fizeram com que os índios acreditassem que eram bugres, pessoas sem alma, e que seus costumes eram os mesmos dos demônios.
Através do livro O Uraguai, de Basílio da Gama, vemos que na guerra Guaranítica os índios estavam “(...) clamando ao céu e encomendando a vida às orações dos padres”. Os índios entregavam suas vidas aos padres, tal era a sua confiança. É exatamente sobre essa relação duvidosa de interesses, onde os jesuítas olham os índios e vem recuperação de prejuízo e, os índios olham para os jesuítas e vem a aquisição de almas, que desejo escrever agora, fazendo um comparativo com as situações semelhantes que acontecem atualmente.
Há um trecho nos versos de Basílio da Gama, a respeito da origem de Baldetta, que diz o seguinte “Contam, não sei se é certo, que o tivera, a estéril mãe por orações de Balda”, Gama dá a entender de uma maneira irônica, que o Padre jesuíta fez muito mais que orações para a mãe índia de Baldetta. O que aconteceu muitos anos atrás nas missões jesuíticas (e não apenas nelas), a exploração sexual de índias, se repete ainda hoje, não necessariamente com índios.
Ficamos sabendo através da mídia que alguns padres católicos exploraram sexualmente crianças na Europa e também Estadas Unidos, a partir dessas noticias, começaram a aparecer aqui no Brasil, casos semelhantes.
O caso que mais me chamou a atenção foi o três padres católicos de Alagoas que abusavam sexualmente de coroinhas, que como os índios trabalhavam em troca de ensinamentos. Os padres além de abusar desses adolescentes dentro das dependências da igreja, que como sabemos é para os católicos nada menos do que a casa de Deus, ainda filmavam tudo. É claro que os vídeos foram descobertos e passados em rede nacional (com as devidas tarjas, mas nada que nos tire aquele nó na garganta, que se forma ao ver essas coisas horríveis), e ai que me pergunto em que tipo de mundo vivemos. Uma atitude como essa é abominável vinda de qualquer adulto, o que dizer então quando essa ação é desenvolvida por um padre? Alguém que foi formado para ser um verdadeiro discípulo de Deus, que esta no mundo para pregar a Suas palavras nos dar conselhos baseados nos ensinamentos Dele.
A exploração sexual não foi à única cometida pelos jesuítas, os padres usavam os índios para lutar a sua guerra. Uma guerra que afinal das contas, não serviu de nada, pois passado um tempo, os índios sobreviventes da guerra Guaranítica, voltaram para as mesmas colônias da qual foram tirados.
Para resumir, a relação de jesuítas e índios, era uma relação de interesses cada qual tendo no outro o seu objeto de desejo, um explorando ao outro. Mas é claro, não podemos esquecer, os jesuítas tiraram a cultura dos índios, com promessas de lhes dar outra, que tinha como bônus, uma alma. Os jesuítas deram aos índios uma coisa que eles já tinham há muito tempo... quem sabe, não eram os índios que deviam ser doutrinados.



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