Lobo de Rua

Lobo de Rua Jana P. Bianchi
Jana P. Bianchi




Resenhas - Lobo de Rua


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Aninha de Tróia 15/11/2020

Li a primeira edição de Lobo de rua uns bons anos atrás. Não lembro de muita coisa, só de que gostei. Lendo essa edição da Dame Blanche, me surpreendi com como o livro é bem escrito. Gostei bastante dessa releitura e estou muito curiosa pra ler mais sobre a galeria Creta.
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Jennifer Maciel 03/09/2020

Um conto nacional rapidinho e com um final surpreendente!
Eu gostei bastante desse conto. A leitura fluiu rápida, a história me prendeu e ainda me deixou curiosa pra saber mais desse mundo sobrenatural escondido em São Paulo.
O conto é muito bem escrito. Consegui simpatizar e ter empatia pelos personagens principais. O final me chocou bastante, não esperava de forma alguma por esse desfecho.

Vale muito a leitura.
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Menina.Jasmim 11/08/2020

Boa leitura
Raul sempre teve uma vida complicada. Em situação de rua desde muito novo, precisou crescer nesse ambiente inóspito, se acostumar em ser uma pessoa invisível e se esforçar para sobreviver. Quando as coisas já não estavam boas para o garoto, pioraram ao descobrir que, de alguma forma, ele foi infectado e agora se transforma em lobo na lua cheia. Uma transformação com purpurina e musiquinha de fundo como em desenhos animados? Claro que não. Se tornar um lobo vem junto com a dor e a destruição.

Tito também é um lobo, mas suas centenas de anos o tornaram bem mais acostumado às dores de sua transformação, além de possibilitarem bastante tempo para estudar tudo o que podia sobre lobisomens e ajudar novos lobos. Pelo cheiro, ele chega a Raul e o “adota” como membro de sua alcateia de dois, para ensiná-lo como proteger a ele e aos outros, e não sofrer tanto com as mudanças de seu corpo.

O texto tem um pouco mais de 120 páginas, é uma leitura rápida que leva o leitor por uma São Paulo diferente quando vista pelos olhos de um lobo. Não, não de um lobo, de uma pessoa em situação de rua e marginalizada. A parte fantástica é bastante importante, mas, para mim, não foi isso que realmente me chamou a atenção no fim. A autora soube trabalhar muito bem os personagens, mostrando que ninguém é totalmente vilão ou mocinho. Eles são bastante verdadeiros e é fácil ter empatia pelos dois. Além disso, há a questão das ISTs, já que a que a doença que os transforma em lobos é transmitida pelo sexo.

Foi uma leitura bastante interessante. Sofri com os personagens e imaginei como é estar na situação deles. Não apenas na parte de se transformar em lobo, mas também em ser um excluído da sociedade. Uma coisa que me incomodou um pouco foram as sentenças muito grandes e com linguagem bem específica, o que é ótimo para o texto e o estilo, mas para mim me deixavam um pouco perdida. Tirando isso, foi uma ótima leitura e o final me deixou querendo saber o que acontece com os outros personagens e se há continuação.

Indico para quem curte fantasia urbana/ sci-fi e lobinhos.

site: http://ultimasfolhasdooutono.blogspot.com/2020/07/lobo-de-rua.html
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Maria Clara 14/07/2020

Eu chorei, caralho.
Eu estou para ler esse livro a um tempo já. Desde que comecei a ouvir podcast sobre literatura e meio literário sempre que se fala em fantástico nacional é Jana Bianchi para cá, Jana Bianchi para la. Comecei até a ouvi o curta ficção. Pensei "ah, vou ler e ver no que dá né". EU CHOREI. Eu realmente não tava preparada para isso kkkkkk esperava uma leitura leve e divertida, e apesar de ser, o modo como a Jana sabe colocar temas delicados sem pesar na leitura é impressionante. Chorei no final e tentei sentir raiva na autora, mas não consegui. Agora vou lá caçar mais coisa dela para ler, com licença.
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Rafa 27/03/2020

Esse é um dos poucos livros que consegui encontrar sobre lobisomens e ainda me surpreendi por ser de uma autora nacional

Nesse livro iremos acompanhar a história de Tito e Raul. Tito um homem que já viveu muitos anos e que encontra Raul, um recém transformado perdido no meio de tantas informações novas sobre a sua nova vida.

Eu sei que é um conto mas eu esperava mais, só não sei o que.
Achei bem incrível a construção das cenas de transformação deles em lobisomem, me deu nervoso só de imaginar mas ao mesmo tempo os fatos que foram acontecendo não me cativaram a ponto deu querer ficar entretida na história.
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Alanna.Serra 25/02/2020

Para ajudar na ressaca literária!
A leitura fluiu muito bem, li o livro super rápido e isso não tem ligação com a quantidade de páginas, pois já li livros do mesmo tamanho e que levei muito mais tempo para concluir a leitura. O livro é bom, entretanto, não achei espetacular, vale a leitura!
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Haniel Ferreira 11/02/2020

Lobo de Rua é uma daquelas histórias que te fazem entrar na maior cidade do Brasil e enxergar que, de fato, ela pode ser o palco dos mais fantásticos e estranhos acontecimentos que jamais foram imaginados.
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Nana Barcellos | @cantocultzineo 19/12/2019

Esta história é um prequel da série A Galeria Creta, que terá seu primeiro volume lançado em breve. O universo da autora envolve uma galeria nos submundos de São Paulo, onde a realização de todo e qualquer desejo pode ser encontrada à venda, sob a gerência do misterioso Minotauro.

As primeiras páginas iniciam a história de forma tensa, pois Raul está lidando com uma transformação e a sede por sangue o domina. Ele contraiu a licantropia e toda lua cheia precisa encarar o fato de se tornar um lobisomem. A doença é sexualmente transmissível e não atinge mulheres. Vivendo pelas ruas de São Paulo, o menino se tornara um alvo fácil, assim como suas vítimas. Mas Raul não faz ideia de como lidar com os atos sanguinários e com o que passa com seu corpo e mente. É aí que o italiano Tito cruza seu caminho.

Tito carrega anos de histórias nas costas, sabe como ter um lobo novato pelas ruas pode ser perigoso. A possibilidade de uma imprevisível invasão de caçadores sempre o deixa em alerta. Decido a não chamar atenção, o senhor acolhe Raul e o tira das ruas por algumas horas, dando-lhe um teto, banho, descanso e comida. Embora essas poucas horas sejam o suficiente para que ganhe a afeição do menino, despertando certo lado paternal. Mas não se enganem, Tito já passara por essa conexão inúmeras vezes. Tristemente.

Altamente informado sobre os momentos doloridos pré-transformação, Tito tenta acalmar Raul oferecendo-lhe a possibilidade de um misterioso lugar o qual não poderá voltar-se contra conhecidos em seus pontos na rua. Quando se alimenta de um ser humano, o lobo paga um preço eterno e atormentador por aquela saciedade momentânea. Raul acredita que jamais conseguirá lidar com essas consequências, mas se apóia na proposta de Tito.

A caminho do refúgio, eles encontram uma misteriosa mulher que trabalha como vidente. Lá um casal já está a postos para uma futura consulta. Por outro lado, Raul e Tito estão prontos para encontrar o tal refúgio e superar mais uma noite funesta. Brecha perfeita da autora para atiçar a curiosidade dos leitores para o primeiro volume de sua série. Mas será que ambos conseguirão lidar com mais essa lua?

"- Desculpe o assunto nojento, mas é preciso falar. Veja, não é frescura: alimentar-se de humanos, além de não ser uma boa ideia do ponto de vista moral, é também um péssimo negócio para o nosso corpo e para nossa mente. - Baixou a voz até um mero sussurro. - Raul, ragazzo, eu não li isso em livro nenhum, mas posso te garantir: quando você devora um humano, é como se alma do finado ficasse aprisionada dentro de você. Pra sempre."

Desde que li uma resenha sobre esse livro no Queria Estar Lendo fiquei super empolgada para conhecê-lo, simplesmente porque leio quase nada de narrativas focadas em lobisomens, apesar de ser uma figura sobrenatural que curto. É aquela coisa: assisto mais que leio. Acrescentando o fato de ser nacional, sem se deixar levar por um cenário gringo - e dizer que há informações sobre universo sobrenatural de outros estados, que já me deixou em alerta. Não é muito comum, né? Lobo de Rua se passa em várias localidades de São Paulo. Mesmo em poucas páginas, Jana consegue nos encantar com uma ótima descrição de cenário, nos colocando perfeitamente nos pés de seu protagonista Raul.

Raul é jovem e passou parte de sua vida sobrevivendo nas ruas. Ao ser contaminado e experimentar todo processo da transformação, acaba por se expor, pois não tem ideia do motivo daquelas sensações; por estar acontecendo com ele. Não consegue fugir da incessante fome e, sem piedade, ataca outros em situação de rua. E é assim que o livro inicia, nos jogando o dilema de Raul ao escolher sua próxima refeição. Meio violento? Sim. Mas é um bom ponto para que o leitor já aprecie parte da construção da autora; cheia de cuidado e detalhes. Do processo da contaminação, a humanização na personalidade de Raul, das sensações, das lendas, das pesquisas e mais...

A autora inclui fatos históricos para fixar que os lobisomens vivem entre nós desde sempre. O legal é que nada soa forçado, pois temos a presença de Tito e seus tantos anos, com muita história pra contar. Está sempre com livros de pesquisa, o que até rende um momento "livro dentro de um livro" com os capítulos iniciando com parte de uma publicação de um pesquisador do mundo lupino. E nota-se como batem com os acontecimentos em torno de Raul e Tito.

Como estamos falando de um prequel, acredito que não seja aconselhável poluir esse tipo de narrativa com trocentos personagens. Então a autora meio que adia a introdução de coadjuvantes - que certamente serão de suma importância nesse universo - e impossível não nos deixar super curiosos. Principalmente a vidente e o ser denominado Minotauro. A interação é bem feita e no momento certo. A história tem diálogos simpáticos, que conseguem até transparecer certo bom humor em meio tanto medo e sangue.

"-... o último [caçador] Onofre Fagundes, morreu no início da década de oitenta, em uma expedição de caça na Floresta Amazônica, mordido por uma das mais malditas criaturas dos infernos.
- Por um lobisomem? - perguntou Raul.
- Não...
- Vampiro, então?
- Não, pô. Por um mosquito."

Lobo de Rua é a dica perfeita para você se deliciar com uma fantasia urbana nacional. Leitura de um dia, e fins de capítulos com belos ganchos, certamente te deixará ansioso para o lançamento oficial da série. Por outro lado, você pode querer respostas sobre algumas questões e personagens apresentados nesse livro, assim como eu, e a única resposta possível será: ela deve abordar nos próximos volumes. Algo que pode desanimar. Ah, e o final não é de todo feliz. Fiquei surpresa, e me soou muito corajoso, aliás.

Edição lida em e-book. Apesar da foto no Kindle, a leitura foi feita pelo celular porque o e-book foi adquirido na loja online de livros do Google, a PlayLivros. A edição está lindíssima. A imagem que abre cada capítulo é parte da ilustração da capa, que também só valoriza o trabalho da autora. A fonte título também é usada em títulos pelas páginas. Nas primeiras páginas acompanhamos opiniões de alguns autores, enquanto nas páginas finais temos uma entrevista com a autora. Primeira obra que leio da editora. Adorei todo cuidado, revisão e organização do e-book.

site: https://cantocultzineo.blogspot.com/2019/11/livro-lobo-de-rua-jana-p-bianchi.html
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Marcela 05/10/2019

Um verdadeiro marco na Fantasia Urbana
Passado nas ruas da cidade de São Paulo, Lobo de Rua nos apresenta Raul, morador de rua desde que se conhece por gente. Uma noite porém, sintomas estranhos em sem explicação começam a se alastrar por seu corpo, se intensificando mais conforme a lua cheia se aproxima, até que, quando a noite fatidica finalmente aparece no céu, Raul passa sua primeira vez como lobo, atacando e devorando tudo que vê pela frente.

Durante a jornada de Raul em sua nova condição, também conhecemos Tito, um lobisomem experiente que decide acompanha-lo, orientando-o sobre a maldição e contando todos os detalhes que o jovem precisa saber. Mesmo com uma narrativa relativamente curta, a amizade dos dois é muito bem desenvolvida e, pra mim, foi um ponto alto do livro.

Além de trazer misticismo à pontos já conhecidos da cidade de São Paulo como a Praça da Sé, o conto também mostra a vida do ponto de vista de um jovem abandonado pela sociedade, desumanizado, marginalizado e mantido nas sombras mesmo antes de se tornar o verdadeiro monstro, sempre questionando que talvez hajam maldições ainda maiores que a licantropia em si

"A diferença de Raul para os outros lobisomens que conhecera é que o garoto sempre fora daquele jeito, desde que nascera. Uma criatura abandonada, sofrida de dar dó"

Com personagens carismáticos e uma releitura muito interessante do mito do lobisomem, Lobo de Rua foi um conto que me prendeu durante toda a narrativa e ainda arrancou umas lágrimas no final. Um verdadeiro marco na Fantasia Urbana

site: https://www.instagram.com/bookishmorning
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Pri | @biblio.faga 22/09/2019

Lobisomens paulistas?!
“Lobo de Rua”, escrito por Jana P. Bianchi, é prólogo de um futuro livro sobre a “Galeria Greta”. O livro, curto só no tamanho (122 págs), é potente e visceral tanto na escrita quanto em seu enredo.

Temos a história de Raul, um morador de rua, que contrai a maldição da licantropia. Condição esta que apenas passa a entender quando conhece Tito Agnelli, uma espécie de mentor nesse submundo.

Mais do que um livro de fantasia nacional habitado por criaturas sobrenaturais que residem em São Paulo, o livro traz uma forte crítica social ao denunciar, por exemplo, a situação de invisibilidade social do protagonista e comparar a licantropia com a AIDS.

Quote:
“A diferença de Raul para os outros lobisomens que conhecera é que o garoto sempre fora daquele jeito, desde que nascera. Uma criatura abandonada, sofrida de dar dó.”

site: https://www.instagram.com/biblio.faga/
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Fran 18/08/2019

Fantástico
Jana P. Bianchi chega com lobisomem em uma mão e uma teoria de transmissão da licantropia na outra, criando assim Lobo de Rua, um conto espetacular que promete muita coisa boa sobre a autora.


Raul, garoto em situação de rua, acredita já ter a dose suficiente da infelicidade, afinal, sendo alguém invisível e desgraçado para a sociedade, ele não espera muito mais de seu futuro. Até que Raul contrai a maldição da licantropia, tornando-se mais do que apenas um lobo de rua, mas um sedento e perigoso lobisomem em desenvolvimento. Tito Agnelli compartilha da desesperança de Raul, conhece a sensação da transformação, de ser rasgado todo mês para a criatura ser liberada. É terrível, cruel. Assim, compadecido com o sofrimento do jovem filhote, Tito acolhe Raul na Alcateia de São Paulo, extinta até então por falta de lobisomens residentes na Pauliceia. Depois de décadas de contaminação, Tito conhece cada detalhe da maldição e é ele quem vai nos conduzir para dentro desse mundo, nos guiando até a Galeria Creta, lugar em São Paulo onde eles e outros ao menos podem ser bem-vindos nas noites de lua cheia.

Citei na resenha de O Capeta-Caolho Contra A Besta-Fera, outro conto de lobisomem, que era difícil trazer algo muito usado na literatura, afinal, onde é possível inovar, sem deixar repetitivo para o leitor? Jana P. Bianchi fez bem ao mostrar que a doença poderia ser sexualmente transmissível, que um lobisomem se criaria e transmitiria a condição através do contato sexual com uma fêmea. Acho que esses detalhes sempre enriquecem uma mitologia frequentemente usada e transformam a leitura em uma experiência diferente para o leitor.


Além dessa ideia, ela também inova jogando um mocinho em ambientação fora do nosso comum, já que Raul está em situação de rua. Não me recordo quantas histórias, se é que li alguma antes, com um protagonista que não morava ou no seu apartamento ou no dos amigos/pais. Criamos essa empatia logo de cara, pois podemos imaginar aquela pessoa ao relento, sofrendo com toda a dor física e mental, o medo constante de alguém que se abriga debaixo das marquises. O sofrimento se intensifica por Raul ser um garoto, um menino que agora precisa aprender a sobreviver a uma transformação visceral e doentia, que aliás, são cenas descritivas pesadíssimas do conto. Aqui Jana não mede palavras e nos mostra como realmente é terrível deixar de ser humano.


A narrativa focada em Lobisomens traz também algumas pinceladas de um mundo fantástico criado pela autora, estando entre criaturas secundárias, os Minotauros, por exemplo. Sendo assim, temos uma nova versão da licantropia, mostrando o desenvolvimento da maldição, mas também deixando aquele gostinho de que muita coisa boa pode vir do mundo de Raul e Tito.

Lobo de Rua tem um apelo descritivo forte, por vezes fiquei com o estômago embrulhado, pensando no sofrimento de Raul e Tito. Em outros momentos, me peguei pensando até onde eu iria pelo bem de outra pessoa e se isso de fato é algo bom. Fica a dica.
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