Lobo de Rua

Lobo de Rua Jana P. Bianchi
Jana P. Bianchi




Resenhas - Lobo de Rua


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Henrique 07/05/2018

RPGistas aprovarão!
Excelente livro. Uma pena ser muito curto. Há muito material no livro a ser desenvolvido.
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Aline 09/04/2018

Lobo de rua é uma fantasia que se destaca pela crítica social, o que nem sempre é comum nesse gênero literário. Por ser de autoria nacional a obra é recheada de referências musicais, alimentares e relacionadas a locais na cidade de São Paulo, podendo facilmente familiarizar o leitor com o universo descrito.

Muito bem escrito, é um livro curto e de leitura rápida, instigando a curiosidade do leitor a cada página. Os capítulos iniciam com trechos do fictício Novus Codex Versiopelius, misturando realidade e ficção de maneira criativa ao desvelar conhecimentos “científicos” a respeito da licantropia.

A única objeção que apresento com relação ao livro é justamente relacionada à sua maior qualidade. São apresentados problemas sociais que não me agradam numa leitura de fantasia. Essa observação passa longe de ser uma crítica à obra, sendo apenas a manifestação do meu gosto literário. Aprecio livros de fantasia justamente para usá-los como lazer e fugir das dificuldades da vida real. Admiro a intenção da autora, reconheço a importância da obra e recomendo a leitura, porém não posso dizer que foi prazerosa em todos os momentos, e talvez esse seja justamente o maior mérito do livro.
JulioBarcellos 09/04/2018minha estante
Concordo que não é um livro que vá agradar a todos, e esse foco na crítica é bem pesado e denso, podendo desagradar. Mas a escrita da autora é ótima e envolvente, e também por fazer algo fora da curva pode ser que isso também surpreenda positivamente os leitores. Vale a leitura para cada um ter sua experiência.




Arthur 02/03/2018

Lobos entre nós
São Paulo é uma megalópole onde misturam-se as mais diferentes etnias e linguagens, culturas e camadas sociais. Numa simples viagem pelo Metrô você pode encontrar uma variedade humana maior que um viajante do início do século XX encontraria em toda sua vida.

Por isso é natural que a cidade seja escolhida por Jana Bianchi para sediar a Galeria Creta, um universo mitológico moderno regido por um Minotauro, acompanhado pelas mais diversas criaturas e principalmente lobisomens. Mesmo que a invisíveis à sociedade, não são tão diferentes dos milhares de mendigos espalhados por toda a capital paulista.

E é no conflito entre a descoberta de sua natureza por um jovem lobisomem e seu mentor acidental, onde encontramos o maior brilho de “Lobo de Rua”.

Jana Bianchi traça paralelos poderosos entre problemas sérios da nossa sociedade e a mutação gradual do jovem em uma fera incontrolável; não vou adiantar muito para não estragar a leitura, porém a explicação encontrada pela autora sobre o modo de alguém se transformar em lobisomem é genial, e absurdamente simples. Esqueça a história do sétimo filho: aqui, a coisa é muito mais visceral. A ligação com a realidade é assustadora.

Há uma sub-trama interessante, uma conclusão surpreendente — daquelas que você ama ou odeia — e principalmente, um gancho fantástico para uma continuação. “Lobo de Rua” é uma leitura rápida e termina com um gostinho de “quero mais”, que esperamos ser resolvido em breve.

Para não se sentir muito órfão do universo da Galeria Creta, recomendo outra história da mesma autora, intitulada “Sombras”. Vale conferir.
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Evelyn 18/02/2018

Uma história diferente
Gostei muito dos personagens. Gostei de Raul, um garoto de rua, mas gostei de Tito, um personagem cativante. Minha leitura foi fluindo graças à maneira como a linguagem foi se apresentando. Descrições boas. História envolvente.
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Carol Vidal 12/01/2018

Cativante
Lobo de rua é um livro que gera identificação imediata com os personagens. Já nas primeiras páginas, nos importamos com destino tão cruel de Raul e queremos saber mais sobre Tito, um personagem fascinante. A escrita da autora é fluida e consegue prender o leitor.

Para mim, o mais interessante do livro foi a reflexão que ele gerou, de que por pior que seja a maldição de ser um lobisomem, nada se compara à invisibilidade e ao abandono de um morador de rua numa grande metrópole como São Paulo.

Recomendo fortemente a leitura e mal posso esperar por mais histórias nesse universo.
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Li Caldas 25/06/2017

Fantasia urbana excelente
Quando comprei o livro, achei que seria um livro infantojuvenil, mas me enganei completamente. Trata-se de uma fantasia urbana, com um leve toque de terror. O livro, apesar de curto, tem uma história muito rica e o melhor, se passa em São Paulo. Achei ótimo, porque a maioria de livros que li sobre lobisomens são de outros países... Muito bom! Gostaria de ler mais histórias sobre a Galeria Creta.
Recomendadíssimo! Vale muito a pena a leitura.
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Igor 15/06/2017

Jana manda bem
Bem, não sei ao certo o que dizer de Lobo de Rua além de que gostei. É, certamente, uma leitura que me agrada, principalmente pelos pequenos momentos que me fizeram dar aquele sorriso de canto de boca e pensar "É, mandou bem". A obra é criativa onde tem de ser e satisfaz, sem dúvida, um bom amante da literatura fantástica. Há um ou outro ponto mais delicado no enredo e tive a impressão de que determinados elementos mereciam mais tempo de desenvolvimento, mas isso não torna a história ruim de qualquer maneira que seja.
Aguardo ansioso pelo próximo volume da Galeria, e espero que sinta o mesmo ao terminar esta leitura.
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Paulo 11/06/2017

Construir uma história em um ambiente familiar é uma forma de chamar a atenção dos leitores para uma descrição única e precisa. Mas, nem sempre quem mora em um lugar consegue descrever o cenário de forma competente. Não é o que acontece aqui: Jana P. Bianchi nos guia para o submundo da cidade de São Paulo onde as aparências enganam. Sejam bem-vindos à Galeria Creta onde o dono é um Minotauro e os principais clientes são lobisomens.

Lobo de Rua conta a história de Raul, um menino de rua que descobre possuir uma maldição em seu corpo. Durante a lua cheia, Raul se transforma em uma terrível besta cuja fome é insaciável. Para a sorte de Raul, ele encontra um estranho chamado Tito que parece entender do que Raul está passando. Tito também é um lobisomem, mas com mais experiência. O estranho abriga Raul e tenta explicar um pouco sobre sua nova condição. Procura acalmar o rapaz e aponta as nuances da difícil vida de um lobisomem. Em seguida, Tito leva Raul até a Galeria Creta onde eles poderiam se abrigar durante uma noite de sua terrível fúria de lobisomem. O livro também conta a história de Teo, um rapaz que faz aniversário naquele dia e é levado por sua amiga Bruna até a casa de Soraia, uma cigana que diz prever o futuro. Apesar da relutância inicial de Teo e sua descrença, será que Soraia é realmente uma fraude? Ou existe algo mais nas previsões da cigana?

O aspecto que mais chama a atenção na escrita de Jana é a familiaridade. Também senti essa familiaridade quando li A Liga dos Artesãos de Lauro Kociuba. Mesmo aqueles que não vivem no lugar, se sentem acolhidos e familiarizados com a ambientação da narrativa. Sendo assim, a autora pode se preocupar mais com a caracterização dos personagens já que a ambientação funciona bem. Gostei da descrição da Galeria Creta, mas achei que ela poderia ter explorado mais esse ambiente. Acredito que a autora retome o espaço underground em outros trabalhos.

Os personagens são bem construídos. A autora consegue passar bem toda a decadência e miséria da vida de um menino de rua. Isso sem passar uma ideia de vilania ou de estupidez ao personagem. Raul é apenas uma pessoa que foi abandonada e foi obrigado a passar por maus bocados. Isso não faz do personagem um coitadinho ou uma pessoa com melancolia excessiva. Muito pelo contrário: Raul é esperto e consegue pegar as dicas de Tito rapidamente. A relação entre Tito e Raul é, a grosso modo (bem grosso modo mesmo), semelhante à de Lestat e Louis nas Crônicas Vampirescas de Anne Rice. Tito tenta agir como um mentor para Raul, mas existe algo mais em suas intenções que só ficarão claras posteriormente. Mesmo os personagens secundários como o Minotauro, Teo, Soraia e Bruna são explorados de maneira decente pela autora. Os personagens são bem redondos, ou seja, são caracterizados de forma a serem realmente individuais e não pontos perdidos na história.

Achei que a autora se dedicou muito ao capítulo explicativo da história, ou seja, o momento em que Tito explica a Raul a sua maldição. É o capítulo mais longo e ele é simplesmente uma sequência de diálogo, mitologia e conclusão sobre o que foi dito. Alguns autores chamam de data dumping, ou seja, é quando o autor precisa trabalhar os limites aonde o fantástico se distancia do real. Explora os sistemas de magia, as informações sobre o universo literário, as relações entre os personagens. Isso pode ser feito de diversas formas: nos diálogos (como a Jana fez), através de um terceiro personagem que pergunta tudo, através de uma descrição aprofundada (estilo do Tolkien) ou através de múltiplos Pontos de Vista (usado por George R. R. Martin). Achei a forma como a autora fez o data dumping correta, mas acho que ela poderia ter espalhado mais as informações entre os demais capítulos. Não é ruim, ainda mais sendo que o livro é pequeno, mas incomoda um pouco. Acabou que o desenvolvimento do enredo se deu mais a partir da segunda metade do livro quando ele pega velocidade. Essa é a melhor parte de Lobo de Rua. O começo é muito devagar, o que pode afastar um pouco alguns leitores.

No mais, adorei a leitura. Rápida, divertida e intrigante. Jana deixou muitos pontos de enredo aberto para explorar em livros subsequentes. Ela conseguiu escrever uma história fechada, mas alguns personagens permanecem para que retornemos posteriormente à Galeria Creta. E desejo retornar para me deparar com personagens diferentes e histórias curiosas. Posso dizer sem medo que a escrita da Jana tem muito a evoluir, e poderemos estar presenciando o nascimento de uma grande escritora de fantasia urbana.

site: www.ficcoeshumanas.com
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Luigi 20/04/2017

O Lobo te aguarda na Galeria Creta
Cara, que livro incrível! Uma história de fantasia urbana poderosa na grande São Paulo. Uma visão interessante do mito do homem-lobo, com uma maldição silenciosa que passa através de outra coisa que não uma ferida. O nascimento e um gene adormecido que está só a espera de alguma coisa para ativá-lo. Muito bom.

Raul é um garoto de rua, perdido na grande selva de pedra e sem qualquer visão de um futuro decente… Ou sequer de um futuro. Um garoto que sofre, agora, com a maldição da lua. E ele sequer sabe o que está acontecendo. Ele sequer sabe o que é um lobisomem de verdade, apenas ouviu uma ou outra história pelas ruas, mas nunca imaginou que fossem verdadeiras.

Tito, o italiano viajante, será seu mentor nessa aventura. Nesse rito de passagem que determinará quem ele é e quem ele deixará de ser. O que deve fazer, qual é seu desejo. O que ele tanto anseia. Ah, que relação maravilhosa. Almas perdidas que se encontram e guiam-se juntas. Uma relação de pai e filho que nunca se viram ou sequer foram cunhados pelo sangue. Pai e filho. Amigos. Uma família, uma alcateia.

A autora contou uma história fantástica de um lobisomem brasileiro. Compartilho com ela a paixão pelo mito do lobisomem, pela história dos eternos, mas confesso que costumo vê-los como abençoados e não amaldiçoados, mas todas as visões são válidas. A história muda conforme o lugar e Bianchi nos contou a sua.

site: https://diariolunar.wordpress.com/2017/04/11/resenha-lobo-de-rua-jana-p-bianchi/
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Taverneiro 11/04/2017

Licantropia nos becos de São Paulo
...
O livro conta a historia de Raul, um menino de rua afligido pela maldição da licantropia. Vamos acompanhando as primeiras transformações dele, até que ele é encontrado por um lobisomem muito mais experiente, Tito, que o ajuda nos pormenores da transformação e explica para ele o “submundo” em que agora ele está envolvido.

Raul é um garoto bem sofrido, e o texto não esconde isso em nenhum aspecto. Ele já sofria antes pela vida nas ruas e com a maldição isso só se agravou. O texto da Jana explora muito os sentidos do leitor, com cheiros, toques e sons, sem fazer uma leitura descritiva pesada. Conforme vai lendo, você acaba sentindo os cheiros, as dores e alegrias sem parecer que você leu aquilo tudo, como se o texto não saísse das folhas para a sua mente, e sim te puxasse para dentro da cena. Isso é muito bom para demonstrar o sofrimento de viver nas ruas, e a grotesca transformação em lobo, movendo ossos e esticando a carne. A autora faz isso sem transformar a historia em um horror gore, e toda essa graça é um dos pontos fortes do livro, na minha opinião.

A partir do momento em que Tito chega, Raul se torna o personagem ouvinte, acompanhando o leitor na apresentação de toda a mitologia por traz dos lobisomens e um pouco do mundo fantástico além do mundo normal. A história se revela como sendo de mestre e discípulo, onde daí para frente vai se explorando mais a relação de Tito e Raul.

O livro vai crescendo de um drama com a situação de Raul para algo mais voltado a fantasia urbana, lá para o finalzinho apresentando relances de uma história a mais, com a apresentação da cigana, o minotauro(!) e sua Galeria Creta (um tipo de ponto de encontro para as coisas mais “fora do comum”), isso tudo indo muito além de Raul. Mais são apenas alguns detalhes que provavelmente a autora vai explorar em livros futuros.
...
Eu achei que a história se perde um pouco nas nuances emocionais. Partindo de um drama com lobisomem para uma fantasia urbana, os temas não são mostrados com a profundidade que eles mereciam. O que é uma pena, pois no pouco que foi retratado no livro, já ficou claro a habilidade da autora. Esse tratamento rápido provavelmente se deve ao fato do livro ser extremamente curto, não chega nem a 100 páginas, deixando a obra com um gosto de prologo, o que é uma pena.

Enfim, é um livro bem escrito, com bons personagens e claramente um universo inteiro por trás a ser explorado. A minha principal “critica” é que tem pouca história, e eu queria mais, o que deve ser um bom sinal né XD. O que eu li só me deixou curioso de ver um livrão de 600 páginas escrito pena Jana, que com certeza seria algo memorável. ^^

site: https://tavernablog.com/2016/12/13/dica_da_taverna_lobo_de_rua_originalidade_nas_ideias/
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mouemily 18/01/2017

Lobo de Rua é brutal.

Praticamente todos meus amigos sabem que lobisomens são meus monstros favoritos. Coloco minhas mãos em qualquer coisa que tenha essas criaturas - e volta e meio acabo assistindo ou lendo filmes, seriados e livros terríveis em tudo quanto é sentido. Mas Lobo de Rua foi, justamente, uma daquelas obras que fazem valer a pena esse meu desespero. Do nível pular direto pros primeiros lugares na lista logo que li as primeiras páginas.

O primeiro livro (ou novela) de A Galeria Creta tem uma escrita muito boa. As descrições são tão detalhadas que você se sente dentro da ação. Cada capítulo é iniciado com um trecho de um livro do universo que explica a licantropia da melhor maneira possível, o que por si só já prepara o leitor para o que está por vir. Ainda assim, esse não é um dos tópicos que eu mais gostei no livro. O que eu amei mesmo, de verdade, do fundo do coração (que doeu muito lendo esses 14 capítulos) foi a construção do monstro lobisomem. Em pouca mais de uma hora de leitura, Jana consegue explicar e expor a licantropia de um jeito maravilhoso sem soar didático. Mesmo quando Tito, o lobisomem mais velho, explica a licantropia para Raul, o recém-transformado, a conversa dos dois é tão verossímil e real que você não se sente um aluno em uma aula chata ouvindo um professor mecânico. Os palavrões e as reações de Raul a cada nova descoberta eram deliciosas, mesmo sendo de cortar o coração. E a transmissão da licantropia como a de uma doença sexualmente transmissível foi uma mudança inesperada e chocante nessa mitologia.

Os poucos personagens que aparecem também são incríveis e nos deixam cheios de curiosidade. Raul, o protagonista, me destruiu. Tito, o italiano centenário, é tão bem escrito que eu mal posso esperar para ler mais sobre ele. Minotauro, Téo e Soraia, então, nem se fala. Mesmo não sendo o foco dessa história, dá pra ver que eles ainda têm muito a nos contar. E eu mal posso esperar pra descobrir mais, principalmente quando lembro das referências a vampiros e chupa-cabras.

Fantasia urbana é um dos meus gêneros favoritos e, quando ela é tão bem feita e ainda por cima tão brasileira, a única conclusão é que eu vou amar - mesmo não sendo grande fã de lobisomens sanguinários e sofredores como os de Jana (muito menos dessa história de que mulheres não podem se transformar).
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Francis.Graciotto 09/12/2016

Ótimo livro!
Lobo de Rua foi uma leitura rápida, mas entregou tudo o que eu esperava e um pouco mais. A história toda é ambientada em São Paulo, misturando lugares reais com fantasia, e os personagens são muito fáceis para o leitor se identificar. Apesar de Lobo de Rua ser uma história completa, a autora apresenta um universo que me deixou com vontade de explorar além. Quero mais histórias da Galeria Creta!
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Tamires 02/12/2016

Lobo de Rua, de Jana P. Bianchi
Sinopse: “Raul é um morador de rua, um homem invisível e desgraçado como tantos os outros. Como se sua desgraça não fosse suficiente, Raul contrai a maldição da licantropia, tornando-se um lamentável lobo de rua. Tito Agnelli não compartilha do abandono de Raul, mas conhece muito bem a sensação de ser rasgado por dentro, todos os meses, pela coisa vil que se abriga nele. Assim, compadecido com o sofrimento do recém-transformado, Tito acolhe Raul na Alcateia de São Paulo, extinta até então por falta de lobisomens residentes na Pauliceia. Depois de décadas de contaminação, Tito conhece cada detalhe da maldição que o transforma em lobisomem. Além disso, conhece também a Galeria Creta, um lugar em São Paulo onde ele e outros dos seus são bem vindos nas noites de lua.

Basta pagar o preço.”

Lobo de Rua, da autora Jana P. Bianchi, é o mais novo lançamento da Editora Dame Blanche, disponível para compra em e-book na Amazon e em outras plataformas online. Aqui, conhecemos o jovem Raul, um menino de rua que transforma-se em lobisomem e não sabe lidar com mais esse problema em sua vida. Surge, então, Tito, um imigrante italiano, lobisomem experiente, que se dispõe a ajudar o garoto em sua nova realidade.

Jana P. Bianchi ambienta sua história de lobisomem em São Paulo, e isso é maravilhoso! A autora mostra que sim, é possível escrever fantasia de qualidade sem usar como cenário a Europa ou algum lugar fictício que claramente situa-se no velho mundo. Lobo de Rua é uma história envolvente, portanto, de leitura rápida, que consegue nos deixar próximos não só do sofrimento de Raul, mas também de sua realidade, como um menino desabrigado e a margem da sociedade brasileira.

“ – Vixe – lamentou Raul, seu instinto alarmado e preocupado pelo simples conceito de antagonistas à sua nova raça. – Espero mesmo não ter atraído um caçador. Não sabia de nada disso.

– Ah , não, garoto, acho que cheguei a tempo desta vez. Quando senti você no mês passado, tratei de monitorar a Folha, o Estadão, a Globo.com. Não saiu nada muito óbvio, fica tranquilo, você foi até que bem discreto. E, de todo o modo, não temos mais nenhum grande caçador residente em terras brasileiras. O último, Onofre Fagundes, morreu no início da década de oitenta, em uma expedição de caça na Floresta Amazônica, mordido por uma das mais malditas criaturas dos infernos.

– Por um lobisomem? – Perguntou Raul.

– Não…

– Vampiro, então?

– Não, pô. Por um mosquito – disse Tito, dando uma risada amarga e rouca. – Malária, vê se pode. Uma ironia dos caralhos, não?”

A edição da Dame Blanche traz, ainda, uma breve entrevista com a autora, da qual, aliás, já virei fã. Posso dizer, pela primeira vez, que adorei uma história de lobisomem. Já quero mais.

site: http://www.tamiresdecarvalho.com/resenha-lobo-de-rua-de-jana-p-bianchi/
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Maria Santos 07/08/2016

Leitura muito mais do que recomendada! (#QualquerCoisaLTDA)
Acredito que a Stephenie Meyer deveria dar uma lida nessa novela, assim não faria lobisomens tão meigos e vampiros tão fofos que nem causam medo. Ok. Não vamos julgar os outros autores.
Jana tem um estilo bem legal ao narrar os fatos, que independente de onde estejamos, vemos as coisas que narra, acontecerem de fato. Meninos abandonados à própria sorte. Homens, mulheres e crianças que são julgadas como marginais pela população, o qual muitos são destinados a caminhos errôneos e que não conseguem submergir para condições melhores. É uma leitura que nos faz refletir certos modos, certas situações e certos conceitos que temos. Uma ótima leitura!
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