Rafael 14/01/2018
Menos estado, mais indivíduo
O livro foi escrito por Milton Friedman em conjunto com sua esposa Rose Friedman. Na época Friedman fez uma série de palestras e depois veio fazer um programa de televisão com o mesmo título do livro “Free too choice”. O ensaio é uma defesa coerente do liberalismo econômico, elencando diversas áreas com a economia, por meio de uma linguagem acessível aos não economistas.
“Livre para escolher” é um resumo de diversos temas ancorado no liberalismo: o debate entre a liberdade e a igualdade; a relação da intervenção estatal na economia; o sistema de financiamento estudantil; os serviços públicos e os serviços privados e etc. E, sobretudo, a discussão sobre a liberdade individual com o crescente aumento do estado.
O debate entre a liberdade e a igualdade é a chave para compreender a tese de Friedman. A América sempre lutou por maior liberdade, sobretudo em meados da declaração da independência, período que reforça essa proposição. Foi com esse alicerce que os Estados Unidos se consolidou, ancorados na liberdade política e na liberdade econômica.
Mesmo os Estados Unidos sendo um país mais liberal na economia, no final dos anos 70, período em que fora publicado o livro, a América padecia de cada vez mais da imposição estatal na vida das pessoas, por meio de diversas regulações nos vários seguimentos da sociedade, o aumento da burocracia estatal, de funcionários públicos, e é claro o aumento de impostos para a sociedade arcar com o ônus desse estado interventor.
O legado é o esforço que Friedman fez ao querer dar mais liberdade ao indivíduo. Da defesa de um mercado mais desregulado para crescer a economia, gerar mais empregos, mais inovação em produtos e serviços e, consequentemente a diminuição de preços, por meio da concorrência privada. É o modo pelo qual a sociedade se beneficia como um todo, mesmo numa desigualdade mais equitativa frente a modelos estatizantes. Friedman com seu posicionamento a favor da liberdade econômica, influenciou parte da economia americana da época, e ainda hoje continua sendo objeto de estudo e influência em diversos países, sempre pautado na liberdade individual frente ao perigo do agigantamento do estado.