Espírito Santo

Espírito Santo Luiz Eduardo Soares




Resenhas - Espírito Santo


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Rafael 08/09/2014

Espírito Santo - Política bandida
Esse livro me impressionou muito, pois até sua leitura, eu acreditava que bandido era bandido, polícia era polícia e político era político.
Ele tráz todo o desenrolar do caso Alexandre, desde seu assassinato, passando pela descoberta do assassino, até chegar aos grandes políticos e juízes que arquitetaram sua morte.
O livro mostra de maneira clara, tudo que se passa por trás do pano, onde pessoas com poder se portam de maneira ilícita, agindo através de assassinos contratados.
Literatura imperdível.
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Gabriel 09/12/2012

Livro otimo que conta a como aconteceu a morte do juiz alexandre , uma pessoa que morreu por conta de começar uma luta contra o crime...
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Anderson.Pissinate 06/08/2012

Espírito Santo revela como a criminalidade colocou um Estado de joelhos. Ao mesmo tempo, mostra que, contra todas as expectativas, a batalha entre a Justiça e a barbárie ainda não está perdida.
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Danielle 03/09/2010

Espírito Santo
Um dos melhores livros que li ultimamente que mostra a grande podridão entranhada no Poder Judiciário do nosso país. Um livro que todo acadêmico ou profissional devia ler e analisar.
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Luciano Altoé 17/06/2010

Qual o limite do crime organizado?
Sou capixaba e bacharel em Direito, tendo concluído a graduação no final do ano de 2003, mesmo ano em que o Juiz de Direito Alexandre Martins de Castro Filho foi assassinado em Vila Velha-ES, enquanto se dirigia para sua academia de ginástica.

Este é exatamente o ponto principal que envolve o novo trabalho de Luiz Eduardo Soares (coautor de Elite da Tropa), aqui auxiliado pelo Juiz de Direito Carlos Eduardo Ribeiro Lemos e o Secretário de Segurança do Espírito Santo, Rodney Rocha Miranda, ambos coautores desta obra.

Quem não reside no Espírito Santo pode conhecer os fatos que envolveram o assassinato de Alexandre Martins, mas somente quem reside no Espírito Santo pode sentir os efeitos da sua morte. Principalmente para mim, na época estudante de Direito, toda aquela sequência aterradora de fatos não fazia sentido.

Eu não era inocente, sabia que no Estado agiam organizações criminosas poderosas que eliminavam sumariamente todos os que se opusessem aos seus esquemas.

O que eu (e a quase totalidade da população) não sabia era até onde essas organizações poderiam chegar. Um magistrado sempre me pareceu uma pessoa intocável, criminoso nenhum seria burro o suficiente de matar um juiz, pois seria uma afronta tão absurda contra o Judiciário, a caçada aos bandidos seria tão implacável que ninguém em sã consciência ousaria perpetrar uma ação como essa…

O corpo do Dr. Alexandre tombou sem vida em uma rua da cidade de Vila Velha-ES no mesmo instante em que toda a população percebeu que o crime organizado tinha ultrapassado todos os limites, se é que há limites para o crime organizado no Brasil.

Por ser capixaba, eterno estudante e amante do Direito, os fatos descritos nesta obra geraram um efeito natural em mim. Um misto de revolta e tristeza acompanharam a leitura do início ao fim do livro. Não é fácil ver os problemas de sua “casa”, não é simples se deparar com os seus defeitos mais cruéis.

Mas encarar nossos próprios defeitos é o primeiro passo para a solução dos problemas. É necessário revisitar nossas falhas a fim de descobrir o caminho para a melhoria. Eu precisava ler esse livro. Sou capixaba. Sou brasileiro. Essa obra, antes de ser um retrato de um estado é o retrato do Brasil.

Por escancarar um problema tão recente e grave do Brasil (o envolvimento do mais alto escalão dos três Poderes com o crime organizado), entendo ser esse livro de importância fundamental. É imprescindível à população conhecer até onde chegar essa rede infindável de terror e quem pode ser atingido por seus tentáculos impiedosos.

Como qualquer livro-reportagem, “Espírito Santo” enche o leitor de dados aterradores do poderio dos criminosos. Mas como todo ótimo livro-reportagem, os autores da obra não se contentam de “cuspir” detalhes sórdidos nos leitores; de maneira precisa eles preenchem cada espaço com uma narrativa clara e agradável.

Relacionar as informações sobre o crime qualquer repórter competente pode fazer; mas interligar essas informações de uma maneira prazerosa, construindo uma narrativa coesa e uniforme, somente pode ser realizada por um ótimo escritor.

Assim, a narrativa de “Espírito Santo” em momento algum torna-se enfadonha. Os fatos descritos no livro são gravíssimos, mas a rede de corrupção e crimes que antecederam e sucederam o assassinato do Juiz Alexandre são de grande complexidade. Seria simples tornar a leitura deste livro quase indecifrável, mas a competência dos autores permite que o leitor faça a assimilação de todos os fatos descritos sem sobressaltos, compreendendo toda a mecânica do assassinato do magistrado e todo o caminho tortuoso da investigação, na busca dos culpados.

A facilidade de compreensão do texto só possui um efeito colateral danoso. Tudo o que está escrito neste livro ressoará em sua mente por algum tempo. É impossível ver o poderio do crime organizado e não temer pelo futuro do país.

Mas há esperança. Apesar de todos os problemas. Muito embora as investigações sejam prejudicadas pelos incontáveis membros desse monstro que assola nossa pátria, ainda existem motivos para vislumbrar um futuro mais digno.

O Dr. Alexandre Martins foi um grande exemplo. Era uma pessoa como qualquer outra… humano em suas imperfeições; corajoso em suas convicções. Mas ele não caminhou sozinho. Sua memória reside reluzente na mente daqueles que partilham de seu sonho, de seus ideais.

O crime eliminou um combatente, mas um exército inteiro ainda se mantém de pé, pronto para a batalha.

A leitura deste livro me deixou com um sabor ranço na boca. Relembrar esses fatos deploráveis que aconteceram na “minha terra” foi difícil, por vezes humilhante. Mas, como dito, o embate com os próprios defeitos é necessário; só assim, poderemos sonhar com um Espírito Santo (e um Brasil) mais justo e seguro.
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