spoiler visualizarGabriela Dunham 24/05/2020
Tive uma fase viciada em Sophie Kinsella, li todos os livros publicados até 2011, incluindo os seis primeiros de Becky Bloom. Quando esse sétimo volume saiu (salvo engano, 2014) eu estava querendo ler outras coisas e acabei não me ligando, porém, vi que ele estava disponível no kindle unlimited e, como queria ler algo mais leve, foi o escolhido. É bem como eu me lembrava: divertido, engraçado e meio absurdinho. Dessa vez achei a Becky um pouco mais irritante do que lembrava, mas o que realmente me incomodou é a quantidade exagerada de tramas: em primeiro plano temos Becky tentando se lançar como produtora de moda em Hollywood e em paralelo a isso acompanhamos o pai de Becky tentando contatar um amigo, Tarquin passando por uma crise de identidade (essas duas histórias, ao menos, servirão como plot inicial pro próximo livro), Becky tentando reconciliar Luke e Ellinor, o Golden Peace e a antiga rivalidade com Alicia, um pouco de uma viagem esquisita que Danny resolve fazer. Algumas dessas tramas se alongam demais, outras se mostram apenas desnecessárias. A ida de Danny a LA e a primeira tentativa de Becky de arranjar um emprego, por exemplo, ocupam cerca de 40 páginas que poderiam ser cortadas sem prejuízos pra história. As longas descrições das aulas e metodologia do Golden Peace idem. Até trazerem Alicia de volta eu achei sem pé nem cabeça, a menos que ela se revele realmente importante no oitavo volume, o que fica subentendido no final. Enfim, ainda é um bom livro e entretém, mas deveria ser mais enxuto. As quase 600 páginas são um exagero para o que se pretende contar, especialmente se considerarmos que, no fim das contas, a sensação que fica é de que lemos um spin-off da série. Veremos pra onde a história vai nos levar.