Fernanda631 02/12/2022
Becky Bloom em Hollywood
Becky Bloom em Hollywood é o sétimo livro da série Becky Bloom escrito por Sophie Kinsella e foi publicado em 2014.
Nos livros a Becky Bloom – protagonista da história – possui uma sequência literária chamada “Shopaholic” (Delírios de Consumo).
Becky esta de volta e agora tocando o terror em Hollywood. Para quem ainda não conhece, Becky é uma mulher viciada em compras, casada com Luke Brandon e tem uma filha chamada Minnie.
Criada por Sophie Kinsella a série narra as desventuras e desvarios em compras (e muitas dívidas) de Becky, uma consumista compulsiva capaz de comprar três pares idênticos de sapatos, congelar o cartão de crédito para resistir a usá-lo e esconder faturas sob o colchão e garanto: a narrativa é excelente para nos distrairmos dos problemas cotidianos e rirmos, rirmos muito das trapalhadas de dona Becky.
Tudo começa quando Becky se muda com a filha (Minnie) e o marido (Luke) para Los Angeles, devido à nova empreitada dele, como relações públicas da famosa atriz Sage Seymour. Luke agora vai assessorar a carreira de uma famosa atriz, Sage Seymour e sua família precisará se mudar temporariamente para Los Angeles. Becky que sempre foi meio surtada, acredita que agora é sua oportunidade de tornar uma famosa produtora de moda na cidade repleta de celebridades. Ela acredita que vai chegar na cidade e vai ser tudo maravilhoso, cheio de festas, conhecer várias pessoas famosas, viver no luxo e por ai vai. Mas todo mundo sabe que as coisas nem sempre são tão fáceis e Becky vai descobrir isso da pior maneira.
E claro, não demora para que Becky se deixe levar pela aura VIP do lugar e começa a se ver como possível produtora de moda da badalada e conturbada celebridade, porque é óbvio que nossa heroína se vislumbra andando em um tapete vermelho. O que Becky não esperava era reencontrar a antiga rival, a famigerada Alicia “Mulherinha Pernalta” Billington e, ainda pior, como a mãe mais popular na pré-escola em que Minnie estava matriculada. Para a sorte de Becky (ou azar), não demora pra que Suze, sua melhor amiga, chegue em LA com o marido Tarkie, e os três filhos.
Entre figurações, pilantras, celebridades histéricas e falsas, clínicas de reabilitação, papparazzi, seguranças particulares, brigas e muitas lágrimas, a empolgação com aquele novo mundo que se apresentava repleto de novas possibilidades acaba por levar Becky a se afastar daquilo que ela mais ama: a família e os amigos. E isso é algo que eu confesso não ter gostado no livro. Becky sempre foi deslumbrada, meio biruta e distraída, mas dar as costas a quem ela ama por causa de gente que ela acabou de conhecer não condiz em nada com a personagem, que sempre teve um coração do tamanho do mundo. Houve algumas discussões de partir o coração.
E, para falar a verdade, a maior parte do livro me decepcionou bastante, visto que eu tinha expectativas bastante elevadas a respeito dele. Muita enrolação, muitas voltas em torno do mesmo fato e pouca ação propriamente dita, poucas confusões cômicas como sempre aconteciam nas histórias de Becky… E menos ainda da Becky divertida e consumista que todos amamos, pois é o livro que ela menos compra em toda a série, embora ela esteja em um lugar tão propenso ao consumo compulsivo como Los Angeles.
Felizmente, a história ganha ritmo a partir das últimas 150 páginas com a chegada de duas personagens bastante conhecidas: Elinor Shermann, a plastificada e milionária mãe biológica de Luke, quem parece disposta a fazer parte da vida da neta, e Graham Bloomwood, pai de Becky, que acaba por se envolver em uma confusão realmente grande (e louca) junto de Tarkie que sim, será o ponto central do oitavo volume da série. Assim, o final do volume sete foi realmente muito bom, pois tudo indica que no próximo volume teremos a boa e velha Becky junto com família e amigos (e rivais históricos) atravessando os Estados Unidos para, em uma luta contra o tempo, encontrar Tarkie e Graham antes que eles bebam demais e cometam alguma loucura épica, o que, certamente, acontecerá.
Becky está de volta e com mais estilo do que nunca! No sétimo livro da série Becky Bloom, Sophie Kinsella traz sua divertida protagonista em mais uma sucessão de confusões, agora em Los Angeles. Determinada a conquistar um emprego como Produtora de Moda de celebridades, Becky acaba por se envolver em situações inesperadas, além de pairar sobre sua família a iminência da revelação de um grande segredo da juventude de seu pai.
As atitudes de Becky são tão surreais e que você sabe que não existe outra saída a não ser uma tremenda confusão, então você começa a rir antes mesmo que as coisas aconteçam e isso deixa a leitura tão prazerosa e aconchegante. Sem falar que a Becky não tem vergonha de fazer as coisas, mas você já fica com vergonha por ela, teve momentos que eu fechei o livro só pra não ter que ler a vergonha pela qual ela iria passar.
Sempre pensei que a Becky não pudesse ser mais surtada do que ela já era, mas acho que essa leitura me fez descobri que tudo é possível. Ela é viciada em compras, uma compulsiva mesmo, ela compra coisas inúteis e você que esta lendo o livro fica querendo dar uns tapas nela, principalmente porque ela não reconhece que tem esse problema. Sem falar que Becky é aquele tipo de pessoa sonhadora demais, ela sempre acha que a vida dela vai mudar do dia para a noite e as vezes toma atitudes muito impensadas. Nesse livro ela esta ainda mais louca do que já era, o leitor vai ter vontade de estapear ela, mas são essas loucuras que trazem tanta perfeição a essa série
Becky acaba sendo aceita para produzir moda para uma celebridade que é inimiga de Sage. Ela se envolve em mentiras, enganos e confusões que a tornam alvo de fofocas e intrigas bem ao estilo Becky Bloom.
Como sempre, foi impossível não me divertir com a escrita da autora. Não apenas os acontecimentos que envolvem Becky são tão hilários como de costume como também a mente divertida, veloz e criativa da personagem é capaz de despertar boas risadas. Também, um dos recursos presentes na série que sempre consegue me divertir é o das correspondências em sua maioria recebidas por Becky, normalmente respostas a alguma carta por ela enviada. Nessas cartas, ficam nítidos os absurdos imaginados e proferidos pela protagonista – exatamente as causas do efeito cômico da obra como um todo.
Embora tenha gostado e devorado a leitura acabei gostando menos desse livro do que de seu antecessor, por exemplo, por conta das próprias atitudes de Becky, mais especificamente na segunda metade da história. Um aspecto já conhecido da protagonista é o de se envolver em mentiras e confusões quando está cega por algum objetivo e, aqui, Becky passa por um processo de inversão de valores em determinado momento que acabou por me deixar angustiada com suas escolhas e preocupada com os possíveis desenrolares. Ainda, a aparição de Alicia, antiga rival de Becky, inicialmente deu a entender que teria um maior impacto na trama, porém acabou assumindo um menor patamar, não tendo tanto destaque e desenvolvimento.
Apesar desses pontos mais baixos, ainda assim adorei a leitura e a maneira de como Sophie Kinsella finalizou os acontecimentos – aliás, meu amor por Luke, marido de Becky, cresceu ainda mais ao final da história.
O mistério envolvendo a juventude do pai de Becky não é revelado em Becky Bloom em Hollywood, servindo como base para Shopaholic to the Rescue, e foi justamente esse segredo a questão que mais havia atiçado minha curiosidade durante a leitura.
Apesar dos pesares e de nem de longe ser meu volume favorito, acredito que é uma boa história, pois dá para se divertir bastante (sobretudo com Becky falando sobre e com a sogra) e cumpre bem a função de introduzir-nos a próxima aventura da consumista mais querida.
De modo geral, Becky Bloom em Hollywood foi mais uma leitura deliciosa, rápida e divertida – temperada com muito glamour -, proporcionada pelo talento de Sophie Kinsella. Aos que temem iniciar a série pela quantidade de volumes que a compõe e pelo tamanho de cada obra, advirto: Becky, mesmo com seus defeitos, é tão apaixonante que os livros por ela protagonizados são um prato cheio aos fãs de chick-lits.
A narrativa da Sophie é fabulosa e gosto como ela sempre faz o enredo e você nunca tem ideia do que vai acontecer, pela sinopse eu imaginava um enredo totalmente diferente do que foi e fui positivamente surpreendida, Sophie sabe trabalhar com esse viés humorístico que o livro tem e em nenhum momento ela se perde, sem falar que ela sempre organiza o enredo de forma que leve a Becky a passar por uma aventura e dessa vez ela arrasou e ainda por cima deixou um ponto para a continuação da série. Gosto também de como os personagens secundários são bem delineados, dotados de uma característica própria e igualmente apaixonantes assim como os protagonistas.