Hélio 07/04/2023Tentação e Mortificação do PecadoEste é um daqueles livros que todo cristão deveria ler. John Owen nos dá preciosos ensinamentos para evitarmos cair em pecado. Ele mostra que antes de qualquer pecado ser consumado, primeiro vem a tentação. Por isso, é necessário que o pecado seja destruído na sua raiz. Evitando a tentação, fugindo dela, fazendo como Jesus ensinou, vigiando e orando, caso contrário o cristão estará correndo perigo gravíssimo. Como John Owen diz acertadamente: "Material inflamável precisa ser conservado distante do fogo. Da mesma maneira, é importante que nossos desejos pecaminosos sejam mantidos a distância daquelas coisas que o incitarão. Há pessoas que pensam que podem brincar com serpentes sem serem picados, tocar em tinta fresca sem se mancharem, brincar com fogo sem se queimarem; mas estão enganados. Porventura seu trabalho, seu estilo de vida ou suas companhias lhe trazem constantemente oportunidades para satisfazer os seus desejos pecaminosos? Se for assim, você entrou na tentação. Só Deus sabe como você se sairá dessa."
O autor diz que se desprezarmos a tentação, ela nos dominará. Fala que precisamos considerar nossos desejos pecaminosos como nosso inimigo mortal e buscar graça para que o odiemos como se faz preciso.
Owen fala de algo muito sério e diz "você que já cedeu a tentação e pecou, Deus poderia tê-lo exposto à vergonha e a reprovação pública. Ou quão facilmente Deus poderia ter dado fim à sua vida pecaminosa e mandando você para o inferno. A despeito de toda sua bondade para com você destas maneiras, você tem continuado a persistir que seus desejos pecaminosos se manifestem. Quão frequentemente você tem provocado a Deus recusando-se a fazer qualquer esforço ou fazendo pouco esforço para mortificar seus desejos pecaminosos." Owen ainda faz a seguinte pergunta: "Continuará provocando Deus e testando Sua paciência?"
Owen também diz algo muito importante: "Quando o único motivo para mortificar o pecado é medo das consequências, isso é um sintoma muito alarmante de um estado espiritual doentio." Cita motivos cristãos adequados para se mortificar o pecado, como o exemplo de José (Gn 39.9) e de Paulo (2Co 5.14). 'Que uma pessoa seja motivada a se opor ao pecado simplesmente pelo temor da vergonha diante dos homens, ou do inferno ameaçado por Deus, é um sinal certo de um coração que está longe de ser saudável."