Resenhas - Visto do Céu

sara. 07/03/2022

leitura diferente
gostei do livro.
acho/ tenho a certeza que pode ser um livro pesado para algumas pessoas, pois, até para mim foi, e eu não costumo ter essa sensibilidade.
a leitura foi bastante demorada por causa dos relatos dos acontecimentos que, à primeira vista, são desnecessários.
nao estava à espera que ela fizesse aquela troca com a ruth, preferia que o senhor harvey tivesse sofrido(mais), e que tivessem chegado a uma conclusão, ou arranjassem mais provas, para o assassinato da susie- uma absoluta certeza
mas em geral, gostei bastante. Um livro diferente dos outros, um livro provavelmente inesquecível.

Pereira 01/04/2021

O que dizer deste livro? Penso que é um bom livro, muito triste, mas com um final mais ou menos feliz. Para mim custou me muito ler este livro, não por ser triste mas sim porque foi muito longo, com muitas personagens ao mesmo tempo, difícil de acompanhar, o livro todo tive ansiosa que acabasse para começar outro. Foi bom para ler uma vez, não penso em voltar a lê-lo

Ligia 26/05/2013

Extremamente terno e comovente.
Este livro ficará para sempre na minha memoria e no meu coração, a narrativa de uma jovem de 14 anos, que descreve tudo o que vê antes, durante e após ser violada e assassinada, numa época, em que ninguém era ainda dado como desaparecido, ainda não tinham surgido retratos nos pacotes de leite. muito menos se falavam em Serial Killers. Susie. "Susie Salmon como o peixe"(como ela dizia desde criança)

(Primeira pagina)
“O meu apelido era Salmon e o nome próprio Susie. Tinha catorze anos quando fui assassinada, no dia 6 de Dezembro de 1973. Nas fotografias publicadas nos jornais das raparigas desaparecidas nessa década, a maior parte era parecida comigo, brancas com cabelo castanho. Isso foi antes de começarem a aparecer caras de todas as raças e géneros em pacotes de leite ou em folhas metidas praticamente todos os dias nas caixas do correio. Quando as pessoas ainda pensavam que coisas dessas não aconteciam.”

A autora Alice Sebold, consegue-nos passar uma mensagem essencial, a perda, a revolta, a memória e o esquecimento, por fim o perdão. É uma escrita absolutamente envolvente, pela Susie, perceberemos a dor e os diferentes comportamentos de uma família.

(Achei lindo o Céu que Susie Cria ao longo do livro...)​
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"Agora, estou num sítio a que chamo o Céu Imenso, porque inclui todos os meus desejos mais simples e também os mais humildes e os mais grandiosos. A palavra que o meu avô usa é conforto. Portanto, existem bolos e almofadas e uma enorme variedade de cores, mas debaixo dessa mais óbvia manta de retalhos, há sítios como uma sala tranquila, onde podemos entrar e dar a mão a alguém sem precisar de falar. Sem contar uma história. Sem fazer exigências. Onde podemos viver à nossa maneira durante o tempo que quisermos. Este Céu Imenso tem a ver com pregos de cabeça chata e a macia penugem de folhas novas, com corridas em montanhas-russas e berlindes que fogem e caem e ficam pendurados, e depois nos levam a sítios impossíveis de imaginar nos sonhos do céu pequeno."
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Autora se baseou na própria experiência pessoal para escrever o livro (uma vez que foi vítima de violência e violação.

Blog Literário Dicas D'Ella
www.beingella.wix.com/dicasdella

- Ester Almeida 23/12/2010

Visto do Céu
Um livro marcado pela esperança de Susie Salmon, uma rapariga que foi violada e morta por alguém tão próximo e aparentemente inofensivo: um vizinho.

Admito que inicialmente parecia ser mais uma narrativa sem interesse, mas surpreendeu-me imenso. Não esperava ser agarrada de tal forma pela história e sentir na pele uma raiva por Sr. Harver, o assassino de Susie. É agora um dos meus livros favoritos.

A autora compôs personagens distintas e com diferentes características, mostrando-nos a complexidade do ser humano.
Susie, inocente e apaixonada, conta-nos as dificuldades que a sua família passa após a sua morte:
o sofrimento tão sentido pelo pai, aquando da "descoberta" do assassino e a sua tentativa de acusá-lo;
a frieza da mãe enquanto se envolve com o detective ocupante do seu homícidio e o seu retorno no final quando sabe que o marido encontra-se doente;
o amor e as saudades de Susie que a irmã guarda para si e o seu envolvimento no caso, ao invadir a casa do Sr. Harver e encontrar provas que este era afinal o culpado;
a imaginação do irmão que acaba por ser um dos poucos que sentem, vêem e ouvem Susie;
e, principalmente, a maldade e a luxuria do Sr. Harver ao descubrimos a suas vitímas através de Susie, quando esta as conhece no céu.

A protagonista, inconformada com o seu sofrimento, deseja vingança e não quer abandonar a família. No entanto, após ocupar o corpo de Ruth, uma jovem que por vezes via-a e senti-a, e ter um momento com o seu amado Ray, descobre que, mesmo morta, a vida dos seus parentes e amigos continuam.

Fiquei, apesar de tudo, insatisfeita com o final, após voltas e voltas. Sr. Harver deveria ter sido preso ou morto de outra forma. Mas não deixa de ser um apaixonante livro que mereceu ser nomeado um best-seller.