Pssica

Pssica Edyr Augusto




Resenhas - Pssica


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Mizinhah 08/01/2019

Curto e grosso
Gostei muito do estilo deste autor, ele é objetivo, curto e grosso. Livro com frases curtas, ásperas, realistas. A história flui rapidamente e os personagens são apresentados na sua forma nua e crua, sem enfeites. O tema do livro é tráfico de mulheres, mas surgem ainda outros aspectos sociais interessantes. Gostei muito e pretendo procurar outros livros do autor.
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Pyaia 14/01/2019

O pior do ser humano
O livro nos coloca frente a frete de assuntos delicados, como a exploração de mulheres, drogas e vingança, descritos com detalhes que assustam o leitor desinformado do conteúdo da história e deixando com uma sensação de impotência e raiva.
Escrito de uma maneira distinta, com frases curtas que muitas vezes chegam a confundir o leitor e deixam os diálogos mais diretos. No início me incomodou um pouco, mas com o avanço do livro fui me acostumando com essa escrita.

O autor nos mostra uma realidade pouco divulgada, enraizada em algumas culturas e que sabemos que está lá destruindo famílias.
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Fernanda 14/07/2019

“Pssica” é o primeiro livro que leio de Edyr Augusto. O autor é paraense e o conheci pelos cafés da vida (mais especificamente, no da FOX), mas tive um contato mais forte com sua obra em conversas com Felipe Larêdo, que me indicou alguns livros na 2ª edição da Feira Literária do Pará, que aconteceu ano de 2015. Felipe foi sincero ao dizer “talvez doa”.
Bem, com certeza doeu.

Pssica no dicionário papa-chibé significa maldição. Portanto, pssica é uma praga que é rogada para atingir as pessoas. Pode parecer coisa de louco mas há quem acredite piamente nessa superstição. Principalmente os personagens dessa história.

O enredo já começa para estremecer e nos dá duas histórias paralelas que se cruzam no Pará.
A primeira é de uma moça que tem um vídeo íntimo exposto na internet e é expulsa de casa pelos pais. Vai morar com uma tia perto do centro comercial de Belém e lá conhece uma mocinha nada flor-que-se-cheire. Acaba caindo nas mãos dos que coordenam o trafico de mulheres. A segunda é de um africano com sotaque forte que o povo insiste em chamar de “Portuga”. Ele foi parar pelo interior, em Curralinho, onde se casou e viveu bem por vários anos, até que uma quadrilha de ratos d’água assaltam seu comércio e levam sua mulher. Ela acaba brutalmente torturada e morta. Portuga, ao lado de um companheiro, saí atrás dos responsáveis com sede de vingança mas tudo que vai encontrar é mais desgraça.
O enredo é repleto de pequenos casos e vários personagens com histórias muito infelizes. No entanto, é perceptível que o autor não quer se portador de boas notícias e o leitor pode perceber isso logo nas primeiras páginas. “Pssica” é um livro pequeno para muita desgraça e o que mais dói é que as histórias aqui contadas não são propriamente fictícias. Ignoramos o suficiente para levarmos a vida de forma normal, mas bem pertinho de nós - no Brasil, no Pará, em Belém - há violações acontecendo, talvez, nesse exato momento.

Edyr Augusto vai falar sobre tráfico de mulheres, prostituição, corrupção e desinteresse de gestão pública de uma forma tão crua e direta que 94 páginas foram o suficiente.

A literatura tem o poder de despertar o leitor para o invisível e tirá-lo de sua zona de conforto para ver que a realidade é mais do que vemos da nossa janela. Em geral, todo livro tem esse poder, mesmo as fantasias, pois acabamos sentindo empatia pelos personagens, compreendendo suas motivações e, muitas vezes, sofrendo com eles. Mas Edyr Augusto pegou todos os mecanismos viáveis em “Pssica” e nos deu uma ficção com ares dolorosamente realistas.

O livro é composto por capítulos curtos, numa prosa singular. A linguagem é bastante regionalista, com vários palavrões e termos pontuais usados no Pará, o que achei bem propício para a proposta da história. Os parágrafos são cheios de frases curtas e diretas e não há indicação de diálogo, por mais que eles aconteçam; A própria leitura deixará a intenção dos discursos dos personagens obvia. Não sei se foi intencional para acelerar o ritmo de leitura, deixando o livro ainda mais aflitivo, ou se é apenas o estilo do autor. Mas posso garantir que descobrirei em breve, pois as leituras de Edyr Augusto se tornaram obrigatórias.

“Pssica” é um livro cruel que aborda realidades tão distantes, e ao mesmo tempo tão próximas, que se sobrepõe uma angustia inevitável e pontualmente saudável. Precisamos nos importar.

Edyr Augusto lançou “Pssica” em 2015, pela Editora Boitempo, mas já tem vários livros aclamados, como “Os éguas”, de 1998, e “Moscow”, de 2001. Sua obra foi traduzida na França, no México, no Peru e na Inglaterra. E em 2015, recebeu o prêmio Caméléon de melhor romance estrangeiro, por “Os Éguas”, que foi traduzido com o título de “Belém”, na França.
Creio que esse reconhecimento é apenas um indicador que precisamos ler Edyr Augusto.

site: http://www.garotapaidegua.com.br/2016/03/eu-li-pssica-edyr-augusto.html
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Daniele.Maciel 02/10/2019

Áspero
Livro curto e denso. Ritmo elétrico. História bem pesada que gostaríamos que não ocorressem
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Line 24/02/2020

Algumas pausas para a náusea e você consegue terminar.
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Na Literatura Selvagem 11/03/2016

Pssica

Pssica, escrito por Edyr Augusto e publicado pela Boitempo Editorial é um daqueles livros que eu nunca teria chance de ler se não fosse por indicação de um grande amigo. E não por não ter - a primeira vista - encontrado algo de instigante em sua proposta - mas sim por não ver uma divulgação ampla sobre a obra... Mas eis que tive a chance de ler e o que pude sentir além de um soco no estômago, foi uma sensação de impotência pela incapacidade de conhecer de perto e/ou fazer algo que soasse como significativo a respeito da situação abordada.

Romance contemporâneo paraense, Pssica é uma história dramática, de narrativa visceral e possui um ritmo alucinante, que fala sobre rapto e prostituição de garotas na região norte do país... Uma adolescente que acabou expulsa de casa, condenada a humilhação pública em seu meio por um vídeo que vazou na internet em que ela faz sexo com seu namorado. O próprio havia distribuído o vídeo para que todos pudessem ver, e ao saber disso, seu pai a envia para morar com uma tia, em outra cidade, pois se sente envergonhado pela exposição sexual da filha, Janalice.


Continue lendo em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2016/02/pssica.html
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VReithler 20/03/2020

Vertigem
A escrita de Edyr Augusto é rápida, precisa, direta. As frases são limadas até restar o essencial. A abordagem é crua. O ritmo, vertiginoso.

Em Pssica (azar), acompanhamos as histórias da adolescente Janalice, do angolano Manoel Tourinhos, de Amadeu, delegado aposentado, e de Preá, chefe de um bando de ratos d?água.

De Melgaço (PA) a Caiena (Guiana Francesa), passando por Breves, Curralinho, Belém e Soure, as trajetórias dessas personagens se cruzam, tangenciam, desencontram-se.

Um romance policial de primeira qualidade, obra de um contemporâneo que merece maior reconhecimento. Leitura recomendada.

E você, já conhece o Edyr Augusto? Leu Pssica? O que achou? Comentem, compartilhem as suas impressões, sugiram outras obras do autor ou de escritores brasileiros contemporâneos.
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Vitor Martins 08/06/2020

Eu li: Pssica
Conheci o trabalho de Edyr Augusto quando fui à Feira Panamazonica do Livro em 2019, em Belém.

Encontrei minha antiga professora de Redação que logo recomendou a leitura do mesmo. Não errou. O enredo prendeu do início ao final.

A forma como Edyr descreve os acontecimentos e exibe os diálogos como um "bate-bola" fez a leitura fluir de forma intensa. Eu amei!
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Alan360 28/08/2020

Para quem tem estômago forte
Rápido. Direto. Ágil. Seco. Ríspido. Violento. Nauseante. Repulsivo.
Um bom livro indicado pra quem pra quem tem estômago forte.
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Luiz Miranda 03/09/2020

Bem vindo ao Inferno
TNT pura, provavelmente um dos livros mais violentos da história, faz a pulp mais crazy parecer Pato Donald. Então de cara eu aviso que não é um livro pra todos os públicos, a pessoa tem que estar ciente da proposta: um mergulho num inferno chamado Estado do Pará.

O pontapé inicial é o vazamento de um sex tape da estudante Janalice, a jovem cai em desgraça e a partir daí, meu amigo, Pssica vai te dar um mata-leão e soltar só na última página. É a espiral da loucura, um tornado de personagens e karmas conectados.

Mas vamos falar aqui do que torna o livro memorável: Edyr Augusto. Se o mundo fosse justo estaria traduzido em tudo que é língua e vendendo milhões de cópias. O que propõe o Edyr é te oferecer a experiência telegráfica mais radical possível. É como se algum editor maluco pegasse um romance de 400 páginas e fizesse um experimento, cortando absolutamente todas as partes chatas e desnecessárias (incluindo travessão e aspas), deixando apenas o mais puro e essencial para o entendimento (e fascínio, obviamente). Pssica é isso, quase 100 páginas na velocidade de um F1 e socando como o Mike Tyson. Não é só um livro, é experiência literária.

Um dos melhores que li em 2020, claro. Agora não tem desculpa, vou ter que ir atrás da obra do escritor...você aí faça o mesmo.

4,5 estrelas
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Cláudia 04/10/2020

Comecei a ler, também, para matar a saudade da minha terra. Mal sabia eu que essa narrativa, que sim, acontece em solo paraense, é um retrato brutal da pobreza e miséria que está presente na história e na vida real, fruto de uma política cruel e uma sociedade deixada a míngua e que precisa lutar para conseguir algo em uma terra sem lei.
Me surpreendi, a leitura é quase um choque, que nos faz repensar o contexto em que vivemos, um banho de realidade em uma história contada em um ritmo sem fôlego. Por ser passar onde nasci e onde conheço acredito que me atingiu, é a linguagem que estou habituada, lugares que vi, uma realidade ao lado. Portanto, é preciso estômago, a violência banalizada e o exagero de desgraças me fez parar para respirar. Recomendo muitíssimo, também para conhecer um pouco da literatura paraense
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mdudalivros 17/11/2020

Mais uma vez fui arrastada pela escrita bruta e violenta de Edyr. A violência é um cenário constante nos seus livros que retratam a realidade amazônica e em ?Pssica? não foi diferente. Abordando temas como prostituição, tráfico de mulheres, corrupção e drogas, o autor nos imerge num mundo ruim e ganancioso que alfora o animal no ser humano. Estou viciada nas histórias de Edyr e indico para os de estômago e coração fortes.
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fev 13/01/2021

Forte, vertiginoso e quase sem nenhum filtro ao tratar a violência em suas diversas formas. Ao finalizar essa novela fiquei me questionando o quanto dela é ficção e o quanto é realidade. O meu sentimento é que só os nomes dos personagens são fictícios e que todo o resto é verdadeiro de um jeito torto e totalmente cruel.

Drogas, violência, abuso, estupro, tráfico de menores, esquartejamento, corrupção, vingança, pedofilia, criminalidade são coisas que perpetuam a novela de Edyr Augusto. Acredito que ele conseguiu abordar os temas de forma sincera, clara e sem nenhum tipo glamorização. Tá ali escrito de forma clara e esdrúxula, mas não é uma texto exalta todas essas.

Pssica é o retrato de um Brasil esquecido por todos e que acaba sucumbindo na crueldade humana.

Adorei o regionalismo, mas não nego que me atrapalhou um pouquinho já que não tenho conhecimento. Super indico.
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Camis 15/01/2021

Impossível de largar esse livro. Começo, meio e fim destruidores ?
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Luds 20/01/2021

Intenso
Direto ao ponto (e que ponto!) Edyr Augusto nos coloca no meio da confusão, que aumenta cada vez mais. Traz vários assuntos sensíveis e muito atuais. Me fez mal pensar que eu estava acompanhando uma história de ficção mas completamente factual.
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