Pssica

Pssica Edyr Augusto




Resenhas - Pssica


73 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Paloma 07/06/2022

Desconfortante
Um romance policial brutal e voraz. Com seu estilo de escrita cheio de personalidade, Edyr Augusto não dá tempo para que os leitores parem e pensem sobre os horrores da trama. Eles estão acontecendo, aqui, agora, e não há tempo a perder. O autor consegue passar a sensação de que é urgente que os leitores saibam como as violências da trama acontecem rápidas, velozes e saem deixando marcas profundas. É na brevidade e na banalidade de uma situação cotidiana que algo muito brutal acontece. A olho nu. No passeio pelo comércio, em uma viagem de barco, na rotina de uma cidade interiorana.

Gostei da escrita do autor, da trama, mas especialmente da ambientação da história. Como boa paraense que sou, adorei ler e me deparar com nossas expressões e gírias características. Em saber exatamente como é a rua em que se passa o enredo, os municípios que compõem a trama e ter noção, dada pela experiência real, de que esses horrores acontecem diariamente no seio dessas outras vivências. Adorei mais ainda o lançar de luzes para esses outros modos de existir que compõem a trama social, mas que são sempre relegados a penumbra. Perpetuada por aquela mentalidade que: sei que existe realidade tal, mas quanto menos souber, melhor.

Aqui não, o lugar do abandono é o que compõe o centro da narrativa. E essa é a maior das experiências do livro! É importante ressaltar que a história contém descrição de muitos crimes e violências que, eventualmente, podem ensejar gatilhos. Ainda assim, não deixa de ser uma grande experiência de muito desconforto, rapidez e visceralidade compreender a mensagem de pssica.
Alê | @alexandrejjr 15/06/2022minha estante
Isso é algo que realmente acontece com todos os leitores. Quando bons escritores conseguem transpor em palavras lugares que estão vivos em nossa memória, sempre sentimos aquela sensação de intimidade. Comigo aconteceu quando li "O resto é silêncio" do Erico Verissimo. Eu não lia a Porto Alegre que ele descrevia: eu via. Imaginar com os olhos é uma delícia! Parabéns pela resenha, Paloma.




Matthew Bates 05/04/2021

Leve decepção
A forma como o autor escolheu os temas a serem tratados foi muito boa, você percebe que tem como tudo isso se entrelaçar e fazer sentido. Mas eu senti que o autor não conseguiu passar isso de uma forma coesa.

Senti falta de algumas cenas que mostrassem pra gente os verdadeiros sentimentos dos personagens, o autor só chegou e disso o que tal personagem sentia, mas não nos mostrava isso. Esse foi um dos pontos, que dificultou pra mim na hora de me apegar aos personagens da trama.

É uma ideia boa, mas com falhas na execução.
Lais.Bentes 22/01/2022minha estante
De onde você é, querido?




Na Literatura Selvagem 11/03/2016

Pssica

Pssica, escrito por Edyr Augusto e publicado pela Boitempo Editorial é um daqueles livros que eu nunca teria chance de ler se não fosse por indicação de um grande amigo. E não por não ter - a primeira vista - encontrado algo de instigante em sua proposta - mas sim por não ver uma divulgação ampla sobre a obra... Mas eis que tive a chance de ler e o que pude sentir além de um soco no estômago, foi uma sensação de impotência pela incapacidade de conhecer de perto e/ou fazer algo que soasse como significativo a respeito da situação abordada.

Romance contemporâneo paraense, Pssica é uma história dramática, de narrativa visceral e possui um ritmo alucinante, que fala sobre rapto e prostituição de garotas na região norte do país... Uma adolescente que acabou expulsa de casa, condenada a humilhação pública em seu meio por um vídeo que vazou na internet em que ela faz sexo com seu namorado. O próprio havia distribuído o vídeo para que todos pudessem ver, e ao saber disso, seu pai a envia para morar com uma tia, em outra cidade, pois se sente envergonhado pela exposição sexual da filha, Janalice.


Continue lendo em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2016/02/pssica.html
comentários(0)comente



Poesia na Alma 01/05/2017

Joga pedra na Geni
Enquanto o corpo nu da adolescente Jane é leiloado todas as noites, conhecemos outros personagens, como o angolano Manoel Tourinhos, que dão consistência a teia de horror, poder, capitalismo, machismo, violência, sexo, abuso, dor e pânico.

Apesar do assunto ser tratado na literatura, diferente de muitos livros que apelam para o sensacionalismo a ponto de materializar um texto comercial, Pssica é uma obra de arte. Se numa pintura for preciso expressar o que senti durante a leitura, recorro ao tão famoso e necessário O Grito, de Edvard Munch.

continue lendo - http://www.poesianaalma.com.br/2017/05/resenha-pssica.html
comentários(0)comente



Monique 14/11/2017

Ainda bem que o livro é curto: são tantas cenas de violência que a própria narrativa deixa o leitor perplexo como se tivesse levado um soco no estômago. Sem poder parar pra respirar, somos levados pela história como se também estivéssemos tentando fugir do inevitável? constante competição em que os papéis de oprimido e opressor se alternam.
Pessoalmente, as cenas de prostituição foram as que mais me chocaram. Nas cenas de sexo, fiquei sem saber se o ponto de vista do autor, por ser um homem, é inevitavelmente o mesmo dos personagens que veem na mulher apenas um buraco onde meter ou se realmente ele busca tentar entender o paroxismo vivenciado por uma garota que cresce largada e goza de verdade com o ?gordo suarento? que a comprou como sua escrava sexual (p. 25). O prazer do sexo e da droga acaba sendo um modo de atravessar o torpor de uma vida sem grandes possibilidades de escolhas.
Ainda estou digerindo este pequeno livro, mas recomendo!
comentários(0)comente



Indiacy 28/10/2018

Uma realidade tão dilacerante que parece uma distopia. Um livro necessário que aborda uma das piores mazelas da humanidade. LEIAM!
comentários(0)comente



Michelle.Danielle 12/11/2018

CRUEL
Um livro cruel, mas verdadeiro.
Você simplesmente perde a fé na humanidade ao fim deste livro, e não estou falando isso como algo negativo não.
Ele esboça tão bem a realidade de locais completamente negligenciado pelo estado, lugares com regras próprias, impunidade, e a tradicional nojeira da política, que você fica chocado e com um mal estar ao fim da leitura. Novamente falo isso no bom sentido, porque você é completamente absorvido pela narrativa, você sente o asco de toda situação.
Melhor ver algo mais leve depois deste livro.
comentários(0)comente



Pepo 07/12/2018

Pssica é o livro mais pesado que eu já li na vida. A sensação que eu tive ao lê-lo é de espancamento; como se um grupo de marginais me abordassem na rua e despejassem sobre mim socos e pontapés, enquanto procuro, inutilmente, me defender, ao chão em posição fetal. Bem, isso porque o livro é permeado de desgraças. Nauseante, sufocante, muitas vezes causando até mal-estar físico. A escrita de Edyr Augusto é um dos pontos altos que proporcionam tal desconforto. Isso se deve à forma que ele narra os acontecimentos e também pelos diálogos breves e diretos. Esses que, por sua vez, não são separados por travessão ou aspas como nos é comum, mas por pontos. Tal método faz com que façamos um esforço maior para imaginar a cena, tornando-a mais vívida, impactante. Guardada as devidas proporções, Pssica me remete ao absurdo kafkiano, aquilo que tira o indivíduo de sua zona de conforto e faz com que ele precise se reaver no mundo, interno e externo. Temos aqui, um pano de fundo sobre tráfico e escravidão sexual de mulheres brancas que são forçadas a fazerem coisas inimagináveis; tema que expõe uma realidade, à nós, distante, mas que existe. Contudo, o real objetivo do autor, como o próprio afirma, é escrever sobre pessoas; sobre como essa rede interminável de acontecimentos afeta suas vidas e seu psiquismo. Bebendo da mesma fonte de Kafka, a redenção dos personagens é sutil, até mesmo, supérflua. Não me refiro somente aos danos psicológicos, mas principalmente, sobre o absurdo que segue existindo, dilacerante, arrastando tudo e todos a sua volta. Sem dúvidas, Pssica é um livro que merece todas as congratulações, é a literatura brasileira na sua forma mais crua e suja. Mas deixo o alerta: a leitura é acachapante! Não só me senti abatido em posição fetal como também, em determinados momentos, o fiz inconscientemente, impelido, impotente.
comentários(0)comente



><'',º> 04/01/2019

"Em Pssica, que na gíria regional quer dizer “azar”, maldição, a narrativa se desdobra em torno do tráfico de mulheres."

site: www.travessa.com.br/pssica/artigo/5dc513c8-c85e-4ed8-b593-2c0d7a85f847
comentários(0)comente



Mizinhah 08/01/2019

Curto e grosso
Gostei muito do estilo deste autor, ele é objetivo, curto e grosso. Livro com frases curtas, ásperas, realistas. A história flui rapidamente e os personagens são apresentados na sua forma nua e crua, sem enfeites. O tema do livro é tráfico de mulheres, mas surgem ainda outros aspectos sociais interessantes. Gostei muito e pretendo procurar outros livros do autor.
comentários(0)comente



Pyaia 14/01/2019

O pior do ser humano
O livro nos coloca frente a frete de assuntos delicados, como a exploração de mulheres, drogas e vingança, descritos com detalhes que assustam o leitor desinformado do conteúdo da história e deixando com uma sensação de impotência e raiva.
Escrito de uma maneira distinta, com frases curtas que muitas vezes chegam a confundir o leitor e deixam os diálogos mais diretos. No início me incomodou um pouco, mas com o avanço do livro fui me acostumando com essa escrita.

O autor nos mostra uma realidade pouco divulgada, enraizada em algumas culturas e que sabemos que está lá destruindo famílias.
comentários(0)comente



nalua.m 25/04/2024

Visceral. Cru. Violento
A narrativa segue uma cadência frenética da primeira à última página. Uma surra de violências. Indigestas. Diretas. Sem tempo para reflexões.
É do tipo de história que quanto menos se souber, melhor, para ser arrebatado ainda mais pelos acontecimentos.
Há tempos eu não me sentia tão vidrada em uma leitura, que demorarei para digerir e processar. Uma completa contradição ao livro. Rápido. Cru. Sem rodeios. Arrebatador do início ao fim.

E viva a literatura paraense ?
comentários(0)comente



Daniele.Maciel 02/10/2019

Áspero
Livro curto e denso. Ritmo elétrico. História bem pesada que gostaríamos que não ocorressem
comentários(0)comente



Line 24/02/2020

Algumas pausas para a náusea e você consegue terminar.
comentários(0)comente



Giann0 15/03/2020

Um livro difícil de se ler...
Confesso que precisei parar algumas vezes pra tomar fôlego. O livro exige muito do psicológico e do estômago. Uma leitura difícil, porém bem dentro da realidade. Gostei muito da escrita do autor. Pra quem quer arriscar, eu recomendo!
comentários(0)comente



73 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR