Sandra de Oliveira 11/04/2011
Água para Elefantes foi um título que me conquistou, pois tive a certeza de se tratar de algo muito mágico e fascinante.
Mesmo sem nunca ter ido a um circo, e nem mesmo tido interesse para tanto, a trama me despertou muita curiosidade.
Aliado a isso, o trailer do filme baseado na obra me deixou encantada pelas belas cenas, trilha e história.
Quando comprei o livro, a certeza de que seria amor à primeira "lida" era um fato.
Mas confesso que, apesar de apreciar imensamente a história, seus personagens cativantes e toda a emoção e tensão que envolvem uma vida nos picadeiros, a paixão que eu esperava ter pelo livro não aconteceu.
É sim, um bom livro, com uma história ágil, de fácil leitura, envolta em todas as aventuras, alegrias, tristezas e tragédias que acompanham aqueles que dedicam sua vida à arte circense.
Toda a descrição de cenas sobre animais e seu cotidiano dentro de um circo são as mais fortes e cheias de um fascínio que ao mesmo tempo amedronta e faz pensar no quanto são sacrificados esses animais em prol de apresentações e do sorriso e brilho no olhar daqueles que ali estão para viver por algumas horas momentos mágicos e inesquecíveis.
Acrescente-se a isso uma história de amor simples e tocante entre Jacob e Marlena, a fúria, ciúmes e descontrole de August, o marido perturbado e com uma personalidade ambígua (o que o torna um personagem, senão o personagem mais forte e também interessante do livro), coadjuvantes que conquistam o leitor de imediato, como Walter e Camel, e a estrela do espetáculo, transportada para a figura de Rosie, a elefanta atrapalhada e ao mesmo tempo sensível e dona de uma das cenas mais surpreendentes do livro, e temos Água para Elefantes, uma obra que parece ter nascido para ser adaptada para o cinema.
Agora, é esperar e conferir o resultado também na tela da arte circense que ainda mexe com o imaginário de todos os telespectadores, e não é por menos, é considerada um dos maiores espetáculos do mundo.