Ju Rebellato 02/03/2021
Admito que não tinha lido nem a sinopse do livro. Quis ler porque leio todos os da Marian Keyes.
As obras dela me deixam leve e era isso que eu esperava de A mulher que roubou a minha vida.
Admito que perto do final eu comecei a ficar desesperada com tanta coisa ruim acontecendo com a Stella, mas, felizmente, a autora consegue deixar tudo mais leve depois.
A Stella é uma personagem complexa, com autoestima quase inexistente, que aceita que os desejos dos outros sempre são mais importantes que os dela mesma. No início dá pena, depois começa a irritar. Me irritei com o Jeffrey, o Ryan, a Betsy, o Mannix e com a Karen. Todos eles, em alguma parte do livro, conseguiram se impor sobre o que a Stella queria e, além disso, a fizeram se sentir um lixo por ter ficado doente, como se ela tivesse escolhido sofrer com aquela doença terrível.
Também em alguma partes senti que existiram comentários gordofóbicos. Eu entendo que foi para diminuir mais a Stella e deixar mais evidente a forma como ela era tratada pelos amigos e familiares.
Por fim, esse livro me lembra uma frase de As Vantagens de Ser Invisível: "nós aceitamos o amor que achamos que merecemos".