Dark Schneider 12/02/2020
Continuação das Aventura de Ged, o gavião, mas como coadjuvante ^_^
Continuação o "Ciclo de Terramar", de Ursula K. Leguin
-Cada vez mais fã dessa senhora!!!
A princípio seria mais uma história com Ged, "O Gavião", personagem principal do primeiro livro e "o escolhido", mas não é... Ele é o coadjuvante nesse livro, a personagem principal é "Arha, a inominada", sacerdotiza dos deuses antigos, narra a vida dela inteira e todo o processo pra se tornar uma sacerdotiza dos inominados... O personagem "principal" da saga mesmo, só aparece da metade pro final do livro
O livro e autora tem várias curiosidades que deveriam fazer a lacrosfera surtar em sonhos molhados, mas como a maioria não sabe ler ou só lê o que a militância manda, jamais vão conhecer, por exemplo:
- Ged, "o Gavião", foi o primeiro personagem negro de ficção fantástica, aliás, o primeiro protagonista negro de um livro do gênero, o que era um "absurdo" na época no EUA (anos 60...) e no primeiro livro ela deixa muito sutil a cor/etnia do personagem, mas nesse é bem escancarado, e foi proposital.
Ged também é o primeiro mago "jovem": ela percebeu que a maioria dos magos dos livros eram todos velhos e sábios, e se perguntou: esses caras nunca foram moleques? Nunca fizeram besteira? Ged era e fez muita merda, com gosto...
-Arha (Tenar?) também foi a primeira protagonista mulher de um livro do gênero, e sem deixar de ser feminina, como ela frisa... alguns anos depois surgiram protagonistas femininas mas todas "masculinizadas", parecendo homens... mas o que assusta as feministas é a posição dela na história, e o motivo dessa senhora não ser uma diva do movimento...
-Ùrsula era feminista, mas de verdade, não como as de hoje que querem mais direitos, seguem as palavras dela:
"Algumas pessoas leram a história como uma confirmação da idéia de que uma mulher precisa de um homem pra fazer seja lá o que for(umas menearam a cabeça em aprovação, outras rosnaram e sibilaram). Com certeza Arha/Tenar satisfaria mais as idealistas feministas se fizesse tudo sozinha. Mas a verdade, tal como vi e como estabeleci no romance, ela não podia. Meu coração em disse de maneira incontestável que nenhum do dois gêneros poderia ir longe sem o outro. Assim na minha história, nem a mulher nem o homem podem se libertar sem a ajuda do outro. Os dois tem que se pedir ajuda e aprender a confiar e contar um com o outro."
Se isso fez as feministas de então rosnarem pra ela, imagine as de hoje
Fiquei fã dessa senhora, gostei do livro apesar dele ser bem mais lento que o anterior, e vou ler o próximo assim que conseguir, mesmo sabendo que ela não gosta de séries, ela critica a fantasia por sofre de trilogite epidêmica ou da forma mais grave da doença, seriadismo incurável lendo fica fácil entender porque Neil Gaimam se derrete em elogios por ela, recomendo!!!