Star Wars: Estrelas Perdidas

Star Wars: Estrelas Perdidas Claudia Gray




Resenhas - Star Wars: Estrelas Perdidas


134 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9


Renan Barcelos 16/02/2016

Star Wars Por Obrigação
Lançado como parte da série “Jornada para Star Wars: O Despertar da Força”, Estrelas Perdidas é o primeiro livro Young Adult do novo cânone da saga e também o primeiro trabalho de Claudia Gray, uma veterana no gênero, dentro do legado de George Lucas. De premissa simples, uma típica história de romance à la Romeu e Julieta, Estrelas Perdidas tenta encaixar o casal de protagonistas dentro da guerra entre a Aliança Rebelde e o Império. O resultado é uma história leve e com um romance até mesmo agradável, mas desprovida de drama, fragmentada demais e encaixada às pressas no universo de Star Wars.

A trama mostra as vidas de Thane Kyrell e Ciena Ree, dois jovens de classes sociais diferentes nativos do planeta Jelucan que sonhavam e entrar para a Academia Imperial e pilotar caças de combate. Ajudando um ao outro desde os oito anos de idade, a dupla consegue ingressar na Academia Imperial com louvor, onde acabam sempre estando entre os melhores da turma e, quando se formam, entre os mais competentes oficiais. Conforme envelhecem, o interesse romântico entre os dois se desenvolve, aspecto que é explorado de forma bem natural, sem parecer muito forçado. No entanto, devido a opiniões políticas divergentes, Thane Kyrell deserta do Império e eventualmente se torna um membro da rebelião. A partir daí o casal acompanha eventos da guerra mostrados nos filmes clássicos enquanto eventualmente se encontram um com o outro, mas agora em lados opostos do conflito galáctico.

Mesmo que o relacionamento entre os dois protagonistas seja tratado de forma crível, o mesmo não pode ser dito de suas convicções políticas. Enquanto Thane parece ter bons motivos para ingressar na rebelião, motivos que, inclusive, vão além da noção maniqueísta de que o Império é mau e os rebeldes lutam pelo bem, os motivos de Ciena Ree continuar a servir ao Império nunca deixam de parecer forçados. Do inicio ao fim a personagem fica presa em noções bobas de lealdade e honra que, apesar de serem contextualizadas através do costume de sua cultura, nem por isso deixam de soar extremamente infantis e vãs.

Com o tempo Ciena nem mesmo consegue encontrar alguma justificativa para os atos do Império, mas ao mesmo tempo constantemente reclama dos rebeldes haverem destruído a Estrela da Morte após a estação explodir um planeta inteiro sem provocação e então rumar para aniquilar todos os rebeldes sem pena alguma. Faltou para a história coragem de tentar mostrar um personagem que, mesmo sem ser mau ou alienado, acredita que o Império é a melhor opção por motivos bem delineados.

Ao longo de sua história, Estrelas Perdidas apresenta o crescimento dos protagonistas da infância à idade adulta de uma forma aceitável para seu gênero e proposta. Eles têm suas personalidades apresentadas bem o suficiente para que não incomode o leitor e ele consiga se conectar com suas vidas. Por outro lado, no que toca aos personagens secundários, a obra falha miseravelmente. Mau desenvolvidos, sem personalidade e apáticos. Podem ser descritos com umas poucas palavras e seguem apenas comportamentos genéricos e, em geral, sem propósito algum.

Este problema afeta até mesmo os poucos personagens conhecidos de Star Wars, que mal se pode dizer que realmente participam, antes, vez ou outra fazem uma ponta na história. Sem conhecimento prévio de como eles são, Tarkin, Mon Mothma e outros, com exceção, talvez, de Darth Vader, parecem extremamente vazios e sem sentido. Coisa que também afeta as diversas raças alienígenas. Nomes de espécies são lançados a torto e a direito sem qualquer contextualização ou descrição de que aquilo de fato se trata de outro povo. Entre jelucanos, sulustanos, wookies e corellianos, como alguém que não é experiente na saga de George Lucas saberia do que está sendo falado? O leitor médio de Star Wars sabe como se parece um sulustano e que corellianos são humanos nativos do planeta de Corellia e não algum tipo de bicho esquisito? Quem leu apenas Estrelas Perdidas e viu os filmes certamente não faz nem ideia.

Mas isso nem chega a ser o maior problema na obra. O maior fracasso de Estrelas Perdidas está em sua narrativa fragmentada. A passagem de tempo entre um evento e outro é tão grande que a história parece completamente desconexa. A intenção pode ter sido boa; de fato, a premissa de mostrar mais de uma década das vidas dos personagens enquanto eles crescem e tomam caminhos diferentes é um bom ponto de partida. No entanto, para atingir o seu objetivo com eficácia, seria necessário uma série de livros, não apenas uma obra que mais parece um resumo de uma história que poderia ter sido melhor. Talvez um seriado fosse mais adequado para a proposta do livro de Claudia Gray.

É engraçado pensar que boa parte do esforço do livro foi para mostrar a infância e o tempo de academia militar do casal de protagonistas. Decerto são bons momentos para estabelecer suas personalidades e demonstrar a forma como podem evoluir ao longo da obra, contudo, são os momentos de sua vida adulta que deveriam ser mais interessantes e bem trabalhados. Mas ao invés de trazer os personagens vivendo na galáxia enquanto oficial imperial e membro da Aliança Rebelde, Claudia Gray vai mostrando a conta gotas os eventos bem apresentados nos Star Wars, praticamente apenas mencionando a sua existência e mostrando – ou melhor, contando com muita brevidade – como os personagens fizeram alguma coisa pouco interessante durante batalhas famosas.

Exemplo de tal problema estrutural e narrativo é a Batalha de Jakku, acontecimento pós-Episódio VI e ainda não explorado em outras obras, mas que aparece com tamanha brevidade no livro que chega a ser frustrante. Antes não fosse mostrado, pelo menos o “Jornada Para Star Wars: O Despertar da Força” pareceria menos forçado e picareta.

No fim das contas, Estrelas Perdidas é um livro que pode até tentar, mas passa longe de oferecer uma história de qualidade. É possível aproveitar a leitura por ser leve e tranquila; no entanto, os fãs de Star Wars vão encontrar uma obra insatisfatória por parecer inserida na saga de forma forçada, fazendo apenas menções esparsas e preguiçosas à galáxia muito muito distante como que por obrigação. Enquanto isso, os que apenas buscam um livro para relaxar e nunca consumiram outras obras de Star Wars encontrarão personagens estranhos, eventos incompreensíveis e uma história quase sem sentido. A dúvida que paira é: para quem – e para que – Estrelas Perdidas foi escrito, afinal?


site: http://ovicio.com.br
comentários(0)comente



Júlia Cunha 04/08/2021

Melhor livro que já li
A escrita da Claudia gray é impecável, história maravilhosa. Completamente apaixonada nele, poderia reler ele mais de uma vez ???
comentários(0)comente



Lady Bridgerton 07/12/2020

Muito mais intenso que os filmes
Vou falar pouca coisa nessa resenha por que assim meu pai amado estou chocada. Eu tinha expectativas que esse livro seria bom mas tudo foi superado mil vezes gente do céu. O casal tem uma química absurda, a leitura e extremamente fluida e rápida, até mesmo pra quem nunca viu star wars deve ser uma leitura boa. Ah e pra quem viu os filmes ficou so como capitão america morrendo com as referências, a cada personagem ou acontecimento citado da triologia do luke eu dava um berro. Ai amei amei amei e agora vou ali chorar no cantinho por que queria uma continuação
comentários(0)comente



Fernanda 25/01/2021

Livro incrível do Universo Expandido do canone de Star Wars e que revisita os eventos importantes da trilogia clássica. Vemos um casal com diferentes pontos de vista em relação ao Império e a Aliança Rebelde.
comentários(0)comente



Lucas Rey 16/01/2019

Começou morno, e terminou queimando.
Tenho que dizer que o primeiro terço do livro pra mim foi bem desinteressante. A história estava mais para um Young Adult de romance. Os dois personagens principais numa semi-paixonite adolescente, sem nenhuma profundidade, com o universo Star Wars de lado. Não curti muito a escrita da autora.

Porém, a partir do segundo terço do livro, o que era romance vira um drama. Os personagens começam a ganhar profundidade, a se questionarem, conflitos morais e culturais aparecem com mais contundência. O universo Star Wars passa a ser colocado de forma mais clara na história com informações interessantes e, principalmente, com a história dos filmes passando de fundo da história do livro. Mais ação, mais drama, mais profundidade.

E no último terço do livro, você já está completamente envolvido com os conflitos de ambos os personagens. E mesmo muitas vezes você não concordando moralmente com a ação de um deles, você o entende. Eu gostei muito do final, embora certos acontecimentos tenham ficado previsíveis pra mim. E me parece que nesse estágio do livro, eu já tenha me acostumado a escrita da Claudia Gray, pois não me incomodava mais. O último capítulo é uma verdadeira preparação para o filme "O Despertar da Força".

Mas o grande destaque de Estrelas Perdidas é mesmo quando, cronologicamente, a história passa a rodar em paralelo com a primeira trilogia dos filmes. É de fato emocionante, chega a arrepiar.

No fim, torci bastante pelo personagens principais Thane Kyrell e Ciena Ree, e espero ver mais deles em outras obras.
C4io 19/01/2019minha estante
Concordo




Leandro.Lombardi 26/09/2022

Romance em Star Wars
Ganhei este livro da minha irmã caçula e foi com ele que segui nas leituras de vários outros livros da Saga Star Wars.
Um livro empolgante para os fãs da série clássica.
Sim, tem como base um romance proibido, mas as tramas e subtramas não deixam largar o livro muito bem escrito por Claudia Gray.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
Camis 31/10/2020minha estante
Muito booom


layla 31/10/2020minha estante
amoo




Isabella 25/09/2022

Recomendo
Livro gostoso de ler, traz uma nova visão sobre os acontecimentos de Star Wars e te mostra que não existe apenas mocinhos e vilões, e sim que pessoas tem costumes diferentes e defeitos mas que isso não significa que elas são ruins.
Recomendo para todos que assistiram Star Wars, principalmente para os que só assistiram uma vez.
comentários(0)comente



Douglas.Braga 14/08/2018

Clichê e seus sinônimos
Clichê, previsível, batido, etc. A proposta é assim, você já imagina que um casal em situações opostas seja uma história bem comum, que alavancou obras para cânones rotineiros de gerações, mas essa história em particular me pareceu muito interessante, promissora, pois podia fugir das convenções e além disso uma obra que vem com o intuito de fornecer mais detalhes sobre uma história de 30 anos atrás já é algo que merece atenção.
Mas não se engane como eu me enganei ao comprar esse livro. Ele é mal escrito, mal desenvolvimento e uma vergonha para um universo tão distante e tão interessante. Uma obra moderna tentar manipular quem está lendo de forma tão barata e ruim chega a parecer piada. Todos os acontecimentos são previsíveis pois se assemelham a decisões que estamos acostumados em filmes de Sessão da Tarde, com literatura infantil e outras obras sem qualidade de aprofundamento, não há camadas a se transpor, mas não há pois a autora não quis.
As decisões são burras, incompreensíveis e nunca aconteceriam a não ser no mundo dos sonhos de Claudia Gray que escreveu seres sem um mínimo de lógica emocional. Mas a história é carregada de sentimentalismo sim, tonto, enjoativo, manipulador. Se fosse escrito por uma criança seria mais do que compreensível como desculpa, seria uma obra melhor.
Nem mencionei a pataquada que são as tentativas de explicar o porquê da protagonista continuar e defender o Império, o porquê de Nash nao ter largado tudo, pois na verdade toda contrução lógica levava à outro pensamento, são completamente desconexas essas justificativas.
A, antes que eu me esqueça, não aprofunda em nada os conhecimentos sobre Star Wars, as batalhas são porcamente descritas, os filmes avançam muito mais na descrição e ainda por cima errou na introdução ao novo capítulo cinematográfico, onde não existe mais o Império e sim outro grupo.
Cih @cinthyan.leu 16/01/2021minha estante
Graças a Deusa não fui a única achar ele livro ruim,misericórdia!




theblows 07/01/2023

estrelas perdidas
eu queria muito ler esse livro por ele ser um romance de star wars, e achei a história interessante por começar onde o império surgiu e acompanhar personagens que tinham apreço por ele, vão desenvolvendo e percebendo o que o império realmente é.
achei o ritmo do livro mt bom até porque ele é um cenário dos grandes acontecimentos da trilogia original que aqui, a gente pode ver pelos olhos de outros personagens, e tbm acompanhar como as coisas acontecem e funcionam no império que pra mim é a melhor coisa do livro.
ver como os protagonistas pensam (ciena e thane) é bem interessante tbm, por mais que eu achei que ia super clichê, o final até que eu gostei.
comentários(0)comente



Feeh 02/02/2023

Muito bom
Confesso que no começo achei bem tedioso mas conforme os capítulos foram passando fiquei cada vez mais viciada.
Esse foi meu primeiro contato com star wars e me apaixonei, confesso que por nunca ter visto os filmes tive que pesquisar a aparência das naves para imagina-las.
O romance é lindo e as batalhas emocionantes, o desfecho me deixou animada para ler a continuação.
comentários(0)comente



Caique Henry 06/07/2021

Veja pelos meus olhos
Star Wars é um universo ficcional que muito versa sobre política, quer queira ou não. Somos apresentados a vilania do fascismo algo muito comum nos Estados Unidos pós moderno, e claro que "Estrelas perdidas" abordaria tal tema por meio de seu romance shakespeariano.

É interessante todo o desenvolvimento dos personagens, em como cada um deles tem sua personalidade própria, seus conflitos e desafios; Thane tem graves problemas familiares e Ciena por sua vez, tem uma família estável mas é pobre. Entretanto, ambos os personagens encontram um no outro um objetivo em comum e uma amizade tão poderosa quanto a força.

Nesta primeira metade do livro tudo se desenvolve na idealização deles de um império justo e verdadeiro, e claro na amizade dos dois, que logo em seguida se torna em um amor proíbido. É lindo ler e imaginar a conexão entre eles, como cada um sabe o que fazer apenas pelo olhar, a maneira no qual eles se reconhecem através dos movimentos é de um amor verdadeiro.

Algo que me incomoda nesta parte da estória é o breve conflito que ambos os personagens encontram na academia. A separação deles é algo pouco desenvolvido e explicado com clareza, apenas está lá como um ponto a ser esquecido.

Bom, a primeira metade é claramente um romance bobo e infanto-juvenil entre os protagonistas. Mas, ao adentrar na segunda metade o discurso político e anti fascista se torna muito mais evidente. Poder observar de perto os momentos antecedentes a destruição da primeira estrela da morte, entender a crueldade do império e em como os soldados são cegos é fascinante. Thane por sua vez, não se prende aos encantos do império e logo se rebela, indignado com as atrocidades deserta e desgarra-se das mãos do império. Porém desacreditado de que nenhuma ideologia política poderia salvar a galáxia vive apenas uma vida fugindo.

Mas, ao passar das páginas Thane entende que precisa decidir qual lado "menos pior" ele deve escolher e lutar contra aquele causador do caos, portanto ele logo se junta aos rebeldes. Do outro lado temos Ciena que cega por sua lealdade acredita que apenas o império pode salvar o universo. Porém, nos últimos estantes do livro ela finalmente entende que escolheu o lado errado, mas já era tarde demais e o sangue já estava em suas mãos. E ela presa mais uma vez a sua lealdade e honra , não abandona o império.

Como fã de Star Wars eu fico muito alegre com este livro, pois poder "ver" e saber o que se passa naquele universo tão grande além dos filmes muito me fascina. Saber que um dos pilotos tie que é morto nos campos de asteroide era um cara legal e saber quem é aquele jovem rapaz que divide cabine com Luke na batalha de Orth é fantástico, torna a franquia ainda maior. E não podemos esquecer de poder enxergar com os olhos do império, levando em consideração que nosso ponto de vista se vem dos filmes.

Estrelas perdidas é um livro muito bom para todos os fãs de Star Wars, é livro que versa sobre amor, guerra, depressão e política. Uma verdadeira aventura Star Wars.
comentários(0)comente



Mel Diaz 28/01/2022

Star wars do jeito que nunca vi
O que mais gostei desse livro é de como a história é ampla e se passa por tantos conflitos e tantos pontos marcantes da saga original.
Pelos olhos de Ciena consegui sentir com a lavagem que o império faz é forte. Sentir a protagonista perdendo a sua vida a cada missão. A ponto de não restar mais nada em seus olhos, apenas um corpo vazio.
Pelos olhos de Thane percebi que não basta apenas coragem pra sair do império. É preciso inteligente e ousadia.
Estrelas perdidas me mostrou que não podemos desistir daqueles que amamos, mesmo quando eles estão pedidos e cegos. Me mostrou que na guerra existem dois lados e que todos sofrem, perdem e sentem medo.
comentários(0)comente



Gabriel.Ornelas 31/08/2021

Sem palavras
Sério o que eu poderia dizer dessa obra prima?

Até hoje não sei afirmar se é canônico ou não, mas que maravilha de livro!!!

Observar as duas crianças crescerem, e conhecer aquele mundo fantástico que tanto nos fascina é sem dúvidas como olhar para uma outra versão de si mesmo. E a medida que crescem e se aventuram através das galáxias vivenciando eventos históricos totalmente marcantes, fui me sentindo como se eles descrevessem tudo aquilo que senti ao assistir os filmes, porém tudo com muito mais detalhes.

Essa história consegue trazer muito mais profundidade e sentimento para eventos que por vezes passaram sem peso nenhum por nós, é simplesmente indescritível.

Se puder embarcar nessa nave, voe longe!
comentários(0)comente



Blog MDL 02/07/2016

O que falar desse livro que mal terminei e já considero pacas? Haha! Bem vindos a uma nova antiga aventura sobre o Universo de Star Wars. Todo leitor de bom senso sabe que não é indicado julgar um livro pela capa, mas ao ler a sinopse e descobrir que nossos protagonistas não são Jedis pode causar certo receio. Mas cara, esse foi o melhor livro de Star Wars que li até agora.

Logo de início somos introduzidos a dois habitantes de um planeta da Orla Exterior chamado Jelucan. Apesar de terem um mesmo planeta mãe, ambos possuem classes sociais e culturas diferentes. Ciena Ree vem de uma família que veio na primeira leva de pessoas a habitar Jelucan, fugindo do caos em que a galáxia foi mergulhada no fim da antiga república, vivendo da agricultura e pecuária, pessoas procurando um lugar quieto para viverem suas vidas em paz. Foram então morar nos vales, graças a geografia de Jelucan, onde a honra é mais valiosa que o dinheiro.

Já a família de Thane Kyrell é descendente da segunda leva de habitantes, formadas em sua grande parte por aristocratas, famílias ricas o suficientes para bancar a viagem por livre e espontânea vontade, com a ambição de enriquecerem ainda mais extraindo os minerais do planeta. Não é preciso muito para saber que famílias de levas diferentes possuem valores diferentes, logo, não convivem entre si como iguais.

Apesar de todas as diferenças culturais e sociais algo os une: A paixão por voar! E por essa paixão Ciena e Thane, aos 5 anos de idade, tornam-se amigos inseparáveis. Após um encontro com o Grand Moff Tarkin, quando Jelucan está sendo anexado ao Império, decidem alistar-se na academia Imperial e lá, mais coisas que apenas treinamento irão fazer Ciena e Thane pensarem sobre o Império que os cerca e sobre eles mesmos.

Com uma escrita simples, fluída e cheio de feeling, Claudia Gray nos coloca em perspectiva ao eventos de toda a cronologia da trilogia original em relação aos dois lados da moeda: o punho rígido e resoluto do Império, suas maquinações e intrigas; e a visão libertária e destemido da Aliança Rebelde. Isso nos responde questões como: será que o Império é de todo lawful evil ou seus membros estão sendo manipulados pelo Imperador?

As aparições dos personagens vistos na filmografia dão um gás muito grande pra história, montando uma transmídia muito bem arquitetada. Dando a impressão de que todo esse universo realmente existe em algum lugar.

Apesar de tratar-se de uma obra com um feeling bem adolescente, há conceitos adultos que são tratados de forma bastante singular, variando entre abuso infantil, escravidão, orgulho e preconceito (pegou? pegou?). O vínculo que une Ciena e Thane nos deixa conectado a cada personagem que passa por suas histórias e a forma com que eles reagem com os eventos ao longo da jornada, dando profundidade a eventos como a destruição de Alderaan, a explosão das Estrelas da Morte, a fuga da Millenium Falcon perante um Destroier Estelar e tantos outros.

Há algumas descontinuidades, momentos em que a autora poderia ter perdido um pouquinho mais de tempo explicando, ou mesmo nas descrições de algumas raças inéditas, na cultura organizacional delas ou mesmo nos conflitos espaciais. Ás vezes passa aquela sensação de que mesmo numa leitura lenta, os eventos estão acontecendo rápido demais. Nada que prejudique o teor da história, mas é um ponto que me incomodou.

Recomendo muitíssimo pra quem é fã da saga Star Wars pela quantidade de detalhes inseridas do universo e por como os eventos vão se relacionando com os personagens. Mas também recomendo para aqueles que não são tão fãs da série, como uma porta de entrada para o universo. E para os dois eu recomendo como uma boa história!

site: http://www.mundodoslivros.com/2016/04/resenha-star-wars-estrelas-perdidas-por.html
comentários(0)comente



134 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR