Karol 27/09/2011
Continuação melhorzinha
Esse livro tem uma história engraçada.
Quem leu minha última resenha, a de Caçadores de Bruxas, deve ter notado que eu comento em determinada passagem que li Corações de Neve, o 2º livro da Trilogia, antes do primeiro. Pois é. Fiz isso porque sou uma anta desligada. Ou não.
A publicação simplesmente não informa na capa do livro que aquele é o segundo da série. E eu, que comprei o livro porque achei a capa linda (Ok. Fútil, eu sei) comecei a ler e meio que estranhei. Dá pra notar claramente que é uma continuação, sabe como é, né? Mas o livro pode ser lido de maneira independente também. Raphael Draccon é bastante didático nesse ponto: ninguém fica perdido em sua obra.
Pois é. Aí, essa semana, li novamente para resenhar aqui pro blog, então, vamos lá.
Como eu já comentei, o livro dessa vez é Corações de Neve, o 2º da Trilogia Dragões de Éter, do brasileiro Raphael Draccon e, ele começa pouco depois do ponto onde outro terminou (a partir daqui, alguns spoilers do livro 1): a morte do Rei Primus de Azrallun. Agora Anísio, que não é mais um sapo, deve assumir o trono e guiar o reino rumo à luz, com a ajuda de seu irmão “fofo”, o Príncipe Axel. O livro é “o meio da história” e se baseia bastante em um Torneio Universal de Pugilismo, que rende as cenas mais animadas/adrenalina_pura do enredo. Há também uma trama de espionagem paralela sobre a qual não vou me manifestar pra não correr o risco de soltar nenhum spoiler e, o que mais me animou, uma revolta em uma pequena aldeia liderada por um tal de Robin de Locksley que, mesmo maduro, fez meus olhos brilharem..
O negócio é que, como eu já havia dito, esse livro é bem melhor que o primeiro. Sabe aquele negócio do narrador mala? Pois é, diminuiu MUITO! Eu atribuo essa diminuição à evolução da escrita do autor e, também, à evolução da história, afinal, aqui ele não precisa contar tudo de novo, só relembrar. O livro dá uma sensação gostosa de nostalgia e continuidade, típicas de trilogias e traz elementos que nos levam adiante na história, nos fazendo imaginar o que acontecerá ao Rei Anísio que o tornará um Rei maior do que foi seu pai, o Rei Primus – porque é óbvio que algo assim acontecerá, há dicas implícitas em toda a narrativa.
Tudo o que tínhamos de bom no primeiro livro temos de novo: os personagens de contos de fadas, os romances, a honra, o medo das bruxas e há, também, a evolução dos protagonistas, afinal, o tempo passou e eles estão crescendo. Há um “quê” de literatura adolescente perdido na narrativa e eu gosto muito desse “quê” (não é segredo pra ninguém aqui que adoro literatura juvenil, né?), passamos a conhecer melhor os personagens e eles demonstram alguns defeitos também, o que não acontece no primeiro livro e deixa a história mais gostosa, mais realista.
Enfim, recomendadíssimo esse segundo volume da Trilogia Dragões de Éter! O livro é melhor que o primeiro em quase todos os pontos, e é um bom “trilho” para o terceiro da série, Círculos de Chuva. E ele prende: eu o terminei em três dias, um recorde, se tratando de um livro que não é, assim, pequenininho, sabe. Agora sim estou animada de verdade para ler o último e saber o que acontece com o Príncipe Axel e seus amigos e, principalmente, para ver quais personagens de contos de fadas irão aparecer para me dar uma saudadezinha da minha infância by Disney!
Nota: 4 em 5. Muito bom! Eu, virando mais uma na multidão e, finalmente, me encantando com Dragões de Éter!