Corações de Neve

Corações de Neve Raphael Draccon




Resenhas - Dragões de Éter: Corações de Neve


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Vic Tanzi 23/02/2024

Opinião particular
O livro tem uma escrita muito fluida e gostosa ler. A história em si tem reviravoltas interessantes e que gostei MUITO.

Porém ao ler esse segundo livro eu perdi certas coisas que não havia notado no primeiro livro (provavelmente por falta de atenção). O livro é cheio de "preconceitos" enraizados na escrita da mesma forma são estruturais na nossa sociedade e as vezes nem notamos que os perpetuamos. (Sei que o livro se passa numa "era medieval", mas o mesmo propõe evolução de espírito, sociedade e tecnologica, então não vejo por que continuar com isso).
Você consegue ler o livro numa boa e curtir muito, a maior parte das pessoas provavelmente nem nota esses pequenos "esteriótipos", que se aproximam de certos preconceitos, pois são realmente muito parecidos com o que se acontece no dia a dia.

Eu juro que eu não queria levantar questões de militância no livro, por que eu gostei sim da leitura e pretendo terminar a saga. Mas preciso ser honesta quando digo que não consegui curtir o livro - por inteiro - por esse detalhe. Talvez você consiga e ta tudo bem ?
Ash 20/03/2024minha estante
dei 2 estrelas pro primeiro livro por causa disso!! além de ter vários esteriótipos racistas e machistas, tem um discurso super meritocrática do lado de quem deveria ser herói. é bom saber que não foi só eu que percebi isso


Vic Tanzi 14/04/2024minha estante
Exatamente, eu notei muito tbm questoes machistas, racistas e até lgbtfobicas que me decepcionaram um pouco :/


Ash 16/04/2024minha estante
no 2° livro fica pior!! tem literalmente um diálogo com o Axel e outros dois personagens falando que o único jeito de mulheres entrarem num ringue seria se o ringue estivesse cheio de lama e elas seminuas


Vic Tanzi 18/04/2024minha estante
Exatooo, esse segundo livro é bem mais cheio mesmo, e com coisas mais pesadas e claras. Quero terminar a saga porém isso me desanimou bastante!!!




Ana Usui 10/11/2013

Uma nova Alma Arzallina...
Eu acho que definitivamente não me cabe palavras para descrever todos (e não apenas um) sentimentos que tive ao ler Corações de Neve.
Devo dizer que primeiramente tive receio de neste livro o autor focar em outros personagens que não aqueles do primeiro da trilogia Dragões de Éter, Caçadores de Bruxas, devido ao fato dele ser um narrador que conta sobre diversas histórias inteligadas. E então fiquei surpreendentemente feliz ao saber que ainda viveria mais aventuras com a nossa jovem Ariane, toda adolescente – que aqui significa impulsiva e infinita – cheia de opiniões e tomando atitudes de mulher, deixando de ser aquela jovenzinha do primeiro livro que não passava de uma criança que não deveria conhecer a maldade do mundo. Com o João Hanson que pode não vestir roupa nobre, ter um cavalo branco e ainda ser emburrado e marrento, mas sempre será o nosso Mocinho, de letra maiúscula. A dupla dinâmica de Liriel e Snail, que descobri que podem ser Muito mais do que aparentam.
E principalmente com Maria Hanson – uma jovem inteligente e encantadora que se tornou a minha Heroína – e o Príncipe Áxel Branford, o Maior de Todos os Príncipes.
Claro que também conheci outros personagens, com esse estilo do autor de narrador onisciente me levando à todos os cantos de Arzallum.

E quanto chegou o tão espero Torneio do Punho de Ferro... — quem leu o primeiro livro saberá do que estou falando. —
Eu sinceramente não sei o que dizer. Porque foi mágico.
Pela primeira vez na minha história como leitora e não apenas senti os sentimentos dos personagens, mas me senti lá. Não sendo O Personagem, mas sendo mais uma na multidão da torcida. Eu pude escutar os gritos, eu podia ouvir a euforia, e podia sentir a textura do ar e todas aquelas pessoas imaginárias.
E quando o narrador diz que toda aquela emoção que o Áxel está sentindo, todas aquelas pessoas gritando, quase 200 mil pessoas, toda a euforia, toda aquela sensação de vencedor, de ser amado por sua pátria, de ser um símbolo e participar de algo maior do que você, era por MINHA CAUSA, acho que.... Eu juro que senti algo se aquecer dentro de mim. E foi mágico.
Foi quando o narrador disse que na verdade EU sou uma semi-deusa, criadora daquele mundo, eu — a leitora. Porque EU O TORNO REAL. E naquele instante o que eu senti foi real.
Nunca antes fiquei tão nervosa, ansiosa e desesperada pela luta do protagonista. Nunca fiquei tão empolgada assim, nunca cheguei a imaginar as nuances de cores no céu naquele momento, ou como as luzes das tochas pareciam iluminar como se um ato sagrado estivesse prestes a acontecer, ou como o ar parecia rarefeito com todas aquelas pessoas gritando, torcendo.
E pela primeira vez pensei: “É isso que os torcedores sentem nos estádios? É essa sensação? É assim como você se sente ao gritar por seu ídolo?” e por um breve momento até considerei começar a assistir luta livre e boxe.

Bem... só acho que essa parte do livro compensou por milhares de livros já lidos em minha ainda curta vida, e também por um incidente mais à frente no livro que fez meu coração afundar um pouco. E simplesmente não tenho mais o que dizer sobre esse momento, porque somente um leitor que foi completamente pego, um leitor que entrou na história, pode chegar a sentir o que senti. Porque é o tipo de coisa que só se sente com apenas um único livro na sua vida, não importa se você é apaixonado por outras séries.
Eu sou uma meio-sangue grega, sou bruxa de Hogwarts, sou uma caçadora das sombras, sou uma Narniana, e milhares e milhares de outras coisas. Mas nunca senti isso em um livro.
E por favor, peço que não crie muitas expectativas, nem pense que esse é o melhor livro do mundo, porque esse momento foi MEU, e pode não ser seu. Então será melhor pra você que não ache que lendo essa trilogia você sentirá tudo o que descrevi porque você poderá se decepcionar.
Estou apenas descrevendo o que senti, porque assim como não pude fazer com o livro de John Green, essa aqui não é uma resenha. Esse livro é um verdadeiro conto de fadas com o melhor narrador que já conheci. E pra mim superou a todos, não porque seja terrivelmente original ou porque tem batalhas ou romances, mas porque eu verdadeiramente senti.
E isso não se pode julgar.
As pessoas deveriam parar de julgar livros para as outras, sabe, não há nenhum mal em resenhar e comentar o que você achou dos livros que leu, mas acho que todos os leitores deveriam parar com o “Você não deveria ler esse, não é tão legal” ou “Porque você não lê esse? É fantástico.” Eu parei com isso, e acho que todos deveriam, porque eu finalmente entendi que livros não se tratam apenas de histórias. Na verdade eles são 80% sentimentos. E por isso nenhuma experiência sua será igual a do outro. E por isso deveríamos deixar de criar tantas expectativas com reproduções de livros no cinema ou em resenhas por ai.
Enfim, acho que Dragões de Éter me conquistou definitivamente, e o mais impressionante é que, como um filho que tem orgulho do pai e quer ser igual quando crescer, espero um dia ser tão boa narradora quanto esse cara é.
E o resto do que eu poderia dizer... são sentimentos. Sentimentos de uma nova patriota. Agora eu também pertenço à ARZALLUM!
Nay 14/04/2014minha estante
Caramba, foi EXATAMENTE a mesma coisa que eu senti! Aliás, eu nunca havia sentido tanto em um livro! E concordo com você plenamente, pois como vi várias pessoas simplesmente não foram tocadas da mesma forma. Isso é triste, mas é de cada um. Espero que possa acontecer com eles em outros livros, e que aconteça comigo novamente, no próximo e - choro quase desesperado - último livro!


Ana Usui 16/04/2014minha estante
Sim, esse livro me tocou bastante, não só porque tenho uma queda (na verdade, abismo) por livros do gênero, mas também porque gostei muito de como ele entrelaçou os personagens *--*

eu ainda aguardo ansiosamente de que o autor tenha um manuscrito no meio de seus outros em sua casa que seja a continuação do terceiro, e só não disse a ninguém porque teve algum bloqueio literário agudo do qual ele ainda não conseguiu se livrar, maaas um dia irá publicar. Espero de verdade.


Andrea 25/08/2016minha estante
Não gostei nem um pouco do livro (na verdade desisti antes da metade) mas gostei muito de sua resenha. Você descreveu os acontecimentos e suas próprias emoções de forma belíssima e me sinto feliz de saber que alguém se sentiu assim. Concordo, ainda, que críticas muitas vezes são bastante particulares e não devemos levá-las como verdade universal, no entanto elas ainda são úteis, pois a técnica também conta muito e eu teria terminado de ler o livro se o estilo do autor fosse diferente. Por fim, obrigada pelo momento que você me propicionou ao imaginar a sua própria emoção vivida.




Leandro Radrak 07/02/2010

Tocando o Éter...
Saudações amigos,

Faz cerca de 1 ano que resenhei o primeiro livro deste mundo criado por Raphael Draccon: Dragões de Éter Caçadores de Bruxas. Lembro bem do sentimento da época. Eu o havia considerado um livro interessante por reciclar velhos contos de fada, com história e personagens cativantes, além de um narrador que ora era engraçado e cativante, ora era chato. Um livro que eu gostei.

Pois bem, acabei de terminar o Dragões de Éter Corações de Neve e existe uma diferença muito grande entre os dois livros. Enquanto eu gostei de um, deste segundo, eu realmente adorei. Vi-me na pele de um semi-deus, observando, quase acreditando que influenciaria aquela história que me fez prisioneiro do seu meio para o fim, libertando-me somente ao virar a última página. Foram, sem dúvida, horas de leitura que senti gosto em gastar.

A trama está mais instigante. Os personagens mais maduros e interessantes. O ritmo mais alucinante. E o narrador encontrou seu equilíbrio, tornando-se imparcial, cativante e, as vezes, engraçado, mas chato, este defeito ele abandonou por inteiro.

A obra segue com os mesmos personagens de Caçadores de Bruxas, acrescentando à trama ainda mais daquelas referencias guardadas em nossas mentes. Foi no começo do livro, em meio às diversas citações aos semi-deuses que fiz uma associação ao licro "A História Sem Fim", de Michael Ended, livro que venero: Dragões de Éter traz a idéia de que os personagens estão ali no livro realmente, vivendo aquilo tudo naquele instante, onde o combustível de suas vidas e aventuras é gerado por você, leitor. Você, como o Raphael não cansa de repetir, é o semi-deus que os alimenta e os guia.

Ao entender sua premissa é impossível que o leitor não mergulhe na história e se envolva com os personagens que ali vivem, e essa, meus amigos, é a mágica do livro. Uma mágica orquestrada com habilidade, capítulo após capítulo, de um campeonato de pugilismo à derradeira sequência final, que não nos deixa piscar.

Com ação, suspense e romance, este é um livro completo, que dificilmente decepcionará.

Devo avisar, porém, os mais tradicionalistas, que o livro trás um excesso de referências, o que pode irritar alguns leitores.
Por outro lado, quem encará-las como homenagens à mente coletiva, ou simplesmente como um acesso à egrégora formada por toda a fantasia que ousamos imaginar, não se decepcionará ao se deparar com as participações, sutis ou não, da Feiticeira do He-man, Robin Hood, Athos e tantos outros ilustres personagens, juntos, em um livro.
Outra parte que pode atazanar os mais impacientes (ou quem não goste de boxe) é o grande campeonato de pugilismo, pois ele ocupa boa parte do livro. Já para os fãs de Rocky é diversão garantida.

Mais uma vez, indico a leitura por dois motivos:
- O André Vianco disse: Raphael Draccon escreve muito, muito bem, e ele está certo, Raphael tem frases que realmente inspiram e merecem ser lidas;
- Você tocará o Éter e retornará a ver João, Maria e Ariane Narin, e sua visão sobre eles será alterada. Mais uma vez;
SunshinetySick 19/08/2020minha estante
Nossa você traduzio muito bem tudo o que eu senti também!! Principalmemte quanto a comparação com o primeiro livro, ele foi bom, mas esse é muuuuito bom nossa?


Cellina.Bastos 11/01/2024minha estante
Meu Deus essa foi a melhor resenha de dragões de Éter que eu já li, concordo em 100% em tudo, cada palavra!!




Lets_Guatimosim 24/05/2021

3/5
O inicio é muito chato... Foi um sacrilégio
O narrador é menos irritante nesse livro mas ainda sim nn gosto muito ( é em 3a pessoa, se você gosta de narrações em 3a nn será um problema, mas na minha opinião atrapalha o dinamismo da história)
MUITO PROBLEMÁTICO. No primeiro livro eu relevei, mas o machismo desse livro me irritou profundamente... Não adianta vc colocar a chefe da guarda real uma garota, mas em todas as cenas dela ela esta com algum macho e toda hora falar como mulheres são complicadas escandalosas e pior falar "lutar como uma garota" como sinonimo de não saber lutar, etc... Nossa me irritou mto que nem consigo escrever direito...
Eu não sou de ação ent de verdade os capítulos das lutas (que tinham umas 20 páginas cada) eu meio que pulei, mas entendo que ai é minha preferencia. Quem gosta de ação detalhada vai gostar, mas pra mim foi um tédio
Os poucos capítulos da Ariane levaram o livro nas costas, de verdade eu li o livro inteiro só por ela. Amo a personalidade dela e ela entendendo mais sobre magia, gostaria que fosse mais bem explorado o por que ela é especial e é claro, o João e a Maria descobrindo que ela é uma bruxa
É o que eu falei no primeiro livro:
A história e os personagens tem potencial, você fica curioso para saber o que vai acontecer, a mistura de contos de fadas que vão se encaixando é bem feita e interesante, mas o jeito que é escrito é péssimo... Da muito foco em coisas que a gente não se importa, fica o livro inteiro enrolando, pra jogar tudo nas últimas 100 páginas...
Eu ganhei o box de aniversário, então lerei os outros livros (pq já tenho ne) mas não seria um livro que eu recomendaria a alguém, mesmo gostando da história e dos personagens, vejo muitas problemáticas, dependendo de como desenrolar os últimos 2 livros eu mude de ideia, mas pelos primeiros essa é a minha opinião
Mari 28/10/2021minha estante
Nossa, concordo 100% com tudo, só adicionaria o péssimo desenvolvimento da Maria


Mariana 14/12/2021minha estante
Achei a resenha desse livro onde concordo com tudo o que foi dito




Flavinha 03/11/2011

Dragões de Éter 2 - www.chatadoslivros.blogspot.com
ALERTA SPOILERS!!!

No segundo volume desta Trilogia, acompanhamos de novo o destino de personagens queridos, sendo traçado pelos semideuses.

Muitas surpresas nos são reveladas, e uma das mais importantes é o porquê de Anísio ter ido para as Sete Montanhas e ter tido uma quase transformação completa em sapo. Esse fato foi realmente muito interessante porque essa parte da história nos foi contada pelo meio no primeiro volume, e eu fiquei me perguntando o que diabos Anísio foi fazer ali, bom agora eu sei, e me decepcionei muito com Axel, não só pelo motivo egoísta de sua busca por seu irmão, como também pelo que aconteceu entre ele e Maria Hanson.

Já dizia Bob Marley "A maior covardia de um homem é despertar o amor de uma mulher sem ter a intenção de amá-la." E infelizmente foi quase dessa forma que aconteceu. Se Axel sabia que tinha uma noiva prometida, porque então se envolveu com Maria? Mesmo que ela fosse só uma aventura, ele deveria ter sido claro desde o momento em que percebeu que tinha se apaixonado por ela.

Bom, deu pra perceber que fiquei bem chateada com essa parte da história né? Mas apesar desse fiasco do casal que eu mais gostava na série, João Hanson e Ariane Narin ocuparam perfeitamente o lugar de Axel e Maria no meu coração. Que coisa mais fofa foi o começo do amor dos dois, com João se declarando pra ela e dando-lhe uma rosa, achei muito fofo. Ariane continua chatinha, mas acho que João vai dar a ela o equilíbrio que ela precisa.

João então se tornou meu xodó. Confesso que tenho um fraco pelos personagens sofridos que vão batalhando pra transformar sua dura realidade em uma coisa melhor, e com João não foi diferente, apesar das diversidades que este garoto passou, ele sempre buscou sua melhora, pensando mais nos outros do que em si mesmo.

Snail e Liriel foram a parte mais chatinha da história pra mim, todo aquele treinamento forçado e o recrutamento dos garotos órfãos foi bem tedioso. Eu esperava uma coisa grandiosa pro final deles com o Robin, mas acabou bem agridoce.

Um personagem novo, que eu suspeito que ainda vá trazer muitas coisas desagradáveis é o gnomo Rumpelstilzchen. Não fiquei muito segura daquela história toda de magia vermelha, acho que ainda vai ter uma reviravolta negativa em relação a isso no último volume, vou ficar na expectativa.

Achei esse volume da trilogia melhor que o primeiro, e só não vou dar cinco estrelinhas pra ele porque toda aquela parte do torneio de pugilismo foi muito extensa e cansativa de ler.

Recomendo!

www.chatadoslivros.blogspot.com
Taty 03/11/2011minha estante
Oi Flavinha, gostei da sua resenha. E tenho que te contar que também tenho um fraco pelos personagens "sofridos"...rs... E olha, acredite em mim quando digo que o João ainda vai sofrer um bocado ao longo dessa história...


Flavinha 04/11/2011minha estante
Oi Taty! Valeu pelo comentário na minha resenha, acabei de ler Círculos de Chuva, realmente João sofre pra caramba né? Mas ainda é o meu personagem preferido =)

Beijinhos




jAlia 31/07/2022

Final MT fofo
2 livro com ctz melhor que o primeiro, li esse aq MT rapidinho quando o outro eu não conseguia prender leitura de jeito nenhum
Sofri pelos casais, fui feliz por causa deles tbm, mas na maioria sofri msm, por amz tbm, enfim livro é bom, se leu o primeiro leia o segundo
Fernanda309 31/07/2022minha estante
Vou terminar o primeiro pra ler o segundo só por causa de vc em


jAlia 31/07/2022minha estante
Aaaaa juro o segundo MT melhor (não sei se pq tem várias coisas dos casais e eu sou apaixonado aí eu achei que eu me atraí mais pelo livro...mas acaaho que depende MT do gosto da pessoa msm




CooltureNews 29/03/2013

Publicada em www.CooltureNews.com.br
Dando continuidade a leitura desta surpreendente e recomendada série, venho falar agora sobre Corações de Neve, meu terceiro livro de Raphael Draccon e apesar de haver alguns pontos nesta obra que não me agradaram por completo, posso afirmar que esta entre um dos meus autores nacionais favoritos.

Em Corações de Neve voltamos ao reino de Arzallum em um momento decisivo, afinal com a morte do Rei agora chega a hora de Anísio Brandford assumir o trono e se mostrar capaz de estar no comando deste grande e magico reino. Um ponto positivo neste ambiente foi justamente o fato do autor jogar uma luz sobre as politicas de Arzallum, afinal já ficou claro no primeiro volume que o reino possui inimigos, o fato interessante é que esses inimigos não são especificamente criaturas fantásticas, bruxas e afins, na verdade temos até algumas bruxas boas, ou seja, não é a sua natureza que define o seu caminho e sim suas ações e escolhas, acho que essa é justamente a melhor mensagem transmitida pelo autor.

Deixando de lado a politica, mas nem tanto, neste mesmo momento Arzallum recebe em suas terras mais uma edição do torneio de pugilismo Punho de Ferro, lógico que Axel é a estrela principal e as lutas são realmente emocionantes, mas um tanto óbvias, achei que o autor poderia se arriscar um pouco mais neste departamento e surpreender os leitores, o fato de não haver nenhuma grande surpresa tornou toda essa parte da historia um tanto monótona e em alguns momentos tive que me segurar para não pular algumas páginas, infelizmente essa parte da história não se resume a algumas poucas paginas e capítulos, é praticamente mais da metade do livro.

Assim como nos outros livros que li do autor, os capítulos se encerram no ápice e quase sempre conta com alguma informação não muito boa, alias um ótimo artificio para incentivar-nos a continuar a leitura, e os capítulos são intercalados com outras histórias paralelas, infelizmente neste livro as histórias paralelas não foram muito interessantes o que novamente tornou a leitura cansativa, principalmente quando estávamos no ápice de um sentimento e somos obrigados a nos acalmar por algumas páginas.

De modo geral, Corações de Neve é um típico segundo livro que cumpre o seu papel de ligação entre o inicio e o fim da trama, não esperem mais que isso, apesar de possuir algumas passagens e diálogos interessantes. De modo geral, continuo recomendando a todos que comecem a ler essa trilogia, e em breve venho falar sobre o terceiro e último livro.
Henrique 16/10/2013minha estante
Eu achei fraco esse livro na moral mesmo.
Livro 1 - O autor nao sabe organizar o tempo da narrativa,uma hora ele ta no presente, depois no passado,depois pro presente imperfeito,do gerundio, futuro...

Sem contar que o autor da spoiler muitas vezes --"





Pefico 09/02/2010

Dragões (?) de Éter
Adoro apostar em autores brasileiros e Raphael Draccon parece ser alguém com talento. Seu estilo é muito envolvente e até mesmo poético em algumas situações André Vianco na contra capa do livro, Ele realmente escreve muito, muito bem.

No entanto, eu simplesmente não consigo resumir pra vocês do que a história se trata. Pelo título, eu achava obviamente que ela se trataria de dragões, mas eles são mencionados duas ou três vezes no texto. Os dragões são na verdade, soldados caçadores de bruxas. Confesso que me decepcionei terrivelmente pela ausência de dragões de verdade, mas o autor já tinha me conquistado pela narrativa, e continuei lendo.

Pois bem, eu terminei o livro e até agora não sei do que ele se trata. A narrativa se divide em uns cinco ou seis núcleos de personagens diferentes, cada um correndo pra um lado, como se alguém tivesse dado um tiro pra cima. O pano de fundo é o mundo de Nova Ether, que parece ser uma mistura de todos os contos de fadas, mais algumas coisinhas, o que por sinal ficou bem interessante. No entanto, eu sinto que faltou plot, e a cada virada de página eu ficava esperando que acontecesse algo significativo.

Os personagens são interessantes e são um dos pontos fortes do livro. Apesar de eu não ter gostado muito dos vilões, por que acho que ninguém é mau por que é mau e pronto, todo mundo tem uma motivação e se acha certo. Então todo vilão acha que na verdade, o mocinho que é mau. Mas como lógica nunca fez parte dos contos de fada, onde grande parte da história se baseou, a gente dá um desconto.

ju 20/03/2010minha estante
Adoro Dragões de Éter. Amo os personagens ( principalmente o Axel) Não sei se vc já leu Dragões de Éter - caçadores de bruxas. Se vc ainda não leu o primeior livro da sag, talvez seja por isso que algumas duvidas ficaram no ar, mais realmente muitas coisas ficaram para ser explicada no terceiro volume.


Pefico 12/09/2010minha estante
Bom, na verdade não fiquei com dúvidas e não senti nenhuma dificuldade de seguir a estória. O próprio Raphael deixa bem claro que os livros são independentes.




Rebeka 31/01/2012

Fanfic
E dos ruins. A ideia tinha tudo pra tornar o livro interessante. Mas a forma com que o autor a desenvolveu, já vi fanfics com mais qualidade e conteúdo.

Erros de português irritantes, diálogos com gírias demais (em livros, o autor sempre precisa estabelecer um equilíbrio entre a linguagem real e a literária) e os nomes das personagens... Toda vez que eu lia Hector Farmer, Prince - a estrela do Príncipe e outras coisas neste estilo, eu tinha vontade de jogar o livro longe. E quase aconteceu quando li a menção a He-Man.

Metade do livro é uma descrição de-ta-lha-da dos socos de boxe. Sério, Draccon? Acho que deu pra perceber que você ama o esporte, mas menos, viu?

E pelo amor de Deus, da próxima vez que for escrever um livro/fanfic em cima de histórias que JÁ existem, pense que seus leitores são inteligentes. Você pode dar nomes brasileiros ou estrangeiros diferentes, mas mantenha a porcaria da linha, não misture. Bastava a personagem se chamar Ariane e sabermos que ela viu sua avó ser morta por um lobo e um lenhador a salvou. Viu? Já entendemos que ela é baseada na Chapeuzinho Vermelho.
Giovana Marin 30/03/2012minha estante
Depois de ler várias resenhas positivas dessa série, resolvi comprar.
Tb não gostei, achei a leitura travada, os nomes péssimos, as passagens mto forçadas...

Adorei a ideia, mas detestei o fato das referências virem de todos os ligares, misturando tudo...




eduardaalvesz 09/10/2019

Eu admito que gostei do livro apesar dos vários pontos negativos que encontrei nele. Os personagens são envolventes e a trama cheia de segredos me deixou muito curiosa. Porém há muitas coisas que me impediram de dar 5 estrelas para esse livro.

O autor usa de generalizações para justificar as ações dos personagens, generalizações relacionadas ao gênero. Por exemplo: “Maria sorriu o sorriso que todas as mulheres sorriem quando são elogiadas” ou “João agiu da forma que todo o homem agiria se estivesse em seu lugar”. Eu não gosto de generalizações, afinal nem todas as pessoas são iguais, e cada indivíduo age de forma diferente a alguma situação. Também tem o fato do relacionamento do João e da Ariane, que começam a namorar nesse livro. Em vários momentos eles nem parecem crianças, sendo que tanto o João quanto às pessoas ao redor tratam ambos como se fossem casados, com o João chamando ela por “minha mulher” e dando ataques de ciúme desnecessários e discursos sobre honra (aff). O próximo ponto provavelmente é algo mais exclusivo meu, mas eu não suporto o Robin. Eu sinto como se ele tivesse sido simplesmente jogado ali no meio da história, e toda vez que percebia que o ponto de vista seria dele, eu tinha vontade de pausar a leitura. A Maria também está muito sem reação diante de tudo que acontece nesse livro, não se mostrando a jovem ativa que ela era no livro anterior.

Um ponto positivo do livro foi a Bradamante. Eu já a adoro, e espero que ela tenha uma participação mais ativa no próximo livro. Ela é a nova capitã da guarda real de Arzallum, e é ótimo ver que ela não foi masculinizada. Muitas personagens femininas acabam sendo masculinizadas para se mostraram fortes e capazes, e a Bradamante deixa bem claro para todos que sim, ela é uma mulher, ela é feminina, mas ainda sim é forte e capaz e deve ser respeitada.
Amanda Comelli 27/02/2020minha estante
Adorei seu ponto de vista. Estou no começo da leitura e tenho tido as mesmas impressões quando às generalizações e às questões de genero super estereotipadas.




Vini Vieira 26/06/2020

Amo fantasias que envolvem contos de fadas!!
O que dizer da trilogia Dragões de Éter? O autor consegue me prender com a narrativa da história de forma esplendorosa. Fico maravilhado de descobrir as sutilezas com as quais ele amarra a trama, envolvendo tantas histórias diferentes maneira tão inteligente! Claro que nem tudo é perfeito e, diga-se de passagem, não sou o primeiro a relatar isso, sinto um grande desconforto ao me deparar com algumas falas e pensamentos machistas ao longo da leitura. Este fato me deixa com um super pé atrás em relação ao escritor, e não poderia deixar de mencionar tal situação! Mas, voltando a falar sobre o universo criado em torno de Nova Ether, só digo que adoraria viver por lá :)
Pepi 26/06/2020minha estante
Somos dois




Adny 30/03/2020

Em meio à diversos conflitos e situações que jamais imaginei que fossem me chamar atenção, como um torneio de pugilismo, continuamos nos deparando com os personagens que tornaram nossa infância mais doce, e desvendando seus mistérios de forma mais aceitável.
Nesse volume pude perceber o quanto os personagens que antes haviam me cativado cresceram e amadureceram, tornando ainda melhor a leitura.
Impressionante como Draccon consegue nos inserir no ambiente da história, como consegue fazer com que a gente sinta o que os personagens estão sentindo e nos faz querer devorar cada página como se não houvesse amanhã.
Gus 01/04/2020minha estante
Muito bem colocado




Maltenri 27/09/2011

Mais do Mesmo
Corações de Neve, segundo livro da saga Dragões de Éter, foi escrito por Raphael Draccon em 2009. Nele, o autor continua as peripécias de seus personagens-chave: Anísio e Axel Branford, João e Maria Hanson, Ariane Narin, Snail Galford e Liriel Gabbiani. No entanto, muitos outros personagens são introduzidos à trama, como Ruggiero, Ferrabrás e Robert de Locksley. E é exatamente o mesmo Robert de Locksley que todos conhecem sob as alcunhas populares “Robin Hood” ou o “Príncipe dos Ladrões”.
Mesmo que o autor continue fazendo releituras de contas de fadas (tais quais Cinderela ou Branca de Neve), desta vez ele coloca a barra mais acima, decidindo revisitar alguns dos clássicos literários e cinematográficos (“Robin Hood” e “O Conde de Monte Cristo” sendo os melhores exemplos).
A trama recomeça alguns meses após os acontecimentos fatídicos do primeiro livro: Anísio sucede ao pai Primo como rei de Arzallum, Axel se prepara para o grande torneio de pugilismo, e o relacionamento entre João e Ariane amadurece. Amadurecimento é a palavra-chave do livro no que diz respeito aos protagonistas, pois é o que fazem no decorrer da narrativa, de forma mais ou menos brusca e violenta. Anísio começa seu reino de forma conturbada, ameaçando começar uma guerra ao libertar um dissidente político, Locksley. E eventos estranhos acontecem, afetando a todos os indivíduos do continente Ocaso, principalmente a chegada de emissários do oriente.

No entanto, a obra apresenta pouco a mais que Caçadores de Bruxas, principalmente no que diz respeito às idéias veiculadas.

A história é bem desenvolvida, com várias reviravoltas durante a trama. Continua sendo um pouco água com açúcar, bem ao estilo conto de fada, porém demais para o meu gosto - mas isto é um mero gosto, e não uma crítica propriamente dita.
O que me impressionou muito foi a evolução da qualidade narrativa de Draccon. Ele continua com um estilo leve, que pode ser facilmente lido, mesclando um vocabulário simples (porém muito mais rico que no primeiro livro) com frases fáceis e curtas. As descrições são muito melhores do que em sua primeira obra, tornando a leitura mais prazerosa e rica.

Outra importante evolução está no estilo narrativo: o narrador ainda é onisciente, e continua conversando com o leitor, porém com muito menos freqüência do que na obra anterior, preferindo deixar a trama transcorrer mais rápido. Assim, tem-se um narrador que não parece mais estar conversando com o leitor em uma taverna qualquer, mas sim algo mais próximo do tradicional narrador. Ainda há momentos em que o narrador dá sua opinião sobre os eventos e tenta fazer uma piada ou outra, porém estes momentos são bem mais raros do que no primeiro livro, tornado-o menos enfadonho.
Isto contribui para uma narrativa mais fluída, que prende melhor o leitor, sem quebras constantes de ritmo. Da mesma forma, os capítulos estão maiores, evitando cortar a cada minuto lido para um novo personagem.

Rafael introduz várias referências à cultura pop, e das mais variadas também: indo desde Shakespeare até Queen (que responde por um momento importante do livro, colocando a música "We Will Rock You” de forma interessante no desenrolar dos acontecimentos, sendo até importantíssimo), passando pelo estatuto e práticas do BOPE.

Falando em referências da cultura pop, é importante salientar que os amantes de Karate Kid, Rocky Balboa, os primeiros filmes de Jean-Claude Van Damme e Cavaleiros do Zodíaco devem adorar o torneio de pugilismo “Punho de Ferro”, que ocupa uma parte importante do livro, sendo um dos pontos principais da trama (ou talvez o mais importante): neste torneio, elementos dos quatro personagens estão presentes a cada momento.

No entanto, ainda resta muito a melhorar. O jovem escritor carioca continua com o hábito irritante de anunciar o que vai acontecer em seguida na sua obra, como os episódios de TV de algumas séries e novelas tanto gostam de fazer (algo como “fulano vai pagar caro por suas escolhas no próximo episódio”). Na TV, onde os episódios demoram dias, semanas e até meses para sucederem-se, isto é importante para prender o leitor. Em um livro, fica enfadonho: corta o ritmo de leitura e o suspense criado pela trama.
A história desenvolvida por Draccon é suficientemente boa para evitar estas artimanhas demasiadamente artificiais para prender a atenção do leitor, e cativá-lo a continuar.

O mesmo pode-se dizer da mistura entre mundo moderno e mundo medieval. Como no primeiro livro, há vários momentos em que o autor introduz elementos de nosso mundo atual no universo de Nova Éther. Isto continua descaracterizando o universo, e dificultando a imersão. Rap e gírias modernas, entre outras coisas, estão presentes na obra.

O autor começa a usar em excesso as onomatopéias, se é que podemos chamar colocar algumas palavras em Caps Lock de onomatopéias. O fato é que estão presentes, principalmente a partir da metade do livro. Onomatopéias são úteis em quadrinhos, onde somente observam-se desenhos e lêem-se diálogos, porém onde não há descrições. Porém. Não é porque se escreve GRITAR que a palavra muda de sentido: gritar significa gritar, seja a palavra escrita em minúsculas ou não.

Outro elemento negativo do estilo narrativo, mas que pode ser ignorado pelos menos detalhistas é o que chamaria de síndrome de poder oculto maior que o maior poder não oculto (elemento muito presente em shônen mangás como Samurai Deeper Kyo ou Cavaleiros do Zodíaco). Alguém invoca um tipo de poder, lei ou grupo estabelecendo este como inatingível; porém, pouco tempo depois, aparece outro poder, este secreto, que subjuga a antiga ordem e assim indefinidamente. É um artifício muito batido para ser sério.

No que diz respeito ao universo estabelecido por Draccon, ainda subsistem vários ilogismos e incoerências, que impedem o proposto de se tornar algo realmente brilhante. Por exemplo, as inconsistências entre um livro e outro: no primeiro, Axel levaria quase uma semana para percorrer a distância entre Andreanne e as Sete Montanhas, montado em um dos cavalos mais rápidos do mundo; no segundo, Locksley, martirizado por vinte anos aprisionado, leva muito menos tempo para percorrer uma distância parecida a pé.
Um tema importante do livro é a chegada de um oriente muito mais desenvolvido a um ocidente mais atrasado tecnologicamente, que ignoram quase tudo um do outro. Além da distância tecnológica entre os dois continentes, eles ignoram as culturas recíprocas. No entanto falam a mesma língua e já fora estabelecido contato entre os continentes previamente (por descobridores autônomos, é verdade, mas quando alguém descobre algo do gênero, parece lógico que as grandes potências mandem investigar).
O maior ilogismo está em um dos temas centrais da saga: a magia. Teoricamente todos temem e repudiam a magia como se fosse a peste, caçando-a como podem. No entanto, soldados do rei de Arzallum e mesmo leis de Arzallum permitem a existência desta no seio da sociedade.

O jovem brasileiro continua a veicular suas idéias de forma explícita, principalmente no que diz respeito à religião cristã. Desta forma, temos todo tipo de idéia que aparece: o Cristo (Christo, como o autor prefere escrever), avatar do criador e homem santo que vai renascer; profetas que devem mostrar a todos que fazem parte de uma criação divina; perdoar crimes de um padre para que este possa espalhar a fé; todo conhecimento vem do Criador, que recompensa os homens que o procuram; a fé move montanhas; a fé é a solução máxima, que fornece milagre aos merecedores; a ciência a serviço da religião.
Infelizmente este tipo de idéia vem macular uma bela história, como acontece com as “Crônicas de Nárnia”, o maior catequizador disfarçado de livro.

Da mesma maneira, ele continua dando morais feitas com frases feitas (“bendito é o homem que cresceu, mas que mantém em si a alegria de uma criança”). Não há nada de errado em tentar dar lições de moral, porém estas devem vir acompanhadas de raciocínios lógicos e argumentos, além de serem pelo menos um pouco originais (nem que seja na apresentação as mesmas). No livro, no entanto, elas são dadas diversas vezes sozinhas, como as frases feitas de biscoitos da sorte de qualquer restaurante chinês.

Outro defeito é a apresentação da humanidade, feita de forma completamente míope: libertar Locksley por conta de seus ideais puros, sem pesar os prós e os contras da ideologia; visitantes muito superiores tecnologicamente que não tem um pingo de desejo belicoso e conquistador; nativos que recepcionam estes visitantes calorosamente além de estarem pouquíssimo desconfiados e amedrontados.
São idéias muito bonitas na teoria, porém completamente irreais.

No final das contas, “Corações de Neve” é uma evolução na história e no estilo de Draccon, porém a mesma coisa no que diz respeito ao nível superior da leitura. Apesar de um pouco mais desapegado do extremo maniqueísmo de “Caçadores de Bruxa”, este ainda se encontra em diversos momentos do livro. Nos últimos momentos do livro, no entanto, o autor consegue desenvolver melhor sua argumentação, dando melhores resultados e idéias, algumas das quais são muito interessantes, mesmo se um tanto quanto utópicas. Lerei o último volume de Dragões de Éter com um pouco mais de curiosidade, não só pela história (essa sim realmente muito boa).
Julia B. 31/07/2014minha estante
Concordo com tudo o que você disse. Você ainda teve coisas boas a dizer sobre o livro, mas pra mim o livro foi uma tortura do início ao fim. O autor gasta 350 páginas do livro em um torneio de pugilismo (que ele argumenta milhares de vezes ser muito importante) que não adiciona absolutamente nada à história. O livro todo pareceu uma grande perda de tempo, como se ele não tivesse o que enfiar na história. Não suporto os irmãos Hanson e odeio essa mistura de nomes "em línguas diferentes". As coisas sempre dão certo para os bonzinhos, você sabe que nada de ruim vai acontecer e que o Axel jamais vai perder uma luta, simplesmente porque ele é um personagem, sei lá, OP? Quando faltavam mais ou menos 100 páginas, o autor resolveu desenvolver um pouco a história, mas foi tudo tão rápido e meia-boca que simplesmente não deu para engolir. O romance também é forçado justamente por ser mal desenvolvido e o excesso de frases feitas como você mencionou também dificultavam a leitura (eu queria jogar o livro longe cada vez que ele tentava emocionar o leitor com algum mimimi barato que na verdade não tinha nada a ver com a história). Só não abandonei porque não tenho o hábito.
Estou com o volume 3 e me disseram que é o melhor de todos, mas não sei se tenho saco pra outro blablabla mal desenvolvido.




spoiler visualizar
Wendell 08/06/2011minha estante
Ah eu conheço muito mais séries em que o 2° livro é melhor que o primeiro .
Tipo:
Harry Potter, Senhor dos anéis, Crônicas de Gelo e Fogo . . . e muitas outras
A questão é que em muitas séries que fazem sucesso o autor não tem muito tempo para escrever e desenvolver a história, porque o prazo é curto e tem muitos compromissos e isso afeta a produção do segundo livro, mas esse não é o caso do Draccon, de todas as criticas que eu li eu percebi que o pessoal achou este bem melhor que o primeiro .
O meu tá emprestado vou ler depois pra ver se melhorou mesmo .

Muito boa sua resenha . Faça mais . :D




Lodir 21/10/2011

Uma reportagem publicada em junho na revista “Época” trouxe um paralelo sobre as gerações recentes de escritores brasileiros e portugueses. Segundo a publicação, os novos escritores portugueses estão dando um banho de qualidade nas ficções dos estreantes brasileiros, lançando obras mais criativas e prestigiadas pela crítica. A matéria se pergunta os motivos do bloqueio sofrido pela nova literatura nacional. Será?


Não é para tanto. O Brasil vem recebendo uma boa leva de novos escritores, que estão surpreendendo a crítica e principalmente o público já em suas primeiras obras. Um dos casos mais notáveis é o carioca Raphael Draccon, autor da trilogia de fantasia “Dragões de Éter”. Coincidentemente, Draccon lançou esse ano um livro em Portugal chamado “Espíritos de Gelo” a convite de uma editora local. O livro não foi lançado no Brasil, é uma publicação exclusiva. O convite foi feito depois do sucesso que a série brasileira fez em Portugal. Irônico, não? Talvez a comparação feita pela revista não seja tão certeira.

A obra analisada em questão, “Dragões de Éter – Corações de Neve”, é o segundo livro da série. A leitura do primeiro livro começou sem muitas pretensões, mas impressionou logo nas primeiras páginas. Os livros são fantásticos. O segundo volume foi muito aguardado, já que as histórias e principalmente a narrativa de Draccon são contagiantes e viciam desde o início.

Em “Corações de Neve”, os príncipes Anísio e Alex Branford precisam tomar conta do reino de Arzallum depois da morte do pai, acontecimento do final do livro anterior. A trama então começa com a coroação de Anísio ao trono. Ele usa seus três pedidos, a qual todo novo rei tem direito, para conseguir eventos inusitados, incluindo ai a soltura de um preso. A ousadia enfurece os reis dos reinos vizinhos. A trama continua com diversas narrativas, incluindo detalhes do que aconteceu com o preso e quais as ligações e os motivos que levaram o rei a tal ato. Há, claro, a presença de João, Maria e Anarin, os melhores e mais divertidos personagens da história. Os diálogos envolvendo as três figuras são hilários e provocam boas risadas. O livro trás bons momentos com o romance Maria/Alex e muitas cenas de combate durante o torneio de pugilismo.

Esse talvez seja o único ponto fraco de “Corações de Neve”: o livro corta muitas vezes a narrativa fantástica e para por tempo demasiado nesse combate. O torneio é narrado em detalhes. Cada luta, por menos importante que seja, é descrita de forma prolongada. Tantas cenas de luta são cansativas. Talvez o livro ficaria melhor com a redução dessas partes. No entanto, esse não é um grande defeito. A série é excelente e, por mais que certas partes sejam cansativas, seu nível de qualidade é alto e uma queda em algumas cenas não desmerece a obra. Com um pouco de paciência, o livro ainda assim é uma grande obra, tão bom quanto seu antecessor.

Dessa forma, ainda continuo com a mesma idéia da época do primeiro volume. “Dragões de Éter” é uma das melhores series de fantasia já escrita, e certamente é a melhor da história da literatura brasileira. A narrativa de Draccon continua prendendo o leitor noite adentro até o sono. Nada assim apareceu por aqui antes, e talvez não vá aparecer.

MAIS RESENHAS DO LODIR:
www.lodirnegrini.com
Lodir 11/08/2011minha estante


Lodir 11/08/2011minha estante
Leia, porque vale muito a pena. Mas esse é o segundo livro da série, o primeiro é "Caçadores de Bruxas".


Igor Ramalho 16/01/2012minha estante
Resenhas assim deveriam vir com avisos de spoilers em seu conteúdo.




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