Resenhas - Gratidão

Évelin Noah 27/11/2020

Que livro incrível!
Um verdadeiro e breve depoimento sobre o viver e o morrer.
Gratidão é uma grande lição para todos nós e Oliver Sacks foi e sempre será um gênio!!

Marcelo 11/09/2023

Resenha disponível no Booksgram @cellobooks ?
Quem me conhece sabe o quanto eu gosto de livros de memórias e também sobre os temas da relação com a morte e o luto. "Gratidão" é uma obra póstuma do escritor Oliver Sacks, publicada após sua morte em 2015. Este livro é uma comovente coleção de quatro ensaios nos quais Sacks reflete sobre sua própria vida, a doença terminal que o afligiu e, mais importante, sobre a gratidão que ele sentiu em relação a sua jornada.

Ao longo das páginas deste livro, somos convidados a acompanhar o autor em uma jornada profundamente pessoal, à medida que ele compartilha suas experiências, medos e reflexões diante de uma doença terminal. Sacks enfrentou o câncer de forma corajosa, e suas palavras ressoam com sinceridade e autenticidade, revelando uma vulnerabilidade que é, ao mesmo tempo, comovente e inspiradora.

Em "Gratidão", Sacks discute como a doença transformou sua perspectiva sobre a vida e a morte. Ele explora o significado da gratidão não apenas por sua própria existência, mas também pela oportunidade de enxergar a vida sob uma nova luz. O autor descreve a importância de viver plenamente, mesmo quando confrontado com a proximidade da morte, e nos encoraja a apreciar cada momento precioso que a vida nos oferece.

Um dos aspectos mais tocantes do livro é a maneira como Sacks aborda sua própria finitude. Ele não foge das questões difíceis sobre a morte, mas as encara de frente, compartilhando suas reflexões sobre o que significa enfrentar o inevitável. Suas palavras nos lembram da fragilidade da existência humana, mas também da beleza que pode ser encontrada na aceitação e na gratidão. Sacks não apenas narra sua própria história, mas nos desafia a refletir sobre nossas próprias vidas e a encontrar gratidão em nossas experiências cotidianas.

"Gratidão" é um livro que toca o coração do leitor e nos lembra da importância de viver com propósito e apreciação. É uma obra que nos convida a refletir sobre a vida, a morte e a natureza efêmera da existência humana. Ao compartilhar sua jornada final conosco, Oliver Sacks nos presenteia com uma obra de beleza e sabedoria que perdurará por muito tempo depois de sua partida. É um testemunho poderoso da força do espírito humano e da capacidade de encontrar gratidão, mesmo nas circunstâncias mais desafiadoras. "Gratidão" é, em última análise, uma celebração da vida e um tributo à coragem e à humanidade de seu autor, que continua a inspirar e tocar os corações daqueles que têm a honra de ler suas palavras.

Glauber 25/12/2021

Inspirador
É um livro curto, com quatro textos, em que o grande neurocientista Oliver Sacks, já idoso, fala sobre a experiência de envelhecer e, na eminência da morte por câncer, mostra-se disposto a continuar fazendo o que gosta até o fim.

Seu relato me fez lembrar das histórias de muitos dos pacientes dele, que mesmo com todos os desafios dos problemas neurológicos continuavam afirmando a própria identidade e sobretudo a própria vida.

EduardoCDias 26/08/2020

Encarando a morte
Um livro tocante, onde Oliver Sacks, o médico de Tempo de despertar, em quatro textos escritos pouco antes da sua morte por metástases hepáticas, faz um resumo e um agradecimento pela vida que teve.

Jacque Spotto 13/03/2020

Emocionalmente...
O livro traz alguns ensaios de Oliver Sacks desde seu aniversário de 80 anos até os últimos dias de vida devido a um câncer. Apesar de serem ensaios que relatam o conhecimento de que a morte está próxima, Oliver escreve não de forma a lamentar, mas de gratidão por tudo que viveu e por ainda estar vivo, por seus amigos, por suas experiências em sua profissão e suas viagens.
Um relato que nos faz repensar como será em nossa velhice não de uma forma triste, e sim, de forma grata pela vida.

Arthur803 19/10/2021

Aceitação, o respeito pela sua própria história.
Estava ocioso e em um lugar sem muitas distrações, precisava ficar 1 hora entretido, pesquisei alguns livros rápidos e interessantes... felizmente achei este.

Esta obra conta a historia de um médico já em idade avançada, relatando para o leitor como ele se sente em relação a sua idade, como ele se relaciona com a ideia da morte estar se aproximando.

O livro realmente é breve, são pequenos periódicos de relatos do autor quanto a sua vida e seus sentimentos. Foi um livro paradoxalmente leve e intenso, a maneira que o assunto é tratado foi suave e reconfortante, o positivismo do autor nos contamina, mas a reflexão que ele traz não é nada simples.

Posso dizer que parte da minha perspectiva quanto a envelhecer teve uma leve alteração, adoro ser jovem, com essa leitura me sinto mais grato pelas coisas que eu tenho, talvez eu aprende a valorizar ainda mais com o avançar da minha idade.

Valéria 01/09/2020

(...) Sou um homem de temperamento impetuoso, com entusiasmos violentos e extrema imoderação em todas as minhas paixões...nesses últimos anos tenho sido capaz de ver minha vida como que de uma grande altitude, como uma espécie de paisagem, e com uma noção crescente da conexão entre todas as suas partes. Isso não quer dizer que não quero mais nada com a vida. Muito pelo contrário, sinto-me intensamente vivo, e desejo e espero, no tempo que ainda me resta, aprofundar minhas amizades, dizer adeus àqueles a quem amo, escrever mais, viajar, atingir novos patamares de compreensão e descontino. Será preciso audácia, clareza e franqueza tentar pôr em ordem as minhas contas com o mundo. Mas haverá tempo, também, para alguma diversão. Sinto uma repentina clareza de enfoque e de perspectiva. Não há tempo para o que não é essencial. Não é indiferença, é distanciamento.

Um menino curioso, inquieto, persistente, que foi médico, escritor, professor e um químico amador apaixonado pelos elementos. Ele dizia: “Elementos químicos e aniversários andam ligados para mim desde menino, quando aprendi sobre os números atômicos. Com onze anos eu podia dizer “sou sódio” e agora, aos 79, sou ouro. Alguns anos atrás, quando dei um frasco de mercúrio de presente a um amigo pelo seu octogésimo aniversário – um recipiente especial que não vaza nem se quebra -, ele me olhou de um jeito esquisito, mas depois me enviou uma cartinha simpática, gracejando: “ Tomo um pouco toda manhã, para a saúde”.

Oliver de certo modo que nunca nos é permitido entender sabia que não chegaria a comemorar o bismuto – que é o elemento 83 -, e de fato não chegou. Ele se foi em Agosto de 2015, duas semanas depois de publicar seu último texto “Shabat”, o último deste livrinho.

Até aqui, estou eu no Zircônio.

Sabrina320 19/06/2020

Suave
Praticamente um texto de adeus de uma pessoa muito inteligente e culta.

Carla Verçoza 24/12/2022

Oliver Sacks escreve aqui alguns bons ensaios sobre vida, envelhecimento e morte. Interessante, vale a leitura.

Léo 06/09/2023

Essa foi minha experiência com o autor. E não só primeira experiência, mas nunca tinha pesquisado sobre esse renomado médico, amante da matemática e da física, que escrevia numa linguagem fluida e poética como nenhum outro.
Nesta composição dos seus últimos ensaios, lemos sobre a pessoa Oliver, a criança criada num bairro ortodoxo, o adulto renegado pela religião, e o velho moribundo que finaliza esses relatos.
Um texto cru e ao mesmo tempo leve e delicioso de se ler...não há experiência maior de gratidão que o fim da vida.

Kelli 17/01/2018

A beleza na simplicidade
O livro “Gratidão” de Oliver Sakcs (renomado escritor, professor, neurologista e químico) e composto por quatro ensaios publicados no New York Times. O primeiro deles “Mercúrio” escrito alguns dias antes de seu octogésimo aniversário em julho de 2013. Ao escrever os outros tres ensaios ele já sabia que lhe restava pouco tempo de vida (desde 2005 ele fora diagnosticado com uma forma rara de melanoma no olho que se agravou com o tempo). Em todos os ensaios, cada um mais belo do que o outro , com muita sabedoria ele se mostra grato pela vida que teve e, paradoxalmente, pleno de vida e disposição - tanto que nadava, tocava piano e viajava apesar da doença e da idade avançada. O último ensaio “Sabat” foi escrito poucos dias antes de sua morte (30/04/2015, aos 82 anos). Cada um dos seus escritos nos traz uma lição de otimismo e amor. Amor às coisas simples e verdadeiras. Neles ele nos fala sobre experiência de vida, família , trabalho, pequenos prazeres e alegrias. Enfim, uma vida como a de todos, momentos difíceis e de felicidade, mas que foram encarados com a tranquilidade de um grande aprendizado. É interessante notar que, embora não esperasse nada além da vida física, Oliver Sakcs se prepara para a morte com a tranquilidade de quem inicia uma nova fase, há uma profunda leveza em suas palavras. O livro não é triste, não é uma despedida, ao contrário, é uma celebração à vida, que ele tenta viver do modo mais rico e produtivo possível, e, com imensa gratidão.
Tenho certeza de novamente terei o prazer de reler esta obra. Eu também com profunda gratidão a Oliver Sakcs.
“Não consigo finguir que não estou com medo. Mas meu sentimento predominante é a gratidão. Amei e fui amado, recebi muito e dei algo em troca, li, viajei, pensei, escrevi. Tive meu intercurso com o mundo, o intercurso especial dos escritores.” (Oliver Sakcs)

Thayna.Schisnayder 01/06/2021

Viver(!) até não poder mais
Um compilado de quatro ensaios curtos em que Sacks, diagnosticado com câncer terminal, coloca suas reflexões sobre a velhice e sua morte próxima. Íntimo, delicado e maduro. Sem lamentações ou arrependimentos. Apenas gratidão, lembranças e vontade de viver mais um pouco ainda que satisfeito pela própria trajetória.

Meraki 15/03/2021

Perfeito!
Um dos melhores livros que já li! Entrou para os meus favoritos!

Um livro sensível, sobre a morte e a vida, sobre rupturas...

Amo livros que emocionam e esse com certeza me tocou!

bardo 09/07/2022

É incrível que ao revisitar esse texto seis anos depois; movido por uma nota lembrando de que hoje seria o aniversário desse escritor e médico tão incrível, a força, sinceridade e beleza de seu texto não se alteraram em nada. Longe de um sentimento piegas, como impera entre a geração gratilux hoje em dia, aqui percebemos que a gratidão afirmada no título permeia toda a obra. São apenas quatro textos, talvez os mais pessoais de Sacks excetuando-se talvez sua autobiografia, onde o autor dialoga com o leitor, meditando sobre sua condição e propondo uma reflexão sobre vida e propósito. Se My Own Life já era um texto sincero e comovente o derradeiro Shabat termina de quebrar o leitor.

Andréia 30/05/2020

Gratidão
Como diz Oliver Sacks:

Agora estou face a face com a morte, mas isso não quer dizer que não quero mais nada com a vida.