spoiler visualizarIzabella 04/01/2023
Férias! -Marian Keys
Eu comecei esse livro não esperando absolutamente nada, mal li a sinopse, primeiro livro do ano concluído e eu só tenho a dizer que foi uma ótima escolha. Apesar de ser um livro razoavelmente longo, a autora tem uma escrita fluida de maneira que você vai lendo e quando percebe já está na metade, foi uma leitura muito gostosa mas ao mesmo tempo, leia se estiver com a paciência em dia, já falo o motivo. Achei a forma que a autora escreveu deixa nós que estamos lendo, presos até o fim para saber o que será da protagonista. Falando em protagonista, ela é o motivo de ter que estar com a paciência em dia, Rachel é uma taxicômana de primeira, porém não admite de forma alguma o seu vício, em nenhum momento eu acreditei que ela não era por tanto, ouve momentos que eu me perguntava o porque ela simplesmente não aceitava e seguia o tratamento, admito que acreditei nela na parte onde ela disse que usava somente um tipo de droga, e fiquei chocada no momento na terapia em grupo que é revelado que ela já usou praticamente todas as drogas existentes no mundo, e nessa parte me irritei muito admito porque mesmo com pessoas lá dizendo o comportamento completamente destrutivo que ela tinha, ela de forma alguma aceitava o fato, mas mesmo assim eu entendi que para ela, aceitar que fato ela tinha perdido o controle da própria vida era muito difícil, afinal seria difícil para qualquer pessoa. Rachel é uma personagem extremamente humana, ou vai se simpatizar com ela o que de forma alguma significa achar correto as ações que ela tem ou as coisas que ela fala, ou você vai odiar com todas as forças, eu detestava como ela se atirava naquele cara da reabilitação do Chris, principalmente porque chegava a ser deprimente como ela fazia isso para tentar esquecer o Luke, quando os pais dela foram na terapia em grupo foi um momento muito constrangedor e desconfortável em perceber que eles não conheciam a filha o suficiente e nem se importavam em conhecer e em como a mãe dela tratou com desprezo. Tanto que eu não fiquei satisfeita com o desfecho da relação dela com a mãe e achei extremamente problemático a autora ter de certa forma justificado as atitudes terríveis da mãe dela de uma forma "Mãe é mãe e não tem o que fazer" quando não é assim que funciona, gostei muito da irmã da Rachel, a Helen mesmo claramente dando para perceber que ela é louquinha e também deve ter problemas emocionais, mas quem não tem não é mesmo? Enfim, não me prolongando mais, as minhas cenas favoritas eram as da terapia em grupo, adorava Josephine pegando no ponto certo da ferida de cada um e fazendo eles perceberem a realidade de suas próprias vidas, amei o rumo que a vida da Rachel levou, foi também importante ver como o vício para suprir a falta de estima por si mesma vinha desde da infância quando ela era só uma criançinha e buscava por comida, e faz com que tenhamos a reflexão de que somos o reflexo das crianças que éramos e como é importante uma boa base na infância. Admito que fiquei entediada em alguns momentos que ela ficava lembrando do Luke e extremamente chocada como ela não notava que era uma péssima amiga para Brigit. Mas faz sentido já que ela estava o tempo todo fora do normal. A evolução da Rachel é notório ao fim do livro e faz com que tenhamos um orgulho imenso dela e de sua nova vida, no fim eu amei do começo ao fim e com certeza é um livro que merece ser lido.