As Irmãs Romanov

As Irmãs Romanov Helen Rappaport




Resenhas - As Irmãs Romanov


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Vanessa Vieira 21/07/2019

As Irmãs Romanov - Helen Rappaport
O livro As Irmãs Romanov, da autora Helen Rappaport, nos traz uma biografia detalhada e de cunho histórico sobre as quatro irmãs Romanov: Olga, Tatiana, Maria e Anastácia. Começando pela história de seus pais, os últimos czares da Rússia, Nicolau e Alexandra e pautando também na infância problemática do irmão caçula, Alexei - portador de hemofilia-, acompanhamos toda a trajetória da família, desde a sua rotina um tanto simples por se tratar de monarcas como até mesmo os seus últimos dias antes do fuzilamento de 1918.

Mesmo depois de tantos anos, a história dos Romanov, sobretudo a brutal execução de sua dinastia em 1918, ainda choca o mundo e nos deixa curiosos por mais detalhes sobre quem eram realmente os últimos czares da Rússia. Na obra da biógrafa Helen Rappaport, temos um rico apanhado sobre a Revolução Russa e todos os fatos que desencadearam uma das tragédias mais tristes da nossa história, porém, o foco da autora é a vida das quatro grã-duquesas, tão jovens, belas e retratadas por muitos até mesmo como um detalhe insignificante perante a trama de seus pais, Nicolau e Alexandra. Entretanto, as quatro adoráveis irmãs não tiveram uma vida tão invejável como muitos pensavam e viviam na mais profunda simplicidade e isolamento.

Durante grande parte de suas vidas, as irmãs Romanov viveram como verdadeiras prisioneiras em palácios suntuosos, tanto por conta da mãe superprotetora e de saúde frágil, Alexandra, quanto por medo de ataques terroristas contra a família do czar. Isoladas, elas tinham poucos amigos e confidentes e permaneciam alheias à realidade e as rotinas corriqueiras das garotas de sua faixa etária até que, em 1914, foram obrigadas a "crescer" na marra. Com a entrada da Rússia na guerra, as jovens tiveram que amadurecer de um dia para o outro e lidar com situações até então inimagináveis.

Em As Irmãs Romanov, temos a reconstrução da trajetória da última família imperial russa, com ênfase na rotina de Olga, Tatiana, Maria e Anastácia. Toda a alegria, inocência, insegurança e malícia das jovens princesas são retratadas com afinco pela autora, tendo como pano de fundo o cenário da Revolução Russa e os seus expoentes. Narrado em terceira pessoa de forma instigante e ricamente detalhada, acompanhamos a história das quatro jovens Romanov e a tragédia que lhes abateu, capaz de nos comover mesmo depois de mais de um século de suas mortes chocantes e prematuras.

Alexandra era alemã e neta da Rainha Victoria da Inglaterra e isso, por si só, fazia com que o povo russo não visse a czarina com bons olhos. Além de ser uma mulher bem intelectualizada e pacata, avessa de grandes festividades, ela também sofria de nervo ciático, o que a fazia a ficar trancafiada dentro do quarto por dias, longe da presença até mesmo dos familiares. Nicolau herdou o posto de czar com apenas dezenove anos e não estava preparado para ficar a frente de uma nação já quebrantada e com vários despontes de revolução. Além de ser considerado pelo povo um governante fraco e sem autoridade, o fato de Alexandra demorar a engravidar e, posteriormente, dar à luz a quatro meninas consecutivamente, fez com que a antipatia dos russos crescesse ainda mais devido as ameaças ao trono. Entretanto, por mais soberanos e monarcas que fossem, a família sempre foi muito simples, desde as suas vestimentas como até mesmo as suas atividades, dando grande valor à presença em família do que propriamente aos bens materiais.

Olga era a irmã mais velha e a favorita do pai, por terem tanto o temperamento quanto a visão de vida bem semelhantes. Tatiana era a considerada a mais bela das irmãs e também era a filha preferida de Alexandra. Maria era a irmã do meio e durante o período da revolução, desencadeou crises de ansiedade, que fez com que a jovem engordasse e não conseguisse utilizar as roupas herdadas das irmãs mais velhas. Anastácia era a mais peralta das irmãs e sempre foi geniosa e voluntariosa. Apesar de esbanjarem características e desenvolturas bem diferentes entre si, o quarteto nutria os mesmos sonhos e anseios e, por mais que demonstrassem interesses românticos pelos soldados que as cercavam no palacete, não tiveram tempo hábil para vivenciar uma bela história de amor. As quatro grã-duquesas também trabalharam como enfermeiras durante a Primeira Guerra Mundial e com essa atitude, ao invés de causarem empatia no povo, geraram repugnância, pois eles não aceitavam verem a monarquia colocando a mão na massa.

"O mal que há no mundo se tornará ainda mais poderoso e não é o mal que vence o mal - somente o amor."

Alexei, o caçula da família, não teve muita vazão no enredo de Helen Rappaport, até mesmo pelo fato do foco da autora serem as irmãs Romanov, porém, algumas informações são fornecidas sobre ele no decorrer do livro. Portador de hemofilia, o garoto sofria muito com essa doença naquela época, principalmente por não ter nem um tipo de paliativo ou tratamento para ela. Isso fez com que Alexandra, durante o desespero de perder o herdeiro do trono, consultasse o místico Rasputin, que acabou se tornando um oráculo da família, mesmo sendo fortemente criticado pelas pessoas ao redor devido aos seus métodos nada ortodoxos e sua maneira devassa e desregrada de viver a vida.

Resumidamente, As Irmãs Romanov se mostrou um trabalho detalhado e rico em informações sobre as quatro grã-duquesas, que foram brutalmente fuziladas junto com os demais membros da família em 17 de julho de 1918 pelas tropas bolcheviques. A narrativa de Helen Rappaport se encerra antes do fuzilamento, mas é possível acompanhar o período da ascensão até a queda da dinastia dos czares e tudo o que eles sofreram, principalmente durante o exílio na Sibéria. A capa do livro nos traz os retratos em preto e branco de Olga, Tatiana, Maria e Anastácia e a diagramação está ótima, com fonte em bom tamanho, revisão de qualidade e muitas fotografias da família reunidas no miolo do livro, destacando momentos importantes de sua história. Recomendo ☺

site: http://www.newsnessa.com/2019/07/resenha-as-irmas-romanov-helen-rappaport.html
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Di Morais 25/07/2021

Às irmãs Romanov
Ao longo dos anos, a história da brutal execução das irmãs, em 1918, turvou a impressão de quem elas realmente eram.A imagem que prevalece é a de que eram jovens adoráveis e donas de uma vida invejável, mas a verdade é bem diferente.
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Eclipsenamadrugada 21/02/2020

Mesmo sabendo o que aconteceu com a família Imperial Russa, ler a história, saber dos pormenores da vida de cada um, é algo extremamente pesaroso. Dói o coração estar vivenciando cada momento das 4 irmãs, do sofrimento do único herdeiro do sexo masculino hemofílico. Dos cuidados que Alexandra tinha com suas (o). Realmente é bastante desolador ter na consciência acontecimentos tão desumanos e brutais. Pela vida e pela morte, eu classifiquei a história com 5 estrelas.
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Maah.LeAo 20/03/2020

Meu primeiro livro sobre a dinastia Romanov, e sem dúvidas, um livro super especial, além da narrativa maravilhosa, há diversas fotos da família
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Bella 11/06/2020

As Irmãs Romanov
"Papai me pede para dizer a todos que permaneceram leais a ele e aqueles sobre os quais ele possa exercer alguma influencia que não devem vingá-lo, pois perdoou todo mundo e reza para todos; que eles próprios não busquem vingança; que devem lembrar que o mal que há no mundo se tornará ainda mais poderoso que não é o mal que vence o mal - só o amor" - Carta de Olga Nikolaevna

Durante esta quarentena me dediquei a ler um livro parado durante anos na minha estante, acredito que fiz bem em ter esperado, um livro histórico pode ser considerado cansativo e entediante para jovens adolescentes acostumadas com livros de fantasia, como era o meu caso quando comprei este livro.
Por três meses eu convivi intimamente com a família Romanov, chega a ser engraçado o quanto você pode aprender sobre alguém lendo um livro, meus comentário não vão ser direcionados a política e sim aos seres humanos descritos no livro. A cada capítulo você percebe a evolução de cada uma das garotas, seus gostos, paixões, limitações, medo e a sempre presente esperança.
É difícil imaginar ficar em prisão domiciliar por mais de um ano, em uma época sem nossas habituais distrações como telefonemas, internet, jogos, e-books e livros que podem ser entregues em um curto período de tempo. Tudo o que Olga, Tatiana, Maria e Anastácia tiveram foram inúmeras cartas nunca enviadas, leituras, estudo e a companhia uma da outra, enquanto enfrentavam a ameaça de um futuro incerto.
É inacreditável o laço que você pode criar com essas garotas, tão diferentes entre si e ao mesmo tempo com características similares, a bondade sendo ao meu ver a maior delas. Admito que o final me deixou cada vez mais com um estranho sentimento de claustrofobia, sabendo o que as aguardava e mesmo assim desejando que de alguma forma o destino as poupasse, a sensação que temos no final do livro é um vazio e ao mesmo tempo um aprendizado, afinal somos todos humanos, independente de nossos pecados.
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Helena.Jablonski 26/07/2020

Apanhado histórico excepcional.

A biografia das quatro filhas do último czar da Rússia fornece, através de fontes como cartas e diários, uma minuciosa perspectiva dos Romanov diante dos grandes eventos russos e europeus (a Guerra com o Japão em 1905, a Primeira Guerra Mundial, as agitações sociais, e, por fim, a Revolução de 1917).

Apesar da grande carga histórica, o ótimo desenvolvimento narrativo torna a obra fácil de ler.
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Aly Valente 22/05/2021

Irmãs Romanov
Eu me decepcionei com o livro na questão que teve praticamente toda a história da família e quase nada sobre as irmãs realmente tanto que eu havia comprado um apenas do Nicolau e da Alexandra achando que esse seria focado nas meninas, foi uma leitura bem carregada e demorada aliás. A escrita da autora é um pouco cansativo, embora eu saiba que é um livro de história pelo visto os do outro autor tem uma escrita mais suave. Também achei que a escritora colocou o ponto de vista dela na hora de escrever, o que achei meio ruim, porque é um livro de história e foi subjetivo.
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Súh Queiroz 25/05/2021

Gostei muito desse livro, sempre fui apaixonada pelas irmãs Romanov, depois desse livro minha admiração por elas só aumentou... infelizmente a família teve um triste fim, o assassinato cruel que tirou a vida de todos, já tinha conhecimento sobre, mas ter acesso a cartas e relatos, me fez sentir na pele delas. O final como era de se esperar, me deixou com aperto no coração.
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Carla Reverbel 21/03/2016

Triste e fascinante
O estilo da autora e excelente, a leitura flui naturalmente. E angustiante ir conhecendo e se encantando por aquelas jovens sabendo de seu destino brutal.
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