Resenhas - Aceitação

may 23/08/2020

"De onde jaz o fruto asfixiante que veio da mão do pecador"
Bem melhor que o segundo livro, mas ainda assim não trouxe todas as respostas que a gente queria.
Acho que o fato de estarmos acostumados a um grande confronto final estraga um pouco livros que não tem isso, mas as vezes simplesmente não precisa disso ou seria impossibilidade, mas não sei se é o caso desse livro.

Paulinha 29/07/2020

Aceitação
Se você está a procura de uma bela ficção científica, veio no lugar certo.
Que trilogia!

Em "Aceitação" temos diversos pontos de vista: acompanhamos o Controle, a Diretora, o Faroleiro e uma pessoa que acaba sendo uma surpresa no fim do segundo livro. Não vou dar esse spoiler haha.

O livro intercala muito bem feito o passado do passado com o presente.

E no enredo começamos a compreender diversas coisas e simplesmente aceitar outras. Qualquer coisa que eu fale sobre a história necessariamente poderá ser um spoiler. Então serei superficial:

Tudo é muito bem encaixado, os personagens muito bem construídos, o que ficou se resposta no primeiro livro e no segundo são revelados aos poucos e quando ver não vai querer largar o livro.

Aprendemos que as vezes nem tudo tem um porquê, as vezes temos que aceitar o quê.

wendelwonka 13/07/2020

Esperava mais
O começo da trilogia é excelente. A adaptação da Netflix é ótima. Mas como algumas resenhas falaram, parece que há uma pressa pra terminar o livro e muitos pontos ficam meio perdidos. Não chega a ser um livro ruim, mas tá longe de ser mt bom.

Marcela 08/07/2020

O título já diz tudo
A trilogia Comando Sul definitivamente não é pra todos. O autor gosta de brincar com o imaginário dos leitores e até deixa algumas dicas de qual caminho devemos pensar a respeito do final em aberto. O livro não é muito fácil de ler, existe muita descrição (o que no caso da trilogia foi super legal, pois explorou todo o universo da Área X, e apesar de longas descrições e palavras um tanto difíceis, a leitura no geral foi prazerosa, no meu caso. Senti uma mistura de sentimentos, tanto bons e ruins do livro.. Se tem uma coisa que o autor já deixou bem claro com o título,nfoi que devemos aceitar que Área X existe e vai continuar existindo, mesmo que se modifique. Essa é a mensagem que ele gostaria de passar para todos nós. Os mistérios envolvendo sua origem e o que é a Área X não importam mais, você só precisa aceitar que ela existe.

A única coisa que eu gostaria que fosse melhor abordado foi como o Controle conseguiu modificar o ambiente da Área X, o que ele encontrou lá embaixo e gostaria que a Ave Fantasma tivesse sentindo mais a falta dele, pois eu os imaginava com uma relação de amizade e em alguns momentos, até romanticamente.

Sanih 23/06/2020

Esperava mais
Sei lá, eu li aniquilação e fiquei muito empolgada com universo que o autor criou, mas daí veio Autoridade, que é bem lento e só fica bom nos capítulos finais e, por fim, veio Aceitação. Não tenho problemas com finais abertos, adoro na verdade. Mas o livro ficou girando e parou no mesmo lugar. Achei que ia expandir o conceito de colonização... E ficou naquilo lá e não saiu daquilo. Pra não ser tão manequeista, até tem algumas coisas que são respondidas em relação ao primeiro e segundo livro e é ok. Acho que a trilogia podia ser facilmente um livro só com umas 500 pgs.

Manu 19/06/2020

Viagem de ácido.
Este aqui é um livro que vai abusar da sua boa vontade quanto a "suspensão de descrença" (Suspensão de descrença refere-se à vontade de um leitor ou espectador de aceitar como verdadeiras as premissas de um trabalho de ficção, mesmo que elas sejam fantásticas, impossíveis ou contraditórias). Mas nem de longe esse vai ser o problema do livro. As (meias) resoluções para a trilogia é uma viagem sem fim. E o que é difícil de digerir não são as bestas com mil olhos, buracos de minhoca, lapsos temporais, buraco negro, universos paralelos... é a simples falta de resolução. Ou melhor, de sentimento de resolução. E quando digo isso, não estou dizendo que eu queria tudo explicado, mas queria que a falta de explicação pra tudo me fosse dita. Como um ponto final. Mas o livro simplesmente acaba de forma abrupta. Parece um coito interrompido (perdoe a comparação esdruxula). Poderia ter sido sim, satisfatório, mesmo sem me dar todas as explicações. Mas deixar a coisa aberta do jeito que ficou...

Desculpe. Esta resenha começou a parecer um desabafo. Talvez porque eu tenha adorado os primeiros livros. Esse aqui me conquistou também... mas aí simplesmente... do nada... acabou. E eu fiquei segurando o kindle e esperando um final mais plausível; esperando que milagrosamente páginas surgissem e me dessem um final com cara de final. É como se cortassem um diálogo no meio de uma frase, e você não sabe se era uma pergunta ou uma resposta. É exatamente essa sensação.

Juro que toda aquela viagem não me incomodou. Pelo contrário. Isso me dá vontade de dar uma estrela a mais pela criatividade; e se fosse um livro único eu não estaria tão chateada. Porém, levou três livros para não acontecer absolutamente nada; para apenas afundarmos em mais teorias e pontos de vista.

Me incomoda demais não saber que fim levou John (Controle), que pulou naquela "porta" luminosa no fim da anomalia topográfica. Poxa, o livro me levou a crer que aquilo era realmente importante, que era um ápice que mudaria o rumo da história. Mas... ele pulou... e... e? Tudo que sabemos é que "algo mudou na área x".

O autor usa uma linguagem magnífica e uma criatividade exuberante, sem precedentes. Por isso aqui deixo minha avaliação como um bom livro. Porque valeu a viagem e porque será lembrado (com sentimentos positivos e negativos também). Mas, o clima de incompletude no final (que não seria errado se feito de forma correta) foi feito quase que apressadamente; desleixadamente. Havia outros modos de deixar a história aberta, infelizmente, o autor se atrapalhou no final. Como quem corre uma maratona e tropeça antes da linha de chegada.

LUNII 10/06/2020

Jeff, pq?
Não é segredo pra ninguém o quanto eu me apaixonei por essa trilogia e isso tudo só com o primeiro livro. O segundo, uma decepção, e sem muitas esperanças,fui ler o terceiro em buscas de respostas.
Infelizmente, não é muito disso que a gente encontra, é um livro bom? É. Mas poderia ser muito melhor. Apesar de eu não ser uma pessoa muto confiável pra dizer isso :).
Eu sinto que algumas coisas tudo bem ficarem em abertas, imagino que essa caracterização para o new weird é otima, já que se trata de uma coisa inspirada no terror de lovecraft. Mas ainda sinto que tem coisas que precisavam sim de um fim, ou de pelo menos algumas explicação. Tem muitas pontas soltas e eu não sei se é pq eu n peguei quando li ou se foram feitas para ser assim.
Quero muito continuar lendo obras do autor, pq gosto da forma como ele escreve e espero que esse cara aprenda cm os erros dessa trilogia.

Diogo 21/05/2020

Conclusão
Final bem ruim para essa trilogia. Livro não rendeu, história não fluiu.

Lucas 20/05/2020

Enredo ótimo, desenvolvimento horrível
Seguimos 4 narrativas: a diretora, a Ave Fantasma, Controle e Saul.
A voz narrativa usada com a diretora é horrível. Não sei em inglês, mas lendo em português foi desgastante. "Você", "você", "você"... Sem falar que a parte dela não adiciona em NADA para solucionar os mistérios que encobrem a trilogia.
Saul é uma personagem LGBT (gay, tem um caso com Charlie) que gostei. Suas experiências são interessantes. Gosto também dos dilemas de Controle e da Ave Fantasma.
Sobre o final do túnel: podia ter um melhor desenvolvimento, é o momento que esperei por 3 livros. Decepcionou-me.
Sobre Grace e a Ave Fantasma: acho que no fim elas acabaram em um novo terroir. Gosto da ideia de falta de explicação e mistério deixados por aquilo que NÃO foi escrito no livro. Contudo, isso me deixou bem incomodado, pois há um limite entre deixar coisas sem solução e manter a atmosfera de mistério versus parecer que terminou tudo meio rápido e largou a cargo do leitor entender o que faltou explicação (me senti em ambas as situações).
Pulei os 3 últimos capítulos da diretora. Cansei de vez. O último li por cima. Gostei da carta dela para Saul, mas faltou, mais uma vez, desenvolvimento.
Não explicou-se o que houve com os coelhos, com os navios e aviões que atravessaram a barreira, nem sobre a planta na catedral de amostras ou o celular antigo. Lowry e a mãe de Controle ficam de lado e são esquecidos pela trama. Whitby torra o saco, ele podia ser mais falante, talvez.

Braulio 02/05/2020

Curioso, estranho, indecifrável
Os pontos fortes do livro são:
- A narrativa atemporal (gosto muito disso), tempos diferentes que se cruzam em uma história complexa.
- horror cósmico (influência Lovecraftniana)
- situações e monstros inomináveis

Particularmente o aparecimento da bióloga e sua descrição me tirou o fôlego. Li umas 3 vezes essa parte.

Terminei o livro com vontade de iniciar a trilogia novamente. Por que? Pela mudança na visão q tive dos personagens, suas motivações, seus dramas e, principalmente, seu papel na construção da Área X.

Aí vai um ponto importante:

**SPOILER PEQUENO**

A Área X está em constante transformação , ela absorve tudo e todos, se adapta e se transforma em algo novo e diferente. Se retroalimentando constantemente. Cada personagem transformou e transforma a Área X em algo novo.

Minha teoria é que a Área X é formada por um mecanismo biológico de terratransformação de uma civilização alienígena que se extinguiu. Por isso ela parece existir sem propósito para nós.

O mecanismo se alojou inicialmente na lâmpada no farol, acredito q usou alguma frequência da luz como canal, e migrou (junto com Saul) para o fundo da torre, como um refúgio mais seguro.

O Rastejador cumpre a função de segurança, manutenção, e algumas outras incompreensíveis, do mecanismo.

**SPOILER PEQUENO**

A carta da diretora no final é comovente. Pode até ser lida em qualquer momento do livro.

Alessandro Heverton 06/03/2020

Continua bom
Mantém a história tensa e aumenta um pouco o ritmo. A ação volta com mais força e a imaginação se mantém estimulada

Mauricio 23/01/2020

Uma Epopeia da Embromação
Aceitação. O título diz muito sobre a obra. O leitor deve aceitar que Jeff Vandermeer é um discípulo dos grandes embromadores do entretenimento atual. A saga Aniquilação é uma espécie de Lost cabeça, que explica sem explicar nada. Mas é new weird, você pode argumentar, mas não ajuda essa justificativa, pois apesar de weird, há uma necessidade mínima de que o autor estabeleça regras internas e respeite essas regras da narrativa.
O romance é chato, modorrento e me arrependi de ter pago um centavo nisso.

Lorens Galahad 15/02/2019

Aquele que exigiu demais...
Terminar de lê-lo foi custoso, me pareceu que se fosse mais resumido, seria uma leitura mais empolgante.
De todo modo prefiro ponderar pois, creio que deva ser uma leitura mais proveitosa para quem tenha paciência para administrar com atenção todo o enredo e lançar luz em tantos detalhes que em sua maioria são obscuros.
Enfim, mas, realmente fiquei triste pelo pobre Saul.

Bruno Venâncio 10/02/2019

A resposta está nas entre linhas?
O último livro da trilogia Comando Sul dá a expectativa de fornecer uma resolução sobre o que é a área X e o que cerca o Comando Sul. Com uma ligação interessante entre o passado daqueles que habitam o farol e as cercanias e os personagens que protagonizaram a série, o livro consegue encaixar em partes o que conduziu aqueles indivíduos aquela situação e qual foi o destino de alguns personagens dos dois primeiros livros que ficaram em suspenso, principalmente da Bióloga. Contudo, a explicação da área XC não é totalmente explicita, ficando nas entrelinhas sua ligação com a lente do farol e algo antigo que não pertence a esse planeta. Enfim, o livro deixa algumas explicações a imaginação do leitor tanto sobre a área X quando ao destino do planeta Terra.