Alanna. 22/03/2021O sonho de toda leitora Nas minhas leituras no estilo romance de época, acho que a autora que mais me prendeu na leitura, e cujas histórias mais me conquistaram foi Tessa Dare. E já tinha algum tempo que eu não lia nada dela, então era o momento perfeito para isso.
Esse livro aqui era pra ser aquele super clichê estilo "A bela e a fera" (mesmo a mocinha não sendo descrita como bela). É aquele romance com o contraste entre a mocinha inexperiente, gentil e positiva, e o cara que perdeu tudo, e se entregou a uma rotina de autodestruição. Eu geralmente não gosto de histórias assim porque elas reforçam o clichê MUITO errado da "mocinha que salva o cara que está todo quebrado e destruído", mas acho que nesse caso aqui a coisa toda funciona porque são os dois lados que tem assuntos não resolvidos, e um não joga no outro a responsabilidade de mudança. Um ponto fora do clichê que gostei muito é o fato de nem ela ser a mocinha bela perfeita (Izzy é descrita como uma mulher de cabelos rebeldes, nariz grande, complexões normais), e ele é cego, e essa característica do personagem é bastante usada na narrativa, é legal ver esse tipo de coisa sendo incluída nas histórias.
A história em si é divertida de ler, a questão da Izzy ter esse envolvimento no universo literário criado pelo seu pai (sem spoilers kkkk) e estar envolvida nesse universo "encantado" é algo muito cativante na história, porém eu senti que falta desenvolvimento mais detalhado na relação entre o casal. Também acho que a solução encontrada para resolver o conflito principal (a propriedade do castelo) é muito rasa também.
No geral é uma boa leitura, rápida e fácil, para aqueles dias em que tudo o que a gente quer é ler algo leve. A leitura me ganhou porque é a tradução do sonho clichê da vida de 99,9% das leitoras, que é ver no mundo real coisas que existiam apenas na imaginação, encontrar o cara ideal dos livros na vida real.
"Na verdade, aquele era o presente que ela tinha imaginado durante toda sua
vida. E agora ele era real (...) Aquele era um verdadeiro final de conto de fadas. Ele tinha lhe dado a parte do “felizes” no dia em que a pediu em casamento. Aquele quarto era o “para sempre”. E o melhor de tudo? Havia muitos anos entre aquele momento e o “Fim”."