Resenhas - A Noite

Conrado Lourenço 15/07/2023

Sobrevivendo à escuridão
"A noite" é um livro autobiográfico escrito por Elie Wiesel, um sobrevivente do Holocausto. A obra relata sua experiência como adolescente judeu durante a Segunda Guerra Mundial e sua sobrevivência nos campos de concentração nazistas.

O livro começa com Elie descrevendo sua infância em uma pequena cidade da Transilvânia, onde ele vive uma vida tranquila e religiosa com sua família. No entanto, em 1944, aos 15 anos, ele e sua família são deportados pelos nazistas para Auschwitz, um dos campos de extermínio mais infames da história.

Ao chegar em Auschwitz, Elie e seu pai são separados de sua mãe e irmã mais nova, e é a última vez que os vê. Eles são submetidos a condições desumanas, fome, doenças e abusos constantes. Elie descreve o horror e a crueldade impiedosa que presencia durante sua estadia nos campos de concentração.

Durante sua jornada de sofrimento, Elie questiona sua fé em Deus e a existência de bondade e justiça no mundo. Ele testemunha atrocidades inimagináveis, incluindo execuções em massa e tortura, e sente-se cada vez mais distante de sua fé. No entanto, ele também encontra momentos de compaixão e solidariedade entre os prisioneiros, que se apoiam mutuamente em meio à adversidade.

Após a libertação dos campos pelas forças aliadas, Elie é libertado e enfrenta o desafio de se reintegrar à sociedade. Ele relata sua luta para encontrar sentido e esperança após a experiência traumática do Holocausto, enquanto reflete sobre a importância de lembrar e testemunhar os horrores do genocídio.

"A Noite" é uma poderosa obra que retrata a brutalidade e a desumanidade do Holocausto. Elie Wiesel compartilha suas memórias de forma crua e emocional, levantando questões profundas sobre a natureza humana, a fé, o sofrimento e a resiliência. O livro serve como um testemunho importante dos horrores do Holocausto e um apelo à tolerância e à compreensão entre os povos.

Dudinha 07/07/2023

Não consigo nem imaginar o quanto era difícil naquela época em que os homens viviam em campos de concentração.

Neste livro, vemos a vida de Elie com seu pai, relatando tudo o que viveram nos campos. Passaram muitos perrengues, passaram fome mas Elie foi forte em cuidar de si próprio e do seu pai.

Não sou muito de ler biografias e este relato autobiográfico foi uma experiência diferente para mim na qual eu gostei bastante.

Livro muito intenso mas que vale muito a pena a leitura

Márcia 21/05/2023

A noite - Elie Wiesel
Elie Wiesel é um escritor nascido na cidade de Sighet, na altura cidade húngara, mas que hoje faz parte da Roménia.

Ganhou o Prémio Nobel da Paz em 1986 como sobrevivente do Holocausto.

De origem judia, durante a Segunda Guerra Mundial, junto com os familiares e outros judeus da sua região, foi deportado para o campo de concentração e exterminação alemão de Buchenwald em 1944. Libertado em 1945 pelas tropas aliadas, foi levado para Paris onde estudou na Sorbonne e trabalhou como jornalista. Começou a fazer conferências sobre a situação dos judeus e outros grupos que sofreram perseguição e morte pelos nazis por causa da religião, raça ou origem nacional.
Elie Wiesel é um sobrevivente judeu do Holocausto, uma das testemunhas dos horrores inimagináveis passados durante a II Guerra Mundial.
Em Noite, o autor relembra a sua infância antes de os Nazis o expulsarem de Sighet, a sua cidade natal, e os dias de terror que suportou nos campos de morte alemães.

Em 1944, com 14 anos, Wiesel é levado para os campos de concentração de Auschwitz e Buchenwald, é separado da sua mãe e das suas três irmãs e assiste à morte lenta do seu pai, tornando-se testemunha de todo aquele horror, com sentimento de impotência perante a morte da sua inocência e da sua fé.

O autor relata ao longo do livro os seus sentimentos nesse período, fazendo uma descrição pormenorizada das situações pelas quais ele e muitos judeus passaram.

É libertado pelas forças aliadas, em 1945, não pensando de imediato na revolta que sentia, mas na fome que o atormentava, assim como a todos os outros “prisioneiros”. Pouco tempo depois de ser libertado, Elie Wiesel é internado por envenenamento e, apesar de se encontrar entre a vida e a morte, consegue sobreviver e pela primeira vez desde que foi deportado, vê-se ao espelho onde encontra, segundo ele, o reflexo de um cadáver.

Mais tarde, soube que além dele também as suas duas irmãs mais velhas tinham conseguido resistir aos campos de concentração.

Alexandre.Cozzolino 25/03/2023

Mais uma sobre o holocausto.
Infelizmente, li uma versão mal traduzida e muitas frases ficaram sem sentido.
De toda forma, trata-se de mais uma obra sobre o holocausto, uma época da humanidade que não deve nunca ser esquecida. Uma época onde seres humanos eram levados à condições nas quais a morte era por eles preferível.
O discurso do autor ao final da obra, durante seu agradecimento ao receber o prêmio Nobel, deve ser lido com calma e absorvido por todos, para que possamos usá-lo como referência em nossas vidas.

VdeVeruska 10/02/2023

Cruel, visceral, traumatizante....
Leio muitos livros com relatos de sobreviventes do Holocausto, todos são repletos de momentos triste, muito triste, mas esse livro doeu na alma.
Cada linha, eu me sentia mal, que dor.
Fico imaginando, como essas pessoas que são tão religiosas, conseguiram passar por tudo isso e ainda manterem a fé.
Esse tipo de livro, com relatos inimagináveis, me faz realmente questionar se existe um ser divino olhando por nós.

Valéria Cristina 31/01/2023

A escuridão era completa...
Elie Wiesel é um sobrevivente do Holocausto nazista. Neste livro impactante, conta-nos sua luta pela vida numa escrita sucinta, exata e estarrecedora. Ao ler o texto, tive a sensação de que as palavras foram usadas com precisão, parcimônia para que nada excedesse ou faltasse ao relato.

Escrita originalmente em idiichi, a narrativa se inicia em Sighet, na Transilvânia. Na época, 1944, as vozes da tragédia que se anunciava ecoavam pela cidade, mas ninguém acreditou no estava prestes a acontecer. Até que fosse tarde demais.

Primeiro veio a ocupação, depois os guetos, o translado para os campos de concentração (Auschwitz, Birkenau, Buna, Gleiwitz e Burchenwald), as seleções para a morte... A violência recrudescendo de momento a momento. A partir daí, contatamos o indescritível. A vida nesses campos de morte. O medo, a solidão, o abandono, a desesperança e perda da fé. As privações inimagináveis.

Percebemos a escalada da desumanização até o ponto em que os laços familiares, de sangue e de amor se rompem ante o instinto de sobrevivência.

Esta é uma obra essencial. O que foi perpetrado naqueles campos não pode ser esquecido.

Elias "Elie" Wiesel foi um escritor judeu, sobrevivente dos campos de concentração nazistas, que recebeu o Nobel da Paz de 1986, pelo conjunto de sua obra de 57 livros, dedicada a resgatar a memória do Holocausto e a defender outros grupos vítimas de perseguições.

clara 16/01/2023

a noite
Essa leitura foi bem pesada pra mim, senti raiva e tristeza conforme o autor narrava os acontecimentos. É um livro que mostra muito bem a realidade que foi os campos de concentração.

Dominoni 11/09/2022

Relato de partir o coração
Já li muitos livros sobre sobreviventes de diversos campos de concentração, mas o livro só Elie, me obrigou a parar e respirar antes de continuar, relatos da sua coragem e de tudo que ele teve que passar são de tirar o fôlego.
Impossível ser a mesma pessoa depois de ler esse livro

Vinícius 13/08/2022

Um relato dramático
A vida no campo de concentração contada pelo autor que viveu a sofrimento e a angústia da aniquilação da vida bem debaixo dos seus olhos. Há passagens terríveis onde refletimos como chegaram a esse ponto.

Thiago Franci Souza 26/07/2022

Sem dúvidas um dos relatos mais chocantes que já li sobre Campos de Concentração Nazistas, muito bem escrito, pena ser tão curto. Me entristece que algo dessa magnitude tenha ocorrido há tão pouco tempo, e que muitos não aprenderam ainda com essa história tão recente, com nações e grupos sociais se achando superiores aos outros. Inclusive a própria arrogância alemã que ainda nos dias atuais é bem nítida.

Martony.Demes 17/06/2022

Eu li recentemente A noite, ELie Wiesel. É um livro autobiográfico cujo autor judeu, de origem romena, conta sua experiência nos campos de concentração nazistas. É uma história comovente e vale a pena sabermos.

Elie é um sobrevivente dos campos de concentração em cuja época ele tinha apenas 14 – 16 anos. Entre os diversos lugares que estivera, Auschwitz talvez tenha sido o mais difícil! Nesse cenário horripilante, ele esteve ao lado de seu pai que, por diversas vezes, fez sacrifícios para proteção de seu filho.

Podemos contar diversos episódios descritos no livro! Porém, pela escatológicas histórias que já se é conhecido, talvez não precise recontá-las! E deixo para quem for ler o livro se aprofundar mais. 

É uma história muito triste e comovente e o final nos deixa com o coração menor pelo pai de Elie. Leia! Vale a pena!

Vanderlei 06/06/2022

A Noite
Leitura difícil.
Todos os relatos abordados em livros deste tema são impactantes, mas a forma que o autor se expressa na sua experiência nos campos de concentração é única..

Bia 01/05/2022

Mostra da realidade
Achei o livro mt bom, ele mostra de maneira não tão detalhada a realidade passada por aqueles que tiveram que passar pela dura realidade dos campos de concentração e mostrar coisas que não nos é mostrado em muitos livros didáticos. Em certos momentos o silêncio foi capaz de dizer muita coisa?

Anita Regis 08/02/2022

UM RELEITURA DOÍDA, OS HORRORES DOS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NAZISTAS.
CADA VEZ MAIS DOLOROSO RELER A NARRATIVA DESSA VERGONHA DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE. RECOMENDO DEMAIS!! TERCEIRA VEZ QUE O LEIO.

Mari 06/02/2022

Poderia ser uma ficção? e já seria um absurdo!
Livro rápido de ler, com conteúdo poderoso? poderia muito bem ser uma obra de ficção e mesmo assim já seria um absurdo? a cada página fomos acompanhando a humilhação, a redução de um ser humano, todas as provas a que foram sendo submetidos: retirada dos bens materiais, tratamento igual a animais, separação de famílias, seleção pra ver quem iria morrer? o pior pra mim foi acompanhar a relação dele com o pai e como o pai virou um ?fardo?? impensável!