A Via Crucis do Corpo

A Via Crucis do Corpo Clarice Lispector




Resenhas - A Via Crucis Do Corpo


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José Bauls 20/12/2022

O CORPO
A Via Crucis do corpo de fato é uma via que nos leva a lugares que por vezes evitamos, pensar no desejo pelo sexo na terceira idade, ou ainda, na possibilidade de sofrer um estupro ao entrar em um vagão de trem, nos assusta.

Clarice escancara nesse livro, a violência da vida no desejo de sentir, ela mostra o peso do passar do anos e a solidão da vida jovem. Clarice consegue nos transportar para lugares inimagináveis, e nos reconecta com um eu tímido que as vezes foge de ser visto, mas que da prazer ao ser descoberto.

Clarice é isso, vida e morte, amor e desinteresse, começo e fim.
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Vi 11/12/2022

de longe, meu livro de contos favorito dela. eu amo o quanto ela desenvolve os personagens em narrativas rápidas.
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caos 01/12/2022

A Via Crucis do Corpo
Esse livro reúne alguns contos da Clarice que aparecem girar em torno de uma mesma temática, ou pelo menos, uma mesma lógica. Apesar de ser minha escritora favorita da vida, esse livro não me agradou em quase nada. Porém foi bom descobrir um lado não muito agradável da minha autora favorita...

Li de maneira avulsa, tentando achar um conto que me prendesse, que eu pudesse me identificar com algum personagem, porém cheguei ao final com a sensação de que perdi meu tempo.

Os contos são simples, sem aquele estilo característico de Lispector, ou seja, sem grandes devaneios ou descrições. E como já disse, todos giram em torno da mesma temática: o corpo perante as relações humanas. Há contos que falam sobre traição, poligamia, virgindade, esterilidade, etc. Nada me agradou muito pois achei bastante raso, sem muitas reflexões...

De todos livros, sejam romances, crônicas e contos, que li da Clarice, esse foi o que menos me agradou:(
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João 06/11/2022

Sobre prazer feminino e emancipação
Em uma sabadão de maio, em 1974, a Clarice acordou e resolveu gritar pra todo mundo: MULHER TAMBÉM TEM TES40!!!!!!! e saiu essa obra-prima. Não é literatura erótica, mas sim uma exposição de 13 contos onde o desejo pelo s3x0 e a libertação do prazer são as principais temáticas.

Eu te amo, Clarice Lispector, eu te amo.
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Anderson 15/10/2022

O erotismo brutal e compassivo de Lispector
Este livro foi uma surpresa, quase como um tropeço. Mesmo me considerando um clariciano já formado, descobri apenas recentemente que o enfoque de Via Crucis do Corpo era justamente o erótico. A partir daí, fiquei namorando a ideia de lê-lo, mas temendo uma intensidade clariciana que as vezes não estamos prontos no momento para encarar.

Então numa tarde, por curiosidade eu li as primeiras páginas desse livro e duas horas depois eu terminava a leitura extasiado.

A proposta dos contos é uma abordagem muito fluida e direta. O carnal é o cerne de quase todos os contos e a forma como ele aparece surpreende. Assim, vemos sob as mais diversas óticas o erótico e a solidão na qual o desejo aprisiona todos nós. Falar bem da escrita de Clarice é redundante, mas fui surpreendido pela sensibilidade e fluidez nesse livro em específico.
Ainda, por se tratar de uma obra que enfatiza o carnal, Clarice consegue dar voz aos corpos marginalizados e explora a sexualidade de formas que usualmente não refletimos a priori. Tudo isso de forma interessante e até mesmo divertida, tornando os acenos as fórmulas da literatura erótica de sua época, como Nelson Rodrigues, um acerto.

Foi o livro certo na hora certa. No demais, aquilo que já sabemos: Clarice sempre vale a pena.
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Santiago 23/09/2022

A outra pessoa é um enigma!
Bendita aquela ligação de Álvaro Pacheco, que encomendava três contos à Clarice Lispector. A forma como Clarice se propõe a escrever contos, supostamente, eróticos é genial. Narrando contos que, ao meu ver, são quase como relatos de histórias que a autora ouviu por aí, uma vez que o livro não possui quatorze contos, pois o último seria um desrespeito à intimidade do homem que lhe contou a sua vida. Neste livro, Clarice usa o erotismo como plano de fundo para criticar diversas parcelas da sociedade, ora de forma cômica, ora com tom de seriedade. Estupefato, foi como terminei a leitura. Ainda que seja um livro de encomenda, é Clarice, ela sentiu, ali, uma inspiração nascer.
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Cibeli Sebajes 20/09/2022

Clarice sendo Clarice
Como sumariza perfeitamente o posfácio: "Em lugar do desfrute, o impedimento moral, íntimo; ao invés do deleite, a vergonha e a culpa - é através do isolamento físico, existencial que Clarice constrói sua literatura supostamente erótica.", Clarice nos presenteia com textos que alugam um triplex na mente do leitor, e que supostamente eram "lixo", se termina cada texto com aquele ar pesado de "o que foi que acabei de ler?", ao mesmo tempo que é encantadora e fluída - e divertida em suas ironias - a escrita que de Clarice. Uma simples resenha não é capaz de abarcar todos sentimentos dessa leitura que se poderia passar horas debatendo, é ler e viver.
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Mari56_ 15/09/2022

a primeira crônica que leio da clarice e digo que sua escrita é bem peculiar, por mais que de forma alguma me incomodou, a obra em si não é muito interessante, mas gostei da forma que é narrada.
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Larissa 17/08/2022

?Ser mulher era uma coisa soberba. Só quem era mulher sabia?
Esse livro é formado por contos que abordam, no geral, o desejo reprimido das mulheres e a libertação sexual feminina, escrito de forma direta e intensa. A leitura te coloca em uma montanha-russa de emoções: alguns textos são bem tensos e pessoais, outros são como aquela fofoca que você ouviu da amiga da sua mãe.
Achei muito interessante que, por mais que seja uma obra de 1974, a homossexualidade foi abordada com muita naturalidade em ?Ele me bebeu?, deu um certo alívio de ler.
Outro ponto positivo é que através de contos mais pessoais, como ?Dia após dia? foi possível conhecer um pouco da própria Clarice. É um texto tão pessoal e sincero que por um instante me senti uma amiga confidente dela.
?Ruído de passos? foi a narrativa mais controversa, e talvez intrigante, do livro. A culpa de uma mulher viúva ao sentir desejo e falta de ser tocada foi abordada de forma tão certeira que a compreensão da dor da protagonista foi natural. Se o final foi triste ou feliz? Sinceramente, eu não sei.
Tive que tirar uma estrela dessa obra quase impecável porque observei alguns esteriótipos preconceituosos. Tudo bem que era uma época diferente, mas por mais que seja algo estrutural, não deixa de doer.
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Kael.Paulino 05/08/2022

Perfeição
Tamanha perfeição, escrita muito inteligente. Amo Clarice! Livro incrível, escrito apenas em dois dias, deveria ter mais repercussão. Contos incríveis!
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Lacrimosa 04/08/2022

via crucis
não entendi bulhufas mas gostei e gosto especialmente do título. "via crucis". que simbolismo lindo
Douglas Finger 04/08/2022minha estante
Kkkkk




Alane.Sthefany 26/07/2022

A Via Crucis do Corpo - Clarice Lispector
Trechos Preferidos ?? ? ??

Nós todos somos fracassados, nós todos vamos morrer um dia! Quem? mas quem pode dizer com sinceridade que se realizou na vida? O sucesso é uma mentira.

Foi ao espelho. Olhou-se profundamente. Mas ela não era mais nada.
? Então ? então de súbito deu uma bruta bofetada no lado esquerdo do rosto. Para se acordar. Ficou parada olhando-se. E, como se não bastasse, deu mais duas bofetadas na cara. Para encontrar-se.
E realmente aconteceu.
No espelho viu enfim um rosto humano, triste, delicado. Ela era Aurélia Nascimento. Acabara de nascer. Nas-ci-men-to.

Um dos meus filhos está fora do Brasil, o outro veio almoçar comigo. (...)
E conversamos. Eu tinha pedido para ele não sucumbir à imposição do comércio que explora o dia das mães. Ele fez o que pedi: não me deu nada. Ou melhor me deu tudo: a sua presença.

A morte é de grande escuridão. Ou talvez não. Não sei como é, ainda não morri, e depois de morrer nem saberei. Quem sabe se não tão escura. Quem sabe se é um deslumbramento.

Ela mal se conhecia. Aliás nunca se conhecera por dentro. Quanto a conhecer os outros, aí então é que piorava.
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jonevesa 16/07/2022

Nesse livro, os contos têm o ?erotismo? como tema. Clarice deixa claro de início que foram contos encomendados, mas ela sentiu a necessidade de escrevê-los. Mesmo com esse tema, são contos ?leves?, mas estão todos de certa forma conectados, com o protagonismo de mulheres solitárias, com os desejos reprimidos ou pelos próprios preconceitos ou pela misoginia da sociedade.
Achei muito interessante a forma como a Clarice abordou o tema, li o livro em uma sentada só e espero ler muitos outros.
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Maria5100 14/07/2022

Lispector?
De toda literatura de Clarice, nunca havia lido nada igual: seco e de certa forma sem escrúpulos.

As histórias são ótimas, porém eu não estava no momento da vida para lê-los e acho que por isso não foram para mim. Pretendo reler no futuro.
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malu 09/07/2022

A Via Crucis do Corpo
Neste livro, encontramos 13 contos de autoria da Clarice e que de acordo com ela, foram encomendados, o que torna a escrita difícil, já que a mesma diz que escreve por impulso e não por dinheiro. Além disso, a sua relutância para cumprir o contrato vinha do conteúdo dos textos, já que seriam de conteúdo ""erótico"" - eu diria que fala mais sobre a sexualidade e como essa dialoga de diferentes formas com as pessoas e os contextos nos quais essas estão inseridas.

É perceptível a escrita intimista da Clarice em toda a obra, porém o aspecto abstrato e psicológico de sua literatura é mais leve aqui. Percebemos uma narrativa mais linear e concreta, o que torna sua compreensão bem mais fácil do que em "Água Viva" ou "A paixão Segundo G.H.", por exemplo - ousaria dizer que até mais fácil que a hora da estrela, já que não temos um narrador interferindo na história.

São contos envolventes e que você realmente fica naquele "só mais um", porém um fator que sempre me desconecta um pouco e me faz abaixar as notas dos livros da Clarice são os esteriótipos racistas que estão presentes em suas obras, principalmente aqueles relacionados a empregadas domésticas, descritas como gordas, de busto farto e negras. Além disso, ela só coloca personagens negras como protagonistas para falar das mazelas que infelizmente permeiam parte de nossas vidas.

Sendo assim, considero A Via Crucis do Corpo, como uma boa saída da ressaca literária e uma boa oportunidade para conhecer mais a fundo o trabalho da Clarice.
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