Resenhas - Para Não Esquecer

Jess 03/06/2014

Para não esquecer mesmo!
Diante de tantos livros que já li da Clarice esse foi o que mais me marcou. Não sei bem o porquê, mas me fez sentir lá fundo de uma maneira nunca experimentada. Talvez porque eu estava vivendo o que ela escreveu, talvez porque ela é sensível como eu, talvez por motivo algum. Sei que esse livro entrou pros meus favoritos logo no início das páginas e foi uma leitura tão prazerosa que só de lembrar me alegro. Incrível!
"Essa mesma senhora, que sofreu de sensibilidade como de doença..."

Idayane.Ferreira 30/03/2024

Clarice Lispector: uma iniciação
Ler Clarice é sempre desafiador para mim, me exige mais energia mental e mais conexão. Por vezes leio algo dela e fico um bom par de tempo digerindo o impacto do que li. Gostei dessa coletânea e do fato de que alguns textos são mais curtos e outros mais longos. Embora o livro seja fino, demorei mais do que o habitual para finalizar, principalmente porque não consigo ler muitos textos seguidos da autora e tenho que fazer pausas e intervalos.

samuelxgr 18/04/2024

Acho que já é estabelecido que clarice é uma das maiores escritores e lendo isso, especialmente em minhas crônicas favoritas, pude explorar ainda mais sua mente. o livro é bem curtinho e fluido, mas acho que ainda hora da estrela fica no topo

joão pedro 22/04/2024

Este livro nada mais é do que um laboratório de escrita da Clarice, como foi definido por Franco Jr. no posfácio ? uma parte interessantíssima do livro que vale a pena ser lida com atenção.
Alguns textos presentes nessa coletânea são mto bons, podendo ser reflexivos, irônicos ou apenas um exercício da escrita pela escrita, sem nenhum viés utilitarista. Mas, ainda assim, alguns textos foram totalmente indiferentes para mim, o que fez com que esse livro perdesse uma estrela.
Mas não podemos esquecer que quem os escreveu foi a Clarice, e eu leria até bula de remédio publicada por ela.

none 03/11/2018

Crônicas para um país crônico
Crônicas, fragmentos, opiniões familiares, epifanias (momentos especiais que causam profundo impacto no autor no sujeito narrado e no leitor), diálogos. Clarice faz a gente voltar no tempo, faz a gente rir, se revoltar, concordar. É sempre um prazer ler um livro que dialoga com a gente de forma inteligente e por vezes ou ao mesmo tempo despojada. A crônica de Mineirinho é muito, mas muito atual e necessária para este Brasil. Um recado direito. Mas quem precisa ouvir infelizmente coloca fones ou algodão doce nos ouvidos para continuar ignorando a realidade azeda e amarga.

Tati Diorio 17/01/2019

Pensamentos soltos...
De muito ouvir falar em Clarice Lispector, a procurei na biblioteca do meu bairro. Encontrei esse livro de contos e não pensei duas vezes para pegá -lo emprestado. Não sei bem qual era minha expectativa, mas o que encontrei foram pensamentos soltos, às vezes sem sentido para mim (e não sei se deveriam ter sentido), reflexões desconexas e frases engraçadas citadas pelo seu filho. Em matéria de contos e crônicas, sou mais Raquel de Queiroz.

Dany 14/09/2019

PARA NÃO ESQUECER

Ler Clarice é sempre um estranhamento e ao mesmo tempo reconfortante.
Essa foi minha primeira experiência com um livro de crônicas dela. Não foi uma leitura fácil, para falar a verdade foi bem arrastada.
Porém, tornou a fortalecer o vínculo que criei com ela e o meu engajamento em ler todos os seus livros. O porquê disso? Eu acabo me identificado bastante com os escritos dela, fico envolvida com a sua forma peculiar de escrever sobre os temas mais simples.
Acabei pulado as crônicas que falam sobre Brasília – tenho esse problema quando ela escreve sobre esse assunto.
Algumas crônicas são apenas frases, outras são textos mais longos. Algumas tem um aspecto de pensamento, outras são diálogos com os filhos. Minha preferida foi “Mal-estar de um Anjo. ”
Nem preciso dizer que caio de amores pelas capas. É uma mais linda que a outra.

Nzinha 30/12/2022

Ela era minha!
Lindo e tocante.
Clarice tem esse poder sobre muitos, de tocar profundamente sem dizer muitas palavras. Gostei muito do livro e fica muito melhor se não apenas ler, mas imaginar.

karinacardoso 27/04/2021

Sempre Clarice
Sinceramente fica chato alguém ler o que eu falo sobre toda a obra da Clarice, pois ela é minha escritora favorita. Essa edição comemorativa é interessante pelo fato de terem o posfácio de estudiosos da autora, o que cria um diálogo interessante com o leitor.

Heitor 02/05/2021

Clássica leitura de cabeceira
Uma enorme coletânea de contos compõe a obra. De contos de uma única frase a contos de poucas páginas. Para Não Esquecer reúne textos sobre eventos cotidianos e de eventos extraordinários que de alguma forma somente Clarice sabe narrar com tanta originalidade. Mineirinho, A Vingança e a Reconciliação Penosa, Mal-Estar de um Anjo, Brasília, Brasília Esplendor, Uma Ira, Avareza, As Negociatas e Escrevendo lideram a coletânea como os contos mais impactantes e importantes da obra. Os demais, no entanto, nada deixam a desejar.

Luciano 24/06/2023

Ler Clarice é sempre uma surpresa, é mergulhar em seu intimo e no de personagens e situações corriqueiras que ganham contornos únicos. Claro, alguns textos têm mais significado que outros, mas mesmo os mais simples revelam profundidade de sensações e reflexões.

Charleees 27/03/2023

Para não esquecer, é um livro que faz jus ao título. Nele está reunido 108 crônicas de Clarice Lispector. Uma leitura obrigatória.
Não preciso dizer que é praticamente impossível escolher apenas uma crônica favorita, entretanto, não posso deixar de mencionar aquelas que me fisgaram como um anzol: Brasília (pág 40), Brasília: Esplendor (pág 44), A explicação inútil (pág 68), Mineirinho (pág 123).
Que textos grandiosos, encantadores e porque não dizer, perturbadores... Mesmo quando tenta descrever algo objetivo, Clarice acaba caminhando por trás do pensamento. "Então escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não é palavra".
Foi uma leitura demorada, altamente apreciativa, degustei cada crônica, cada texto como um bom vinho (algo obrigatório nas leituras Clariceanas).
Muitas das crônicas aqui eu já tinha lido separado nos livros de Crônicas para jovens que a Rocco lançou separadamente, não faz mal, reli todas como se fossem a primeira vez e o toque da palavra contra o corpo e a mente foi único como da primeira vez.
Um dos melhores do ano ❤

* Resenha Novembro de 2015

Alexandre249 21/01/2022

Uma forma diferente de ver Clarice
Sempre fui muito fã de Clarice, mas esse formato, com textos curtos não me agradou. Pode ser o momento? Pode....Pode ser muita abstração em muito pouco texto....pode. Mas prefiro textos mais longos dela.

Geane.Gouvea 07/07/2022

Desafio 12 livros em 12 meses - Clarice Lispector #livro4
Bora pra resenha da leitura de abril?
(Livro 4 do desafio 12 livros em 12 meses
- Clarice Lispector).

? Como já descreve o posfácio do livro:

"Para não esquecer" resulta, portanto, de uma compilação de ?Fundo de gaveta? que, por sua vez, resulta de uma compilação da miscelânea de textos publicados na revista Senhor, na coluna ?Children?s Corner?.

Heterogêneos, esses textos são, em sua maioria, de pequena extensão, caracterizando-se como anotações, fragmentos, pensamentos, aforismos, frases que registram instantes de iluminação poética, crônicas, notas sobre artes plásticas ou espetáculos, reflexões sobre o ato de escrever e a literatura, contos...etc.

? "...Dei inúmeras entrevistas. Modificaram o que eu disse. Não dou mais entrevistas. E se o negócio é mesmo na base da invasão de minha intimidade, então que seja paga. (...) Não sou importante, sou uma pessoa comum que quer um pouco de anonimato. Detesto dar entrevistas. Ora essa, sou uma mulher simples e um pouquinho sofisticada. Misto de camponesa e de estrela no céu."

? Minha experiência:

? Interessante, ler seus escritos e imaginar Clarice obtendo essas idéias, e passando para o papel;
?Simpatizo pelos textos curtos;
?Destaco o texto longo, detalhado, sobre Brasília.

? Curiosidade:

?Mineirinho?, é um dos textos preferidos da escritora. Segundo Nunes, ?Mineirinho mereceu [...] crônica de Clarice Lispector, em texto encomendado pelo conselho editorial da revista [Senhor]? (NUNES, 2006, p. 74 ? colchetes nossos). Híbrido de crônica e conto, ?Mineirinho? é um dos mais belos textos do livro e, embora escrito há mais de cinquenta anos, ainda é muito atual, pois problematiza as relações entre justiça e crime no Brasil.

pirocadeperuca 07/02/2023

cansativo, parecia não ter mais fim. poucas narrativas salvam, poucas são memoráveis.
logo no início, pude reconhecer diversas crônicas e contos já vistos em outros livros. mas não faz mal.
algumas crônicas tinham uma única linha. alguns contos, cinco páginas.
muitas passagens memoráveis, no entanto. aqui se encontram algumas das narrativas de que mais gostei. Mineirinho, Brasília: esplendor, os espelhos (visto em água viva), um pintor (visto em água viva), por não estarem distraídos, lembrar-se, dentre algumas outras.
em suma, até que vale a pena.