@estantedajulia 29/04/2023Sensível e pesado
Aysel tem 16 anos e muitos problemas com os quais lidar. O pai está preso por um crime bárbaro, a mãe em uma nova família na qual ela não consegue se adaptar, a garota também não possui amigos na escola e todos a conhecem como a filha do assassino. Agora ela vive diariamente com o medo de ter herdado do pai o gene ruim que o transformou em um criminoso.
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Já Roman é o garoto que aparenta ter tudo, uma boa família, amigos e está no time da escola. Porém, as aparências enganam. Por dentro o garoto está quebrado. Um acidente destruiu não apenas a própria vida, mas também a sua família.
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O que os dois têm em comum? Acreditam que o suicídio pode ser a chave de tudo. Ao se tornarem parceiros de suicídio, ambos pensam que um lado ou outro irá ceder e desistir. Mas, o que eles não esperavam é que mesmo com todos os problemas do dia a dia, ainda é possível enxergar alegria nas pequenas coisas.
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Ao longo das páginas também somos apresentados as famílias dos protagonistas. Os pais de Roman são super preocupados, já família de Aysel mal a nota. A garota está visivelmente passando por sérios problemas, porém ninguém se importa e ainda parecem ter medo da jovem.
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É bem pesado ler todas essas páginas e saber que a tristeza consome as pessoas até o ponto de elas não conseguirem acreditar que existe uma saída. Os motivos de ambos os personagens são completamente diferentes, mas para cada um deles, é o necessário para o fim. Mesmo com um romance sendo desenvolvido ao longo dos capítulos, a lesma preta (como é chamado no livro) não os deixa e nem o amor se faz capaz de mostrar que viver é muito melhor.
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“Qualquer um que já esteve triste de verdade pode dizer que não há nada de bonito, literário ou misterioso na depressão. Depressão é como um peso de que não se pode escapar. (...) A depressão faz parte de você, está nos ossos e no sangue”.
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