Gilmar 05/05/2014
A princesa de Voltaire.
Um livro geralmente nos transporta para mundos irreais, para ver personagens característicos, numa trama envolvente. Esses mesmos livros tem um efeito muito grande seja no leitor ou na historia e quando se insere um renomado autor, a obra tende a ser prima.
O livro A Princesa de Babilônia tem as características básicas de uma historia incrível. Ambientado no Oriente, junto ao berço das primeiras civilizações, o livro conta com Formosante como a princesa que busca um marido, através de seu pai Belus o Rei da Babilônia, assim podendo suceder ao trono e continuar seu legado.
No desenvolvimento a Princesa se apaixona pelo belo Amazan, porém suas historias se cruzam e se enlaçam pelos continentes. Logo entre tantas reviravoltas e viagens, pessoas, governos e culturas, os dois descobrem a vida como ela é.
Voltaire, um dos autores bases do Iluminismo, constrói a obra como bom observador de seu tempo. O enredo é um pretexto onde a critica, a ironia e o descontentamento gritam. Todos os personagens, assim como a ambientação são usadas em favor de um argumento teórico que mostra como um cidadão europeu não está aceitando a forma como seu governo é administrado.
A obra é um espetáculo histórico, podendo-se analisar de diferentes janelas conseguindo uma ampla vista para um passado factual. Minúscula em páginas e de narrativa básica, sem muita pompa, porém sem perder a essência romântica, o autor nos presenteia com uma obra filosofal.