Bia 11/07/2016Resenha publicada no blog Lua LiteráriaOi gente!
Há um tempinho atrás eu trouxe resenha do livro Desejo Proibido, primeiro livro da série homônima. Hoje trago minha opinião sobre Paixão Libertadora, a tão esperada sequência.
Eu não consigo opinar se essa resenha tem spoiler. Apesar de ser uma sequência, você conseguirá ler de boa mesmo sem ter lido o primeiro livro. Mas, por via das duvidas, não quero nenhum leitor colocando meu nome em boca de sapo por ai, talvez eu possa dar spoiler do primeiro livro.
Não lembro se já contei pra vocês, mas não estou investindo mais no gênero romance, salvo os livros de Abbi Glines e claro, dos meus parceiros nacionais. Até mesmo Jamie Mcguire começou a perder a graça pra mim nos últimos dias. Mas, não comprar não significa que não irei ler. Assim sendo, sempre espero a opinião da pessoa que mais entende de romance na blogosfera, a minha cunhada Taty Assis. Se ela diz que é bom, eu leio e ela ainda tem a honra de me emprestar o livro. Dizem que cunhados são folgados, em se tratando de mim, sim é verdade.
Quando a Taty me contou que estava com o segundo livro em mãos, tratei logo de pegar emprestado.
No primeiro livro, conhecemos o melhor amigo do protagonista Carter, o problemático Max. Sinceramente, sendo bem preconceituosa, Max em minha opinião seria o tipo de personagem que não merecia um livro próprio. Um viciado em drogas, rebelde, e terminei o primeiro livro o considerando um invejoso cheio de mimimi.
Pois bem, Carter acaba o colocando numa clínica de reabilitação para dependentes químicos, e é nesse lugar que encontramos nosso protagonista do segundo livro.
Mesmo tendo opiniões tão negativas acerca de Max, eu tinha curiosidade em conhecer sua história. Imaginava que teria um reencontro, mas não foi nada disso.
Nas primeiras páginas, passei a entender um pouco de onde vinha a rebeldia do protagonista improvável. Entendi que ele se drogava não para buscar algum tipo de sensação, mas sim por não gostar e não ter motivos para viver, sendo fraco o suficiente para não tirar sua vida cometendo um suicídio mais rápido, por assim dizer.
Desculpem amores, não vou romantizar a parte das drogas, é isso e ponto final. Estamos falando de um drogado, e não há nada lindo nisso. Afinal, além de viciado, Max era barra pesada, e eu não conseguia enxergar perspectiva de melhora, até saber sobre seu passado.
Acontece que o próprio Max tem problemas em falar; em se abrir, assim em cada página é como se estivéssemos testemunhando sua reabilitação, e descobrindo, lentamente, os motivos que o levaram a escolher o pior caminho para seguir em frente.
E isso não deixa a leitura maçante. Muito pelo contrário. Foi fácil pra mim, mesmo cheia de preconceitos, compreender o cara.
Não vou e nem devo entrar em detalhes, mas teve uma vez que Max ficou limpo e conseguiu mudar, ser um homem de verdade. Foi quando conheceu Lizzie, sua ex-esposa. Mas tudo desmoronou quando perderam o filho. O casal em si mudou, parecia que junto com a criança, toda a paz que eles tinham morrera junto. Lizzie mudara, e resolveu que o melhor a fazer era deixar Max.
Ela foi embora sem dar satisfações. Ficou uma história mal resolvida. E se no primeiro livro eu dava razão a Lizzie, neste a considero uma vaca sem coração.
Max ficou destroçado, e mais uma vez, para saciar a dor e tentar acabar consigo mesmo, se envolveu no mundo das drogas.
Com o passar dos dias na clínica, consegue se manter longe do vício e está pronto para receber alta. Porém, quando o assunto é Lizzie, ainda não consegue lidar, tão pouco falar a respeito.
Ao ir para a casa de Carter e testemunhar toda a felicidade do amigo com a futura esposa, Max não consegue lidar e acaba decidindo ir para a pensão de seu tio.
Estão percebendo que nem citei romance ainda? Pois é, a autora pensou muito bem nos preconceituosos que iriam ler seu livro só pra falar mal, e desenvolveu muito bem o tema dependência química. Não ficou superficial e nem romantizado, temos realmente um dependente, que luta a cada linha para se manter limpo. Ela não entrou em detalhes, abordando abstinência, e tal, porém não foi necessário. Foi plausível, na medida certa, não muito especifico para quem procura apenas uma história de amor, nem muito superficial para quem gosta de mais verdade no que lê.
E é em ambiente novo, que conhecemos a grande protagonista do livro, Grace. Ahh gente mil e um elogios para a construção dessa mocinha. Para início de conversa, Grace é belíssima, uma negra estilo Rihanna, linda de olhos verdes.
Não temos uma menina frágil e indefesa, Grace é uma mulher forte, engraçada, batalhadora. Ela sofreu pra caramba também, tem um trauma que é impossível não se comover e querer defendê-la; porém está conseguindo sobreviver da melhor forma possível.
Por tudo que passou, Max seria o tipo de homem do qual deveria fugir. Mas algo nele a atraiu.
Max estava limpo e despojado, acabou se tornando um grande amigo para Grace. Acontece que ela estava atraída por ele, e demonstrou isso. Os dois acabam se envolvendo naquele tipo de envolvimento sexual, sem sentimentos.
Calma meu povo, apesar de eu ter sugerido um clichê, não é nada disso. Ao contrário dos outros livros que já li que tem essa coisa de relacionamento sexual, por causa do que sabemos da vida de ambos, fica completamente plausível os motivos que os levaram a querer essa relação. É preciso ressaltar que não se trata de dois adolescentes, tão pouco de um homem que não deseja se envolver para ter todas as mulheres do mundo.
Neste momento do enredo, já tinha total simpatia por Max. Compreendia totalmente a amizade dele com Carter, inclusive, finalmente pude entender os motivos que nunca levaram Carter a desistir do amigo. Se eu tivesse conhecido toda a história antes, não teria sido tão dura. Porém, não conseguia imaginar Max bonito.
Mesmo com as características que a autora jogava, imaginava um viciado descuidado, cabeludo, dente podre, com tiques esquisitos. Gente, espero que não me julguem, mas é a verdade, não posso esconder. Foi através dos olhos de Grace, que comecei a dar beleza ao mocinho em minha linda cabecinha.
Não podemos deixar de esquecer que, apesar de estar bem, Max ainda tinha problemas. Seria Grace o motivo que deixaria o homem liberto de todas as sombras de seu passado?
Adorei essa história, foi intensa, avassaladora, e torci sim para que nosso menino malvado tivesse um lindo final feliz. Não gosto do erotismo, mas ele não se manteve constante e não foi nojento de ser lido.
Recomendadíssimo para quem gosta de romances intensos.
site:
http://goo.gl/FjNGBa