Botchan

Botchan Natsume Soseki




Resenhas - Botchan


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Camila 15/02/2022

Diferente
A narrativa é bem diferente de outros livros, pois o autor satiriza a vida do interior (provinciana), ao contrário de outras obras que enfatizam o estranhamento vivenciado por pessoas que saíram de pequenas cidades e vão viver em grandes metrópoles. A leitura é cômica em alguns momentos, mas não me conquistou tanto. Esperava mais do desfecho.
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Rafa 25/10/2021

Extremamente mediano e com um final insatisfatório.
Achei Kokoro bem superior, e espero ter experiências melhores com o autor nas próximas leituras.
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Matheus 28/12/2020

Vale a leitura
É uma leitura rápida, fácil e com um ótimo humor ácido. Você acaba simpatizando com o Botchan e vê como a mudança da cidade grande para o interior muda a visão em que o protagonista se encontra. Uma ótima leitura!
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Jacky 04/09/2020

A sociedade interiorana
As pessoas de maior formação e melhor caráter no fundo são as mais sórdidas e calculistas, essa é uma das facetas que a narrativa do Natsume Soseki apresenta.
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Nadine 21/06/2020

Eu realmente não entendi se o livro era pra ser engraçado ou enervante. De qualquer forma eu ri para um c*ralho
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Mario Miranda 10/06/2020

Botchan tem um senso de uma narrativa invertida: não que o autor tenha escrito a obra cronologicamente ao contrário, mas sim que a história em si é ao contrário do usual. A saga do personagem interiorano que vai a Capital em busca de sucesso é algo recorrente; a inovação aqui vem justamente do oposto, do homem da capital que decide ir ao interior em busca do seu próprio sucesso.

Botchan é um personagem que decide largar a Capital para lecionar em uma pequena vila no interior do Japão. Ao contrário do esperado, lá encontra apenas mesquinhez, subterfúgios e a sua não-aceitação. Botchan sofre incesantemente com a falta de compreensão, com a diferença de valores, de maneira que não é capaz de adaptar-se a este novo universo.

Há uma comicidade na narrativa que, sem dúvida, diverge da maior parte de outros escritores japoneses clássicos (Kawabata, Tanizako,...).
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Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

Botchan, Natsume Soseki – Nota 8,5/10
Da agitada cidade de Tóquio para a inóspita ilha de Shikoku, Japão. É esse mudança radical de vida que acompanhamos em Botchan. A obra narra a vida de um jovem professor de matemática que aceita lecionar para alunos ginasiais de uma escola pequena. Lá, além de se acostumar com a vida no interior, Botchan ainda sofre problemas com a recepção dos alunos. É um enredo que revela o choque cultural entre a vida conturbada de uma cidade grande e o dia a dia no interior.

A capacidade de Natsume Soseki em colocar o leitor “dentro” dos pensamentos do personagem, que, no caso, é impaciente, impulsivo e ríspido, é impressionante. Botchan é um personagem muito humano e isso transparece para quem lê a obra. Também gostei de encontrar na obra alguns aspectos típicos da vida de um cidadão comum japonês.

Escrita leve e bem humorada! Estou curioso para ler outros livros desse autor. .

Trecho do livro: “Era um pedido totalmente exorbitante, para alguém tão impulsivo como eu, servir de exemplo aos alunos e ser um modelo respeitado por toda a escola. Segundo ele, eu não me tornaria um educador se não estendesse a influência de minha virtude moral para além dos bancos escolares. Haveria alguém de tão nobre caráter que em sã consciência se deslocaria para este fim de mundo por um salário de quarenta ienes?”

site: https://www.instagram.com/book.ster
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Bruno.Dellatorre 26/10/2019

Chato
Começa com um primeiro capítulo promissor, mas a partir do momento em que o protagonista chega à outra cidade, o livro se torna um saco, pois ele fica o tempo todo reclamando e falando mal dos outros, repetindo milhões e milhões de vezes o apelido dos docentes da escola onde ele trabalha. Totalmente decepcionante. Mas a razão pelas 3 estrelas é a escrita do autor, o primeiro capítulo promissor e a personagem Kiyo.
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Adriana Pereira Silva 26/09/2019

Amadurecimento
Apesar de ter ficado menos de dois meses dando aulas nesse local, sua permanência é agitada. Seus modos ríspidos, sua paciência limitada com o próximo sua impetuosidade e sua falta de traquejo social lhe causam problemas, tornando-se a chacota dos colegas professores e alunos da escola, que agem o tempo todo com maldade. Os estudantes e professores retaliam excessivamente sua vida, rastreando todos os seus movimentos na pequena cidade.
?Até aquele momento, eu sempre acreditei que esse era o jeito certo de agir, basicamente, era sobre fazer o meu dever. Mas, se você pensar um pouco, descobrirá que a maioria das pessoas, de uma forma ou de outra, quer que você cometa um erro, que você não cumpre a sua obrigação. É como se eles pensassem que, se você não fizer isso, você não terá sucesso na vida. E quando de repente eles se deparam com alguém bom e inocente, eles decidem tratá-lo como uma criança mimada, e eles se dedicam a desprezá-lo e brincar com ele.?
?...quão estranho é o mundo: alguém que não simpatiza com você, o trata com bondade, enquanto que alguém que parece ser o seu amigo acaba te julgando. Eu não entendia nada!?
?A verdade é que não há nada tão enganoso quanto a natureza humana.?
Assim, vê-se envolvido numa trama de disputas dentro e fora da escola que o colocam num jogo que o leva a ter que entender cada passo dado, cada pessoa com a qual convive para se manter vivo e sair da teia em que o colocam o tempo todo.
?Eu sempre fui uma pessoa afável, e até então nada tinha me preocupado demasiado, mas tinha passado apenas um mês naquela cidade para me fazer compreender que o mundo não era tão pacífico como eu pensava... Nada de terrível aconteceu comigo, mas senti como se tivesse envelhecido cinco ou seis anos.? Considera essa temporada como tendo sido passada no purgatório.
Com essa leitura, pude refletir como a vida nos apresenta situações que nos obrigam a amadurecer e ter bom-senso a fim de passarmos por situações complicadas e que, no dia-a-dia, vão surgindo e exigindo de todos nós soluções imediatas e outras a médio e longo prazo.
Começamos nossa vida inocentes e crendo na justiça humana, mas ao nos depararmos com a vida adulta percebemos que não é bem assim, e a partir daí, devemos ir nos modelando para cada situação e vamos, com isso, perdendo a inocência, e precisamos amadurecer e ter atitudes refletidas para não perdermos nosso senso de justiça e não nos degradarmos e nos tornarmos aquilo que não queremos, mas que se não nos atermos às situações, tornamo-nos cúmplices daquilo que não éramos: ?Se eu ficasse mais tempo naquele buraco, eu me degradaria completamente.?
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Rafaela (@exlibris_sc) 06/06/2019

Exemplar indispensável da literatura nipônica!
Em um Japão no início do seu processo de ocidentalização e modernização, temos um jovem professor de matemática oriundo de Tóquio que se muda para a inóspita ilha de Shikoku, a fim de lecionar para sua primeira turma de alunos ginasiais. Ríspido, impaciente e sempre faminto, o protagonista carece de habilidade social e logo passa a ser alvo de maldade e implicância dos colegas e alunos, especialmente por seu sotaque “da cidade grande”.

Na medida que a história flui, veremos lealdade e falsidade se mesclando em um ambiente em que a força e a inteligência são frutos bem pensados e medidos por seus personagens ao passo que as cores e valores do Japão dos samurais desponta através das portas corrediças de arroz. Botchan foi o segundo livro publicado de Natsume Soseki, em 1906, e nele vemos algumas características autobiográficas, visto que o próprio autor também enfrentou hostilidades ao lecionar.

O livro me foi enviado em maio pelo clube de assinatura de livros Pacote de Textos e eu o li em praticamente um dia. Ultimamente, venho me interessando pela literatura japonesa devido a tamanha importância que a leitura, os professores e a educação representam para aquele povo e sua cultura. E devo dizer que são obras muito bem construídas e que deveriam ser mais bem difundidas desse lado do globo.

A escrita do autor é plenamente acessível – embora alguns lugares, nomes e dinastias requeiram uma rápida pesquisa no Google, que sequer prejudicam a leitura – e logo no começo da obra temos a impressão que a voz do narrador salta das páginas ao passo que vai contando suas memórias e algumas traquinagens de criança.

O leitor será apresentado a um professor de 23 anos que, recém-saído da cidade grande, passa a residir e lecionar nos confins do interior do Japão, e com visões de mundo diferentes – o choque entre o ser cosmopolita e interiorano – logo os problemas se seguem, mas de uma forma sarcástica e até divertida. Nota-se, claramente, que Botchan – apelido dado na infância por sua governanta Kiyo – é um rapaz mimado e egocêntrico que sempre procurou ou encontrou confusão onde quer que fosse. Desde sua tenra infância, menosprezado pelo pai e irmão após a morte de sua mãe, a única que lhe dava carinho e atenção era a própria governanta que o venerava. Após a morte do pai, seu irmão vende a casa da família e reparte o montante para os dois, incentivando Botchan a investir em algo que o atraia ou seguir com os estudos.

Aprendiz de adulto, com seu primeiro emprego, impaciente e cheio de si, o jovem professor passa a lecionar e desde já notamos o quão superior ele se considera visto que passa a apelidar o corpo docente da escola ginasial: porco espinho, camisa vermelha, texugo, fanfarrão, abóbora verde, são alguns dos nomes que nosso anti-herói usa para se referir, mentalmente, a seus colegas. Os problemas começam quando os alunos veem na pessoa do professor, com sotaque e dialeto levemente diferente deles, uma oportunidade para traquinagens sem fim.

Interessante constatar que, apesar de seu temperamento explosivo, o professor novato logo dá a volta por cima e “doma” os alunos, mas não sem antes sofrer imenso preconceito por seu modo de falar, vestir e até onde comer e relaxar. Algo que era constantemente criticado por seus colegas de profissão, especialmente o apelidado Texugo, era o prazer material que nosso narrador possuía ao comer, especialmente bolinhos de arroz, mas não parava por aí porque o próprio adorava se banhar e receber massagens em casas de reputação consideradas duvidosas. Tudo isso era tido como uma conduta que não deveria ser adotada por um professor, sendo o apropriado ler e escrever poemas ou ir pescar.

O sarcasmo, humor e a ironia trazidas pelo autor ajudaram e muito na leitura ao passo que comecei o livro em uma manhã e na mesma madrugada finalizei-o. As risadas que soltei com as peripécias do Botchan com O Porco Espinho – especialmente quando eles ficam de tocaia em um hotel observando, através de um buraco feito na porta de arroz, um de seus “valentões” visitar uma casa frequentada por gueixas – e a primeira grande peça pregada pelos alunos – o ataque dos gafanhotos na cama – como também os momentos de reflexão, sobre quais atitudes devemos e não devemos tomar em ocasiões amargas, foram ímpares. Você não terá dificuldade aqui, caro leitor, o enredo flui como uma katana cortando o ar, rápido e indolor, ou como uma flor de cerejeira caindo no chão, leve e única.

Poucos livros me fazem “colar na poltrona”, mas esse foi um deles. Natsume Soseki traz uma obra que mescla um Japão moderno e tradicional, os ambientes e costumes daquele povo são muito bem posicionados e de fácil entendimento para o leitor. Não é à toa que ele foi um grande renovador da literatura japonesa, sabendo assimilar a inevitável influência que o Japão passava a sofrer do Ocidente, oportunizando-a em sua produção literária ao pôr em perspectiva os valores nipônicos mais tradicionais.

Por ser um livro/autor que nunca tinha ouvido falar, não possuía expectativas altas nessa leitura, mas ao finalizar a obra fiquei sedenta por mais literatura asiática e por mais Natsume Soseki que possui um olhar sagaz, divertido e bastante satírico das diferenças que constituem uma sociedade. Vemos a figura de um rapaz que, apesar de ter sido menosprezado durante a infância, é essencialmente mimado e se tem em alta conta, mas que vai descobrindo ou redescobrindo o modo e meio de se dirigir e portar em uma sociedade sendo ela localizada em uma província ou na cidade grande. Pude extrair também da leitura um leve pincelar das tradições nipônicas, que até hoje guardam bastante respeito pela era dos samurais, sendo a sinceridade e palavra de um homem a chave e pilar central para o melhor engrandecimento pessoal.

Quanto à outras obras asiáticas que possuem muitas semelhanças à esta, temos A Montanha e o Rio de Da Chen – um romance histórico que conta sobre adversidades e ambienta muito bem a China no final do século XX – e Em Louvor da Sombra de Junichiro Tanizaki – aqui um ensaio sobre a estética japonesa aos poucos “invadida” pela modernização proveniente do ocidente. Ambos eu já li em minhas andanças literárias e recomendo bastante.

CURIOSIDADES:
Natsume Soseki nasceu em Tóquio, em 1867. Infância difícil, órfão de mãe na adolescência, rejeitado pelo pai… Seu caminho se fez através do ingresso na Universidade Imperial (hoje Universidade de Tóquio), para cursar literatura inglesa. Lecionou inglês na Escola Especializada de Tóquio (hoje Universidade de Waseda). Crises nervosas o fizeram abandonar Tóquio e o prestigioso cargo que possuía. Estabeleceu-se em Ehime (Shikoku), onde lecionou numa escola secundária. Em 1900, viajou à Inglaterra como bolsista do Ministério da Educação para estudar literatura e ensino da língua inglesa. Sem se adaptar à cultura ocidental, entrou em depressão e regressou ao Japão em 1903, retomando o magistério.
Em 1905 lançou seu primeiro livro, Eu sou um gato, saudado por crítica e público. Dois anos depois, passou a se dedicar exclusivamente à literatura, tornando-se escritor exclusivo do diário Asahi Shimbun. Seu Botchan foi, muitas vezes, comparado ao Holden Caulfield em O Apanhador no Campo de Centeio de J.D. Salinger e essa é uma indicação que eu irei atender, faça você também e se dê a oportunidade de conhecer os clássicos que modificaram nossa literatura mundial. Faleceu em 1916, por sequelas de suas frequentes crises de úlcera. Soseki é um dos autores nipônicos mais famosos e lidos do último século, um indicativo de sua importância é o fato de que, durante vinte anos, seu rosto estampou a cédula de mil ienes.

site: http://www.estantediagonal.com.br/2019/06/botchan-natsume-soseki.html
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@dropsdeleitura 22/05/2019

Terminei semana passada o último livro que chegou no @pacotedetextos.. e tava doida pra postar aqui! Resolvi esperar só pra tentar não atrapalhar a surpresa de quem ainda não recebeu. Não sei vocês, mas eu adoro o friozinho que dá, na hora de abrir a embalagem, sem saber o que vai vir! :) Acho a literatura japonesa muito interessante. Já li Murakami, Ishiguro.. autores mais ?ocidentalizados?. Depois li ?Voragem?, do Tonizaki. Agora o Pacote de Textos me trouxe a chance de ler o autor mais cultuado do Japão: Natsume Soseki.

O livro traz uma premissa aparentemente simples: o personagem apelidado de ~Botchan~ (que significa algo como ~ingênuo~), é um professor ginasial que, ao ser enviado para lecionar numa escola no interior, encontra dificuldades para se adaptar. Essa ingenuidade e sua personalidade antissocial, fazem com que ele tenha problemas para lidar com a vida real e seus melindres. ~Botchan~ é um romance de formação. Escrito como um livro de memórias, acompanhamos a infância desgovernada do personagem, suas perdas e o modo quase displicente com que faz suas escolhas de vida. Como é o próprio Botchan que nos conta a história, os fatos ganham contornos muitas vezes cômicos por conta de seu temperamento arisco e mente estreita.

Com algumas referências autobiográficas, ?Botchan? é uma das obras mais lidas e admiradas da literatura clássica japonesa.

A cartinha que veio junto com o livro me ensinou que o apreço dos japoneses por Sosek é tão grande, que seu autor chegou a estampar durante 20 anos a cédula de mil ienes. E cito: ~Aliás, este não é apenas indicativo da importância do escritor; é a prova da importância da leitura para todo um povo e toda uma cultura, que tem na valorização dos professores e da educação um dos seus pilares fundamentais.~
(Rafael Caneca, curador do @pacotedetextos).
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