Ana Rosa 15/09/2019
Truncada? A quem não tem o costume de ler as obras do Santo e, portanto, não está habituado à sua linguagem robusta e retoricamente clássica, a leitura torna-se um tanto difícil, especialmente por propor lições lógicas de validação ou não dos argumentos propostos. Nada menos a esperar, ao se tratar de (1) santo e (2) doutor da Igreja; de uma vida pregressa de honrarias humanas (acadêmicas) e divetimentos ilícitos (luxúria); da conversão do maniqueísmo à fé católica por meio dos diálogos Santo Ambrósio e das orações de Santa Mônica.
Neste opúsculo, o Santo define e debate, dentre outras matérias, circunstâncias nas quais são ou não convenientes ou lícitas as mentiras proferidas pelo ser humano, cuja natureza possui tendência também ao mal.
É necessárioter atenção ao ler este escrito, de preferência, initerruptamente, pausando para as reflexões, claro; quando não puder fazê-lo, procurar ler, ao menos, um item por vez, para bem proveitar a compreensão. Tudo isto à guisa de sugestão, claro. A atenção é necessária dado a tantos recursos de retórica, de gramática e lógica usados pelo Santo.
Ele distingue ainda os tipos de mentira e como agir nas situações-limite, onde as (aparentes) únicas opções são a mentira ou um mau maior. Sempre lembrando ao leitor: evite-se tanto quanto puder a mentira.