Resenhas - Wicked

Nay 15/11/2021

Pensamento sobre Wicked
Não é um livro para crianças.
Gente eu curti bastante a história a forma de escrita os personagens, uns mais que outros sempre né kkkk. Os personagens são incríveis cada um com sua história e forma de vida os que não dão protagonistas da para ter uma boa noção da vida deles. Eu sabendo o que estava por vir ainda não queria que acontecesse, a gente se apega aos personagens principalmente a Elfinha que desde criança já sofre preconceitos. Então é um ótimo livro, demorei para ler porque em alguns momentos sim é lento, as vezes a gente não quer saber daquela parte quer ver coisas boas acontecer. Mas bom é um livro que recomendo.

Luiza 27/12/2020

Li por fazer parte da história de um clássico do cinema
Para ler esse livro é preciso conhecer a história do mundo de Oz ou você fica bastante perdido no início.

Por isso, me forcei a assistir o filme original, The Wizard of Oz, de 1939 para que eu relembrasse a história e pudesse compreender o livro plenamente.

Foi muito interessante o livro porque me fez descobrir curiosidades sobre a história e sobre o filme (algumas bem tristes) e poder saber mais sobre esse clássico.

Duda 13/12/2021

Esse livro é bom, a narrativa desse livro é sobre a vida de Elfaba que é a bruxa má do oeste, e que vai nos mostrar a vida da menina verde deste seu nascimento até os acontecimentos de o Mágico de Oz.

Jéssica Inthurn 15/09/2021

Se você tem o musical da Broadway como referência...
Gente, que livro esquisito...
Eu gostei, mas sabe aquela sensação de "o que é isso que eu estou lendo?" Foi assim que me senti. Talvez se eu não tivesse como referência o musical da Broadway, esse choque fosse menor, mas como eu gosto muito do musical, fiquei comparando muita coisa. Esse livro tem pouquíssimo a ver. O musical é mais fofinho, bem mais romantizado e menos político. Já o livro tem essa pegada mais "teoria da conspiração" e ações/opiniões políticas. A Elphaba é uma personagem muito forte que não se deixa abalar por nada, e ao meu ver ela acabou se afastando de tudo e de todos pelas suas ideias diferentes.
Então foi um misto de sentimentos muito grande nesse livro. Às vezes eu gostava, às vezes detestava. Mas foi uma leitura interessante, no mínimo.

Annasantts 08/09/2017

Emocionante
Wicked é fantasia de qualidade, possui aquele "algo a mais" além da magia.
O livro tenta explicar a origem do mal, mas não foi só isso. Ele fala sobre incompreensão, indiferença, preconceito e manipulação.
Sempre fui fascinada pelos vilões, não que eu acredite que Elfaba seja a origem do mal, mas sim todos que estavam ao seu redor.
Não é um livro que agrada facilmente, precisa de tempo pra compreender esse universo.
Vale a pena conhecer a historia da bruxa má do oeste.

Dominic 08/06/2022

Magia + política = Wicked
Embora eu não seja fã de política nem em forma de ficção Wicked conseguiu me prender até o final. Eu amo musicais e não estava esperando que fosse tão fenomenal quanto a montagem da Broadway (bobeira minha pois o musical foi baseado no livro).

Se eu já me identificava com a Elfaba antes, depois de Wicked foi muito mais. Tem muita ganância, abandono, luta, ideais, magia, humor, fantasia, guerras, revoltas... é um universo completo.

O que mais gosto em Wicked é que a história não é somente sobre Elfaba, ou como chamam ela, Elfie. Mas sobre todos os personagens mais importantes para ela no decorrer da trama. Temos sua perspectiva, temos da Glinda, do Fiyero, de seus pais, seus companheiros de escola, sua irmã e até das autoridades políticas das diferentes terras que são apresentadas. E o melhor de tudo é tudo isso é muito bem desenvolvido.

Existem muitos seres de muitas espécies e todos eles convivem, vão à universidade, se casam... E talvez a maior crítica do livro é justamente essa: as diferenças. Há muito descontentamento sobre convivência com seres de espécies diferentes e tem movimentos que pregam a violência e a desigualdade e disso Elfie entende muito bem, porque não é qualquer humano que nasce com a pele verde esmeralda.

Elfaba tem um papel único, personalidade incrivelmente inabalável, atitude diante de preconceitos e intolerância e inteligência fora do normal e por cima de tudo ainda conhece magia. Ela é o tipo de personagem feminina que eu saúdo com tanta força que fico eufóric@, pois ela é destemida.

Wicked é um prato cheio para quem gosta de críticas sociais, política e fantasia imersos em uma escrita humorada e muito inteligente e perspicaz.

Ana Gouvêa 15/01/2022

Adoraria saber o que o tio Gregório bebeu (ou outra coisa) pra escrever esses livros maravilhosamente doidos! Geeeente, esse aqui é mais picante, mas mantém o padrão de criatividade do autor.

Mateus.Marques 27/05/2023

Por que existe maldade?
Ler esse livro foi a última parte da minha obsessão com o universo de Oz, que me fez assistir o musical e o filme e ler o livro original. Por isso, pode-se dizer que cheguei em ?Wicked? com bastante bagagem.

Por esse motivo, muitos momentos do livro esboçaram um sorriso genuíno no meu rosto, ao me deparar com uma referência às obras originais, ou a um momento que posteriormente serviu de inspiração para o musical, que se consagrou por trazer a perspectiva de uma adulta atormentada para esse mundo fantástico.

Mas diferentemente da sua contraparte, o livro de Wicked aparentava estar constantemente tentando muito forte ser subversivo e diferente, por vezes até beirando o edgy e o cringe. O uso excessivo de conteúdos escatológicos e sexuais, muitas vezes direcionados até a crianças, me tiraram repetidas vezes da história, e me fizeram questionar se realmente gostaria de continuá-la.

Tudo isso, aliado à escrita excessivamente longa e maçante de Gregory Maguire, me fizeram sentir que eu não estava lendo nada além de uma fanfic glorificada de 500 páginas, com alguns segmentos muito bons e interessantes, e outros completamente desnecessários ou até só chatos mesmo.

Mas, como eu disse, o livro encontra seus momentos de brilhar, especialmente quando Maguire (tenta) construir personagens. Ocasionalmente temos a chance de ver o mundo pela ótica de personagens secundários, e essa mudança de perspectiva é muito interessante, e da uma certa profundidade às suas ações mais polêmicas.

Já o conflito interno da Elphaba é, obviamente, a espinha dorsal da história, e isso Maguire executa muito bem. É nítida a sua evolução enquanto personagem, concomitante à sua decadência enquanto ser humano, condição essa questionada desde o momento do seu nascimento de forma muito poderosa.

Tanto que, quando a Dorothy inocentemente dá o golpe fatal, eu não pude evitar de sentir um alívio pelo fim do sofrimento da Bruxa Má do Oeste.

Julia 14/05/2020

Leiam Wicked
Não entendo muito sobre qualidades de textos, mas como minha primeira resenha, posso dizer que estou incrivelmente envolvida com a história de Elfaba, Fabala, Fae, a bruxinha verde de Oz. A história é cativante e me prendeu completamente, levantando questões tão atuais, de forma leve e criativa da fantasia de Gregory. O texto me fez parar e refletir muitas vezes, o que está me levando mais tempo para terminar de lê-lo, mas de certa forma adorável. O fato de me identificar com o livro, posso dizer que até o momento foi um dos melhores que já li na vida.

erialm 10/04/2024

Malvada é essa leitura
Que leitura arrastada, misericórdia

eu não sei como terminei essa história, juro. Foi na base do ódio porque não é possível. Tenho tanta decepção dessa leitura que só não dou uma estrela porque consegui ir até o final.

Primeiro de tudo, se eu consegui captar 20% da história foi muito. O autor tem umas linhas de pensamento que fazem sentido só na cabeça dele, porque eu, como leitora, não estava conseguindo juntar as peças que ele me mostrava. O vocabulário já é difícil por conta de tantos tipos de povos e criaturas, isso ainda sem contexto prévio e auxílio de explicação é jogar palavras numa página e dizer que é místico.

Segundo, eu nem precisei pesquisar pra saber que o autor é um homem branco, porque o jeito como ele escreve na visão da Elfaba, uma mulher verde, claramente diz muito sobre.

O livro é antigo, dos tempos que não debatia tanto sobre questões que hoje vemos como racismo e machismo, mas poarr tão descarado do jeito que tava escrito já é falta de senso mesmo. Uma fala da Glinda de que ela nunca veria o Fiyero como amante por causa da pele escura dele? Ah, para né. O cara mostra como alguém com pele verde vive e mesmo assim manda uma dessa? Eu devo ter interpretado errado, porque não consigo entender essa contradição na escrita.

Nenhum personagem é cativante. Passei raiva com todo mundo, pelos deuses. O máximo que consegui lidar foi o Boq e a Elfaba, motivos pelos quais eu me mantive na leitura. Mas, mesmo eles são irritantes em muitas partes. Há um momento em que tu percebe que a linha da Elfaba faz sentido e, do nada, ela mesma se perde na narrativa. Ela reencontrando o Boq anos depois foi algo que eu fiquei entre a raiva e a compreensão.

Ela se deslocando pra encontrar com a esposa do amante dela, que morreu porque tava seguindo ela enquanto ela trabalhava pra não sei quem, que nem desenvolveu essa parte, foi algo que eu só entendi um pouco. Ela queria perdão ou algo assim? Mas a Sarima não queira papo e, mesmo assim, ela ficou lá morando e ficou por isso mesmo. Não, gente, perai

Aliás, ela se uniu a uma rebelião e eu achei que essa seria a grande iniciação como Bruxa Má do Oeste, mas ela não sabia de nada, arregou quando foi pra matar a Madame Morrorosa (e matou ela (?) anos depois???). O Fiyero morreu e ficou por isso mesmo, ela tava grávida, virou monja, ficou lá por anos e saiu de lá porque precisava (queria) e ficou por isso mesmo? Gente, pausa um pouco, só uma explicação. E a rebelião? O que era aquilo? Cadê esse povo?

Aquele Dragão do Tempo???? Parecia mestre dos magos. O cara foi linchado no começo do livro por causa dele e não deu em nada, segue o capítulo seguinte.

Sério, como eu consegui terminar esse livro? Tem tantas dúvidas a mais e eu nem lembro, que droga.

Ah, lembrei de uma. Glinda traumatizada com a morte do professor. Até mudou o nome por isso. E ficou por isso mesmo. Não se uniu a causa dos Animais, não fez nada. Só mudou o nome e seguiu.

O tal feitiço que a Madame Morrorosa fez pra Elfaba, a Glinda e a Nessarose. O que foi aquilo? Adeptas do Mágico de Oz, o que isso significava? Elas tavam sendo controladas ou não? Elfaba era só uma paranoica?

E eu nem vou comentar sobre a sexualização da Nor, de 10 anos, nas cenas dela querendo se amostrar pros soldados. O que foi aquilo, mds

Aí, desisto. Péssimo.

Dito isso, espero que o musical e o filme, que sei que seguem uma narrativa diferente sejam melhores, porque essa aqui foi complicada

P.S.: GENTE EXISTE UM UNIVERSO DE 40 LIVROS CÂNONES DE MÁGICO DE OZ?????? namoral, eu vou me jogar da ponte

Breno PS 10/08/2023

O outro lado da história de Oz
A premissa do livro que oferece uma nova perspectiva sobre a famosa história do Mágico de Oz imediatamente chamou a minha atenção. No livro conhecemos o passado de Elfaba até ela se tornar a Bruxa Má do Oeste.
A Elfaba sem dúvidas é o coração da história, sua complexidade, motivações e evolução ao longo da trama a tornam uma personagem muito envolvente.
Através dos olhos de Elfaba, somos expostos a questões morais e dilemas pessoais, adicionando camadas emocionais à história que ecoaram na minha mente após a leitura.

Avaboh 19/05/2024

QUE LIVRO PERFEITO.
Queria muito um romance entre a Elphaba e a Glinda, por mais que elas formar uma amizade incrível fica evidente que a Elphaba tem sentimentos por ela. Mas a história em si é incrível e cativante.

yasneryst 16/08/2022

Cadê o defying gravity?
Tenho que admitir que sou uma grande fã do musical. Assisti aos proibidões mais vezes do que posso contar, e meu presente de 18 anos foi uma viagem para assistir a montagem brasileira.
Algumas vezes haviam me alertado que o livro era muito diferente, e nem sempre as pessoas falavam isso com um semblante feliz ou satisfeito, então devo dizer que nunca tinha tido vontade de ler.
Mas ganhei o livro esse ano, e finalmente tive coragem de encarar o que quer que fosse o conteúdo.
Eu não esperava que fosse assim tão diferente, achava, claro, que não caberiam 500 páginas em dois atos, mas algo assim tão diferente? não era o que eu tinha em mente.
Acho que são coisas totalmente distintas uma da outra, não poderiam se assemelhar mais ao mesmo tempo que se diferenciam tanto.
A principal coisa que tenho que dizer é que a peça é uma visão embaçada por óculos cor de rosa. Não esperava tanta política e crítica social.
Ainda que o musical esbarre nessas temáticas a principal trama é sim romântica e sobre amizade.
Devo dizer que não há tantos amigos aqui, e o romance praticamente não existe na segunda metade.
Eu gosto que o final do musical seja feliz, mas eu respeito que o final do livro não seja o mesmo.

Mas ainda que eu veja as duas obras como coisas totalmente distintas uma da outra, ainda preciso dizer que o livro decepciona um pouco pela confusão que causa.
Os saltos temporais são muito grandes, existe muita coisa acontecendo, e ao mesmo tempo é um livro de fantasia que não procura se explicar. As muitas raças, as muitas províncias, as muitas governanças, tudo isso fica em um limbo entre o entendimento e a total ignorância, e o leitor é jogado ali e não há outra opção a não ser fingir que você entende, ou simplesmente parar de tentar entender, para que a história consiga prosseguir.

Acho que esse nó e estado em que permaneci em que eu entendo um pouco ao mesmo tempo que não entendo nada, me deixaram meio decepcionada.

Gabs 22/06/2020

Esperava mais!
Minha expectativa era bem alta para Wicked. Tenho que dizer que fiquei bem frustrada. O livro fala muito de política e empoderamento (achei essa parte bem interessante). Porém muitas coisas não tivemos respostas no final.

Dr. Geroto 10/04/2017

A história não contada que na verdade já foi contada da Bruxa Má do Oeste
É preciso ter coragem para revisitar uma obra clássica, mais ainda se você tem essa obra em boa estima. A coragem vai ser necessária para mudar o que precisa ser mudado e descartar elementos da obra em prol da narrativa que descontar e do desfecho que deseja alcançar, afinal, se é para a história ter o mesmo final, por que reescreve-la? Fables de Bill Willingham fez isso de forma magnifica, Malévola dos estúdios Disney foi competente abandonando elementos e mudando outros, inclusive o final, para chegar onde queria. Infelizmente Gregory Maguire não teve a coragem necessária e Wicked se tornou apenas esperanças e promessas que se desfazem ao longo do livro em uma pasta sem forma ou consistência, um destino igual a sua protagonista na história clássica... e nessa. Nascido para ser uma obra de um único volume ao invés da serie de quatro livros que se tornou, Wicked não pode se valer da defesa de que "as perguntas abertas serão respondidas nos outros livros", porque o autor não esperava responde-las. E como ele tem perguntas abertas! Ignorando coisas básicas sobre por que Elfaba é verde ou por que ela é afetada pela água, até essenciais para a trama como "que diabos era o dragão do tempo?" acompanhamos a vida de Elfaba desde seu nascimento até seu fim (sim, ela morre, você sabe disso, não é spoiler porque é o mesmo final do livro de 1920) pelas mãos de Dorothy com saltos de tempo que, se no inicio parecem fazer sentido, depois tornam tudo uma longa e cansativa viagem esquizofrênica que até poderia ser divertida e aceitável se, a cada página mais próxima do corrido e acelerado final a certeza de que o livro ia acabar exatamente do mesmo jeito que a obra original/filme/desenho/qualquer coisa de Oz não se tornasse mais e mais evidente. E isso, isso foi o maior dos problemas, a falta de coragem de Maguire em mudar o final. Elfaba merecia mais.
A menina nos é apresentada e acompanhamos seu crescimento e amadurecimento por mais de 400 paginas como uma personagem quadridimensional com a profundidade de uma fossa abissal. E se me permitem a piada, sua pele esverdeada poderia ser justificada pelo excesso de espinafres que Marguire joga na personagem. Em literatura espinafres são defeitos e problemas (muitas vezes pessoais) que atrapalham o herói em sua jornada. O contraponto deles são doces E Elfaba tem uma salada de espinafres para cada doce. Complexa, revoltada, ética, ela antagoniza com o Mágico muito antes de encontrá-lo até o momento de seu ápice ao fazer parte da célula revolucionária, um elemento que, infelizmente como tantos outros, é citado, deixado importante mas nunca mostrado, explicado ou explorado (sério, outro momento interessante: o ritual pagão no clube de filosofia! Que diabos é o clube? Para que servia o tigre?) e que some num momento marcante e simbólico que marca não apenas uma mudança de linguagem no livro, mas como de consistência da personagem (para pior). E para explicar ele vou ter de falar dos saltos temporais.
Marguire colocou como projeto que o livro se dividiria em 5 capítulos e esses seriam subdivididos em seções. Cada capitulo aborda Elfaba em uma etapa da sua vida e salta para o outro deixando de lado alguns anos (que Marguire considerou indignos de nota, mas dignos de explicações longas e flashbacks). O primeiro aborda o nascimento e infância de Elfaba e o inicio do rompimento da família dela. É um bom capítulo, e termina de um jeito agourento que te faz querer ler mais. E como funciona como um prólogo para Elfaba o salto temporal dela com 1 ano para menina adolescente entrando na universidade não parece tão deslocado. O próximo capitulo trata de Elfaba adolescente na universidade e conhecemos a pessoa que ela está se tornando. Mas os olhos do leitor são os olhos inicialmente de Glinda e isso me deu as esperanças de que teríamos duas protagonistas fortes, sim, a impressão fica pelo capitulo inteiro e é desmontada nos seguintes. Não me leve a mal, não esperava um Harry Potter da vida, achei a interação entre os alunos mais natural e esse capítulo apresenta os elementos mais curiosos e interessantes como o clube de filosofia, a pesquisa com a essência das coisas, os Animais entre outros. Tudo, no entanto, tudo é abandonado junto com ele. Não ouvimos mais falar de nada disso, nem das pessoas que nos foram apresentadas nele. Ele também termina com um salto temporal da Elfaba adolescente para a jovem adulta revolucionária, a passagem ficou menos natural, mas ainda aceitável. Não vou entrar na forçação de barra sobre Elfaba, Glinda e Nessarose serem escolhidas para se tornarem quem elas acabam se tornando. Ficou artificial e porco.
No próximo capítulo temos a Elfaba mulher, decidida, unida a célula revolucionárias, amante e tudo aprece começar a tomar forma para fazer finalmente a história andar e a rebelião contra o Mágico começar. Sim, tudo está ali, aliados, braço direito a vontade e ... por que o braço direito dela está desistindo? Por que ela está hesitando? Ela desmaiou? O que tá acontecendo? E temos outro salto temporal. Assim, com um monte de perguntas e nenhuma resposta que não vai aparecer em momento algum do livro.
No próximo salto descobrimos que mais de 3 anos se passaram e continuamos tão perdidos quanto a protagonista que agora está indo pro deserto porque... porque não? Esse é o capitulo que eu nomeei como Naruto, porque ele é um longo e gigantesco filler. Nada , absolutamente nada relevante para trama, acontece. Personagens antigos não voltam e somos apresentados e temos que nos importar com uma leva de personagens novos que não tem nenhuma empatia. E quando finalmente, finalmente criamos um laço com alguns deles, yep, salto temporal, 14 anos, todo mundo morto, e Elfaba continua exatamente onde está só que mais velha. Nesse momento, vemos que a consistência da personagem foi para o saco. Eu não sei o que Marguire pretendia com isso, mas Elfaba não consegue ter a mesma personalidade por duas páginas consecutivas. Nesse momento você olha e vê que faltam apenas 20% do livro para ele acabar e deve experimentar a mesma sensação do autor que viu que tinha de terminar aquilo rápido. Então temos outro salto temporal. E tudo acontece, mas incrivelmente nada acontece. Temos um tornado. Temos Dorothy. Morre a Bruxa Má do Leste. Dorothy viaja até o castelo de Elfaba. Elfaba vira uma personagem de sitcon e ao invés de conversar com a menina (atitude que ela mesma defendia por boa parte do livro) resolve sequestrar ela? Matar ela? Conversar com ela? De onde ela tirou que o espantalho era o namorado? Enfim, Marguire corre e termina o livro do jeito que ele originalmente acaba. Perguntas ficam jogadas? Quem é Liir? O que aconteceu com Nor? Quem é o espantalho, que no final era um espantalho? Eo grimório? Por que fazer Elfaba ter acesso a ele, decifrar ele e não usar ele para nada? E principalmente, por que Elfaba teve de comer todo o espinafre e não ganhou nenhum doce?
Elfaba merecia um final melhor. Ela até poderia morrer, mas seu sacrifício deveria abrir o inicio do fim do reinado do Mágico mais diretamente. O Mágico saiu ileso de tudo o que fez. No fim, o que temos foi uma personagem por quem aprendemos a nos importar que fracassou na vida toda.
Discussões rasas e superficiais sobre a natureza do mal a parte e uma tentativa fracassada de desenhar uma descida da personagem para o mal (Elfaba não é maligna ou má. Até o final do livro não havia prejudicado ninguém, mas mesmo assim ficava repetindo isso como se o livro tentasse nos convencer com palavras ao invés de ações) Wicked funciona até a metade, até o fim da fase revolucionária de Elfaba, depois o que temos é uma narrativa que ser perde junto com a protagonista. A ultima tem permissão para se perder, mas o narrador não.
Para Marguire eu só posso encerrar com uma citação da sinopse do arco final de Fables: Essa é uma história que só pode terminar em tragédia – mas contos podem ser reescritos e feitiços podem ser quebrados