Moll Flanders

Moll Flanders Daniel Defoe




Resenhas - Moll Flanders


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Franco 16/02/2013

Gostosa leitura, envolvente como deve ser uma narrativa confessional em primeira pessoa.

São quase que vários contos, com a mesma personagem, indo da juventude à velhice. Não segue uma trama ou um enredo em torno dum ponto crucial; é como que segmentado, mas ainda assim muito interessante e em nada monótono.

Dinheiro, moral, bons costumes, casamento, classes sociais, diversas questões que permeiam o painel de fundo da obra e a fazem ser um ótimo romance de época.

Vale a leitura ao longo de suas trezentas e tantas páginas.
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Serivaldo 03/06/2014

Essa obra, que foi escrita nos idos de 1722, conta a história de Moll Flanders. A personagem, que dá nome ao livro, narra sua própria história, contando suas aventuras e desventuras.
Descrevendo uma vida ligada a crimes, diversos casamentos, fugas e viagens, momentos de alegria e tristeza, dificuldades e prazeres, casos de luxúria e pobreza, a personagem vai orientando o leitor e dando, por diversas vezes, dicas de como se comportar, especialmente às mulheres.
Começando pela infância, que não foi fácil, narra seus envolvimentos amorosos e seus vários casamentos, demonstrando as artimanhas, truques, mentiras e armações utilizados para efetivá-los. Nessas narrativas podemos observar como eram negociados os casamentos, os jogos de interesse e a busca pela fortuna fácil, tanto por homens e mulheres, numa época em que a sociedade inglesa passava por grandes transformações.
Parte bastante detalhada pela personagem é a fase em que se torna uma ladra e na qual narra, com minúcias, o planejamento, a execução, as associações e os ganhos com os crimes praticados. Nesse aspecto descreve o sistema jurídico e penitenciário inglês, num período em que a prisão, o banimento e a forca eram punições certas e aceitas.
A maneira como Daniel Defoe escreve essa história dá uma sensação de realismo e verossimilhança com a vida pela qual passa uma pessoa que está presa à necessidades e se envolve com prostituição, negócios perigosos e roubos. O romance ficcional retrata uma parte histórica da Inglaterra do século XVII e, ainda, sua ligação com a América por ela colonizada, para onde degredava muitos de seus criminosos.

site: http://memorialdelivros.blogspot.com.br/2014/06/moll-flanders.html
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Renata (@renatac.arruda) 27/07/2015

Uma pioneira na defesa dos direitos das mulheres
Publicado em 1722, mais de sessenta anos antes que Olympe de Gouges redigisse sua Declaração dos direitos da mulher e da cidadã, em 1791, e Mary Wollstonecraft publicasse a Reivindicação dos direitos da mulher, em 1792, Moll Flanders ganhou nova tradução para o português, assinada por Donaldson M. Garshchagen, e publicado pela Cosac Naify. Para a edição que marcou a volta da coleção Prosa do Mundo, a editora incluiu ainda ensaios de Cesare Pavese, Marcel Schwob e Virginia Woolf, que chamou a atenção para o caráter moderno da obra e seu autor no que diz respeito aos direitos das mulheres: "Sabemos que ele pensou a fundo e muito à frente de sua época sobre a capacidade das mulheres, que considerou muito alta, e a injustiça feita a elas, que considerou muito dura. (...) [Moll Flanders] depende totalmente de sua própria inteligência e raciocínio para enfrentar cada situação que surge, com uma moralidade de ordem prática que ela mesma forjou para si".

Narrado em primeira pessoa, o livro conta a história de uma inglesa pobre, nascida do ventre de uma prostituta dentro da prisão. Acolhida quando criança por uma senhora piedosa, a menina ainda pequena já demonstra esperar mais do mundo do que ele está disposto a lhe dar: apavorada com a perspectiva de se tornar uma criada, ela declara querer ser uma "dama" ? em sua concepção infantil, uma dama, na verdade, significava ser dona da própria vida e dinheiro através do trabalho, como uma comerciante. E ela realmente começa a ganhar a vida dessa forma, através da costura, até que sua benfeitora morre e Flanders passa a ser acolhida na casa de uma família amiga. Dessa vez, como criada.

Continue lendo no Prosa Espontânea:
http://www.mardemarmore.blogspot.com.br/2015/07/moll-flanders-daniel-defoe.html
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ritita 16/06/2016

Clássico inesquecível.
Essa obra, que foi escrita nos idos de 1722, conta a história de Moll Flanders. A personagem, que dá nome ao livro, narra sua própria história. Tendo nascido na pior prisão da Inglaterra, Moll faz jus ao local de onde nunca deveria ter saído.
Ladra, falsa, prostituta, oportunista, irresponsável, enganadora, interesseira - o único crime que a peste da mulher não comete é assassinato; não livra ninguém de sua sanha, de crianças a velhos e ex marido prisioneiro.
A fidaputa tem a desfaçatez de contar sua história sempre desculpando-se e arranjando um motivo para seus delitos, com um todavia, mormente, conquanto contudo; muitas vezes colocando-se como vítima.
A bandida narra com riqueza de detalhes o planejamento, a execução, as associações e os ganhos com os crimes praticados e os filhos que foi abandonando por aí.
Apesar de, é um livro de fácil leitura e a leitora aqui passou o livro todo torcendo para que alguém prendesse a víbora.
Para Moll Flanders os criminosos se dividem em duas categorias: a maioria são depravados que merecem o próprio destino, mas ela e alguns de seus amigos são pessoas essencialmente virtuosas e dignas que não tiveram sorte. Ah! E o fim? Que final foi este? O escritor foi muito, muito feliz.

Tradução perfeita.

Vale a pena ler o prólogo, escrito por ensaios de Cesare Pavese, Marcel Schwob e Virginia Woolf.

ESPETACULAR, MARAVILHOSO, IMPERDIVEL. Estante de diamante.
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Bianca 26/08/2016

otimo Livro
livro muito bom, a protagonista narra muito bem os acontecimentos e os lugares, me sentir realmente na Inglaterra enquanto lia.
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Lúcia.Baudelaire 17/01/2017

https://youtu.be/BRjoxrQxLwU
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SilviaLucia 04/04/2017

Reflexão sobre a virtude e sua relatividade
Finalizei a leitura de Moll Flanders e fiquei com a seguinte reflexão proposta: "Quanto a virtude é afetada pelas necessidades humanas ligadas ao mundo material?"
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Lilian 07/12/2017

Moll Flanders
Surpreendentemente um livro que retrata a condição da mulher na Inglaterra do século XVIII de forma irônica e atraente. Como um livro de memórias, a narradora conta suas desventuras com uma cara de pau que nos atrai até a última página. Pobre e sozinha, Moll Flanders se nega a dar-se por derrotada e segue seu caminho buscando inicialmente a sobrevivência e mais tarde o triunfo, mesmo afundando cada vez mais na contravenção. Bipolar, é autocrítica, mas também autojustificada. Enfim, a pilantra mais adorável que conheci.
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Arodahnos 03/03/2018

Moll - mote propositivo e estilo cansativo
Como Ian Watt pondera em "A ascensão do romance", a maior felicidade para os personagens dessa narrativa é a prosperidade financeira. Moll expurga todos os seus crimes e pecados no fim da vida, sendo recompensada com terras férteis na Virgínia (colônia britânica, hoje EUA); com a reconciliação com o filho que tivera naquelas terras, fruto de um incesto; e a união harmônica com o marido de Lancashire, que fora ladrão como ela, e, semelhantemente a ela, tinha se casado por interesse. Sendo que ambos perceberam a ilusão mútua muito tarde.
O romance é produto de uma época mercantilista. Percebe-se que a preocupação motriz não é somente o sustento, como também a obtenção dos maiores lucros possíveis. O senso moral da protagonista varia conforme lhe convém, e ao mesmo tempo que ela é uma narradora penitente, que pretende dar instruções e conselhos aos leitores de acordo com sua experiência e arrependimentos, também demonstra ocasionalmente a intenção de diverti-los com suas aventuras. Mesmo que seus atos fossem reprováveis de acordo com a moral imperante. Há aí uma duplicidade, algo hipócrita, ou, ao menos, condescendente.
O mote da história desperta interesse e é curioso para a época em que foi escrita - como explicarei a seguir - entretanto, trata-se de uma narrativa de muitos episódios parecidos entremeados por reflexões da protagonista, que ora relembra seu raciocínio dos momentos narrados, ora repensa-os a partir de sua condição no momento em que narra, ja com idade mais avançada, olhando para o passado, e extraindo dali exortações aos leitores. Achei essa estratégia muito repetitiva e prolixa (o que Watt também explica), e não gostei do estilo seco e moralista. Não é o tipo de narrativa que aprecio. Gosto de romances que explorem mais as sensações e o psicológico dos personagens.
Concordo (como apontado por Virgínia Woolf - Watt o diz) que um aspecto elogiável do ponto de vista feminino seja a firme convicção de Moll de não se submeter a um estilo de vida que ela detestava, bem como a maneira engenhosa com que conseguiu prover o próprio sustento, contornando os obstáculos que se colocavam para as mulheres de sua época (século XVIII), enquanto buscava viver da maneira que lhe aprazia.
Apesar de empregar, por vezes, meios criminosos, Moll viveu por si mesma. Pode-se, portanto, atribuir-lhe o mérito da rebeldia e inconformismo. Uma mulher decidida a viver da forma que lhe aprouvesse.
Enfim, o mote da história é promissor e a personagem provoca reflexões, mas o estilo da escrita e a maneira de narrar não me cativaram.
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@ALeituradeHoje 06/12/2018

Moll Flanders
Quando peguei Moll Flanders pensei tratar-se de um belo drama acerca das agruras da vida da mulher. Trata-se sim das agruras e como é (já há muito tempo) difícil esse papel, mas longe de ser um drama, Moll Flanders conta a história de: se a vida lhe der limões, faça uma limonada.
O livro conta sobre o círculo vicioso que é a vida do ser humano. Moll Flanders (que não é seu verdadeiro nome como a própria protagonista já avisa) conta sua história partindo do nascimento em uma cadeia, filha de mãe condenada e transcorre apresentando a luta da personagem para encontrar um marido rico e alcançar a tão sonhada estabilidade.
De vítima de uma mãe omissa e irresponsável, Moll segue os passos da progenitora e passa a vilã. Ladra, trapaceira, prostituta, largadora de filho a cada parada que fazia. Para mim, apesar do toque “suave” foi pesado imaginar a personagem fazendo filho e esquecendo de cuidar (mundo velho, mundo novo... tantas assim hoje). Entretanto é inegável o carisma da personagem. Dafoe conseguiu me fazer torcer por ela. Ela fez vítimas porque antes de tudo foi uma. O círculo vicioso do qual falei.
Considerando o ano em que foi escrito (1722), eu diria ser moderno. E apesar de um toque machista (meio que obrigatório pela época), o escritor apresentou uma personagem “independente” que fez o que fez porque o mundo não era fácil. Menos ainda para uma mulher.
Não é livro que corre fácil, tipo diversão pura. É leitura as vezes arrastada. Mas porque te tira da caixa e te faz pensar: Que %&rd@ de mundo é esse que não vence a melhor pessoa, e sim o mais esperto?
Por fim, uma constatação final: foi uma mulher azarada... Senhor...
Vale pena.
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Danielle (@chimarraoelivros) 02/03/2009

Adorei o livro! Lendo a apresentação do autor imaginei que fosse mais pesado, mas realmente, para a época em que foi escrito, aquilo devia ser um escândalo.
Gostei muito da narrativa, é um livro gostoso de ler, com uma história que envolve do início ao fim. Cada vez que a Betty tinha um filho me dava uma irritação por ela acabar sempre abandonando-os.
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