Moll Flanders

Moll Flanders Daniel Defoe




Resenhas - Moll Flanders


52 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4


spoiler visualizar
Karen.L.P 07/12/2021minha estante
Estou lendo e sinto falta de mais diálogo. Já pensei em desistir algumas vezes. Estou na página 100


Aline 07/12/2021minha estante
Oi Karen,é meio complicado mesmo ler livros com poucos diálogos igual Moll Flanders,mais vai lendo aos poucos que logo logo você chega no fim,ele também foi um pouco difícil pra mim....


Karen.L.P 07/12/2021minha estante
Os clássicos são mais difíceis né. Tô insistindo. Obrigada




jota 03/05/2016

"Dona" Moll e seus (vários) maridos, pecados e crimes
Intelectuais e estudiosos da obra de Daniel Defoe (1660-1731) acreditam que o espetacular sucesso do livro Robinson Crusoé (1719) acabou deixando em segundo plano outras obras notáveis do escritor inglês. Caso desta Moll Flandres (1722), capaz de proporcionar grande envolvimento do leitor com a narrativa, do mesmo modo que ocorre com a história do famoso marinheiro náufrago.

O presente livro tem o extenso subtítulo de "As venturas e desventuras da famosa Moll Flanders & Cia. Que nasceu na prisão de Newgate, e ao longo de uma vida de contínuas peripécias, que durou três vintenas de anos, sem considerarmos sua infância, foi por doze anos prostituta, por doze anos ladra, casou-se cinco vezes (uma das quais com o próprio irmão), foi deportada por oito anos para a Virgínia e, enfim, enriqueceu, viveu honestamente e morreu como penitente. Escrito com base em suas próprias memórias."

Quer dizer, o subtítulo equivale a uma poderosa síntese do que será dado ao leitor conhecer acerca dessa singular personagem, que a certa altura resume grande parte de sua existência como "(...) uma horrenda mistura de impiedade, prostituição, adultério, incesto, mentiras e roubos - em poucas palavras, todos os delitos, exceto o assassínio e a traição, tinham sido minha rotina desde os dezoito anos, ou mais ou menos isso, até os sessenta (...)". Moll Flanders chegou a um ponto sem volta, em que roubava por roubar: simplesmente nisso tinha se transformado sua vida, como ela nos confessa.

A história de Moll e as demais histórias por ela contadas ao longo do livro prendem nossa atenção incrivelmente e em parte isso se deve não apenas ao talento de Defoe, também à primorosa (e saborosa) tradução de Donaldon M. Garschagen. Somos transportados para distantes tempos ingleses, pré-revolução industrial, com seus usos e costumes característicos, que fazem a delícia dos leitores que apreciaram, por exemplo, outra obra memorável da literatura inglesa setecentista, Tom Jones, de Henry Fielding, seguidor de Daniel Defoe e precursor de Charles Dickens.

Não bastasse isso, esta bela edição da Cosac Naify traz textos de Cesare Pavese (A solidão de cada um), Virginia Woolf (Defoe) e Marcel Schwob (O pão nosso de cada dia) e finaliza com Sugestões de leitura. Além de destacar a excelência da escrita de Defoe, suas obras, levantam-se questões acerca da existência de um Moll de verdade (ou de mais de uma) que teria servido de modelo ou inspiração para a Moll ficcional.

Moll Flanders é um clássico inglês setecentista que vale a pena ser lido ou relido, que recomendo com entusiasmo. Lido entre 26/04 e 02/05/2016.
cid 03/05/2016minha estante
Parece ser uma leitura difícil.


jota 03/05/2016minha estante
Nada disso. Parece um folhetim, com classe, é claro.




Eric 23/05/2016

Bela, recatada e do lar???
Ladra, prostituta, oportunista e irresponsável, Moll Flanders foi uma mulher que comeu o pão que o Diabo amassou. Porém, por meio de destinos cruéis, Moll aprender a ser pé no chão, quase sempre convicta de suas duras decisões. É assim que Daniel Defoe desconstrói as idealizações femininas de sua época, mostrando que a mulher não é frágil e consegue superar barreiras monstruosas em prol da felicidade.

Daniel construiu uma personagem arrebatadora que nos enche de diversas emoções. As estórias narradas por Moll conseguem prender a atenção do leitor intensamente, sendo que a cada capítulo, a vida da protagonista passa por extremas reviravoltas.

Além do mais, a escrita do autor é bem acessível, rica e estruturada. Dessa forma, a narrativa se torna bastante fluida, o que colabora para a avidez da leitura.

Outrossim, a complexidade de Moll é a maior vantagem da obra, visto que o psicológico da personagem possui uma bela construção com sucessivas evoluções. Assim, as características de uma mulher imprevisível tornam-se vívidas, causando fascínio pela qualidade da trama.

As críticas sociais estão claramente introduzidas na estória. Moll ao escrachar sua busca pelo melhor patamar econômico, adotando até a imoralidade, com intuito de riqueza, revela as influências que o capitalismo exercia na sociedade, com maior ênfase no proletariado, o qual recorria a violência e desmoralização, almejando a ascensão social ou até mesmo sobrevivência.

Além disso, as idealizações femininas são quebradas nesta obra, pois a figura da mulher, como pilar principal do progresso doméstico e primordialidade na educação dos filhos é substituída pela a imagem de da uma prostituta ladra e mãe irresponsável que abandona os descendentes nos momentos de desespero.

Recomendo muito este clássico inglês. Moll Flanders é uma um obra com muitas reflexões que perduram até hoje, por exemplo: a posição feminina dentro de uma sociedade machista. As aventuras da prostituta emocionam os leitores, desencadeando uma guerra de amor e ódio pelas atitudes de uma surpreendente mulher.
Felipe1503 22/08/2017minha estante
Gostei da sua resenha. Foi meu primeiro Defoe, deu vontade de procurar mais obras dele, Moll Flanders é uma mulher à frente de seu tempo.


Eric 22/08/2017minha estante
Foi o meu primeiro também, ainda quer explorar mais suas obras.




isa.dantas 24/06/2016

Narrativa deliciosa que nos faz querer continuar lendo. Uma história incrível, contada de forma brilhante em primeira pessoa.
Ivan.Cabral 24/11/2016minha estante
li algumas cronicas de edgar alan poe, e o único livro de emily bronte, o inesquecível, o morro dos ventos uivantes......gostaria de ler este.




Juliana 17/02/2021

Miséria e Perdição
Moll Flanders é a personagem feminina que mais aprendi a amar durante todos esses anos como leitora. Cativante e recheada de pecados, é quase impossível não torcer para que sua história termine feliz – mesmo com tantos altos e baixos ao longo de sua trajetória. Sua vida já começa desgraçada: nasceu em uma prisão. Os infortúnios que sempre a seguem dão a Moll Flanders uma característica forte de resiliência e luta – caracterizada por sua exímia busca por soluções de problemas momentâneos ou vindouros. Outra ponto forte da obra é como a prosa se apresenta na forma de conselhos, que, nas próprias palavras da heroína, servem para o(a) leitor(a) como "referências justas e religiosas que lhe valerão boa instrução, se lhe aprouver fazer uso delas". A partir de uma reflexão auto biográfica, Moll Flanders reflete minuciosamente quais foram seus erros e tenta alertar as jovens que porventura vierem a lê-la: "A minha vaidade foi a causa da perdição. (...) Se eu tivesse agido como convinha, e resistido como a virtude e a honra exigem, ou aquele cavalheiro teria renunciado aos seus assédios (...)". Se tiverem oportunidade e tempo livre, leiam esse clássico!
Adriano 17/02/2021minha estante
Acho esse livro incrível e não tem o devido reconhecimento.
O autor é mais conhecido por Robinson Crusoé.




Luísa Coquemala 10/04/2017

Moll Flanders é um bom livro. Não é o meu tipo preferido de livro (por isso a nota 4), pois tendo a preferir livros mais filosóficos - quanto mais fritar os miolos, melhor rs. E Moll Flanders é um daqueles livros bem rápidos de ler, com uma escrita agradável e uma enorme quantidade de acontecimentos. Partindo disso, mesmo que não seja meu tipo preferido, é um livro que faz muito bem aquilo a que se presta.

Defoe não tinha como objetivo escrever um livro filosófico ou com a grandiosidade de uma epopeia. Não. Defoe escrevia com pressa para publicar no jornal, sua vida foi cheia de aventuras e, claro, precisava do dinheiro para se manter. Por isso, acredito eu, o ritmo tão rápido (inclusive com alguns erros de enredo mesmo).

Além disso, acredito que o mundo de Moll Flanders seja parecido com o do próprio Defoe. Estamos falando do começo do século XVIII onde, na Inglaterra, temos um capitalismo latente e a ascensão de uma classe burguesa - onde tudo gira em torno do dinheiro. Assim, não apenas Defoe estaria preocupado com seus lucros e a velocidade da publicação, mas também o próprio enredo do livro acaba encarnando essa necessidade e onipresença do dinheiro. Moll Flanders, a personagem principal, faz tudo por dinheiro. As pessoas e acontecimentos de sua vida também passam rapidamente, com um valor quase que material - muitas vezes permanecendo apenas enquanto dura o interesse financeiro. E, acredito, esse pensamento quase obsessivo em sobreviver, sendo mulher, em uma sociedade extremamente injusta, faz com que a própria Moll não tenha grande tempo para refletir, pensar seriamente em suas atitudes. Por mais que fale em redenção, continua cometendo os mesmos erros e, muitas vezes, pensando da mesma maneira materialista (no fim do livro, por exemplo, vemos ela, de certa forma, comemorar a morte de uma personagem porque isso faria com que seus próprios lucros aumentassem. Isso depois de se dizer diferente e de acreditar que está sempre vendo o outro lado, rs). E também acho que isso traz um tom irônico e extremamente interessante ao livro. Em livros dessa época, que dizem estar aí para instruir e divertir, vemos uma contradição em Moll Flanders: a personagem narra a história para contar como sofreu por suas ações erradas. Mas, por outro lado, quando estamos no fim do livro, o que vemos é que a personagem leva uma vida extremamente boa - muito mais do que deveria, tendo em vista as leis da época, das quais se safa muito bem. Aí, por outro lado, acredito ser mais uma ironia sutil do próprio Defoe do que uma falha de enredo - e torna tudo mais interessante para mim.

Também vale a pena lembrar que Defoe escreveu esse livro depois de Robinson Crusoé, em um momento onde as definições de romance (novel) ainda estavam sendo construídas, debatidas e pensadas. Defoe, um dos primeiros romancistas dos tempos modernos, encontra sua saída por meio de auto-biografias repletas de aventuras - o que traz para o romance um tom aventuresco demais para uma vida e, consequentemente, no frenesi de narrar as aventuras, acaba se esquecendo de atentar para um realismo mais voltado para o cotidiano, para as coisas pequenas. Desse modo, por mais que a classe das personagens de Defoe seja uma classe considerada comum, isso não se dá com a vida dessas personagens - que parecem, muitas vezes, verdadeiros filmes de ação.

De qualquer maneira, acho que vale a pena ler Moll Flanders. Seja pelo valor literário, pela diversão, para mergulhar um pouco mais dentro do século XVIII, tão esquecido por nós.
Mirian Luiz 13/12/2017minha estante
undefined




Danielle (@chimarraoelivros) 02/03/2009

Adorei o livro! Lendo a apresentação do autor imaginei que fosse mais pesado, mas realmente, para a época em que foi escrito, aquilo devia ser um escândalo.
Gostei muito da narrativa, é um livro gostoso de ler, com uma história que envolve do início ao fim. Cada vez que a Betty tinha um filho me dava uma irritação por ela acabar sempre abandonando-os.
comentários(0)comente



Rafael 13/05/2010

Vida longa a DANIEL DEFOE!!!!!!!!!!
Este livro é fora do comum. Moll é uma personagem com inúmeros rostos que encanta e enfeitiça o leitor tão logo a narrativa é iniciada. É impressionante como não consegui mais largar este livro depois que o vi "dando sopa" num sebo perto de minha casa.
Daniel Defoe já se fazia presente em minha estante com seu Robinson Crusoé, mas Moll Flanders é único. Há momentos em que Moll é quase uma heroína romântica, em outros, ela beira ser uma vilã.
Um livro emocionante, engraçado, triste, tudo junto. ALTAMENTE RECOMENDÁVEL!!!!!
comentários(0)comente



Danielle 30/10/2009

Este livro é simplesmente genial! A personagem principal passa como um trator pela vida! Destaque para a "sacanagem" que o autor faz com o leitor, sempre anunciando uma possível punição para o comportamento da personagem principal, punição esta que nunca acontece.

Também destaco a forma como o incesto é apresentado, dando-nos margem para pensar até que ponto esta prática é apenas socialmente construída, vide que o casamento com o irmão foi um casamento como os outros até que os dois se dessem conta do parentesco, e que o filho do casal, além de nascer perfeito (desmentindo o mito de que casamento entre irmãos ou entre pais e filhos geram filhos deformados ou doentes) é aquele que vai ajudá-la no final.

Recomendo muito este livro!
comentários(0)comente



Carol 17/01/2010

Gostei
Conta a história de uma mulher que teve de superar inumeras dificuldades, com uma força feminina invejável. Já faz tempo que li, mas ainda me lembro. Uma história legal, um pouco parada no começo, mais depois ganha um bom ritmo. Engraçada, surpreendente e uma tocante busca pela felicidade.
comentários(0)comente



luizadespindola 08/03/2024

Ofendido vos tem minha maldade
"Para contar uma vida de pecado e arrependimento é absolutamente necessário contar a parte pecaminosa com toda a verdade possível, para realçar e embelezar a parte do arrependimento, que é, sem dúvida, a melhor e mais radiosa, se for contada com igual entusiasmo e realidade".

"Através da imensa variedade desse livro, apegamo-nos estritamente a uma ideia básica: não incluir, em nenhuma parte, alguma ação perversa que não dê origem a consequências infelizes; não pôr em cena um autêntico vilão sem que acabe mal ou seja levado a se arrepender; não mencionar qualquer ato criminoso sem condená-lo na própria narrativa, e nenhuma ação virtuosa e justa que deixe de receber seu louvor".

Esses foram dois comentários feitos pelo próprio autor a respeito do livro, e não penso que tenho muita a acrescentar além do que já foi dito. O propósito da narrativa é excepcional, se não for mal interpretado.

Meu Ser Evaporei na Lida Insana e A Nosso Senhor Jesus Cristo são dois poemas impossíveis de não serem recordados ao final da leitura. Creio que os frutos dessa leitura me serão muito importantes daqui em diante.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Renata (@renatac.arruda) 27/07/2015

Uma pioneira na defesa dos direitos das mulheres
Publicado em 1722, mais de sessenta anos antes que Olympe de Gouges redigisse sua Declaração dos direitos da mulher e da cidadã, em 1791, e Mary Wollstonecraft publicasse a Reivindicação dos direitos da mulher, em 1792, Moll Flanders ganhou nova tradução para o português, assinada por Donaldson M. Garshchagen, e publicado pela Cosac Naify. Para a edição que marcou a volta da coleção Prosa do Mundo, a editora incluiu ainda ensaios de Cesare Pavese, Marcel Schwob e Virginia Woolf, que chamou a atenção para o caráter moderno da obra e seu autor no que diz respeito aos direitos das mulheres: "Sabemos que ele pensou a fundo e muito à frente de sua época sobre a capacidade das mulheres, que considerou muito alta, e a injustiça feita a elas, que considerou muito dura. (...) [Moll Flanders] depende totalmente de sua própria inteligência e raciocínio para enfrentar cada situação que surge, com uma moralidade de ordem prática que ela mesma forjou para si".

Narrado em primeira pessoa, o livro conta a história de uma inglesa pobre, nascida do ventre de uma prostituta dentro da prisão. Acolhida quando criança por uma senhora piedosa, a menina ainda pequena já demonstra esperar mais do mundo do que ele está disposto a lhe dar: apavorada com a perspectiva de se tornar uma criada, ela declara querer ser uma "dama" ? em sua concepção infantil, uma dama, na verdade, significava ser dona da própria vida e dinheiro através do trabalho, como uma comerciante. E ela realmente começa a ganhar a vida dessa forma, através da costura, até que sua benfeitora morre e Flanders passa a ser acolhida na casa de uma família amiga. Dessa vez, como criada.

Continue lendo no Prosa Espontânea:
http://www.mardemarmore.blogspot.com.br/2015/07/moll-flanders-daniel-defoe.html
comentários(0)comente



52 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR