O Acerto de Contas de Uma Mãe

O Acerto de Contas de Uma Mãe Sue Klebold




Resenhas - O Acerto de Contas de Uma Mãe - A Vida Após a Tragédia de Colombine


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Rosangela Max 31/08/2022

Situação complicada e comovente.
O histórico comportamental do Dylan Klebold, filho da autora, já anunciava problemas. Fica difícil entender como certas coisas poderiam ter passado despercebidas pelos pais. Principalmente porque eles já tinham sido avisados por outros pais sobre o comportamento dele. Mas, depois dessa leitura, entendi um pouco sobre esse ponto.
Com certeza ele não era aquele garoto de ouro que ela achava que ele era e ela foi descobrindo isso alguns meses depois do massacre, depois de estar saindo da fase de negação. Mas nada justifica o fato dos pais serem crucificados pelos atos do Dylan. Eles também perderam um filho e estavam sofrendo, além de estarem sofrendo por toda dor que ele provocou em várias famílias.
É comovente o relato dessa mãe. Os sentimentos de tristeza, desespero, vergonha e culpa foram intensamente relatados e as poucas fotos do filho que ela compartilha no livro são de partir o coração.
Sugiro primeiro a leitura do livro ?Columbine? de Dave Cullen, pois a autora pegou alguns ganchos dele para desenvolver seu conteúdo.
Apesar do tema difícil, a escrita é clara e fluída.
Recomendo a leitura.
Ester261 04/03/2023minha estante
Como faz pra ler ?




jessica 26/07/2020

Lendo esse livro não tem como não sentir um aperto no peito ao imaginar por tudo que a mãe daquele garoto passou.
Não estou com isso diminuindo em hipótese alguma a dor que todas as mães que perderam seus filhos sentiram é devem sentir até hoje.
O que quero dizer é que, imagine como deve ser dolorido pra uma mãe além de perder um filho, saber que ele participou de tamanho massacre dando fim a vida de tantos.
X 29/09/2020minha estante
Comecei a ler e estou sentindo isso também. ?


Estela 18/08/2022minha estante
Estou lendo e realmente isso,é uma leitura muito sensível




KahRito 15/08/2021

Uma mãe em paz depois de mais de 10 anos
Meu filho cometeu suicídio, ele foi um dos atiradores de Columbine. Sue Klebold coloca em muitas páginas informações de como foi a criação de Dylan. Como ela ficou devastada por saber como seu filho teve a ousadia de não apenas fazer mal a si mesmo, como aos demais. No livro você vai ler sobre os relatos, as provas circunstanciais, e o fato dela ter lido os diários de seu filho após anos da tragédia.
No livro ela usa termos como doenças cerebrais e transtornos cerebrais e como o descontrole delas pode afetar não apenas a si como aos demais. E como seu filho conseguiu esconder de sua família e amigos mais próximos sua personalidade dissimulada, mostrando que muitos pais não fazem ideia de quem são seus filhos e do que eles são capazes. Pra todos os que lidam com adolescentes, que são pais devem ler esse livro.
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Maria 12/05/2023

Que livro. Um testemunho muito forte e necessário da Sue, ver as coisas do ponto de vista dela é muito pior do que eu imaginei. A leitura vale muito a pena e a força dela para ajudar outras pessoas é admirável
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Sem estante 15/02/2024

Mudou minha visão sobre as coisas
Um livro extremamente doloroso, impactante e real. Chega a ser palpável o amor da Sue pelo Dylan e é tão doloroso ver a luta interna dela entre amar o filho querido e odiar o assassino que fez tanta gente sofrer.

A narrativa é envolvente a forma como foi escrito nos faz devorar o livro, mas é muito pesado. Eu como mãe e professora fiquei sempre me colocando no lugar da Sue e das outras pessoas envolvidas e honestamente sigo sem sequer conseguir mensurar o quão traumatizante foi pra todo mundo.
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Guilherme 08/12/2023

Muito bom
Quem ama profundamente alguém, seja quem for, em algum momento passa pelo sentimento de arrependimento por não ter feito ou ter feito alguma coisa com/para essa pessoa. É natural para quem ama.
Para mim, é muito difícil qualificar esse livro, assim como só tento imaginar o quanto foi difícil escrevê-lo. O depoimento sincero de uma mãe, cujo filho, que apesar de ter tido tudo para ser uma pessoa de bem (conforme os depoimentos e histórias dela) cometeu um ato de atrocidade, que por uma falha, ou talvez uma intervenção divina, não foi muitas vezes pior.
O arrependimento dela é visível por todo o livro, e ela se pega na questão de prever ou diagnosticar um possível distúrbio, doença cerebral ou depressão profunda... Mas, para o cidadão médio, com seu segundo filho, pela vida que ela descreve, talvez fosse impossível prever o que o filho viria fazer. Não importa o motivo.
A verdade é que, por mais que tenhamos a sensação, o compromisso, ou querermos ser responsáveis pelos outros (sejam quem sejam), só podemos ser responsáveis por nós mesmos.
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Eduarda.Silva 13/01/2022

Angustiante...
Esse livro foi escrito por Sue Klebold, mãe de Dylan Klebold, um dos autores do massacre de Columbine em 20 de Abril de 1999.

O livro mostra a vida de Sue pós massacre, ela conta que Dylan sempre foi um garoto amável e que ninguém imaginaria que uma coisa daquela pudesse acontecer algum dia, tanto que Sue mostra que, várias vezes, fantasiou sobre o possível motivo da partipação de Dylan no massacre, talvez ele estivesse drogado, talvez fora obrigado por Eric etc.

Com análises psicológicas, é provado que Dylan tinha um perfil de vulnerabilidade e que Eric era o psicopata, mesmo a Sue dizendo que não isenta a culpa de Dylan, várias vezes senti que ela jogou a culpa no Eric.

Mas ao passar do tempo, Sue descobre que Dylan expressava uma imensa vontade de morrer no seu diário, e Sue até hoje se culpa por não ter percebido isso antes, já que Dylan tinha vários planos para o futuro.

"Dylan queria morrer e não se importava se alguém morresse e Eric queria matar e não se importava se morresse." (Frase retirada do livro)
E isso mostra que ambos partilham da mesma culpa.

Após o massacre, ela teve uma vida muito difícil, ela tinha medo de utilizar seu sobrenome (e quando era nescessário dizer, ela simplesmente inventava um) e recebia diversas cartas, a maioria expressava ódio como se ela fosse o filho, mas também tinham cartas de apoio, jovens mostrando seus medos e até cartas de amor e que vangloriavam o Dylan.

E esse é um dos motivos dela se esquivar de reportagens até hoje, tem medo que se inspirem no seu filho e em Eric.

Sue também tinha o desejo de escrever para as famílias, tanto que escreveu as cartas, mas demorou para enviá-las, já que possuía a certeza de que os familiares das vítimas jamais iriam querer contato com ela.

Ela conta que chorava todos os dias, tanto por estar de luto pelo seu filho quanto pelos mortos por ele.

O livro também traz a presença de muitos profissionais, conta que o suicídio é a 3° maior causa de morte entre 10 a 14 anos e a 2° maior entre 15 a 34 anos, traz relatos de outras mães/pais que perderam seus filhos para o suicídio (inclusive a sua nova terapeuta havia perdido um filho de 12 anos há pouco tempo), fala dos sintomas de uma possível depressão e põe ênfase na importância da saúde mental.

Curiosidade: Stephen King foi citado na página 148, Sue diz que o romancista pediu para seu editor retirar o livro "Fúria" das livrarias depois que alguns atiradores de escola mencionaram os trechos dele.
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Lissa - @leiturasdalissa 21/02/2017

Eric queria matar, Dylan queria morrer
Aos 16 anos, assisti desavisadamente ao filme "Elephant" de Gus Van Saint, que aborda de forma ficcional um massacre em uma escola americana - o Massacre de Columbine foi o ponto inicial para o desenvolvimento da trama em questão. A partir de então, me encontrei fascinada pelo assunto e hoje são mais de 10 anos de pesquisa a respeito dele.
É, parece macabro, e talvez pareça ainda mais dizer que o livro de Sue Klebold foi um dos itens mais valiosos e esclarecedores que chegaram em minhas mãos durante todos esses anos.
Me admira ver por aqui resenhas que classificam Dylan Klebold, um dos atiradores, unicamente como um monstro. É claro que essa é uma das melhores definições para o que ele se tornou, mas parece que algumas pessoas não leram muito bem a história contada por sua mãe nesse livro e esqueceram que antes de cometer um ato imperdoável ele foi, sim, humano.
A tragédia de Columbine é algo inexplicável e não acho que Sue tentou justificar ou mostrar o filho sob outras lentes. Pelo contrário, ela apenas o apresentou como ela mesma o via, passou a ver, e hoje enxerga, depois de tudo o que aconteceu.
Quem estuda a tragédia sabe que a frase que mais faz sentido no livro é o comentário que inclui o outro atirador, Eric Harris: enquanto Eric queria matar, Dylan queria morrer. E todo o material já reunido a respeito do assunto até hoje, seja sensacionalista ou não, caminha mesmo para essa conclusão (embora, a meu ver, sozinhos eles não teriam chegado a esse ponto; um levou o outro para o caminho e carrega igual parcela de culpa).
Acredito que Sue Klebold relaciona tudo o que aconteceu à prevenção do suicídio porque ela perdeu um filho, e da pior maneira possível: sabendo que ele era um assassino e que ela, de maneira nenhuma, fez parte da construção do que ele se tornou, ainda que seja difícil de se aceitar.
Enquanto uns apostam em "premeditação", a minha opinião consiste no fato de que Dylan planejou, mas só acreditou mesmo no que estava fazendo no momento em que tudo se concretizou.
Débora 03/03/2017minha estante
Amei sua resenha parabéns!!!!!! Me emocionou.


Lissa - @leiturasdalissa 06/03/2017minha estante
obrigada, Débora! :)




resenhasdajulia 08/01/2023

"Como? Como você pôde fazer isso?"
"Enquanto cada mãe em Littleton estava rezando para que seu filho estivesse a salvo, eu tinha de rezar para que o meu morresse antes de machucar mais alguém."

No dia 20 de abril de 1999, Eric Harris e Dylan Klebold entraram com armas e explosivos na Escola de Ensino Médio de Columbine e mataram doze estudantes e um professor, e também feriram outras vinte e quatro pessoas, antes de tirar a própria vida.

Esse livro é narrado, de forma muito honesta, por Sue Klebold, mãe de Dylan. Desde a tragédia de Columbine, ela se pergunta como o filho, tão amável, foi capaz de fazer uma coisa dessas, como ela não percebeu que havia algo de errado, e o que poderia ter feito para evitar tal tragédia.

É um livro pesado e impactante, e foi uma leitura que me deixou angustiada e com o coração apertado.

É muito difícil avaliar livros de não-ficção , ainda mais de um tema tão delicado assim, mas eu favoritei porque poucas vezes me senti tão tocada por algum livro.
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Napolitano 21/06/2020

É livro extremamente pesado e denso. Toca em pontos muitos sensíveis do nosso ser, nos faz refletir sobre diversos temas.
É um livro que pode ajudar as pessoas e fazer elas verem que nem tudo é como pensamos, que não sabemos 100% sobre nada.
É uma leitura que recomendo muito
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Talita 15/06/2016

A vida após a tragédia de Columbine
Este livro é muito desconfortável. Geralmente a leitura nos dá a oportunidade de entrar em contato direto com outra pessoa, de conversar com ela ou pensar junto dela. Eu havia me esquecido disso quando achei que era uma boa ideia entender o massacre de Columbine pelo viés da mãe de um dos assassinos. Não é. Sue Klebold tenta tirar uma lição da tragédia: a de que saúde mental é um assunto muito mais complexo do que o senso comum consegue aventar. A partir daí, ela elabora uma espécie de inventário das normalidades de seu filho Dylan: ele foi uma criança iluminada, gentil, tímida, inteligente, amorosa e retraída. O que ninguém pôde perceber é que, na adolescência, ele virou um jovem deprimido e de temperamento autodestrutivo. Juntando essas duas facetas da mesma personalidade, a intenção da autora é desmistificar a monstruosidade do assassino que ela tinha em casa, sem negar a monstruosidade dos atos que ele cometeu no fim da vida.

Só que isso não acontece. Do meu ponto de vista, Sue Klebold tenta angustiadamente fazer o caminho inverso ao de todo o mundo. Ela quer crer que a normalidade da infância e os traços de bondade de Dylan possam emprestar complexidade ao perfil que se faz dele, mas, considerando que estamos falando de alguém que matou ou esteve envolvido na morte de 13 pessoas, o que acontece é bem o contrário: o ato final - um atentado injustificado, raivoso, racista, malvado, cruel - anula tudo o que veio antes. Não importa se o assassino foi um bom filho ou se tinha suas complexidades: atirar à queima roupa no rosto de crianças faz dele um monstro. Acho que, com exceção dos adolescentes que glorificam gente como Dylan Klebold e Eric Harris, todo mundo entende isso. Todo mundo menos Sue Klebold. Como uma mãe que acompanhou por dezessete anos uma criança comum e bondosa vai conseguir anular tudo o que testemunhou em troca da imagem que nós, o público, temos de Dylan? Como é que ela vai conciliar o menino das fotos de família com aquele das imagens da tevê, com aparato paramilitar, cara de mau, arma na mão? Essas duas partes são incombináveis.

Por isso, quando eu terminei o livro decepcionada, fiquei me perguntando o que é que eu esperava da mãe de um dos assassinos. Claro, em praticamente todo capítulo ela qualifica os atos do filho como abomináveis e impossíveis de se relativizar. Só que, mesmo sem querer, ela acaba sempre relativizando-os logo em seguida. Eu entendo a mensagem: toda mãe pode estar criando um monstrenguinho dentro de casa, não há condições especiais para se formar um Vlad - O Empalador em potencial, não houve sinais visíveis, àquela época, que pudessem ajudar a prever o tamanho da atrocidade que aquele menino seria capaz de fazer. Sue Klebold diz que passou a ver o filho morto como um suicida, e ela traz e comenta citações de especialistas corroborando essa visão. O problema é que a mensagem a favor da prevenção ao suicídio e do tratamento de problemas psíquicos esbarra a todo momento no drama das vítimas e de suas famílias.

Deixa eu tentar me explicar melhor: na minha opinião, um livro de conscientização sobre suicídio, querendo tirar lição de uma história pessoal, é válido e importante, mas jamais deveria vir de um evento como o de Columbine. O tiroteio em Columbine é um daqueles momentos decisivos em que a cultura dos Estados Unidos - e isso resvala no Brasil, vide o tiroteio na escola em Realengo - poderia ter aprendido logo uma lição, mas demorou demais para escolher fazer o certo. Columbine foi um circo fetichista. Os atiradores tentaram imprimir ares de ficção à realidade do que iriam fazer. Tudo foi cuidadosamente organizado para deixar vestígio, numa busca por notoriedade póstuma, desde os trajes ridiculamente fílmicos (eram mais para figurino, a bem da verdade) ao vocabulário dos assassinos repleto de termos de filmes violentos ou inspirados em gêneros cinematográficos. Até aí, estamos no território da loucura de gente que perdeu o contato com a realidade, mas a mídia comprou a ideia e foi acrescentando elementos espetaculares. Reproduziu incessantemente, como queriam os assassinos, até as frases de efeito que eles disseram às vítimas, adicionou coisas que jamais haviam sido ditas, colocou o Marilyn Manson na história, Dylan e Eric foram parar na capa da revista Time, os perfis psicológicos foram sendo montados enquanto os fatos ainda não haviam sido esclarecidos, ao gosto de quem estava falando. Dois assassinos viraram celebridades, inspirando fantasias de adolescentes bobos mas inofensivos (procure Dylan Klebold no Tumblr e tente não se estapear de raiva) e de outros malucos com potencial homicida. As vítimas foram despersonalizadas em troca da notoriedade dos assassinos, e mesmo os motivos por trás de Columbine adicionaram certa aura romântica a Dylan e Eric: este é o homicida, psicopata clássico que em seus diários só falava em matar; aquele é o suicida, sem amor à própria vida ou à dos outros, que só falava em amor e só queria ser aceito. Por causa do tamanho da repercussão de Columbine, e da extensão dos erros que foram cometidos no tratamento do caso, eu senti que boa parte deste livro foi na verdade outro golpe nas famílias vitimadas, outra mistificação.

Se por um lado, a inteligência a respeito do assunto se beneficia de um relato em primeira mão de uma das vítimas da tragédia (pois é, a família de um assassino também é vítima), por outro o livro de Sue Klebold raramente traz insights valiosos. Ela estava muito distante do filho, a ponto de não fazer ideia das coisas que compunham seu universo íntimo, e tudo o que faz é afirmar repetidas vezes que não conseguiu interpretar os sinais de que Dylan não estava mentalmente saudável. Que ela não consiga dizer pontualmente onde errou, tudo bem, já que um dos argumentos do livro é que não há experiência traumática ou criação errada o suficiente para causar uma tragédia do tamanho da que aconteceu; o problema é quando Sue Klebold começa a elencar o que entende por normalidade e adequação familiar. Às vezes ela se trai e começa a fazer julgamentos de outros estilos de vida, às vezes mostra que estava totalmente despreparada para entender o que andava pela cabeça de um adolescente no final da década de 1990. Como só poderia acontecer, 16 anos depois da tragédia ela ainda está perplexa e não tem respostas. Quando, da metade do livro para a frente, ela resolve encarar o que tem sido sua causa desde que começou a refletir sobre o que aconteceu com o filho, o tema da conscientização ao suicídio fica eclipsado pelo que parece ser um exercício de relações públicas. Ela tenta, como é compreensível, advogar em favor de sua família e da criação que deu aos filhos, buscando sair do semianonimato e emergir como figura pública disposta a debater os temas que envolvem sua experiência. Infelizmente, apesar de ter sido pessoalmente afetada, ela está aquém da tarefa.

Partindo de O acerto de contas de uma mãe pode-se imaginar ser impossível que uma pessoa muito próxima de um acontecimento trágico possa interpretá-lo de maneira objetiva. Outra coisa: talvez não exista nada a se deduzir de pessoas como Dylan Klebold, a não ser do ponto de vista da inteligência policial, como argumenta o norueguês Karl Ove Knausgård em texto sobre Anders Breivik (link no blog). De Columbine, em 1999, para cá, as sociedades criaram mais consciência e mais capacidade para lidar com atentados em massa (apesar de os números serem assustadores nos Estados Unidos), mas as motivações e a complexidade do assassinos simplesmente não importam. O tema é outro e Sue Klebold não pôde encontrá-lo.

É desconfortável estar com ela quando ela vê ambiguidade onde só havia cinismo, quando ela prefere se concentrar no desespero de Dylan enquanto o que mais chama a atenção nele é a premeditação cruel. Não é um livro fácil. Ao mesmo tempo, como um efeito colateral, talvez O acerto de contas de uma mãe seja uma forma de trazer de volta à realidade quem se encantou com o romantismo de um ato extremo. Depois daquilo que Dylan via como uma catarse pelo sangue, sobraram os pais dele perplexos, cheios de dívidas, dores físicas, preocupações com segurança. A mãe dele começou a cuidar obsessivamente do gato velho da família. É triste.

site: https://ninguemdeixababydelado.wordpress.com/2016/06/15/o-acerto-de-contas-de-uma-mae-a-vida-apos-a-tragedia-de-columbine/
Lili 19/06/2016minha estante
Quando vejo um jovem cometer um crime absurdo,como o narrado no livro,eu sempre me pergunto:os país desses assassinos juvenis ,são vítimas ou têm alguma parcela de culpa ?Sempre fico na duvida.


Tamara 11/09/2016minha estante
Resenha perfeita, muito sincera, quero ler o livro para conhecer, mas adorei tudo o que falou


Fernanda 19/03/2017minha estante
Perfeita tua descrição sobre esse livro!




Josy Rodrigues 30/06/2020

Pesado
A leitura trás uma carga emocional muito pesada. Confesso que tivesse uma certa dificuldade na leitura, tive que intercalar com uma leitura mais leve. Não é um livro que te faz ler de uma vez em uma única sentada e trás várias reflexões sobre do cuidado para com o outro.
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Alan kleber 03/04/2022

"O ódio não destroi o amor
Na verdade, ambos estão em constante companhia."

E devo, Dor, realmente viver contigo
Pela vida inteira? - compartilhar meu fogo, minha cama,
Compartilhar - ah, pior de todas as coisas! - o mesmo pensamento?
E, ao alimentar-me, alimentar-te também?

"Dezesseis anos se passaram desde aquele dia terrível, e eu dediquei todos eles a entender o que é incompreesível para mim: como a vida de um garoto promissor pôde ter chegado a esse desastre - e sob minha guarda. O que eu devia ter visto? O que poderia ter feito diferente"?
Sue Klebold embarca numa busca para entender o que levou seu filho, um jovem promissor, a participar do massacre de Columbine. Ela interrogou especialistas, assim como a própria família, os amigos de Dylan, ela mesma, vasculhou os seus diários, revirou eventos e interações mundanas da vida familiar em busca de pistas com aferocidade de um cientista forense.
É um livro pesado por causa dos temas que aborda. Mas Sue Klebold escreve com sensibilidade e não busca causar desconforto no leitor. É uma leitura relevante.
Uma das conclusões que eu cheguei é que se Eric Harris e Dylan Klebold não houvessem se encontrado o massacre não teria acontecido.
Eric Harris era um psicopata homicida, e Dylan Klebold um depressivo suicida: a loucura contrastante deles era a condição necessária um do outro. Eles foram chave e fechadura.
Cantinho dos livros 07/04/2022minha estante
Pesado, angustiante e sincero. Baita leitura!


Alan kleber 07/04/2022minha estante
E corajoso.




Vanessa.Liandro 04/02/2021

Tão impactante
Sempre tive vontade de conhecer mais detalhes sobre Columbine até por ser uma história que sempre me despertou curiosidade. A história do ponto de vista de uma mãe que se vê diante das consequências dos atos de seu filho foi algo que me tocou afinal, sou mãe também. Sentir tudo o que ela sentiu principalmente pelo amor que se sente pelo seu filho e ao mesmo tempo sentir raiva pelas vidas que ele ceifou. No livro ela sempre se questiona: Por que? Onde ela errou? O que poderia ter feito de diferente?
Tiro dessa leitura a seguinte lição: Tentar olhar as pequenas coisas em nossos filhos e saber quando devemos interferir e ajudar no que for necessário.
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Ju Furtado 17/04/2020

Indispensável
Um livro muito forte, duro e honesto. A dor da autora é palpável. Não há muito o que dizer, apenas que a leitura desse livro aprofunda o quão rasos ainda somos no conhecimento da mente humana.
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