spoiler visualizarCamila1856 17/12/2023
É o melhor livro do gênero que li
De forma geral a leitura é agradável e rápida.
Eu concordo 100% com o livro de que, reconhecimento não é por elogios e sim na folha de pagamento s2 Eu tbm concordo com a ideia do livro de que mulheres tem que se empoderar, ter confiança, quebrar o complexo da boazinha. É difícil, não é incomum mulheres serem abandonadas ao se engajarem em compromissos que julgam importantes. A ideia que o livro traz de que não podemos depositar todas as nossas esperanças em pais/maridos, ajuda a superar esse medo do abandono de uma certa forma. Também gostei da ideia de separar os domínios, acho que ajuda a manter o equilíbrio em áreas que não precisam ser realocadas quando uma área específica não está bem. Achei que o livro desconstrói bastante coisa e reforça que temos que ser claras nos nossos pontos e nas nossas necessidades com chefes e colegas de trabalho.
Vi alguns comentários que reclamam que o livro não dá espaço para desenvolver a parte do Investir, o que é verdade. Quando chega na parte de resenhar sobre CDI, CDB, Tesouro Direto, Previdência Privada, etc, que são coisas que escutamos por aí, eu pensei, finalmente vou entender essa joça, mas, pelo menos pra mim, o livro não esclarece esses conceitos. Também concordo com os comentários que disseram ser difícil de se conectar com as histórias porque a maioria se refere a uma classe mais alta e tals, mas uma história em particular que me fez refletir:
- história de Priscilla, a babá com um marido auxiliar administrativo. Ela descreve a renda mensal total dos dois é de R$7.000 e que se eles separarem metade da renda (R$3.500) por 10 anos, eles juntariam mais de R$400.000 e comprariam um apartamento. Que dá pra segurar metade da renda, dá, mas é um sacrifício considerável. Eles não vão ter filhos por 10 anos, não vão viajar por 10 anos, ela vai trabalhar de babá por 10 anos (ou obrigatóriamente arranjar um emprego que pague o mesmo valor ou mais) e o marido a mesma coisa, não pode falahar. Tudo bem que Priscilla é jovem, só tem 22 anos, mas não deixam de ser 10 anos. Uma última reflexão, é que a segunda autora do livro, a Cynthia de Almeida nos agradecimentos finais, agradece aos pais por terem lhe ensinado o valor do dinheiro, mas que é bom gastá-lo em viagens e cultura. Mas a Priscilla, não vai poder fazer isso por 10 anos.