Maxwell.Leal 23/12/2020Favorito da vida ou tá muito cedo ainda?"Desculpa, mãe, mas eu estava muito vazio" (pág 53)
Difícil comentar o que eu achei, já tentei escrever várias vezes e nada conseguiu transmitir o meu sentimento mais sincero à respeito dessa leitura. Então, resolvi ser o mais sucinto possível, sem enrolações.
Amei a escrita da autora, personagens imperfeitos (sentido positivo) e reais. A Alexis se aproxima tanto do leitor que parece que ela está conversando com a gente do nosso lado, pronta para receber um abraço de consolo.
Tanto o suicídio quanto o luto e o recomeço, foram tratados de forma delicada e bem direta, assim como acontece na vida real, não algo apenas existente na ficção, e sim algo que qualquer pessoa pode presenciar ou não em algum momento da vida.
Vários ensinamentos podem ser aproveitados - a discussão acerca da depressão na adolescência, laços familiares, processo de luto e recomeço - mas o que mais me emocionou e foi responsável pelo choro incontrolado nas últimas 20 páginas, foi o modo como as personagens disseram "basta", deixaram as lamentações de lado e aprenderam a deixar tal ente querido partir, descansar em paz.
Na minha curta vida de leitor, acredito que este foi o que mais me marcou até o momento. Eu, que nunca havia me emocionado ao ponto de chorar com uma leitura, fiquei bem impressionado, acho que subestimei o poder das palavras.
Não é só mais uma edição bonita da Darkside que as pessoas compram e deixam de enfeite na prateleira, é um livro excelente e extremamente necessário ser discutido, escrito com maestria. Cynthia Hand, devo tudo a você!
Recomendo à qualquer pessoa que saiba ler e que saiba respeitar seus gatilhos emocionais. Caso esteja se sentindo desconfortável com a leitura, peço encarecidamente que a interrompa e a deixe para outro momento. Afinal, leitura é prazer!