A Guerra Não Tem Rosto de Mulher (eBook)

A Guerra Não Tem Rosto de Mulher (eBook) Svetlana Aleksiévitch




Resenhas - A Guerra Não Tem Rosto De Mulher


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_restreliaev 26/03/2024

A guerra não tem rosto de mulher
é incrível e ao mesmo tempo amedrontador esse choque de realidade que temos quando nos é exposto a vida de uma mulher que viveu em tempos de guerra; que não ao menos viveu, mas que se tornou ativa nela. não é algo novo, esse conhecimento de que as mulheres participavam das guerras, mas somente eram expostos certos trabalhos, como cozinheiras, lavadeiras e prostitutas para "aliviar a tensão" nos militares. realmente, a guerra não tem rosto de mulher, porque a natureza de uma mulher é passar feminilidade, carinho, amor, compaixão, coisa que não era nada "necessária" durante a guerra, mas que confortava os corações dos ativos. é muito triste a maneira que as mulheres acabaram por serem silenciadas no pós-guerra, por terem perdido essa natureza feminina: no lugar de saltos, se tinha botas sete ou oito números maior que seus pés; no lugar de cachos volumosos, um simples cabelo rapado com um mínimo topete; e no lugar de sombrinhas de sol, estiveram carregando fuzis em seus braços. lugar de mulher não é na guerra, mas ESSAS mulheres fizeram história pelo mundo, e sem o seu auxílio, talvez o resultado das segunda guerra mundial fosse diferente.

como me causa angústia e arrependimento por minhas ações, pelos meus pensamentos egoístas, aonde eu moro num país liberto das guerras, moro numa casa limpa e tenho todos da minha família vivos, e MESMO assim eu consigo ser ingrata. elas ficaram felizes por verem uma pequena flor em uma janela, e dançaram sobre a presença dela; se vestiram com vestidos (ou melhor, os trapos deles) e dançavam em rodas, cantando, alegres por terem alguns minutos de sua feminilidade, de volta. mulheres que perderam seus pais, seus filhos e irmãos mas estavam genuinamente alegres por encontrar uma mísera batata que sobrou em um campo, alegres por conseguirem matar um pouco de sua fome.

a guerra é desumana, e a guerra não tem rosto de mulher.
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Remmormino 17/03/2024

Finalmente fui ler algo que me contasse o outro lado das mulheres durante a guerra.

O foco da escritora foi evidenciar a participação das mulheres na segunda guerra mundial como protagonistas e não coadjuvantes que esperam seus maridos e filhos voltarem do front.

É um compilado de depoimentos de mulheres que estiveram no front e que lutaram por sua pátria com as condições que tinham.

Fiquei muito impactada pela leitura e indico de olhos fechados. Já muito ansiosa para ler os outros títulos da escritora.
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Rafa569 16/03/2024

#07: A guerra não tem rosto de mulher - Svetlana Aleksiévitch

Um livro escrito por uma mulher, composto por inúmeros relatos de mulheres soviéticas que de alguma forma combateram na Grande Guerra Patriótica (como a Segunda Guerra Mundial era chamada na URSS). A ideia do livro de Svetlana foi rechaçada por homens que julgavam desnecessários os relatos femininos ou que tais relatos não enalteciam a Vitória e trouxesse à tona os meandros menos gloriosos, os detalhes que todos querem esconder sobre a guerra. Até mesmo os maridos não encorajavam ou procuravam calar suas esposas, por serem relatos "emocionados" demais.

São quase 400 páginas com relatos de mulheres soldados, franco-atiradoras, tenentes, enfermeiras, médicas, lavadeiras, cozinheiras, sapadoras, partisans, membras da resistência soviética à invasão alemã, entre outras. Eu não sou um estudioso da Segunda Guerra, muito menos dos relatos soviéticos, apesar de saber que os EUA dominam a narrativa de serem os grandes vitoriosos que derrotaram o nazifascismo, deixando de lado a grande contribuição da URSS, por serem comunistas, como ficaria explícito na posterior Guerra Fria.

Fica expresso em cada relato a dor da perda, o desespero das torturas e as contradições, como por exemplo um soldado soviético ser condenado à morte após ter conseguido escapar vivo da prisão alemã, pois havia um entendimento de que "não há prisioneiros, há traidores", e quem fosse feito prisioneiro deveria se matar, além do julgamento moral das mulheres que foram para o front, lutar pela pátria, e a controversa figura de Stálin.

"Na guerra cada um sonhava com uma coisa: um com voltar para casa, outro com chegar a Berlim, e eu só pensava em viver até o dia do meu aniversário, em completar dezoito anos." p. 248

"Passaram seis meses... E, por causa da sobrecarga, deixamos de ser mulheres... Se transformou, a nossa... Perdemos nosso ciclo biológico... Dá pra entender? Foi terrível. Era terrível pensar que você nunca mais vai ser mulher..." p.251
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oslivrosdagiu 14/03/2024

Sem palavras, mas tentarei ...
Sabe aquele livro q você termina e fica olhando pra frente sem reação? Que estrondo! Dilacerante, tristíssimo e necessário. Relatos sensíveis de mulheres que lutaram na segunda guerra mundial. Vozes que não costumamos ouvir porque foram (e ainda são) silenciadas. Emocionante...sem palavras...saio desse leitura diferente...mexeu demais, talvez eu seja muito sensivel, talvez esse livro, apesar de tudo, seja bonito demais...
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BarbaraDSB 12/03/2024

A guerra não tem rosto de mulher, é um poderoso testemunho das experiências das mulheres soviéticas durante a segunda guerra mundial, revelando a crueldade, a coragem e a resiliência que enfrentaram nos campos de batalha.
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11/03/2024

Muito bom!
Este livro me fez pensar bastante sobre a posição da mulher em tempos de guerra. Sempre achei mulheres perfeitamente capazes de lutar em guerras, e esse livro prova isso com diversos detalhes, mas o que surpreende é que existe mais do que só isso.
Ele traz relatos das atiradoras, enfermeiras, cavadoras de minas, pilotas e muito mais. Porém também fala das lavadeiras, cozinheiras, das esposas, mães e irmãs que estiveram no front, na retaguarda, defendendo suas casas.

É muita coisa para absorver e uma leitura necessária demais!
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Camila1856 08/03/2024

Um livro com dezenas de relatos dilaceradores sobre mulheres da antiga União Soviética que lutaram e/ou participaram dos combates contra os alemães na 2 Guerra Mundial. Mulheres francoatiradoras, aviadoras, cirurgiãs, enfermeiras, sapadoras, cozinheiras, entre outras. Um olhar femino sobre a guerra e sobre o pós guerra, na qual muitas, especialmente as que foram para o "front" foram ojerizadas quando voltaram para suas cidades.

Não sou muito " fã" de livros com diversos relatos, por isso, li junto a livro de ficção com uma estória mais linear ( dica do Bookster).

Um livro para ler lentamente!
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ari_angotti 07/03/2024

Apenas leia!
Um dos melhores livros que já li na vida! Todo mundo deveria ler! Desconstrói vários mitos sobre as mulheres na guerra e mostra muito do cotidiano destas. A autora tem uma sensibilidade absurda ao mostrar a "guerra feminina".
A partir da história oral, são apresentados diversos relatos emocionantes das mulheres que viveram no contexto da Segunda Guerra Mundial, das mais diferentes profissões: desde cozinheiras e lavadeiras à franco-atiradoras e aviadoras.
Apenas leiam! Vale a pena!
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Liliane220 03/03/2024

O livro "Guerra não tem rosto de mulher" é maravilhoso! São histórias reais do quanto as mulheres lutaram na guerra e como lutaram!! Como pilotos de caça, artilheiras etc. Tudo o que mostra e fala só dos homens que lutaram, esse livro relata histórias reais de milhares de mulheres que lutaram na guerra. Ameiiiesse livro.
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Alessandro81 17/02/2024

Minha resenha.
O livro foi além das minhas expectativas, eu esperava relatos e histórias simplistas, mas a autora me mostrou o lado temível da guerra pela visão sentimental e dura das mulheres. Foram tantas histórias tristes e ensurdecedoras... O livro não é fácil de engolir, são muitos contextos pesados e indescritíveis, e a autora conseguiu pôr em palavras, todos os sentimentos dessas mulheres.

Um comentário pessoal: o livro me mostrou o lado adaptativo do ser humano em sua mais plena forma, principalmente se considerarmos a presença da mulher na guerra, um lugar habitualmente ligado ao homem, como diria uma das mulheres do livro: "A mulher nasceu para amar. Não nasceu para odiar e matar". Continuando, muitas pessoas na guerra acabam por mostrar uma versão mais "animal" de si mesmas, menos sentimental e muito mais fria, capazes de matar e não sentir medo de morrer por anos. Mas que depois da vitória, depois da guerra, se mostram capazes de voltar a serem aquilo que eram antes do horror. E isso é o que eu achei mais impactante no livro, a forma como as pessoas, principalmente as mulheres, puderam se tornar outra pessoa em meio a dificuldade, puderam odiar e matar sem receio... Porém, aquilo que você toma durante a guerra, lhe volta 100x pior depois, todo ressentimento e aversão ao terror cometido.
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Talita 17/02/2024

Pesado porém necessário
Leitura densa e forte, demorei quase 1 mês pra terminar pois a cada relato eu precisava pausar um pouco, respirar e então continuar.
É tão incrível e avassalador a visão feminina do conflito, grande maioria mulheres jovens, mães, que não sabiam o que teriam que enfrentar.
Leitura necessária para quem é mulher e gosta de história.
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Isa 14/02/2024

Esse livro se trata do depoimento de mulheres que participaram, em diversos aspectos, da segunda guerra mundial. Muitas das coisas que eu li nele eu n imaginava q aconteciam, mulheres na linha de frente como Franco-atiradoras, sapadoras desmontando minas. Só por essas informações a leitura já seria de grande valia, mas o livro foca mesmo na alma humana, nas emoções, traumas e vidas daquelas mulheres, como elas se sentiam e como elas precisaram se transformar pra viver naquela realidade, simplesmente espetacular, indico muito.
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DEA 03/02/2024

É difícil de falar sobre esse livro. Todos sabemos a importância de sempre lembrarmos os horrores que seres humanos "racionais e inteligentes" são capazes de cometer em períodos de guerra. É necessário lembrarmos para não repeti-los.
Mas esse livro é tão denso, tão pesado, que chega a ser surreal imaginar que isso aconteceu.
É realmente muito impactante.

Esse livro, assim como o anterior, que fala das crianças, também traz relatos porém neste caso são das mulheres que participaram da Segunda Guerra, exclusivamente as russas.
E é falado muito pouco sobre isso, leio frequentemente livros sobre a Guerra ou vejo filmes e documentários e em geral quando tem mulheres são representadas como enfermeiras ou espiãs.
No entanto as mulheres participaram da guerra ativamente e principalmente na Rússia e detalhe importante, na maioria das vezes voluntariamente, inclusive insistindo ou às vezes até suplicando. Elas tinham um forte desejo de defender a pátria, sua terra, pois eram ensinadas sobre isso desde crianças.

É um livro que vale muito a pena para quem não conhece muitos detalhes sobre a Segunda Guerra e principalmente sobre essa participação muito importante e especial das mulheres.

"... na guerra, o ser humano se torna terrível e inconcebível. Como entendê-lo?"

"Quantos anos serão necessários para reconstruir tudo isso?' A guerra mata o tempo, o precioso tempo humano."

"Pergunte para mim: o que é a felicidade?
Eu responderei... Talvez seja encontrar, entre os mortos, uma pessoa viva..."

"Como explicar a guerra a uma criança? Como explicar a morte? É responder à pergunta: por que lá matam? Matam até pequenos, como ela."

"Pergunta de Dostoiévski: 'o quanto há de humano no ser humano, e como proteger esse humano em si?'
Sem dúvida, o mal é tentador. Ele é mais hábil do que o bem. Mais atraente. Mergulho cada vez mais fundo no infinito mundo da guerra, todo o resto perde um pouco das cores, torna-se mais comum do que o comum. Um mundo grandioso e feroz.
Entendo agora a solidão da pessoa que volta de lá. É como se viesse de outro planeta ou do além. Ela tem o conhecimento de algo que os outros não têm, e só é possível conquistá-lo ali, perto da morte."
Brícia 24/02/2024minha estante
Misericórdia ?


DEA 24/02/2024minha estante
Esse livro foi bem difícil de ler ?


Brícia 26/02/2024minha estante
Eu imagino... ?




Luiz Henrique 21/01/2024

De tirar o fôlego... e lágrimas... principalmente lágrimas!
Sempre senti que a leitura era uma forma de viver várias vidas, sem se limitar em uma única forma de ver o mundo. Esse livro leva isso ao extremo.
Cada narrativa é totalmente singular, algumas são inspiradoras, outras são viscerais, mas o que reina nesse livro é o sentimento de profunda angustia e desolação. Já li coisas pesadas, principalmente ficção, mas pensar que tanto horror realmente aconteceu é difícil de acreditar. Também é difícil de acreditar que tantas pessoas ainda romantizam a guerra, embriagadas por histórias masculinas de heroísmo e sadismo.
Não é um livro fácil de ser lido sendo sincero, mas se tudo que eu falei te interessa, então eu recomendo que leia. :)
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Rena_tooh 20/01/2024

Profundo, bonito e emocionante.
> Muitíssimo bom. Não recomendo se você não gosta de história, literalmente. É uma série de relatos reais e incríveis, da vida cotidiana de mulheres que serviram o exército pelo bem de seu país, em sua maioria não por Stalin, mas por sua terra e família.

> Essas mulheres tinham sonhos e passaram por muita coisa que realmente é ofuscada, e esse livro mostra a vida e pensamentos dessas mulheres. E foi bem impactante a questão do sangue, elas odiavam o cheiro dele e até tiveram traumas, na neve, no campo, em cadáveres carbonizados com sangue... russos e alemães, e as mulheres queriam amar e não sofrer, perdiam sua juventude... e MUITO mais. BAITA LEITURA, muito top!! Recomendo demais. ?
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