O Alienista

O Alienista Machado de Assis




Resenhas - O Alienista


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LER ETERNO PRAZER 23/08/2020

O alienista, Muitom o consideram um conto, mas após concluir sua leitura, acredito que seja mais para uma novela por conta da sua estrutura narrativa.

*Publicado em 1882, quando aparece incorporado ao volume Papéis Avulsos, havia sido publicado previamente em A Estação (Rio de Janeiro), de 15 de outubro de 1881 a 15 de março de 1882.

"O alienista", obra que ajuda a inaugurar a fase realista de Machado de Assis e apresenta diversas características que a obra desse escritor apresentará a partir de então, tais como a análise psicológica e a crítica social com algumas pitadas de humor.
Narrado em terceira pessoa, Machado de Assis consegue nos mostrar e explorar o comportamento humano além das aparências, expondo de uma forma bem ironica toda a vaidade e egoísmo do Homem. Nessa pequena nove Machado de Assis coloca em questão o que é normal ou anormal através de um médico que se esforça para tentar entender os distúrbios psicológicos da população. Dessa forma, pode-se dizer que há uma proximidade entre a personagem do Dr. Simão Bacamarte com o próprio Machado de Assis, uma vez que o autor também está interessado em analisar as atitudes das pessoas e suas relações sociais.
Em torno da figura do Dr. Bacamarte, que segue com muita firmeza e frieza suas teorias científicas, Machado de Assis também nos mostra com grande mestria outras personagens ricas em detalhes. Dentre toda espécie de tipos sociais que se possa imaginar, aparece D. Evarista, esposa dedicada do Sr . Dr. Bacamarte , que o ama e admira. Todavia, por mais que ela respeite todo o conhecimento e sabedoria do Doutor, ela não segue suas recomendações médicas e tem ciúmes da dedicação que o mesmo tem aos estudos em detrimento dela. Em contrapartida, temos Crispim Soares, que é o botânico da cidade. Ele admira, respeita e segue tudo o que o Dr. Bacamarte diz, porém, apenas por interesses próprios, de forma a conseguir vantagens através do alienista. Além dessas duas personagens, temos o barbeiro Porfírio, homem que representa o político preocupado somente em obter vantagens pessoais.
Em "O alienista" Machado consegui, mesmo se tratando de uma obra com tanto tempo já publicada, nos levantar uma questão bem controversa: o que podemos conciderar normal ou não, excentricidade ou loucura... Como chegar a definir essa questão. Leitura ótima e prazerosa.
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Mari 10/08/2020

O normal, o patológico, a fé na ciência e um toque de ironia
Simão Bacamarte é o protagonista da obra. Ele é um alienista (psiquiatra/psicólogo da época) que estabelece em Itaguaí (RJ) um hospital psiquiátrico chamado Casa Verde, de início com forte apoio popular e dos políticos locais.

Bacamarte inicia as internações pelos considerados 'desajustados': vaidosos, supersticiosos, bajuladores. A busca da dita loucura em tudo e todos acaba tomando enormes proporções, chegando a tal ponto que a maioria dos cidadãos de Itaguaí estava confinada na Casa Verde.

Tal situação culmina em revoltas populares e problemas políticos. O próprio alienista vê suas teorias contrapostas pelas manifestações, e se questiona: e se a patologia não estiver nesses indivíduos um tanto 'excêntricos', mas nos ditos normais? Os modestos, os honestos? Assim, são esses que passam a ser internados e estudados.

As implicações sociais continuam, o medo se instala. Mas em determinado ponto, Bacamarte questiona a própria sanidade. E se o louco for ele mesmo? O alienista acaba por internar-se na Casa Verde, determinado a compreender a natureza das patologias humanas a partir do estudo de si mesmo.

A história foi publicada entre 1881-1882, período marcado pelo cientificismo, muito presente no enredo; e, como também é característico de Machado de Assis, temos uma abordagem da natureza muitas vezes controversa do ser humano muito interessante de acompanhar - o 'louco' muda de sujeito várias vezes e faz com o que o próprio leitor se questione: o que é que chamamos de loucura?

Recomendo muito essa leitura, tanto pelas reflexões que citei acima sobre normalidade e patologia, quanto pelo humor que a ironia de Machado proporciona.
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Alice2372 02/08/2020

Verdade é que se todos os gostos fossem iguais, o que seria do amarelo?
Publicado no final do séc.XIX, o Alienista ilustra a história de Simão Bacamarte, um nobre médico qualificado no exterior, que autorizado pelo governo local decide fundar em Itaguaí (região metropolitana do Rio de Janeiro), uma Casa de Orates, leia-se, hospício, a qual chamou de Casa Verde.

A proposta desmedida de Bacamarte era se aprofundar no estudo da psiquiatria e encontrar a cura para aquilo que ele considerava loucura, para isso, ao menor sinal de loucura segundo seus parâmetros morais subjetivos (como por exemplo ser supersticioso ou religioso), os moradores de Itaguaí eram internados na Casa Verde. De modo que num certo ponto da narrativa praticamente a cidade inteira já estava recolhida em manicômio, o que causa uma onda de revolta popular contra o médico e põe em dúvidas os métodos e parâmetros infalíveis por ele utilizados.

Precursor do realismo no Brasil, à época com essa obra, Machado de Assis de forma sutil e também sátira (característica peculiar do autor) criticou o cientificismo, a superioridade da ciência sobre outras formas de compreensão humana da realidade e sua busca excessiva por uma teoria que seja a solução para todas as mazelas sociais, inclusive morais. E como colocar a ciência como premissa absoluta e indubitável na solução de certas questões pode ser desastroso para uma ordem social.

Além da referida crítica, o autor com o desfecho da história deixa uma reflexão sobre a delimitação entre razão e loucura.

Sou muito suspeita em opinar sobre esse livro. A uma, por ser tão atual e por amar Machado de Assis e sua genialidade. A duas, porque amo clássicos.
Super indico a leitura! Super indico obras machadianas!
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Robson Kollett 16/07/2020

Sarcástico e bem humorado
O texto é cheio de tiradas sarcásticas e faz muitas críticas a sociedade da época.
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Dêner 03/07/2020

Minha primeira leitura integral de Machado. Gostei muito, experimentei da tão famosa sutil ironia e consegui dar umas boas risadas neste livrinho tão pequeno, mas cheio de história.


Que venha Dom Casmurro!
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Gabriela 24/06/2020

Ao ver os loucos andando normalmente em meio à sociedade, Simão Bacamarte toma a decisão de reuni-los em um só lugar. A Casa Verde era o primeiro lugar na cidade de Itaguaí que iria reunir todos os loucos com o objetivo de tratá-los.

Todos que agissem de forma suspeita aos olhos do alienista eram levados à Casa. Não demorou muito para que quase toda a população ali estivesse presa. Houve revolta e novas teorias.

Os novos loucos então passam a ser aqueles que detém total normalidade e organização mental. Não demorou muito para que fossem presos todos aqueles que agissem de boa fé.

Ao fim, Simão Bacamarte, não tendo mais nenhum cidadão preso e estando todos "curados", reflete sobre sua trajetória e se questiona se todos ali foram realmente curados por seus estudos ou se já não estavam em perfeitos estados mentais. Assim, ao tomar consciência de suas próprias atitudes e caráter, vê-se constituindo a regra que ele mesmo fizera: seria preso aquele que demonstrasse total normalidade diante de suas faculdades mentais.

Simão Bacamarte então entregasse ao tratamento de si mesmo e recolhe-se à Casa Verde.

Sem dúvidas, esta é uma história brilhante e atual. Envolve ironias que carregam inúmeras críticas sociais. Envolve humor na mesma intensidade que denuncia algo importante.

Seriam os loucos, loucos? Ou apenas diferentes daquilo que impomos como normalidade?

"Mas deveras estariam eles doudos, e foram curados por mim, ou o que pareceu cura não foi mais do que a descoberta do perfeito desequilíbrio do cérebro?"
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Priscila.Veloso 23/06/2020

...
Para aqueles que desejam começar a ler Machado de Assis, este é um ótimo conto para começar.
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deelabooks 18/06/2020

loucura
bom, esse livro é bem interessante, a história toda é bem rápida de ser lida, pois mais que a escrita não seja atual, dá pra levar bem a leitura.
a história em si é bastante cativante, você acaba querendo saber o que acontece.

uma crítica social bem legal, o machado de Assis fez um histórico muito boa com uma premissa simples e isso é algo a ser aplaudido.
indico para você que assim com o eu ainda não leu nada sobre o autor, creio que pode ser uma boa maneira de começar a ler este autor.
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Sthe 11/06/2020

O alienista
Leitura interessante. Em geral não sou muito fã dos clássicos, mas acho importante conhecê-los.
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arthurzito 07/06/2020

O Alienista. Machado de Assis
Novamente Machado de Assis nos apresenta uma obra cheia de ironias e personagens bem construídos. O alienista é uma história sobre o Dr. Bacamarte, um alienista que decide abrir uma casa para cuidar dos loucos da cidade. Mas com uma maneira de escolher quem é louco ou não bem inusitada.



_____
É um livro bem irônico e que revela muito da nossa sociedade até hj, gostei muito da história. Hilária. Traz muitas perguntas,afinal quem era alienado? Os loucos ou o alienista?
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Luana 06/06/2020

"Sabe a razão por que não vê as suas elevadas qualidades que, aliás, todos nós admiramos? É porque tem ainda uma qualidade que realça as outras: a modéstia."
Iris 06/06/2020minha estante
Não consegui gostar desse livro, e olha que tentei




Thassia.Camille 22/05/2020

Irônico e atual
Machado de Assis utiliza da história do Alienista para fazer uma crítica à sociedade do seu tempo, que se encaixa perfeitamente na atualidade. Gostei muito da leitura, alguns termos foram mais difíceis de serem compreendidos, mas as notas de rodapé desta edição ajudaram muito.
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