Jaíne 27/10/2016
Fraco...
Corvos de Odin, segundo livro da série As Crônicas de Blackwell. Neste volume, temos a continuação dos descendentes dos deuses tentando deter o Ragnarok e se metendo em diversas encrencas para isso. Não resenhei o primeiro livro, Os Lobos de Loki, mas numa classificação de 5 estrelas, dei 3, pois não achei que era uma história ótima e nem uma história péssima, estava ali no meio termo. Isso, no caso do primeiro livro, agora, vamos a avaliação deste!
Bem, chamam as crônicas de Blackwell de "o Percy Jackson da mitologia nórdica", correto? Eu discordo. Acho que é uma ofensa ao Percy essa comparação. Percy tem uma desenvoltura, um enredo e personagens muito mais cativantes do que As Crônicas de Blackwell.
Outro ponto a ser colocado, o tema é mitologia nórdica. Legal, mitologia! Ótimo tema! Mas quando se tem esse tipo de temática, você tem que dedicar as últimas páginas do seu livro a uma coisinha mágica e incrível chamada "glossário". Coisa que eu não vi, nem no primeiro e nem no segundo livro. Porém, no segundo livro, a ausência de um glossário prejudicou muito a leitura. Por diversas vezes, apareciam na história nomes nórdicos, de lendas, de objetos, etc e tal e não era explicado o que aquele nome ou lenda representava. Mais uma vez digo, se fosse o Percy Jackson da mitologia nórdica, teriam seguido o exemplo do tio Rick e feito um glossário. Ainda mais levando em consideração que é uma literatura infanto-juvenil.
Mais um ponto a ser descrito, o que aconteceu com aquele drama e mistério que finalizou o primeiro livro? Não leia essa parte se você ainda não leu Os Lobos de Loki! Pois bem, o primeiro livro termina com a morte de Baldwin e com Matt, Fen e Laurie tomando a decisão de ir a Hel (terra dos mortos) para trazê-lo de volta a vida.
O que eu esperava do início do segundo livro? Toda a narrativa deles chegando a Hel, da discussão deles sobre quem iria ou não e o que eu vi? Os personagens já lançados em Hel. Foi como se as autoras resolvessem ter pulado uma parte da história, deixando pontos em abertos, para seguir logo para a ação. Ação essa que acaba em 3 capítulos.
Isso é outro ponto que tenho que colocar, as autoras criam situações complicadas para inserir os personagens, lutas difíceis, monstros difíceis de derrotar, fazem um dramazinho e depois, paaah, do nada, e às vezes de maneiras muito bobas, os personagens vencem. Não fica real, fica forçado, fica chato.
É como se colocassem o personagem principal para lutar com um gigante fortão, e depois de 10 páginas de luta cansativa, o personagem coloca o pé, o gigante tropeça, cai e morre. É mais ou menos assim a conclusão das coisas que ocorrem na história.
Aí vocês vão dizer "ok, mas é uma literatura infanto-juvenil!", eu sei disso, mas não é porque é literatura infanto-juvenil que precisa ser forçada e boba desse jeito.
Sem falar da escrita, que eu não curti nenhum pouco.
Mas acho, sinceramente, que as autoras escreveram esses livros, visando agradar os filhos delas e não um número enorme de diversos leitores.
Por fim, finalizo dizendo que o tema mitologia nórdica tinha tudo para ser muito legal, porém, o estilo, ou falta de estilo na escrita estragou tudo.
É para ler a essa e outras resenhas, acessem:
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