Cris 22/04/2019A sequência não tão encantadora quanto o primeiro livro.
“Tenho essa teoria de que todo mundo é tão estranho quanto eu quando está sozinho.” Pág. 119
O “Projeto Rosie” foi uma leitura que eu amei fazer há uns dois anos atrás, e vou confessar que eu tava com as expectativas bem altas para esta sequência.
Depois dos acontecimentos do primeiro livro, Don Tillman está de volta. Desta vez, o Professor de genética está passando uma temporada em Nova York com a esposa. Enquanto tenta se adaptar à nova rotina, em seu novo emprego, em uma outra cidade, e com uma companheira ao lado, Don recebe uma notícia capaz de bagunçar ainda mais seu mundo organizado e extremamente planejado.
A partir de então, Don tenta se organizar novamente para viver essa nova fase de sua vida. E para isso, ele se prepara da melhor forma que pode: estudando, participando de projetos científicos e tentando criar ainda mais uma rotina saudável.
É claro que nessa tentativa, ele acaba se metendo em várias confusões, devido à sua falta de aptidão para a vida social. E por causa disso, ele acaba criando um clima tenso no seu relacionamento, que coloca seu casamento em risco.
Eu gostei muito mais do primeiro livro, porque achei que neste segundo livro a história não se desenvolveu tão bem. Fiquei bem triste com algumas atitudes da Rosie neste livro e ao mesmo tempo, surpresa com algumas revelações de outros personagens, como o melhor amigo de Don, Gene, por exemplo.
Gostei da adição de novos personagens à história. Acho que as histórias individuais de cada um foram bem exploradas e também adorei ver os diálogos entre os personagens, especialmente os comentários sobre psicologia, que me fizeram refletir muito durante a leitura.
Como a história é narrada em primeira pessoa pelo Don, em certos momentos me deu muita agonia de ver ele sendo mal interpretado, e de perceber o esforço que ele faz pra se adaptar, se controlar e entender as pessoas à sua volta.
O Don é aquele tipo de personagem sem noção, inteligente, meio inocente e que sempre surpreende, e apesar de ser tão diferente de nós, nos faz sentir exatamente o que ele está sentindo ao longo da história.
“De repente, fiquei com raiva. Senti vontade de sacudir não apenas Lydia mas todas as pessoas que não entendem a diferença entre controlar as emoções e não tê-las, e que fazem uma conexão completamente sem lógica entre ser incapaz de ler emoções alheias e ser incapaz de sentir as próprias emoções.“ Pág. 349
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